Em apenas um dia, no início desta semana, o Itaú demitiu três bancárias na base do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ): em Italva, São João da Barra e Campos. Como resposta ao desrespeito do banco com seus funcionários e clientes, uma atividade realizada na manhã desta terça-feira, 21, retardou em uma hora a abertura das agências do Calçadão e da Rua Santos Dumont.
Na quarta-feira, 22, foi a vez de paralisar agências do Bradesco e do Santander paralisar no Centro – Bradesco e Santander da Rua 13 de Maio e Bradesco do calçadão. A abertura das agências foi retardada em uma hora.
Os protestos vão continuar enquanto não houver um acordo do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Nesta terça, 21, o comando rejeitou a proposta apresentada pelos banqueiros na oitava rodada de negociação. Os bancários querem aumento real de 5% mais a correção da inflação, além da manutenção dos direitos assegurados na atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem validade até o final deste mês. A Fenaban propôs aumento de 0,5% e se recusa a incluir cláusulas como a PLR das mulheres em licença-maternidade. Uma nova rodada de negociação acontece nesta quinta-feira, 23.
Os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander) já lucraram R$ 42 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa 18% a mais que em 2017. “Os bancos lucram cada vez mais e seguem precarizando as condições de trabalho dos bancários e o atendimento aos clientes e é por isso que estamos nesta semana de luta por nenhum direito a menos”, disse o presidente do Sindicato, Rafanele Alves Pereira.
Fonte: Sbtraf-Campos