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Nota de solidariedade ao Sindicato dos Bancários/ES, vítima de censura por parte da diretoria do Banestes

O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), lançou uma nota de repúdio contra o Banestes, que censurou um vídeo da campanha salarial dos empregados banestianos, onde denuncia um caso de adoecimento mental de uma funcionária vítima de assédio.

O vídeo foi censurado em rádios, TVs e nas redes sociais a pedido do banco, com o Sindicato sendo notificado, pela Justiça, nesta segunda-feira, 26 de agosto.

A Fetraf RJ/ES entende que ações e manifestações como esta, são direitos legítimos e legais das entidades sindicais.

E se solidariza com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Estado do Espírito Santo, que tem como representante legal o Sindibancários/ES, incluídos os banestianos.

Estaremos sempre ao lado da democracia e na luta pelos direitos e pela saúde dos trabalhadores.

E conclamamos a direção do Banestes para que apresente propostas dignas sobre as demandas dos trabalhadores, como saúde mental, adoecimento e, também, sobre os demais pontos específicos da minuta das banestianas e dos banestianos no âmbito da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A Federação vê com preocupação o tratamento que a direção do banco tem dado a estes pontos citados.

Não queremos censura!

Queremos propostas condizentes com os lucros do banco. E que contemplem quem realmente faz estes resultados e lucros: as empregadas e empregados do Banestes.

Confira a nota de repúdio do Sindicato.

O Sindicato dos Bancários/ES manifesta indignação e repúdio à direção do Banestes, que decidiu recorrer à Justiça para censurar um vídeo da campanha salarial dos banestianos. A censura sequestra um direito legítimo e legal do Sindicatode empreender ações relacionadas à campanha salarial das banestianas e dos banestianos no âmbito da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). É sempre oportuno registrar que o artigo 220º da Constituição Federal (CF) de 1988 estabelece que a liberdade de manifestação do pensamento, de criação, de expressão e de informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerá qualquer restrição, observado o que nela estiver disposto. Na análise do Sindicato, a censura imposta fere o artigo 220º da CF. 

O Banestes obteve na sexta-feira (23) uma medida liminar da 5ª Vara Cível de Vitória, que determinou que os veículos de TV, rádio e sites de notícias retirassem do ar um vídeo produzido pelo Sindicato exclusivamente para a campanha salarial dos banestianos. No vídeo censurado a pedido do Banestes, uma atriz dramatiza um caso real de adoecimento mental de uma funcionária do Banestes vítima de assédio. O vídeo de um minuto de duração tem a participação de outra atriz que apresenta dados da pesquisa sobre adoecimento mental realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com bancários da base capixaba. 

O recorte apresentado no vídeo traz dados da saúde mental das empregadas e dos empregados do Banestes apurados pela pesquisa da Ufes e faz críticas à gestão do diretor-presidente do banco, Amarildo Casagrande, e ao governador Renato Casagrande, que o avaliza na direção da instituição. Ao contrário das alegações do Banestes apresentadas à Justiça, as críticas, em nenhum momento, ofendem a honra ou a moral do diretor-presidente do Banestes ou do governador. A crítica se escora no artigo 220º da CF e se mantém atenta à primazia de respeitar o cerne essencial dos direitos fundamentais à dignidade da pessoa humana. 

A transcrição do roteiro do vídeo na íntegra (abaixo) tem o intuito de permitir que o leitor avalie se o texto se baliza nos limites da crítica ou se de fato ofende a honra e a moral do diretor-presidente do Banestes e do governador .

(Depoimento da 1ª atriz baseado em um caso real): Eu buscava oportunidade de crescimento no Banestes. Mas o que encontrei foi assédio. Não conseguia mais trabalhar. Recorri ao setor de recursos humanos para pedir ajuda, mas nada adiantou. Me sinto perseguida.  Hoje faço tratamento com antidepressivos. 

(2ª atriz traz dados da saúde mental e faz críticas à gestão): Os bancários do Banestes estão adoecidos. A causa? O modelo de gestão do banco, com cobrança de metas, assédio moral e perseguições. Além de uma direção que não dá perspectiva de carreira aos bancários. Pesquisa da Ufes confirma: estresse, ansiedade e depressão afetam mais da metade dos empregados do banco. 

Apesar disso, a direção do Banestes, sob o comando de Amarildo e Renato Casagrande, nega tudo nas negociações da campanha salarial e não quer garantir qualidade de vida aos funcionários. Trabalho tem que ser promessa de vida. Por negociações justas! 

A cobrança de metas no setor bancário é uma realidade da categoria em todo o país. Não por coincidência, uma das reivindicações centrais do Comando Nacional dos Bancários na campanha salarial nacional tem sido o fim da cobrança abusiva de metas, aliada do assédio moral e gatilho do adoecimento mental epidêmico da categoria. A deterioração da saúde da categoria bancária nos últimos anos tem sido motivo de preocupação das centrais e dos sindicatos. Há pesquisas recentes sobre o tema feitas pela Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal Fluminense. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também tem publicado estudos a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Todas essas fontes confirmam o agravamento do adoecimento mental da categoria. Esses dados, aliás, têm sido utilizados na mesa nacional para cobrar ações da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), da qual o Banestes é integrante.

Essa escalada assustadora do adoecimento, não podia ser diferente, motivou o Sindibancários/ES a apoiar a Ufes para fazer uma pesquisa com o propósito de ter um diagnóstico mais preciso da saúde do bancário capixaba. A pesquisa “Nossa Saúde Importa”(CAAE:71099023.4.0000.5542/Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito-Ufes)comprovou que a saúde mental dos bancários capixabas espelhava a situação da categoria país afora. O estudo teve o propósito de conscientizar os bancos e a população em geral sobre a grave situação de saúde dos trabalhadores bancários no Espírito Santo.

Na mesa de negociações com o Banestes, em duas rodadas específicas sobre o tema saúde e condições de trabalho, nossa expectativa era de que a direção do banco se sensibilizasse ante o grave problema, acolhesse a pesquisa e se propusesse a buscar, em conjunto com o Sindicato, soluções para melhorar a saúde dos seus funcionários. Mas o Banestes optou por uma posição negacionista, primeiro tentando desqualificar os dados da pesquisa na mesa de negociações e, em seguida, recorrendo à estratégia de recorrer à Justiça para censurar os dados científicos do estudo em vez de tentar entendê-los. 

O Sindicato, como representante legal dos empregados do Banestes, faz a crítica no vídeo ao governador e ao diretor-presidente do banco para registrar a inércia da direção da instituição nas negociações. Não se tratam de ilações, mas de fatos. A comissão de negociações do Sindicato, desde o início da campanha salarial, já se reuniu oito vezes com o banco e até agora a direção do Banestes não apresentou respostas efetivas às reivindicações das banestianas e dos banestianos. Um parênteses aqui sobre a arguição do Banestes apresentada à Justiça. O Banestes classifica o vídeo como uma reação às negativas do banco às reivindicações da categoria. Alega que o “Sindibancários apresentou proposta de reajuste absurdas e em dissonância com a realidade econômica nacional (…)”.

Ora, mais uma vez, é legítimo que o Sindicato, na condição de representante legal dos bancários da base capixaba, incluídos os banestianos, defenda em mesa as reivindicações dos trabalhadores. O que o Banestes classifica como “proposta absurda” é o aumento real de 10% acima da inflação. A “proposta absurda” dos trabalhadores tem o intuito de repor as perdas históricas dos banestianos, que somente entre os anos de 1995 e 2008 chegaram a 46,89%. Mais absurdo é um banco público aumentar o lucro em mais de 231% entre 2019 e 2023 (de R$ 112 milhões para R$ 371 milhões) e não reconhecer que são os empregados do banco os verdadeiros protagonistas desse resultado. 

Reiteramos nosso repúdio à postura autoritária do governador e do diretor-presidente do Banestes. O expediente da censura para coibir uma manifestação legítima dos trabalhadores vai sempre nos trazer lembranças das páginas mais infelizes da nossa história. Inspirado nos instrumentos do autoritarismo da ditadura, Renato Casagrande e Amarildo Casagrande confirmam que são avessos ao diálogo e preferem calar os trabalhadores a debater ideias. O Sindicato dos Bancários/ES se manterá firme no caminho da democracia e lutará contra todas as formas de censura, especialmente as que ferem os direitos dos trabalhadores. Vamos seguir convictos no propósito de construir uma proposta digna, que coloque a saúde das empregadas e dos empregados do Banestes sempre acima do lucro.

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Cassi recebe do BB contribuições sobre demandas trabalhistas

Depois de 14 anos de suspensão, o Banco do Brasil voltou a repassar para a Cassi, caixa de assistência dos funcionários do BB, as contribuições patronais incidentes sobre valores pagos a funcionários e ex-funcionários, decorrentes de processos trabalhistas e acordos judiciais e extrajudiciais (CCV e CCP), as chamadas “reclamatórias trabalhistas”. Nest quinta-feira (22), a Cassi recebeu do BB R$ 345,269 milhões, valores retroativos a 2010, quando os repasses foram suspensos, e a partir de agora o pagamento será regularizado.

“O movimento sindical sempre lutou pela retomada dos repasses. Foram anos de negociação junto ao banco para regularizar essa situação, que agora finalmente teve uma solução definitiva”, comemorou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES repudia violência contra trabalhadores bancários em SP

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que representa os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região, repudia veementemente o Banco Santander, pelo uso da Polícia Militar, contra trabalhadoras bancárias e bancários de São Paulo, quando realizavam um Dia Nacional de Luta contra as terceirizações, nesta quinta-feira, 22 de agosto, em frente ao prédio Radar Santander SP.

Os trabalhadores realizavam um ato totalmente pacífico, também denunciando à sociedade a postura dos banqueiros em mesa de negociação que, mesmo com lucros exorbitantes, após oito rodadas de negociação só apresentou propostas rebaixadas e com retirada de direitos.

Os bancários reivindicavam o fim da intermediação de mão de obra, a apresentação de uma proposta decente na mesa com a Fenaban, a preservação dos empregos bancários, melhores condições de trabalho e o fim do adoecimento causado pela imposição de metas abusivas.

A Federação reafirma seu compromisso com a Democracia e condena, veementemente, esses atos de violência.

Não nos intimidarão.

Seguiremos juntos por valorização!

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Sindicatos se mobilizam por reajustes e direitos nesta segunda (19)

Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e em todo o país, voltaram a se mobilizar, nesta segunda-feira, 19 de agosto, para pressionar os bancos para que entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que corresponda às reivindicações dos trabalhadores.

As manifestações ocorrem na véspera da próxima mesa de negociação, no dia 20 de agosto.

Na quarta-feira passada (15/8), a categoria realizou um dia nacional de luta, em todo o país, com o retardamento da abertura em algumas agências.

“Os bancos não cansam de lucrar. E, mesmo assim, ainda não apresentaram uma proposta condizente com a realidade. Faltando duas semanas somente para o término da negociações agendadas, é muito importante que eles sejam pressionados pela categoria. Vamos seguir na luta.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:

– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.

– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

A campanha

As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.

Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor.

“Nós rebatemos, ao lembrar que os bancos estão longe de perigo e detém, no país, 82% do mercado de crédito e 81% dos ativos do mercado financeiro. Ainda que, no Brasil, a rentabilidade média dos bancos é de 15%, enquanto nos Estados Unidos é 6,5% e em países da Europa, como Espanha e Inglaterra, 10% e 9%, respectivamente. Portanto, não há argumentos para não dar aumento real à categoria”, destaca Juvandia.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

– Fim da gestão por metas abusivas e que tem gerado adoecimento na categoria;

– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;

– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;

– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;

– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;

– Mais mulheres na TI;

– Combate à terceirização e garantia de empregos;

– Jornada de trabalho de quatro dias;

– Ampliação do teletrabalho.

BAIXADA FLUMINENSE 

MACAÉ

ITAPERUNA

NOVA FRIBURGO

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Sindicato dos Bancários de Itaperuna reintegra funcionário do Bradesco

Nesta última segunda-feira, 12 de agosto, o Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), reintegrou mais um funcionário do Banco Bradesco.

A reintegração do Gerente Geral da agência localizada em Santo Antônio de Pádua, ocorreu em tempo recorde: 33 dias.

Essa vitória foi possível através da atuação eficaz do escritório de advocacia Souza e Freitas, que lutou contra a demissão arbitrária e sem exame ocupacional, considerando as doenças relacionadas ao trabalho (LER/DORT) que o bancário enfrenta.

O resultado final desta ação destaca a força e a eficiência, na defesa dos direitos dos trabalhadores, pelo movimento sindical.

Fonte: SEEB Itaperuna e Região

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Nota de Falecimento

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) lamenta o falecimento do ex-diretor do Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região, João Batista Pizano Vieira (Tista).

Tista, como era conhecido, era um exemplar trabalhador bancário e figura querida por todos os colegas. Dedicou sua vida à profissão que tanto amava. Sua trajetória no Sindicato foi marcada por compromisso, ética e uma incansável luta pelos direitos da categoria, tornando-o uma inspiração para todos que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado.

Manifestamos os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos, neste momento de dor e luto.

Tista, presente! HOJE e SEMPRE!

Fonte: SEEB Itaperuna

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Saúde e condições de trabalho são as pautas entre COE e Santander

Nesta sexta-feira, 9 de agosto, ocorreu a quarta reunião de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e a direção do banco, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. O encontro integra as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e debateu novos temas relacionados à saúde e às condições de trabalho dos empregados.

Claudio Merçon (Cacau), representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Santander, representou a entidade na reunião.

“Queremos garantir as melhores condições de trabalho para bancárias e bancários do Santander. Principalmente, para os trabalhadores portadores de deficiência ou que têm filhos neurodivergentes.”, declarou Cacau.

Entre as principais demandas apresentadas pela COE, destaca-se a proposta de que empregados com deficiência, conforme definido por lei, tenham prioridade na transição para o teletrabalho ou trabalho remoto. A comissão defende que qualquer recusa por parte do banco a esses pedidos deve ser devidamente justificada. A mesma prioridade ao teletrabalho é reivindicada para empregados com filhos com deficiência e/ou neurodivergentes, independentemente da idade, incluindo dependentes sob guarda provisória e enteados. Além disso, em casos que não for possível o trabalho remoto, deverá ser garantido uma redução de jornada diária nos dias de comparecimento presencial, sem que isso acarrete qualquer desconto no salário.

Outro ponto central das negociações foi teletrabalho e trabalho externo. Ao Santander foi solicitado que forneça um telefone celular corporativo para os empregados que também desempenham atividades externas. Esse dispositivo deverá contar com uma linha de dados suficiente para permitir a conexão compartilhada (Wi-Fi) com equipamentos de trabalho, como notebooks ou tablets. A COE também enfatizou a importância de garantir a comunicação direta e individualizada entre os representantes sindicais e os empregados que atuam nessas modalidades, por qualquer meio telemático.

Prevenção de riscos laborais

A proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores também foi discutida. Os representantes dos trabalhadores reivindicam a criação de um Grupo de Trabalho (GT) paritário, composto por representantes de ambas as partes, com a missão de eliminar ou reduzir riscos no ambiente laboral, com atribuições e prazos previamente definidos.

Além disso, a análise ergonômica incluirá a prevenção contra riscos de violência, tanto internos quanto externos ao ambiente de trabalho, garantindo apoio e acompanhamento médico e psicológico para os trabalhadores afetados.

Desconexão

Outro tema debatido foi a regulamentação voltada para o uso de tecnologias no ambiente de trabalho. Os trabalhadores devem ter o direito a se desconectar fora do horário de trabalho legalmente estabelecido, garantindo-lhes seu tempo de descanso e privacidade.

Para assegurar o cumprimento desse direito, o movimento sindical solicita a proibição do uso de dispositivos digitais como celulares e e-mails corporativos fora do horário de expediente. O banco também deve fornecer aos trabalhadores os equipamentos necessários para o desempenho de suas funções, como celulares e notebooks. “É impossível a desconexão quando o trabalhador usa o celular próprio. Por isso, é fundamental que o aparelho seja cedido pela empresa”, enfatizou diretora da Contraf-CUT e funcionária do banco Santander, Rita Berlofa.

A cláusula ainda garante a privacidade dos trabalhadores, limitando o uso de tecnologias de vigilância e controle digital, e estabelece o direito dos empregados a não serem submetidos a decisões automatizadas sem intervenção humana, assegurando a participação dos sindicatos em casos de uso de inteligência artificial nos processos de tomada de decisão.

Para Rita, “a proteção dos direitos dos trabalhadores em um ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado é fundamental. Precisamos de regras claras que garantam a privacidade, o direito à desconexão e a transparência no uso de novas tecnologias. As negociações sobre esses temas são cruciais para que o avanço tecnológico seja uma ferramenta de melhoria das condições de trabalho, e não um fator de opressão ou desgaste para os empregados.”

A direção do Santander se comprometeu a apresentar uma resposta global às demandas entre os dias 22 e 23 deste mês.

*com informações da Contraf-CUT

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Sindicatos realizam Dia Nacional de Luta por Saúde

Nesta quinta-feira, 1º de agosto, Sindicatos da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram o Dia Nacional de Luta por Saúde, com o objetivo de pedir por mais saúde na categoria.

O ato, que foi organizado pelo movimento sindical, também é uma resposta à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban) que, na última mesa de negociação, no âmbito da campanha nacional de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), relatou que não existem dados suficientes que comprovem que casos de adoecimento mental estão ligados à atividade de trabalho.

“Em nossa pesquisa, pela Consulta Nacional dos Bancários, 39% dos trabalhadores que participaram, afirmaram utilizar medicamentos controlados nos últimos 12 meses. É preciso combater este alto índice de adoecimento mental na categoria”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

“Temos vários depoimentos de bancários relatando a maneira como são cobrados, sendo assediados, pressionados na presença de clientes, mensagens de celular fora do horário de expediente, e querem dizer que isso não causa estresse? Um verdadeiro absurdo, já que os banqueiros ainda alegam que todos temos metas. Mas o debate não é esse. Estamos questionando a maneira que elas são cobradas.”, completou.

Além do tema de metas e saúde, foi explicado sobre as reivindicações da minuta entregue à Fenaban, para a campanha de renovação da CCT.

Afastamentos na categoria

Na Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, ouviu quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores, de todas as regiões do país, quando foi perguntado se utilizavam medicamentos controlados (antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes), nos últimos 12 meses, 39% afirmaram que sim.

Nessa mesma pesquisa, quando questionados sobre quais são os impactos da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas à saúde, podendo escolher múltiplas respostas, os resultados foram:

– 67% – preocupação constante com o trabalho
– 60% – cansaço e fadiga constante
– 53% – desmotivação, vontade de não ir trabalhar
– 47% – crise de ansiedade/pânico
– 39% – dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana

Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários.

ANGRA DOS REIS

BAIXADA FLUMINENSE

ESPÍRITO SANTO

MACAÉ

TRÊS RIOS

*com informações da Contraf-CUT

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Sindicatos da Fetraf RJ/ES e de todo o país protestam contra os juros altos

Representantes dos Sindicatos da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) – Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo e Três Rios -, e em todo o país, foram às ruas para protestar contra a política monetária praticada pelo Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, 30 de julho, data de início da reunião que define a taxa básica de juros, a Selic.

O ato foi organizado pelas centrais sindicais, como a Intersindical e a CUT.

No Espírito Santo, a caminhada aconteceu em Laranjeiras, no município de Serra. Também houve panfletagem na Universidade Federal do Espírito Santo. Já no Rio de Janeiro, o protesto ocorreu no Largo da Carioca, no Centro da cidade.

A expectativa do mercado, o principal orientador da entidade, é que o colegiado irá manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, índice que torna o Brasil com uma das maiores taxas de juros reais (taxa Selic descontada a inflação) do mundo, com reflexos negativos para o crescimento do país, porque influencia todas as outras taxas da economia.

“Muito importante estarmos nas ruas protestando e mostrando nossa insatisfação. A Selic alta prejudica os trabalhadores e a sociedade em geral. Queremos menos juros e mais empregos”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Para Cláudio Merçon (Cacau), Secretário Geral da Fetraf RJ/ES, “o que acontece hoje, é uma sabotagem do Banco Central com relação às taxas de juros. É preciso baixar as taxas para o país se desenvolver.”

Além de tornar o crédito mais caro, com impactos em toda a cadeia produtiva, no consumo e na criação de empregos, por ser o principal índice usado nas negociações dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a Selic também impacta nos gastos do governo federal.

Instrumento de boicote à economia

Os movimentos sociais também destacam que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado ao cargo em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro, não tem postura técnica, mas sim política, a exemplo da sua participação em almoço com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Paraíso para rentistas

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, explica que a Selic elevada tira dinheiro das famílias e das empresas e leva para os rentistas. Em outras palavras, desestimula o investimento na chamada economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda.

Ainda segundo levantamento do Dieese, a cada 1% de aumento na taxa básica de juros brasileira, quase R$ 40 bilhões são transferidos, por ano, para a especulação financeira.

Inflação não se combate exclusivamente com Selic

No último encontro para definir a Selic, em junho, ao manter o índice em 10,5%, o Copom rompeu com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, quando a taxa básica ficou em 13,75% durante um ano. Ciclo de cortes estes que só foi implementado após intensa pressão de movimentos sociais e críticas do setor produtivo e do presidente Lula.

Agora, a indicação que vem sendo feita pela entidade monetária é a de que manterá a Selic em 10,5% até o final de 2024, usando como argumento a piora nas expectativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação no país.

Acontece que o IPCA segue dentro do teto estabelecido para o ano, de 4,5%, como apontam os relatórios divulgados periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mais recente, publicado no dia 10 de julho, o IPCA acumulava alta de 4,23%, nos últimos 12 meses. Para 2025, a meta da inflação que o Copom persegue é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

Cavarzan ressalta que a inflação não se combate exclusivamente com a Selic. O economista lembra que as causas que levaram à inflação registrada no país entre 2021 e 2023, quando o Copom subiu a Selic de 2,75% para 13,75%, foram múltiplas, e não por conta do mercado interno aquecido.

“Naquele período, gasolina e etanol subiram consideravelmente por causa da política de paridade internacional de preços da Petrobras, que fazia os preços internos acompanharem as movimentações do mercado internacional. Essa política terminou no governo Lula. O segundo fator que impactou na inflação foi a energia elétrica, que chegou a ter elevação de mais de 21%, mas que não se trata de um preço que responde a mudanças na dinâmica de oferta e demanda na economia, mas sim um preço administrado, reajustado por contrato e conforme as condições climáticas”, destaca.

O terceiro fator, apontado pelo economista, para a inflação que o país enfrentou entre 2021 e 2023, foi a alta nos alimentos e que também ocorreu por fatores externos, em função da pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia. “No caso do aumento de preços dos alimentos, uma política de estoques reguladores de preços seria uma das vias de resolução. Então veja, em todos os casos citados, a maneira de combater a inflação de forma eficiente seria por outras formas, que não a Selic e que traz fortes efeitos colaterais para o desenvolvimento do país”, conclui o economista.

ESPÍRITO SANTO

Fotos: Sérgio Cardoso

RIO DE JANEIRO

*com informações da Contraf-CUT

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Impacto dos Juros Altos e a Necessidade de Políticas Desenvolvimentistas – Por Nilton Esperança

Os juros altos representam um desafio significativo para os trabalhadores e a economia nacional. Dificultam o acesso ao crédito, essencial para emergências ou investimentos, e impactam negativamente a economia, com menor geração de empregos e possíveis demissões. Empresas reduzem investimentos e contratações devido aos altos custos de financiamento, resultando em instabilidade no mercado de trabalho.

Em contrapartida, a redução dos juros pode impulsionar o desenvolvimento econômico, promovendo crescimento sustentável e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores. Políticas desenvolvimentistas, focadas na queda dos juros, podem facilitar o acesso ao crédito, estimular o consumo e os investimentos, e aumentar a competitividade das empresas. Com juros mais baixos, as empresas têm melhores condições para expandir suas operações, criar novos postos de trabalho e investir em inovação.

A implementação de políticas de redução de juros também fortalece o mercado interno, aumentando o poder de compra da população e promovendo o crescimento econômico inclusivo. É crucial que os formuladores de políticas reconheçam a importância de uma taxa de juros mais baixa para o bem-estar dos trabalhadores e o desenvolvimento da nação.

Em resumo, os juros altos tornam a vida financeira dos trabalhadores mais difícil, limitando suas opções de crédito e afetando o mercado de trabalho de forma geral. A adoção de políticas desenvolvimentistas, com foco na redução dos juros, é essencial para promover uma economia robusta e sustentável, beneficiando tanto os trabalhadores quanto a nação como um todo.

Nilton Esperança (Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES)