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Congresso dos empregados do BNDES define reivindicações

Aconteceu nos dias 21 e 22 de junho o II Congresso Nacional dos Empregados do Sistema BNDES, realizado no Clube de Engenharia. Os funcionários do banco e suas subsidiárias – FINAME e BNDESPAR – se reuniram para debater as cláusulas da minuta de reivindicações que será entregue à direção do banco. Das negociações sairão os três novos acordos aditivos – de Trabalho, Jornada e PLR.


Após aprovarem o regimento interno, os funcionários assistiram a duas palestras. A primeira foi sobre “Cenários de fechamento e saldamento de planos de pensão”, apresentada por Luciano Fazio, da Anapar. Este tema é muito oportuno, já que a previdência complementar do sistema, a FAPES, precisa passar por alguns ajustes, para evitar problemas severos num futuro próximo. A outra palestra foi sobre conjuntura econômica e foi proferida pelo economista do Dieese Cloviomar Cararine.


Em seguida, grupos de trabalho discutiram os tópicos dos três grandes eixos temáticos do evento: Pleitos econômicos; Direitos trabalhistas e garantias do empregado; e Saúde e previdência. No dia seguinte, a plenária final fechou o texto da minuta, que será submetido a aprovação em assembleia.


Entre os temas discutidos, o fundo de pensão é talvez um dos mais críticos. “As associações vão insistir na criação de um grupo de trabalho paritário para discutir a situação e as soluções para a FAPES. Uma das propostas que serão avaliadas é a de saldamento do plano atual e criação de um novo, nos moldes que já vêm sendo adotados por outros fundos”, relata Maggi.


Organização


O diretor para Bancos Públicos da Federação, Luiz Ricardo Maggi, representou a entidade no congresso, participando como convidado. Ele destaca que a organização dos empregados está evoluindo. “Temos percebido um amadurecimento no processo de construção da campanha salarial dos funcionários do banco. E, para mim, foi um aprendizado importante, já que o BNDES tem estrutura e realidade completamente diferentes do que estamos acostumados a trabalhar na Caixa e no BB”, avalia o dirigente.


As associações de funcionários do BNDES se reaproximaram recentemente do movimento sindical bancário e a realização deste segundo congresso é um dos frutos desta proximidade. As negociações têm sido acompanhadas por quadros experientes do sindicalismo e houve deflagração de greve em 2012, algo que não acontecia há muitos anos. “A Federação estará presente em todas as etapas da negociação dos acordos do BNDES, como já vem acontecendo nos últimos anos,” anuncia Maggi. A Contraf-CUT também esteve presente no congresso, representada pelo secretário de organização, Miguel Pereira, e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, pela diretora de Bancos Públicos, Luciana Vieira.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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São Gonçalo tem nova lei que amplia segurança bancária

A partir de outubro, as agências e postos de atendimento bancário de todas as instituições financeiras localizadas em São Gonçalo terão que obedecer a novas determinações de segurança. A lei 490/2013 foi sancionada em 11 de junho e traz inovações que atendem às reivindicações que bancários e vigilantes fazem para ampliar a segurança nos estabelecimentos bancários. O projeto de lei foi proposto pelo vereador Marlos Costa (PT), o mesmo que propôs a lei da fila no município, aprovada ano passado.


A lei exige porta giratória antes do autoatendimento, equipada com detector de metais, travamento automático, vidros à prova de balas e janela para entrega de objetos; armários com chaves para os clientes guardarem seus pertences que não possam ser levados para dentro do estabelecimento; vidros blindados nas fachadas; câmeras com captação de imagens em cores e boa definição para monitoramento e gravação, dotadas de caixa de proteção e bateria de emergência, com armazenamento das imagens em local fora do estabelecimento e fácil acesso às ultimas 24 horas de gravação em todas as áreas da agência, inclusive autoatendimento; divisórias entre guichês e biombos separando a área de atendimento da área de fila, tanto no interior da agência quanto no hall dos caixas automáticos; proibição dos vigilantes realizarem qualquer tarefa que não seja de segurança e obrigatoriedade de fornecimento de colete à prova de balas, arma de fogo e arma não letal autorizada, bem como assento e escudo de proteção.


Um detalhe importante da lei é que ela inclui medidas para coibir as saidinhas, assaltos que acontecem fora das agências. O uso de biombos e divisórias impede que quem está na fila ou no guichê ao lado observe a operação que a pessoa está realizando. Outra medida prevista é a instalação de câmeras voltadas para o lado de fora da agência, permitindo identificar os assaltantes – o que sempre inibe a ação de bandidos.


Para Ademir Wiederkehr, representante da Contraf-CUT na Comissão Nacional de Segurança Bancária, a lei é um avanço. “Esta lei aprovada em São Gonçalo é baseada no modelo de projeto de lei elaborado pela Contraf-CUT e CNTV para melhorar a segurança dos estabelecimentos e combater o crime da ‘saidinha de banco’. São medidas viáveis e eficientes para prevenir assaltos e sequestros” analisa Ademir.


Trabalho conjunto


A Comissão Nacional de Segurança Bancária é formada por representantes da Contraf-CUT e da CNTV – Confederação Nacional dos Vigilantes e vem trabalhando para melhorar as condições de trabalho e atendimento das agências. O bancário Ademir Wiederkehr preside a comissão, que vem atuando junto à Fenaban, à Polícia Federal e ao Congresso Nacional para promover a criação e implementação de medidas que tornem os bancos mais seguros para as pessoas. Uma das ações da Comissão foi elaborar um modelo de projeto de lei para ser levado pelos sindicatos de todo o país aos vereadores e deputados estaduais. Em alguns municípios as medidas tem sido propostas isoladamente, mas em outros, como São Gonçalo, a lei aprovada contempla todos os tópicos propostos pela comissão. “A aprovação da nova legislação é uma resposta positiva do poder público diante da insegurança e certamente vai ajudar a proteger a vida de trabalhadores e clientes dos bancos”, acredita o Ademir.


Punição


A lei aprovada em São Gonçalo impõe aos bancos punições em caso de não cumprimento do que determina o texto sancionado. Os estabelecimentos infratores sofrerão advertência, multa de 10 mil UFISGs, multa de reincidência no valor de 20 mil UFISGs após 30 dias e interdição, um mês após a aplicação da segunda multa.


Outro avanço é que, segundo a lei, os sindicatos locais de bancários e de vigilantes poderão denunciar ao poder público local as infrações cometidas pelos bancos.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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CUT e demais centrais sindicais decidem realizar ato conjunto no dia 11 de julho

A CUT, as demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB  e NCST), e o MST decidiram, em reunião realizada nesta terça-feira (25), em São Paulo, organizar atos conjuntos – do movimento sindical e social – no próximo dia 11 de julho em todo o País – e também os itens da pauta que serão levados à presidenta Dilma Roussef, em audiência que será realizada amanhã (26), no Palácio do Planalto, em Brasília.


As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país dos últimos dias.


“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.


Segundo o dirigente, além de mais investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 – “esse PL nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da terceirização”, de acordo com Vagner.


“O que motivou a população a ir às ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte coletivo. Concordamos que o transporte coletivo tem de ser subsidiado pelos governos, mas isso não pode impedir investimentos em saúde, educação e segurança e transporte de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o presidente da CUT.


Para ele, o Brasil melhorou muito nos últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que da porta para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e da saúde está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos salariais em escola, saúde e segurança privados”, justificou Vagner.


“Não fizemos as mudanças estruturais necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está falido, a representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, só elegem. A sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das eleições,” completou o dirigente.


Plebiscito


Sobre o plebiscito proposto ontem pela presidenta Dilma Rousseff para consultar a população sobre a Reforma Política, Vagner disse que a proposta é positiva porque o povo brasileiro quer participar.


Segundo ele, independentemente do debate técnico sobre a constitucionalidade ou não da consulta popular, a proposta é positiva porque a  sociedade tem de ter mecanismos para vigiar.


“Ouvir o povo é importante. Os governantes têm de ter esse tipo de postura – que a presidenta Dilma teve – de, durante seu mandato ouvir os eleitores, isso é democracia representativa”, disse Vagner, esclarecendo sempre que não estava falando da Constituição, de questões jurídicas e, sim, da importância de se ouvir a opinião da população.


“Votar não é dar tutela. Tem de ouvir a voz que veio das ruas e o que veio foi, principalmente, a insatisfação do povo com a prática política pequena, para dentro e não para fora. O povo não aguenta mais e quer participar”, concluiu  Vagner.


O calendário de mobilizações construído hoje, as manifestações e paralisações no dia 11 de julho será debatido pela Direção Nacional da CUT, que se reunirá em São Paulo na próxima quinta-feira, dia 27. Só neste dia, a CUT vai referendar, oficialmente, o calendário.


Pela CUT, participaram da reunião desta terça-feira, na sede da UGT, além de Vagner, Julio Turra (diretor Executivo), Valeir Ertle (secretário adjunto de Organização) e Quintino Severo (secretário de Administração e Finanças).

Escrito por: Marize Muniz

Fonte: CUT Nacional

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Todos sob controle

Frei Betto *


O novo herói da transparência democrática se chama Edward Snowden, tem 29 anos, e nasceu em Maryland, vizinho do Fort Meade, sede da poderosa NSA (sigla em inglês para designar a Agência de Segurança Nacional dos EUA). Ele nunca completou o ensino médio e foi dispensado do serviço militar, em 2003, devido a um ferimento. Como demonstrava grande talento para a informática, a CIA o recrutou.


Agora ele se encontra refugiado em Hong Kong por denunciar, com provas, que o governo dos EUA, através da NSA, controla a vida privada de milhões de cidadãos. Os jornais The Guardian, britânico, e Washington Post, estadunidense, publicaram os documentos sobre o projeto Prisma, vazados por Snowden em maio deste ano. Ele trabalhava para empresas contratadas pela NSA, como a Dell e, nos últimos meses, para a Booz Allen Hamilton.


Os documentos comprovam que a NSA tornou-se o verdadeiro Big Brother, descrito no célebre romance 1984, de George Orwell. Ela pode entrar em seu email, gravar todos os seus telefonemas, apropriar-se de todos os dados de seu cartão de crédito, como já vem monitorando a vida privada de quase 5 milhões de cidadãos. Segundo Snowden, basta conhecer o email de uma pessoa para se ter acesso a todo conteúdo do computador dela.


Com a invenção do Facebook já não é preciso recrutar espiões. Muitos usuários descrevem ali sua rotina diária, preferências e até intimidades amorosas. Mark Zuckerberg, seu inventor, admite que “utilizamos as informações (divulgadas pelos internautas) para prevenir atividades potencialmente ilegais.” Todo adepto do Facebook, ao clicar seu acordo às normas, aceita que todos os seus dados sejam “transferidos e estocados nos EUA”.


“Não quero viver num mundo em que tudo que faço e digo fica registrado”, justificou-se Snowden. Acrescentou que agiu assim porque “progressivamente tomei consciência de que os presidentes podem mentir para se manter no poder e ignorar suas promessas públicas sem consequências.”


O governo Obama não sabe onde enfiar a cara. Os documentos comprovam que a NSA burla inúmeras leis dos EUA, além de ser protegida por “leis secretas”, recurso que, ao arrepio dos princípios do Direito, é adotado pelas ditaduras. A esperança de Snowden é que a Justiça de seu país venha a contestar a vigilância eletrônica praticada em larga escala pela NSA.


Edward Snowden ingressa, agora, na seleta lista dos whistleblowers (acionadores de alertas). Um dos mais famosos deles é Daniel Ellsberg, funcionário do Departamento de Estado que, em 1971, vazou os papéis do Pentágono denunciando o verdadeiro caráter da guerra do Vietnam. Na época, ele trabalhava para a Rand Corporation, um instituto de pesquisa estreitamente vinculado aos serviços secretos estadunidenses.


Ellsberg fez vazar 43 volumes ultra confidenciais, com 7 mil páginas, provando que, de Eisenhower a Nixon, todos os presidentes mentiram sobre o envolvimento dos EUA no Vietnam. Isso fez mudar a opinião pública que, a partir de então, passou a exigir o fim da guerra, que terminou com a derrota de Tio Sam.


Nixon ficou tão furioso que, após ofender a progenitora do denunciante, mandou invadir o consultório do psiquiatra dele, em busca de informações que pudessem desacreditá-lo, e tentou colocar LSD em sua sopa. O processo se encerrou em 1973, quando a defesa de Ellsberg comprovou que houve escutas ilegais e “provas” fabricadas. Hoje, aos 82 anos, ele defende os jovens acionadores de alertas.


Outro é Bradley Manning, analista militar no Iraque que, aos 22 anos, repassou ao WikiLeaks de Julian Assange 700 mil documentos.


Como Snowden e Manning, funcionários subalternos, puderam ter acesso a documentos ultra secretos? A resposta, segundo analistas, é o pânico que tomou conta dos EUA após a queda das Torres Gêmeas, em 2001. A pressa em recrutar agentes para os serviços de espionagem impede uma seleção mais criteriosa.


“Uma de nossas obrigações é garantir que os EUA permaneçam seguros”, declarou a senadora democrata Dianne Feinstein após a denúncia de Snowden. Obama não foi menos enfático: “É preciso admitir que não se pode ter 100 % de segurança e, ao mesmo tempo, 100 % de privacidade e nenhum inconveniente.”


Eis a consagração do Estado Policial, capaz de controlar todos os seus cidadãos. O medo do terrorismo doméstico faz com que, hoje, 56 % dos estadunidenses apoiem a vigilância telefônica e eletrônica da população.


Temos, então, um arremedo de democracia. Uma democracia sem liberdade e privacidade. Comprovar que democracia e liberdade individual não são compatíveis é, sem dúvida, uma vitória de Osama Bin Laden.


 


* Frei Betto é escritor, autor de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros.
www.freibetto.org     twitter: @freibetto.






Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (
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Fonte: Frei Betto

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Município de Três Rios proíbe impressão de comprovantes em papel térmico

Foi sancionada em Três Rios no início de maio a lei 3820/2013, que determina a proibição do uso de papel térmico para impressão de comprovantes por todas as instituições financeiras em operação no município. Fica determinado também que o tipo de papel adotado em substituição deverá oferecer uma durabilidade mínima de cinco anos para o conteúdo impresso.


A lei é uma conquista alcançada pelos trirrienses por esforço do Sindicato dos Bancários. A direção da entidade procurou o vereador Diógenes (PMDB) e reivindicou a apresentação de um projeto de lei para tratar da questão.


O movimento sindical bancário vem ouvindo há vários meses as reclamações de clientes e usuários de bancos quanto a várias práticas referentes ao atendimento. Uma delas é justamente o uso de papel térmico para emissão de comprovantes – sobretudo nos bancos onde a autenticação não é feita no próprio documentos de cobrança. “O papel usado pela maioria dos bancos é sensível ao calor. Então, a impressão desaparece quando o comprovante é exposto à luz, mesmo que rapidamente. Se o cliente sair da agência com o comprovante nas mãos num dia de sol, o papel já escurece um pouco. Se colocar no bolso da roupa, o calor do corpo também provoca escurecimento. E com o papel escurecido, não é possível ler o que foi impresso. Isso sem falar que, mesmo em local fresco e escuro, a impressão se apaga em pouco mais de um ano. Desta maneira, os clientes e usuários de bancos são obrigados a fazer cópias dos comprovantes para o caso de terem que apresenta-los. Ouvimos muitas reclamações sobre isso”, relata Nilton Damião Esperança, presidente do Seeb-Três Rios.


A lei entrou em vigor na data da publicação e os bancos que operam em Três Rios precisam implementar o novo sistema de impressão de comprovantes ao final de noventa dias – no início de agosto. Assim que a exigência entrar em vigor, o sindicato dos bancários de Três Rios fará vistorias periódicas às agências bancárias do município para averiguar o cumprimento da lei.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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BB: Eleição para Caref terá segundo turno na próxima semana

As eleições para o Conselheiro Administrativo Representante dos Funcionários do Banco do Brasil – Caref terão o segundo turno entre os dias 24 e 28 de junho. No primeiro turno, Rafael Matos foi o mais votado e Ronaldo Zeni, o segundo colocado. Podem votar todos os funcionários da ativa, através do SISBB. Os candidatos são identificados pelos seus números de matrícula funcional.  


Rafael Matos (matrícula F8369846) é o candidato apoiado pela imensa maioria dos sindicatos e federações cutistas do país e por Sérgio Farias, representante titular da Federação na CCC/BB. Ele esteve em campanha no Rio de Janeiro e gravou um vídeo para nossa reportagem. Confira:


 



 


Saiba mais sobre a plataforma e o perfil Rafael Matos:
Blog:  rafaelmatoscaref.wordpress.com
Facebook:  facebook.com/pages/Rafael-Matos/384184665032831


 


Entenda


O Conselho Administrativo é a instância máxima da gestão do BB e tem sete membros – o presidente do banco, três indicados pelo governo federal, dois indicados pelos acionistas minoritários – atualmente são da Previ – e o Caref, que é eleito pelo funcionalismo. Até 2000 havia um cargo semelhante – chamado Garef – que foi extinto no governo FHC. Depois de longa batalha, entrou em vigor em março de 2011a lei 12.353/2010 que garantiu aos funcionários de estatais que qualquer empresa pública ou de economia mista com mais de 200 funcionários terá um representante dos empregados no conselho.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Notas da CUT Nacional e CUT-RJ sobre manifestações pela redução das tarifas






Nota da CUT Nacional

Uma conquista da mobilização social

A Central Única dos Trabalhadores comemora mais uma vitória da democracia brasileira, fruto das manifestações em todo o País que conquistaram a redução de tarifas de transporte coletivo. Em nota oficial, divulgada na sexta-feira (14/06), a CUT já empenhava seu apoio aos manifestantes que lotaram as ruas de São Paulo e outras capitais, apesar da repressão policial imposta por alguns governantes.

Com uma história pautada na luta pela democracia e pela qualidade de vida da classe trabalhadora, a CUT seguirá lutando por transporte, educação e saúde públicos de qualidade; por trabalho decente; pelo fortalecimento da democracia; pela reforma política e pela democratização da mídia, para que ela se torne mais inclusiva e dê vez e voz ao conjunto da sociedade.

São Paulo, 19 de junho de 2013.

VAGNER FREITAS
Presidente Nacional da CUT


SERGIO NOBRE
Secretário-Geral Nacional da CUT





CUT participará dos atos em todo o país

Orientações para as Estaduais e Ramos da CUT e todos seus filiados

Considerando que sempre estivemos ao lado dos trabalhadores/as e dos movimentos sociais, a Executiva Nacional da CUT orienta:

1 – Devemos participar das atividades em todo o Brasil, contribuindo de forma organizada, com nossas reivindicações históricas, como a Plataforma de Reivindicações da Classe Trabalhadora, evitando qualquer depredação ou saque e valorizando a mobilização;

2 – É importante que a militância se identifique como CUTista, usando camisetas da CUT, bonés e faixas, sem criar constrangimento para outros movimentos;

3 – Nossa solidariedade ao movimento é fundamental e devemos explicitar isso, por exemplo, levando faixas de solidariedade e colocando nossa infraestrutura à disposição;

4 – Devemos, mais uma vez, valorizar também as negociações com os representantes dos governos municipais, estaduais e federal;

5 – Finalmente reforçamos que devemos evitar qualquer tipo de conflito. O movimento deve continuar pacífico;

A CUT teve papel fundamental na redemocratização do Brasil, na luta dos trabalhadores/as do campo e da cidade, na luta por anistia e pela democratização dos meios de comunicação.

A CUT continua tendo papel fundamental na organização e representação da classe trabalhadora e ao longo destes 30 anos de existência, muita coisa evoluiu no Brasil, mas muita coisa precisa melhorar. É preciso ouvir o clamor do povo.
 

São Paulo, 20 de Junho de 2013.
Nota da CUT-RJ

A Central Única dos Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro vem a público expressar sua profunda apreensão com os episódios envolvendo as manifestações, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em outras cidades do país, pela redução do preço das tarifas dos ônibus.

Primeiro, é bom que fique claro o compromisso de vida da nossa central em relação ao direito à livre manifestação e expressão. Para nós, o direito ao protesto popular é uma das conquistas democráticas mais importantes da história recente do Brasil, para o qual muito contribuiu o sindicalismo classista, combativo e cidadão da CUT. Foi na rua que a central se firmou como referência de luta da classe trabalhadora brasileira.

Por isso, repudiamos com veemência a brutalidade da repressão policial, especialmente na capital paulista. Também deploramos a postura da grande mídia, que acabou provando do próprio veneno ao insuflar a violência policial e depois ser obrigada a mudar o foco de sua cobertura diante do número de profissionais de imprensa atingidos pela violência da PM paulista.

No fundo, os barões da mídia estão se lichando para as reivindicações da população, apostando sempre na criminalização dos movimentos sociais e no ataque ao partido que governa o país há 10 anos.

Por outro lado, merece também a nossa condenação a minoria que se aproveita dessas manifestações para depredar o patrimônio público e causar transtornos à vida dos transeuntes.

Aproveitamos a oportunidade para nos congratularmos com a volta da juventude às ruas em nome de causas coletivas, revigorando o sistema democrático. Ao mesmo tempo em que pregamos o diálogo entre as partes e o desarmamento dos espíritos como saídas para o conflito, conclamamos a sociedade à discussão estratégica sobre mobilidade urbana e o direitos de todos ao transporte verdadeiramente de massas.

Não foi à toa que o tema mobilidade urbana foi o eixo central do nosso último congresso estadual. É hora de cerrar fileiras para trocar os ônibus em péssimo estado de conservação e tarifas caras por trens, metrôs e barcas, integrados e com tarifas que caibam no bolso de trabalhadores e trabalhadoras.

Porém, não é possível falar em transporte de qualidade no Rio sem denunciar o péssimo serviço prestado à população pelas concessionárias SuperVia, Metrô-Rio e Barcas S/A, com a omissão e a conivência do governo do estado, o poder concedente. Em nome do interesse público, a cassação dessas concessões é condição preliminar para o resgate do direito de milhões de usuários a um transporte digno e eficiente.

É esse o desafio que a história coloca diante de nós.

Rio de Janeiro, 14 de junho de 2013

Direção da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Como evitar bandidos precoces

Frei Betto *


Já que o assunto é redução da maioridade penal, tenho uma sugestão que, com certeza, facilitará, e muito, a prevenção à criminalidade.


Supondo que reduzir de 18 para 16 anos é mero paliativo juridicês, tendo em vista que há assassinos com menos de 16 anos, deve-se encontrar uma solução para que, em breve, não haja nova campanha para criminalizar pivetes de 14, 12 ou 10 anos de idade. Sei inclusive de casos em que o criminoso tinha 6 e 5 anos. O que fazer?


Não sendo eu jurista, mas apenas opinista, meto a colher nesse caldeirão para sugerir que se instale uma delegacia de polícia em cada maternidade. Assim, como somos todos tratados como potenciais terroristas em aeroportos, o que obriga a nos submeter a controles eletrônicos e revistas pessoais (talvez o leitor nem desconfie que uma fivela de cinto ou um adorno de metal no sapato é capaz de derrubar um avião!), todo bebê passa a ser considerado, pela legislação vigente, um bandido em potencial.


Até os filhos de ricos?, pergunta minha tia Maroca. Até eles, tia. Não sabe a senhora que entre filhos de famílias abastadas há viciados em drogas que, fora de si, são capazes de hediondas atrocidades?


A senhora não lê jornais? (Não lê, bem sei, só se informa pela TV, que, em geral, omite crimes de gente rica). Não sabe que, infelizmente, os pobres são mantidos presos sem culpa formada e sentença decretada, enquanto os ricos criminosos contratam bons advogados que os mantêm em liberdade?


Até os bebês nascidos em berço esplêndido deveriam ser preventivamente fichados na delegacia maternal. Todo exame pré-natal seria remetido ao Instituto Médico Legal, onde se faria também, via gota de sangue, o exame genético.


Como todos sabemos, alguns fetos trazem de berço, ou melhor, de barriga, o gene da compulsividade assassina. Você, leitor, e eu, por exemplo, graças a Deus nascemos livres desse maldito gene. Nunca matamos ninguém além de baratas e aulas.


Aqueles, entretanto, que a perícia identificar dotados do referido gene (que, curiosamente, predomina entre bebês das classes desfavorecidas) seriam sumariamente abortados.


Calma, tia Maroca, calma! Nenhum problema com a Santa Madre Igreja. Ela não apregoa o pecado original, versão bíblica do gene maldito? Não defende que é preciso cortar o mal pela raiz?


Os bebês que, por acaso, lograrem nascer antes de emitido o laudo pericial, não seriam registrados em cartório, mas fichados na polícia. Não receberiam certidão de nascimento, e sim prontuário. Não iriam ao berçário, mas ao crechário, a creche do sistema penitenciário. Não teriam direito a carrinhos, e sim a gaiolas.


Tia Maroca, ao ter o privilégio de ser a primeira a conhecer minha magistral ideia, objetou se a criminalidade não seria decorrente da falta de educação, tanto na família quanto na escola, e das precárias condições sociais nas quais muitos nascem e são criados.


Nada disso, querida tia! A senhora se refere a pais desempregados ou submetidos a subempregos, que mal podem criar seus filhos? E a mão invisível do Mercado, cometeríamos o grave erro de amputá-la?


A tia argumenta que pais alcoólatras espancam suas crianças que, revoltadas, se tornam violentas. Ora, tia, como prejudicar a promissora indústria de bebidas alcoólicas, que tantos tributos pagam ao governo? Com esse moralismo inócuo?


Sim, sei que a senhora vive propalando que a maioria de nossas escolas não oferece educação de qualidade, a matricula é cara, não há aulas em tempo integral, os índices de reprovação e evasão escolares são altos.


O que espera a senhora? Que o governo gaste seu rico dinheirinho com educação? Cada família que se vire! O que seria de nossos nobres deputados, senadores, juízes, ministros, andando por aí mal vestidos, parados no ponto de ônibus à espera de condução ou espremidos no metrô, viajando por via terrestre em nossas estradas esburacadas, morando em cortiços e desprovidos de gabinetes bem equipados?


Seria uma vergonha para a nação! A falência do poder público! Imagina a cara de um político vendo a sua piscina vazia! Não combina com a beleza de uma mansão. Água em banheiro e cozinha de escola pública não faz tanta falta. É até educativa essa estiagem. Obriga a garotada a economizar água e limpar as partes pudendas com jornal velho.


Ora, não quero fugir ao tema nem aborrecer o leitor. Proponho, em resumo, que toda criança vadia seja recolhida por viaturas semelhantes às antigas carrocinhas de cachorro e tratada pelo método Lombroso. E para evitar arrastões, que haja nos restaurantes equipamentos de controle eletrônico iguais aos de aeroportos, o que impediria a entrada de armas ilegais. Os frequentadores, desde que portadores de armas legais, seriam admitidos.


(Só falta tia Maroca gritar em favor do desarmamento geral, prejudicando os robustos negócios da indústria e do comércio de armas).


Tenho dito. O feito fica por conta do poder público.



* Frei Betto é escritor, autor de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros.
www.freibetto.org    twitter: @freibetto






Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (
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Fonte: Frei Betto

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SANTANDER: desvio de função causa prejuízo a bancários

Com o processo contínuo de demissões que vem ocorrendo no Santander, bancários estão sentindo no bolso a consequência do desvio de função. Coordenadores estão assumindo os guichês, mas sem receber a verba chamada de quebra de caixa. Quando há diferenças, o dinheiro é descontado do salário.


Esta situação está ocorrendo em todas as regionais do município do Rio de Janeiro. “Antigamente, coordenadores assumiam os guichês uma vez ou outra, ou no horário de almoço. Agora, como há muitos caixas licenciados pelo INSS, acontece quase todo dia”, relata Luiza Mendes, diretora da Federação.


O número de coordenadores é pequeno, já que o banco redefiniu a dotação das agências. Somente as classificadas como A, B e C têm coordenadores, sendo que as do último segmento tem somente um. Nas agências D e E não há funcionário nesta função. Quando há demanda, os GAs abrem o caixa. Também estes funcionários pagam do bolso as diferenças. “Teve um GA que precisou pagar R$ 1 mil de uma diferença, e saiu do salário dele”, relata Arnaldo Malaquias, dirigente do Seeb-Rio.


Fim do rodízio no Safra


A prática adotada pelo Banco Safra de deslocar frequentemente seus funcionários, que trabalhavam cada dia numa agência, acaba de ser suspensa. A conquista é fruto de negociação com o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Em mesa, o banco se comprometeu, também, a designar os bancários para agências próximas a suas residências, sempre que isso for possível.


Outro avanço obtido nesta negociação foi o compromisso do banco comunicar previamente ao sindicato sempre que for demitir um bancário. Ainda não é o fim das demissões, mas, pelo menos, permite que o sindicato possa tentar intervir em prol do trabalhador.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Grávida demitida por justa causa ganha processo contra Santander

A bancária Tatiane Talarico Menezes foi demitida do Santander por justa causa em dezembro de 2010. A pena máxima foi aplicada depois que a funcionária informou que estava grávida. Tatiane acionou o banco, usando seu direito previsto em lei quando há demissão por justa causa, e ganhou a ação. O banco recorreu, mas o colegiado dos desembargadores do TRT que avaliou o recurso confirmou a sentença e ainda acrescentou os danos morais.


O banco tentou convencer a Justiça de que a justa causa havia sido corretamente aplicada acusando a bancária – injustamente – de fraude. O banco alegou que foi aberto um processo investigativo interno e afastou a bancária de suas funções. Mas o banco não apresentou à Justiça nenhuma prova de que a bancária tivesse cometido alguma ilegalidade. “O ônus da prova cabe ao empregador. Tanto a sentença quanto o acórdão do Tribunal destacam que o Santander não apresentou nenhum documento que comprovasse a fraude”, ressalta a assessora jurídica da Federação, Ana Luísa Palmisciano, que representou a bancária no processo. A tese formulada pela advogada foi de que qualquer eventual erro nos procedimentos – que o banco chamou de indisciplina – teria sido motivado pela pressão para bater metas e pela falta de treinamento. Outra alegação é de que a aprovação e liberação das operações realizadas não competem à função que Tatiane exercia, mas a seus superiores. Este último argumento foi confirmado pelo depoimento de uma testemunha convocada pela defesa do banco. “A responsável pela investigação falou em fraude o tempo todo, mas não provou nada. E o outro bancário que foi depor afirmou que não era da alçada de Tatiane aprovar empréstimos ou verificar autenticidade de assinaturas, e que a palavra final deveria ser de seus chefes”, relata a advogada.


Além da conversão da justa causa em demissão imotivada, a bancária recebeu todas as verbas rescisórias devidas e indenização pelo período de estabilidade não gozado. A Justiça entendeu que, tendo sido irregularmente demitida, Tatiane deveria receber pelos meses em que fazia jus à garantia do emprego – toda a gestação, mais cinco meses de estabilidade após o parto.


Danos


A Justiça Trabalhista concedeu ainda indenização por danos morais pela forma como o banco tratou a bancária durante a investigação interna e também pelo stress a que foi submetida durante a gestação. A inicial do processo ressalta que Tatiane chegou a ser chamada de ladra pela responsável pela investigação. Também foi ressaltado que a bancária sempre se destacou por seu desempenho, sendo frequentemente elogiada por seus superiores e tendo ficado entre os cem melhores de sua área num ranking nacional. O processo tinha anexados, ainda, os laudos médicos que comprovavam os transtornos mentais de que a bancária passou a sofrer depois de ser submetida a tamanho sofrimento psicológico em razão do afastamento.


O depoimento da segunda testemunha também foi fundamental para que a bancária ganhasse o pagamento da 7ª e 8ª horas como extras, já que o banco não convenceu o juízo de que sua função deveria ter jornada de 8 horas. A sentença e o acórdão evidenciam que Tatiane não tinha subordinados, alçada ou autonomia. Para a Justiça, o fato do banco considerar o cargo de confiança e o pagamento do acréscimo de 1/3 de gratificação sobre o salário não justificam a jornada maior.


Tem que processar


A demissão por justa causa é muito danosa ao trabalhador. O demitido não pode sacar o FGTS, nem tem direito à multa de 40 % sobre o saldo que a empresa lhe paga nas demissões imotivadas. Também perde o direito ao aviso prévio e não pode requerer o seguro-desemprego. O único temor – infundado – do trabalhador é de “sujar a ficha”. Mas a legislação o protege, garantindo que nenhuma anotação em sua carteira profissional apontará a justa causa como motivo da dispensa.


O grande problema é que muitos trabalhadores não sabem que a justa causa é uma acusação e que eles têm direito de se defender na Justiça. A lei garante um prazo de dois anos desde o fim do contrato para o trabalhador processar o empregador, mas o desconhecimento da legislação faz com que muitos deixem de procurar seus direitos. “O acesso à Justiça pressupõe o conhecimento do direito e da institucionalidade. Mas, além de conhecer os direitos, o trabalhador também precisa confiar na Justiça”, destaca Ana Luísa Palmisciano. “O caso da Tatiane é um exemplo de que não se deve simplesmente aceitar a demissão por justa causa. Ela contestou e o Santander não provou o motivo. A vitória desta bancária mostra que vale a pena lutar por seus direitos”, destaca Luísa Mendes, diretora da Federação.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES