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Notícias dos Sindicatos

Sindicato dos Bancários de Três Rios denuncia caos em agência do Itaú

Nesta sexta-feira, 31 de maio, o Sindicato dos Bancários de Três Rios e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), esteve na agência 299 do Banco Itaú, localizada na Rua Presidente Vargas, em Três Rios, para conversar com funcionários, clientes e usuários do banco, e mostrar a situação caótica em que se encontra o local.

A razão principal desta situação, foi o fechamento da outra agência que existia. Agora, com tudo concentrado em uma agência somente, todos que precisam do banco, estão sofrendo: funcionários com a sobrecarga de trabalho, clientes e usuários com a demora no atendimento e filas grandes.

O Sindicato já havia alertado que esses problemas iriam surgir, já que uma agência somente, não daria vazão à demanda necessária.

Nilton Damião, Presidente do SEEB de Três Rios, comentou sobre a situação. “Entramos em contato com o banco, que nos prometeu a contratação de mais funcionários. Pedimos, também, que as autoridades façam uma fiscalização, pois é desumano o que está ocorrendo com os clientes, usuários, idosos, deficientes físicos e, principalmente, com os funcionários, que são diretamente responsáveis pelos lucros do banco, mais de 9 bilhões. Vamos continuar cobrando e pedimos a compreensão com os funcionários que estão sobrecarregados e sendo cobrados por metas inatingíveis.”

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Notícias da Federação

Fetraf RJ/ES participa de reunião preparatória para o 34º CNFBB

Através do Diretor de Bancos Federais, Danilo Funke Leme, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) participou, nos dias 27 e 28 de maio, de uma reunião preparatória para o 34º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), que acontecerá nos dias 5 e 6 de junho. A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e a Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, foram parte do debate central de prioridades, assim como a revisão das bases de cálculo da PLR e o Plano de Cargos, defasado, do BB.

A reunião ocorreu na sedes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, e contou com a participação de integrantes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Danilo defendeu as propostas e tese apresentadas na 26ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, realizada pela Fetraf RJ/ES, em Guarapari (ES).

“Como maiores propostas apresentadas e reiterada a defesa, com ênfase na crítica da falta de uma Vice Presidência de pessoal, pois as GEPES Sudeste não tem poder de decisão frente a uma DIPES, que fica refém de um interesse e objetivo comercial prioritário do BB, diante do cuidado com o funcionário. O assédio moral em busca de metas estratosféricas é o grande inimigo e responsável pelo adoecimento dos funcionários do BB. Recorde atrás de recorde comercial, infeliz e automaticamente, vemos os colegas cada vez mais com problemas de saúde mental. E isso porque o BB não dá os números de licenciados por esse problema. Absurdo.”, declarou Danilo Funke.

E completou. “Falta cobrar um comprometimento maior da presidência do BB e envolvimento do presidente Lula que, muitas vezes, não sabe o que de fato acontece em relação ao funcionalismo. Como disse na posse da atual presidente do BB, Tarciana, que foi muito criticada pela proposta de aumento de salário proposto no CA do banco, como Diretor de Bancos Públicos e representante do CEBB apresentei a ideia aprovada em diretivo da FETRAF RJ/ES, que deveríamos oficiar o presidente que representa o maior acionista do BB, que é o governo federal, e que nunca se furtou do debate e defesa dos trabalhadores mas tem que ser acionado pelos movimento sindical. O assédio moral, também, é o grande inimigo dos funcionário do BB, hoje. Metas abusivas e adoecimento mental é uma triste realidade que vivemos e que, infelizmente, a direção do BB não arruma soluções, essa é a grande verdade.”

Durante o 34º CNFBB será definida e aprovada a pauta específica de reivindicações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos funcionários do Banco do Brasil, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que irá debater, também, a renovação
da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.

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Notícias dos Sindicatos

Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense visita agência da Caixa explodida

Nesta última segunda-feira, 27 de maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), esteve na agência da Caixa Econômica Federal que criminosos explodiram, no último domingo (26), em Japeri.

Os Coordenadores Gerais Pedro Batista e Renata Soeiro conversaram com os funcionários e funcionárias que estavam presentes no local, conferiram as condições em que a agência se encontra, e prestaram todo o tipo de auxílio, assistência e atendimento que este tipo de ocorrência necessita.

A gerência garantiu que a saúde e a segurança são prioridades neste momento, e informou que os trabalhadores serão realocados para agências próximas de suas residências, e que a agência permanecerá fechada, sem previsão de reabertura.

Ainda não se tem a informação se algum dinheiro foi levado.

Segundo informações, os criminosos, ao perceberem a chegada dos PMs do 24º BPM (Queimados), atiraram contra os agentes e fugiram.

Portas de vidros foram estilhaçadas, e parte do teto caiu. Segundo a Polícia, pelo menos 15 criminosos participaram do ataque.

Agentes da Polícia Federal fizeram uma perícia no local. Funcionários disseram que criminosos já explodiram o local pelo menos duas vezes antes.

A Caixa Econômica Federal emitiu uma nota sobre o caso:

A CAIXA esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes.

Informamos que a agência Japeri (Rj) permanecerá fechada e a data de abertura será informada oportunamente.

Clientes que necessitem de atendimento presencial podem se dirigir às unidades próximas da Rede de Atendimento CAIXA, conforme relação abaixo: 

  • Megacred Loterias: Avenida Leny Ferreira, 219, Centro, Japeri (RJ)
  • Agência Paracambi: Rua Francisco Dias Raposo, 43, Centro, Paracambi (RJ)
  • Agência Seropédica: Avenida Ministro Fernando Costa, 1000, Boa Esperança, Seropédica (RJ)
  • Agência Itaguaí: Rua Doutor Curvelo Cavalcanti, 499, Centro, Itaguaí (RJ)
  • Agência Queimados: Rua Vereador Marinho Hemeterio Oliveira, 80, Centro, Queimados (RJ)

Fonte: SEEB Baixada Fluminense (RJ)

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Sindicato dos Bancários de Macaé faz ato contra demissões no Itaú

Na última quarta-feira, 22 de maio, o Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), protestou contra as demissões que vem ocorrendo no Banco Itaú.

As diretoras e diretores do Sindicato percorreram todas as agências da instituição financeira no Centro de Macaé, distribuindo panfletos informativos e conversando com funcionários, clientes e usuários do banco.

Para Paulo Alves, Presidente do SEEB Macaé, “o cenário é bem crítico e desafiador para o movimento sindical, quando o assunto é demissão e fechamento de agências. O que observamos, na realidade, é uma rotatividade de funcionários sem precedentes, agências lotadas com déficit de funcionários, acarretando a sobrecarga de trabalho e uma taxa de afastamento por adoecimento crescente. Em nossa Conferência  Interestadual, realizada no dia 18 de maio, em Guarapari (ES), um dos eixos definidos para o encontro nacional, a ser discutido com os bancos, será o emprego, sua manutenção e o papel social do banco. Precisamos mobilizar a categoria para a Campanha Nacional, afim de renovarmos nosso acordo coletivo que se aproxima. Juntos somos mais fortes.”, declarou.

Fonte: SEEB Macaé

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Fetraf RJ/ES completa 66 anos na defesa da categoria bancária

Nesta quinta-feira, 23 de maio, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região, completa 66 anos de lutas e conquistas, de defesa da democracia, dos direitos da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo.

“Quero parabenizar nossa aguerrida Federação, que nunca perdeu ou perderá sua essência, que é a luta por direitos e novas conquistas. Sabemos das dificuldades impostas mas, junto com os fortes sindicatos que fazem parte da entidade, estamos prontos para todos os desafios que vem pela frente. Vida longa!”, declarou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Fundada em 1958, dentro de um esforço coletivo de sindicalistas bancários de todo o país, para a construção de uma entidade nacional, a Fetraf RJ/ES tem uma extensa trajetória de lutas e conquistas, se firmando como uma referência nacional do movimento sindical bancário.

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Notícias da Federação

Fetraf RJ/ES participa da Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), através do Presidente, Nilton Damião Esperança, e do Diretor Geral de Finanças, Wagner Figueiredo, esteve presente na Marcha da Classe Trabalhadora, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras representações sindicais, nesta quarta-feira (22/5), em Brasília.

Trabalhadoras e trabalhadores das mais diversas categorias se concentraram às 8 horas, em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, e partiram em direção à Esplanada dos Ministérios.

Com o tema “Dignidade para quem faz o estado”, o objetivo da manifestação é apresentar ao Presidente Lula, e ao Congresso Nacional, uma agenda que garanta o pleno emprego, melhores salários e o desenvolvimento econômico e social do país.

Dentre as bandeiras de lutas, estão a revogação da Reforma Trabalhista e da Previdência, a revogação do Novo Ensino Médio, e a valorização do serviço público, além da valorização do salário mínimo e das aposentadorias.

Outra exigência da mobilização é a retirada do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 32, a chamada Reforma Administrativa, da pauta do Congresso. Apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a PEC é considerada um ataque que pretende destruir os serviços públicos, privatizar o que for possível e piorar as condições de vida da população.

“Nossa Federação e os Sindicatos filiados estão mobilizados para lutar e cobrar a revogação de medidas que prejudicam os trabalhadores. Medidas que precarizaram os empregos, como a Reforma Trabalhista, precisa ser revista.”, comentou Nilton Damião.

Para Wagner Figueiredo, “é preciso ir para as ruas, demonstrar e reafirmar a posição não só do movimento sindical, como de toda a classe trabalhadora.”

A Fetraf RJ/ES representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada FluminenseEspírito SantoItaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região.

Confira abaixo as bandeiras da Marcha da Classe Trabalhadora:

  • Pela regulamentação da Convenção 151, que garante aos servidores o direito à negociação coletiva
  • Contra a desvinculação das receitas da Educação e da Saúde
  • Por reajuste salarial digno aos servidores
  • Pela reestruturação de carreiras e realização de concursos públicos
  • Pelo piso da Educação
  • Pelo piso da Enfermagem
  • Pelo fim da contribuição de aposentados para a Previdência
  • Pelo descongelamento do tempo de serviço da Pandemia. Revogação da Lei Complementar 173.

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Fetraf RJ/ES e Sindicatos filiados fazem doação para as vítimas das enchentes no RS

Durante a 26ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, realizada no último sábado (18/5), em Guarapari (ES), a Fetraf RJ/ES, juntamente com seus Sindicatos dos Bancários filiados – Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região -, realizou uma doação de R$ 14.000 (quatorze mil reais) para o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários/POA), que está mobilizado em ajudar todas as pessoas afetadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.

Entre as principais ações, estão a distribuição de água, remédios, alimentos, roupas, itens de higiene, material de limpeza, colchões, cobertores e o funcionamento da cozinha solidária. Além, claro, de todo o suporte aos bancários e bancárias que tiverem suas vidas afetadas com a tragédia.

Antes disso, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) já havia unido forças com a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) para ajudar as regiões e pessoas mais afetadas.

Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, exaltou a expressiva quantia arrecadada e a união de todas e todos. “Quero agradecer o esforço de cada sindicato em ajudar ao próximo. É um orgulho contar com quem está comprometido não só com os problemas da categoria bancária, mas também com os problemas sociais de nosso país, num todo. Peço para que continuem contribuindo e que todos ajudem o povo gaúcho e a reconstrução do estado.”, declarou.

SAIBA COMO AJUDAR

As doações devem ser feitas diretamente para o SindBancários de Porto Alegre e Região.

Para doar, utilize a Chave Pix 51920044245.

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Aumento real e saúde do trabalhador são pautas prioritárias da 26ª Conferência Interestadual da Fetraf RJ/ES

Neste sábado, 18 de maio, ocorreu a 26ª Conferência Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, no SESC Guarapari (ES).

O evento foi realizado pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região, e definiu as pautas, prioridades e propostas que serão levadas para a Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada em São Paulo, entre os dias 4 a 6 de junho.

Além disso, também foi definida a delegação que representará a Fetraf RJ/ES no evento.

Dentre as reivindicações, a Fetraf RJ/ES defende: aumento real de salário; aumento da PLR; aumento diferenciado para o Vale-Alimentação (VA) e Vale Refeição (VR); manutenção dos direitos trabalhistas; combate ao assédio moral; manutenção dos empregos; juros diferenciados para bancários endividados em crédito pessoal e cartão de crédito; e diminuição da Selic como estímulo para economia.

Também foi citada a importância de se eleger candidatos comprometidos com as pautas da categoria bancária para cargos municipais nas eleições de 2024.

Pautas como a volta do Vale-Cultura, manutenção da negociação válida por 2 anos, fechamento de agências e postos de trabalho, demissões, diferença de metas que variam de região pra região, também serão levados para o debate, em São Paulo.

Conferência

A 26ª Conferência teve a participação de 180 delegados representando as bases sindicais do Espírito Santo, Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo e Três Rios.

A mesa de abertura foi composta por Nilton Damião, Presidente da Fetraf RJ/ES; Claudio Vieira, secretário-geral da Fetraf RJ/ES; e Rita Lima, coordenadora-geral do Sindicato dos Bancários/ES. Em seguida houve saudação aos presentes por Gustavo Tabatinga, representando a Contraf/CUT; Elizabeth Paradela, falando pela CUT e Carlos Pereira Araújo (Carlão), pela Intersindical.

“É importante levarmos para a Conferência Nacional as reivindicações da categoria. O fechamento de agências e as demissões têm provocado o adoecimento dos trabalhadores bancários, que estão sobrecarregados pela falta de funcionários e pressionados para cumprir metas”, declarou Nilton Damião.

Rita Lima afirmou receber com alegria a conferência no Espírito Santo onze anos após o último evento realizado no estado. Ela destacou a importância de fortalecer a representatividade do Rio e Espírito Santo na construção da minuta geral. A coordenadora-geral do Sindicato lembrou que a conferência acontece num momento difícil no Brasil. “O rentismo e a especulação continuam prevalecendo independente da miséria do povo. O que vamos fazer para que o presidente tenha lastro popular para abrir caminho em favor dos nossos direitos? Temos responsabilidade como categoria e classe trabalhadora. O espaço da conferência é importante para que possamos fazer bons debates e nos fortalecermos para a luta”, afirmou.

Integrante do Comando Nacional e representante da Intersindical, Carlão afirmou: “Na Conferência Nacional é importante a categoria bancária colocar nos eixos políticos a luta pela redução dos juros, pela saída de Campos Neto [do Banco Central], que sabota políticas do governo com juros alto; apoiar a luta camponesa e dos quilombolas. O desafio enquanto central da classe trabalhadora é unificar as lutas para fazer enfrentamento de massa, para enfrentar o capital, lutar pelas políticas públicas e discutir o papel do sistema financeiro”, afirmou.

Debates

A economista do Dieese Cátia Uehara, que falou na primeira mesa da conferência, mostrou em números o cenário de endividamento das famílias, juros altos, redução do emprego bancário e precarização do emprego no ramo financeiro. Segundo ela, a pandemia da covid-19 gerou ambiente propício para que as instituições financeiras dobrassem a aposta na reestruturação, a fim de reduzir custos e retomar a rentabilidade pré-pandemia.

Essa reestruturação aponta uma maior utilização de tecnologias, redução e externalização do atendimento físico com fechamento de agências e postos de trabalho internos, ao mesmo tempo que ampliam-se estruturas externas de atendimento, como correspondentes ou fintechs. Há um aumento do emprego no ramo financeiro não bancário, inclusive em segmentos não assalariados, como pessoas jurídicas e microempreendedores individuais (MEI).

Para Fabiana Proscholdt, conselheira de Administração da Caixa eleita pelos empregados, nesse contexto, a defesa das estatais é importante, pois significa o investimento na nação e o controle da concorrência. “Nosso papel é discutir o sistema financeiro que sangra a sociedade. O que nós defendemos é um sistema que dá subsídios para uma sociedade melhor. Temos que ter pessoas na alta administração [dos bancos] para mudar o atual viés. Defender as estatais, fora a questão do emprego, é defender o patrimônio que nós construímos ao longo do tempo”, afirmou.

Ela citou o exemplo da Caixa, reafirmando a posição contrária do movimento contra a transferência das loterias para uma subsidiária. Na sua avaliação, essa medida enfraquece a empresa, pois os investimentos em tecnologia e pessoal não irão mais para a empresa-mãe. Além disso, a subsidiária pode ser privatizada “numa canetada”. Ela também citou o prejuízo para a sociedade, dado que parte do que é arrecadado (cerca de 40%) vai para políticas públicas do governo.

Saúde

A Conferência também contou com a participação dos professores do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da Universidade Federal do Espírito Santo, Roberta Belizário e Thiago Drumond. Eles atuam na área de saúde do trabalhador e integram a equipe que está desenvolvendo a pesquisa Nossa Saúde Importa, sobre saúde mental dos bancários do Espírito Santo.

Belizário falou dos sentidos social, psicológico e subjetivo da atividade de trabalho e como, no mundo contemporâneo, o processo de trabalho tem se tornado motivo de adoecimento. “O trabalho implica numa relação de criação, mas a relação que vem se estabelecendo com o trabalho vem se modificando, com intensa subordinação e alienação”, afirma. Ao se transformar em algo operacional, vira atividade a ser cumprida sem relação com aquilo que importa aos trabalhadores, perdendo o sentido. A partir daí o indivíduo vai perdendo o sentido do trabalho, abrindo caminho para o sofrimento psíquico.

Drumond apresentou alguns dados preliminares da pesquisa Nossa Saúde Importa, que está sendo desenvolvida pelo Sindicato em parceria com a Ufes. Segundo ele, quase 40% dos respondentes já foram trabalhar com atestado médico, 68% fazem tratamento psicológico ou psiquiátrico, mais de 30% usam medicamento psiquiátrico. “É uma população bastante afetada sob o ponto de vista da saúde mental”. Ansiedade em nível grave, depressão e estresse são os males mais citados.

O professor destacou que as ferramentas institucionais de gestão desenvolvidas ao longo dos anos fazem o trabalhador internalizar a “submissão voluntária”, de forma que o trabalhador fique disponível para esse tipo de gestão, “dormindo e acordando pensando no trabalho”.

Para a professora Belizário, o grande desafio é pensar como o trabalho pode voltar a fazer sentido e tornar-se significativo para o trabalhador. “O trabalho é possibilidade de saúde. É preciso produzir uma ética do coletivo, ter sensibilidade ao sentimento do outro, compreender que é [sofrimento] de toda uma categoria, que é um sintoma coletivo, não ignorar o adoecimento e não normalizá-lo”, afirmou.

Delegação

Ao final da conferência foram eleitos os delegados para a Conferência Nacional. Confira.

Ayres Carlos Alves de Oliveira (Andra dos Reis)
Pedro Batista (Baixada Fluminense)
Renata Soeiro (Baixada Fluminense)
Solange Viana (Baixada Fluminense)
Ricardo Sá (Baixada Fluminense)
Rita Lima (ES)
Ronan Vieira (ES)
Bethania Emerick (ES)
Igor Chagas Silva (ES)
Vanessa Espindula (ES)
Marcelo Giacomin (ES)
Fabrício Passos Coelho (ES)
Cláudio Merçon (ES)
Priscilla Gomes Pereira (ES)
Carlos Pereira de Araújo (ES)
Hudson Lopes Bretas (Itaperuna)
Paulo Alves Júnior (Macaé)
José Renato Riscado de Carvalho (Macaé)
Luiz Gabriel Almeida Velloso (Nova Frigurgo)
Marcos Vinícius da Silva Oliveira (Três Rios)
Nilton Damião Esperança (Três Rios)

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Notícias da Federação

Fetraf RJ/ES participa do Quarto Módulo do Curso “Economia para Transformação Social” em SP

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está participando do quarto módulo do curso “Economia para a Transformação Social”, que ocorre nesta quarta-feira e na quinta-feira (15 e 16 de maio), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

Elizabeth Paradela, Diretora de Formação Sindical da Fetraf RJ/ES, representa a entidade no evento, organizado pela Secretaria de Formação da Contraf-CUT, que busca apresentar, de forma panorâmica e acessível, os principais elementos, ferramentas e discussões necessários para a compreensão da economia.

“Este curso contribui para o nosso conhecimento e para compreendermos sobre a economia brasileira, desde o Brasil colônia – a partir do trabalho escravo, suas culturas, produções, sustentabilidade – até o governo atual.”, declarou Elizabeth.

O público-alvo do programa são dirigentes sindicais bancários e de outras entidades filiadas à CUT, como também suas assessorias. No encontro, presencial em São Paulo, os professores Pedro Rossi e Juliane Furno apresentarão os tópicos “Subdesenvolvimento, neoliberalismo e transformação social no brasil”, “Subdesenvolvimento, industrialização e neoliberalismo”, “Crescimento e distribuição nos governos Lula e Dilma”, “Ascensão e fracasso da estratégia neoliberal” e “Agenda econômica para a transformação social”.

Para o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, “o curso oferece conteúdo que permite uma melhor compreensão do pensamento econômico, dos debates de ideias no passado e no presente”. Zanon garante que, “com isso, o programa amplia a capacidade do dirigente para fazer análises de conjuntura, preparando-os para uma intervenção qualificada na sociedade, ajudando na construção de ferramentas para o fortalecimento das lutas de interesse a classe trabalhadora”.

Os professores

Juliane Furno é cientista social, economista e doutora em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Recém-concursada para professora do Departamento de Economia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), é assessora da diretoria do BNDES. Foi assessora sindical da CUT.

Pedro Rossi é professor livre-docente do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon). Foi professor visitante da Fudan University (Shanghai) e pesquisador visitante na Unctad/ONU (Genebra) e na University College London.

*com informações da Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES e Fetrafi-RS se unem para ajudar as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) manifesta solidariedade às vítimas das enchentes que atingem o estado do Rio Grande do Sul.

Em menos de um ano, é a quarta vez que o estado sofre com desastres climáticos. Em 2023, os gaúchos foram atingidos em junho, setembro e novembro.

Por isto, numa inciativa em conjunto entre a Fetraf RJ/ES e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), as entidades sindicais unirão esforços e recolherão juntos aos seus sindicatos filiados e, também, através de bancárias e bancários das bases que compreendem estas entidades, doações em dinheiro que serão centralizadas e enviadas diretamente ao SindBancários de Porto Alegre e Região (SindBancários/POA), que está diretamente envolvido e engajado na ajuda aos que mais estão precisando de auxílio neste momento.

E mais: a cada real doado, o SindBancários/POA adicionará mais um real, ampliando o impacto de sua generosidade. Estes recursos são essenciais para adquirir e distribuir itens como alimentos, água potável, roupas e produtos de higiene pessoal.

A preocupação gira em torno das vidas da população, assim como a preservação e o cuidado com os bancários e bancárias que trabalham nas regiões afetadas.

Para Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, agora é hora de união. “Em contato com entidades coirmãs e com um histórico ilibado, como a Fetrafi-RS e o Sindicato de Porto Alegre, tomamos a iniciativa de, em conjunto com os sindicatos de base da Fetraf RJ/ES, também ajudarmos de alguma forma, a população gaúcha que mais sofre com esses desastres climáticos.”

Nilton também alertou sobre a questão de golpes, que sempre aparecem em situações assim. “Preferimos centralizar a ajuda em uma entidade só, que já conhecemos, para quem for doar, ficar tranquilo e seguro que sua doação estará indo para quem, de fato, irá repassar os recursos da devida forma. Vamos ajudar!”, completou.

O Diretor de Comunicação da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, ressaltou a importância da mobilização de todas e todos. “A solidariedade tem sido fundamental nesta tragédia. O Brasil inteiro se mobilizando para ajudar tem sido um alento para quem está vivendo esta situação. E a categoria bancária tem sido prova disto. Esta mobilização precisa continuar”.

SAIBA COMO AJUDAR

As doações devem ser feitas diretamente para o SindBancários de Porto Alegre e Região.

Para doar, utilize a chave Pix 51920044245.

A sua ajuda é FUNDAMENTAL!