Câmara dos Vereadores realizou Audiência Pública sobre reforma da previdência

Foto: Assessoria Reimont

 

Aconteceu na última segunda-feira, no plenário da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, uma audiência pública para discutir os efeitos da reforma da previdência proposta pelo governo federal sobre os trabalhadores. A audiência foi convocada por iniciativa do vereador Reimont e contou com a presença dos deputados Luiz Sérgio (PT), Jandira Feghali (PC do B) e Alessandro Molon (Rede), membros da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara Federal. Também participaram dezenas de dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, da CUT-RJ, além de representantes do Sinpro, SinMed, Administradores, entre outras entidades. A Fetraf-RJ/ES foi representada pelos diretores Leonice Pereira, Luiza Mendes e Luiz Ricardo Maggi.

O deputado federal Luiz Sérgio disse que a reforma vai dificultar a aposentadoria dos trabalhadores, pois no Brasil a maioria das pessoas se aposenta por idade e não por tempo de contribuição. “O trabalhador rural não tem renda mensal. É renda por safra. A reforma é uma medida cruel, que liquida o direito à aposentadoria. Deste jeito, também não vai aumentar a arrecadação, pois qual trabalhador vai contribuir com o INSS se não vai conseguir usufruir do benefício?”, questionou.

Jandira Feghali apresentou dados sobre aposentadoria no país, como o fato que 79% dos segurados não alcançam os 25 anos de contribuição e que 92% dos trabalhadores brasileiros ganham até 5 salários mínimos. A deputada destacou ainda que a reforma é mais cruel com as mulheres, pois elas têm os empregos mais precarizados, salários menores e tripla jornada de trabalho. “O problema não está na previdência, mas sim na economia. A PEC 55 corta investimentos sociais, porém não limita o pagamento de juros e dívidas públicas. Desta maneira, a reforma vai causar o empobrecimento da população idosa. Aposentadoria é para ser usufruída”, disse.

Já para Alessandro Molon, a reforma da previdência é a retomada da retirada de direitos interrompida em 2002, com a eleição do presidente Lula. “Muitas pessoas não entenderam a PEC dos gastos, que significa o corte de verbas na educação, saúde… Agora, para aposentadoria, muitos contribuintes fazem as contas. A população já percebeu que será prejudicial. A votação da terceirização foi mais apertada do que o governo esperava. Temos chances reais de barrar a reforma da previdência”, falou.

A audiência foi transmitida ao vivo pela Rio TV Câmara. A assessoria do vereador Reimont fez uma matéria em vídeo sobre a audiência. Veja abaixo:


Fonte: Fetraf-RJ/ES, com Assessoria do vereador Reimont