Câmara aprova terceirização na atividade-fim

O processo de votação do PL 4330 na Câmara mostrou de que lado está a maioria dos parlamentares. O presidente da casa, Eduardo Cunha, atuou de forma autoritária e colocou em votação a Emenda Aglutinativa 15, que derrubava várias outras emendas e destaques. Apresentada no momento do início da votação, a emenda teve menos de meia hora para ser apreciada e, apesar dos protestos de vários parlamentares, foi posta em votação.

O texto da emenda garante a inclusão da terceirização de atividade-fim e foi aprovado por 230 x 203 votos. Mesmo com os esforços de parlamentares do PT, do PCdoB, do PSOL e até de partidos que haviam votado pela aprovação do texto-base, como PSB, PDT e PROS, falou mais alto o compromisso da maioria da casa com a bancada dos empresários.

Em seguida, foi discutida a terceirização no serviço público e novamente o presidente da casa pesou a mão na condução dos trabalhos. A deputada Jandira Feghali requereu a retirada do texto, do qual era autora original, mas Cunha passou por cima do regimento da casa. Mesmo com apoio de sua bancada, a do PCdoB, e dos parlamentares do PT e do PROS, a requisição de Jandira foi rejeitada.

Os deputados petistas Sibá Machado, José Guimarães e Alessandro Molon, a deputada Jandira Feghali, do PCdoB, Chico Alencar do PSOL e Glauber Braga, do PSB combateram não só as matérias apreciadas, mas a postura ditatorial de Cunha. Diante da postura de Cunha, algumas bancadas se retiraram do plenário.

Manifestações

País afora, sindicalistas se concentraram nos aeroportos desde as primeiras horas da manhã para pressionar os deputados federais que embarcavam rumo a Brasília.

Na base da Federação, os dirigentes dos sindicatos filiados fizeram caravanas nas agências bancárias, onde conversaram com bancários e clientes sobre a votação agendada para esta quarta-feira. Foram feitos também atos públicos nos pontos mais movimentados dos municípios, onde fizeram esclarecimentos sobre o PL 4330 e os riscos que a terceirização representa para toda a classe trabalhadora.

Em frente à Câmara, durante todo o dia, representantes das Centrais Sindicais fizeram manifestação e, novamente, foram impedidos de entrar para ocupar as galerias do plenário durante a votação.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES