Aconteceu na manhã desta terça-feira, 18, o lançamento da campanha em defesa das empresas e serviços estatais “Se É Público, É de Todos” na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. A campanha já existe desde junho em vários estados, mas sua chegada ao parlamento federal é um novo passo na luta contra a privatização. O objetivo do lançamento da campanha no Senado foi provocar a criação de uma Frente Parlamentar Mista – com senadores e deputados federais – em defesa das empresas e serviços públicos.
A campanha é coordenada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e foi criada como um desdobramento da mobilização dos trabalhadores contra a Lei de Responsabilidade das Estatais. Na ocasião, a pressão das entidades conseguiu impedir alguns retrocessos previstos no projeto original. Seis centrais sindicais – CUT, CTB, UGT, Nova Central, Conlutas e Intersindical – mais entidades associativas de várias estatais participam da campanha. A UNI Américas Finanças, que reúne trabalhadores do sistema financeiro na América Latina, também participa da campanha.
No ato de lançamento da campanha no Senado, participaram sindicalistas de todo o país, além de parlamentares. Fizeram parte da mesa a coordenadora do Comitê, a bancária da Caixa Maria Rita Serrano, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o senador Paulo Paim (PT-RS), que coordenou os trabalhos, o diretor da FUP João Antônio de Moraes e o diretor do Sindicato dos Bancários de Goiás, Willian Roberto Louzada. Tambem participaram do evento as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Souza (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A Fetraf-RJ/ES foi representada por seu diretor para Bancos Federais, Ricardo Maggi, que é bancário da Caixa.
A discussão não é nova, mas tem se mostrado cada vez mais importante diante das ameaças de venda de patrimônio público e concessões de serviços a particulares. “Está muito claro para nós, sindicalistas que, se por um lado, como diz o nome da campanha, o que é público é para todos, por outro, o que é privado é para poucos. Não podemos permitir que este governo golpista destrua as empresas e os serviços públicos que são patrimônio de todo o povo brasileiro”, resume Maggi.
Contra a PEC
Além da defesa das estatais e serviços públicos, os participantes do ato tambem reafirmaram seu compromisso de combater a PEC 241, do ajuste fiscal. Apelidada pelos movimentos sindical e social de “PEC do Fim do Mundo, a proposta prevê o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos, com reajustes limitados à inflação do período anterior. Diante do natural crescimento da populacional, a aprovação desta emenda constitucional vai prejudicar o atendimento aos cidadãos, sobretudo os mais pobres, para garantir o pagamento dos juros da dívida pública. Esta medida favorece os empresários, sobretudo os banqueiros, que são os maiores credores do governo federal.
Fonte: Fetraf-RJ/ES