As garrafas PET, que podem levar séculos para se decompor na natureza, estão recebendo uma destinação diferente graças à criatividade. O uso dessas garrafas está se multiplicando principalmente no artesanato e, mais ainda, no fim do ano. Em vários lugares do país, podem ser vistas árvores de Natal inteiramente confeccionadas com as garrafas.
A catarinense Thaís Lohmann Provenzano, arquiteta e urbanista, está desenvolvendo um trabalho de mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina, que mostra que as garrafas podem ser utilizadas na construção de casas em substituição aos tijolos. Os painéis são pré-fabricados e os blocos cerâmicos normalmente utilizados foram substituídos pelas garrafas e preenchidos com argamassa e cimento. Elas são cortadas na base e encaixadas umas nas outras, sobre um molde, antes do preenchimento. Dessa forma, a arquiteta evita a retirada de recursos naturais que os tijolos naturais exigem e ainda encontra um destino adequado às PETs.
Thaís destaca que as garrafas representam um problema para o meio ambiente, por causa de seu elevado tempo de decomposição, e revela que anualmente cerca de 500 milhões de garrafas se transformam em toneladas de lixo, capazes de entupir bueiros, bloquear galerias pluviais e cobrir aterros sanitários.
Apesar das vantagens, o produto ainda não está sendo comercializado. O trabalho do mestrado está em fase de desenvolvimento e depende de testes. Thaís é autora também da recicleta, um veículo adaptado, semelhante a uma bicicleta, que possui acoplado um amassador de latas, que permite uma redução de até 80% do volume do material coletado, e divisórias móveis, que permitem que o material seja separado.
(Com informações do AmbienteBrasil – www.ambientebrasil.com.br)
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