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Caixa: Representação dos empregados entrega contraproposta para caixas e tesoureiros

A Caixa Econômica Federal voltou às negociações sobre questões específicas de caixas e tesoureiros, nesta terça-feira (19), sem apresentar avanços no debate: somente releu os pontos que já haviam sido apresentados nas últimas duas reuniões sobre o tema, de 1º e 5 de novembro (clique aqui).

As propostas da Caixa não contemplam os empregados. Diante do que vem sendo apresentado, o que estamos escutando das bases é que eles preferem ficar como estão, para não correrem o risco de perderem remuneração”, destacou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Entre as propostas insistidas pela Caixa está que os novos nomeados para as funções de caixas e tesoureiros, cerca de 750, renunciem o direito de irem à Justiça para terem quebra de caixa. “Os empregados não se sentem seguros com relação a um acordo com esses termos. Isso é inaceitável renunciar o direito de ir à Justiça”, pontuou o representante da Fetrafi-MG na CEE, Lívio Santos.

Sérgio Amorim, representante da Federa-RJ na CEE, arrematou que, mais uma vez, a Caixa não trouxe o número total dos colegas que serão atingidos. “A proposta da Caixa é que o movimento sindical abra mão de uma série de expectativas de direitos alcançados com sucesso na Justiça, sobre a 7ª e 8ª horas, para tesoureiros, e a 10/50 da garantia de pagamento desses valores no passado. Ou seja, é renunciar a isso tudo em função da nomeação de 750 empregados como caixas e tesoureiros. Isso não está certo”, pontuou.

Não vamos trocar 750 nomeações por perdas de direitos aos nossos colegas”, ressaltou o representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann. “Quem criou esse passivo 10/50 e, na mesma lógica, a quebra de caixa, 7ª e 8ª horas, historicamente, foi a empresa, não foram os trabalhadores nas mesas de negociações. Então, estamos aqui para resolver uma necessidade da Caixa. Mas não aceitamos a realização de um péssimo acordo”, completou.

Diante do quadro, a representação dos empregados pediu uma pausa da reunião e, após o período, retornou com a contraproposta a seguir:

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Próxima reunião

A Caixa disse que irá avaliar a contraproposta e nova reunião foi agendada para segunda-feira (25), às 16h.

“A Caixa não pode insistir em criar funções e forçar o pessoal a migrar, com risco de perda de direitos. Então, apresentar uma contraproposta foi a melhor saída”, concluiu Chay Cândida, representante da Fetrafi-NE na CEE.

Fonte: Contraf-CUT

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20 de Novembro: Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

Nesta quarta-feira, 20 de Novembro, é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A data é uma referência a possível data da morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola, assassinado por bandeirantes em 1695.

O Dia da Consciência Negra propõe uma reflexão sobre a contribuição de negros e negras para o Brasil e sobre a dívida histórica da sociedade brasileira para com essa enorme parcela da sua população, que teve seus antepassados escravizados por mais de 300 anos, além de ser um dia de luta contra todas as formas de racismo ainda presentes no país e no mundo.

Feriado Nacional

Pela primeira vez, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra é um feriado nacional.

A lei foi sancionada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro do ano passado. Até então, a data era considerada um feriado em apenas seis estados e aproximadamente 1,2 mil cidades.

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Inscrições prorrogadas para o segundo torneio de videogame para trabalhadores do ramo financeiro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) anunciou a prorrogação das inscrições para o segundo torneio de videogame voltado aos trabalhadores do ramo financeiro filiados aos sindicatos de sua base e seus dependentes.

Agora, os interessados podem se inscrever até o dia 25 de novembro, às 18h. O evento, que promete muita diversão e interação, acontecerá no dia 30 de novembro, das 10h às 16h, e tem como objetivo promover a integração dos trabalhadores de forma descontraída.

Os trabalhadores filiados aos Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) podem participar.

O torneio contará com 64 participantes, divididos proporcionalmente entre as federações, com possibilidade de ajustes conforme o número de inscritos.

As inscrições podem ser feitas pelo formulário disponível no link.

Os jogadores terão a oportunidade de competir em plataformas como PlayStation 5, Xbox Series X e S, e computadores, desde que possuam uma conexão de, no mínimo, 50MB para garantir uma transmissão fluida durante as partidas, e o jogo EA SPORTS™ FC 25 instalado.

Premiação e transmissão

Os melhores colocados receberão prêmios em vouchers de R$ 3.000 para o primeiro lugar, R$ 1.500 para o segundo e R$ 500 para o terceiro. As emoções do torneio poderão ser acompanhadas ao vivo a partir das semifinais nos canais oficiais da Contraf-CUT.

“Este evento não apenas incentiva a integração e o lazer entre os trabalhadores do ramo financeiro, mas também reforça o papel da Contraf-CUT em promover iniciativas inovadoras para seu público em todo o Brasil”, afirmou Carlos Damarindo, secretário de Cultura da Contraf-CUT.

*com informações da Contraf-CUT

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Presidenta da Contraf-CUT e Presidente da Fetraf RJ/ES comentam sobre o fim da escala 6×1

Juvandia Moreira, Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Vice-Presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e o Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Esperança, comentaram sobre a jornada 6×1, assunto que está em destaque e vem ocupando espaço tanto nas mídias tradicionais, quanto nas redes sociais.

Juvandia comentou, especificamente, sobre a categoria bancária, que já tem uma série de conquistas e benefícios, através de muita luta e, até mesmo, greves.

“Nossa categoria já usufrui de uma jornada que não inclui trabalho aos finais de semana, mas essa luta deve ser de todos. De todas as categorias. Uma jornada justa acarreta em qualidade de vida, tempo para família, entre outras coisas”, comentou a Presidenta da Contraf-CUT.

Já Nilton Esperança, destacou que “com essa redução de jornada, os trabalhadores terão uma produtividade muito melhor, pois terão tempo para estudar, terão uma vida familiar, uma vida social de verdade. Isso vai fazer que uma categoria seja e esteja menos adoecida.”

O Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), fundado por Rick Azevedo, Vereador eleito pelo PSOL do Rio de Janeiro, pauta o fim da jornada de seis dias de trabalho para um de folga (6×1), luta para a qual já conseguiu reunir mais de 1,3 milhão de assinaturas em uma petição pública.

A luta alcançou o Congresso Nacional, com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), pela redução da jornada de trabalho.

“Temos que avançar neste debate e este é o momento oportuno para isso. Esperamos que o objetivo seja alcançado.”, completou Juvandia.

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Caixa amplia lucro, mas reduz postos de trabalho e sobrecarrega empregados

Nos primeiros nove meses de 2024, a Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido recorrente de R$ 9,433 bilhões, crescimento de 21,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento nos lucros foi impulsionado pela redução de 13,5% nas provisões para perdas associadas ao risco de crédito e pelo crescimento de 7,0% nas receitas de prestação de serviços. “Contudo, esse desempenho financeiro positivo contrasta com a realidade enfrentada pelos empregados e pelos milhões de clientes da instituição, que se deparam com a redução de postos de trabalho e o fechamento de unidades de atendimento em todo o país”, afirmou a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, que coordena da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Apesar do saldo da Carteira de Crédito ter subido 10,8% em 12 meses, totalizando R$ 1,209 trilhão em setembro, e da expansão do crédito imobiliário em 14,7%, a Caixa reduziu drasticamente seu quadro de funcionários e pontos de atendimento. Somente nos últimos doze meses, foram fechados 3.413 postos de trabalho, deixando o banco com um total de 83.640 empregados(as) no terceiro trimestre de 2024. Isso significa uma diminuição expressiva na força de trabalho em um momento em que a demanda só aumenta, com um acréscimo de 1,2 milhão de clientes em doze meses e 2,08 milhões no trimestre.

“Essa política de cortes coloca uma pressão cada vez maior sobre os(as) empregados(as) remanescentes, que precisam lidar com uma carga de trabalho crescente e uma estrutura de atendimento reduzida”, lembrou Eliana. Para agravar ainda mais a situação, foram fechadas 114 agências, 233 unidades do Correspondente Caixa Aqui e 156 lotéricas no último ano. Em contrapartida, a abertura de apenas 23 postos de atendimento e uma agência móvel são medidas insuficientes para atender à crescente demanda de clientes, especialmente nas regiões mais distantes e carentes de serviços bancários.

Além disso, a Caixa se beneficiou com a expansão de suas receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, que somaram R$ 20,4 bilhões até setembro de 2024, com um aumento de 7,0% em doze meses. No entanto, essas receitas não foram revertidas em melhores condições para o atendimento aos clientes e tampouco para os(as) funcionários(as), que enfrentam um ambiente de trabalho cada vez mais sobrecarregado e sem o devido suporte.

“A decisão da Caixa de priorizar lucros crescentes às custas da estrutura de atendimento e da qualidade de vida dos(as) empregados(as) levanta questionamentos sobre o compromisso da instituição com seu papel social, especialmente em um banco público, cuja função deveria ser facilitar o acesso aos serviços financeiros de forma justa e eficiente. O fechamento de agências e a redução de postos de trabalho mostram um claro descompasso entre o lucro recorde e a qualidade do atendimento, comprometendo a experiência dos clientes e prejudicando os(as) funcionários(as) que permanecem no banco”, finalizou a coordenadora da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

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Conquista no ACT Santander: suspensão das metas para quem retorna de licença saúde

Conquista da luta dos trabalhadores, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Santander 2024-2026, assinado em 15 de outubro, garante aos empregados do banco espanhol uma série de direitos que muitas vezes vão além do que determina a legislação trabalhista e a própria Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

Um deles é a cláusula 22ª do ACT, que suspende as metas por 30 dias para trabalhadores que retornarem de afastamentos superiores a 180 dias por motivos de saúde, doença ou licença-maternidade, garantindo uma readaptação mais adequada ao ritmo de trabalho.

Para Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander, essa importante conquista possibilitará uma melhor adaptação e maior cuidado no retorno ao trabalho, além de promover a saúde mental dos colegas que voltam de licença superior a 180 dias, incluindo as funcionárias que retornam de licença-maternidade. “É essencial que todos tenham pleno conhecimento e valorizem essa importante conquista em nosso aditivo.”

Resultado de uma dura negociação entre o movimento sindical e o banco e da mobilização dos trabalhadores, o ACT Santander traz ainda outras novas conquistas, como a isenção da coparticipação no plano de saúde para Pessoas com Deficiência (PCDs) na ativa, além de manter todas as conquistas que já constavam no acordo anterior, como as regras da PPRS e a oferta de 2.500 bolsas de estudo para primeira graduação, pós-graduação e MBA.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa propõe série de critérios para delta; empregados recusam e cobram distribuição linear

O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal, formado pelos representantes dos trabalhadores e do banco, voltou a se reunir nesta última segunda-feira (11) para discutir as regras e critérios dos “deltas”, como são chamadas as remunerações adicionais que são pagas conforme a evolução na carreira.

Apesar de na última reunião, realizada no dia 15 de outubro, os trabalhadores terem cobrado a distribuição linear (o mesmo percentual para todos) do 1º delta, o banco propôs seis itens que precisariam ser alcançados pelos empregados, para a remuneração adicional:

1 – Certificação Agir Certo Sempre (2023) ou Agir Certo Caixa (2024);
2 – Certificação Cultura Digital;
3 – 1 curso finalizado no Coursera;
4 – 1 curso em andamento ou finalizado no Busuu (plataforma para aprendizado de línguas estrangeiras);
5 – 1 curso de iniciativa pessoal na Universidade Caixa;
6 – Participação em 1 ação do Programa Qualidade de Vida. Essa ação poderá ser desde imunização na campanha de vacinação antigripal, convênio com Gympass ativo no plano gratuito, até participação no Programa de Nutrição e Hábitos Saudáveis ou cadastro no aplicativo Caixa em Movimento.

Para ser elegível ao 2º delta, a Caixa propôs que o empregado terá que ter, pelo menos, 300 dias do ano atuando em unidade com nota final 100 no Resultado.Caixa, sendo que o 2º delta será distribuído para 20% dos que ganharem o 1º delta.

> Representantes dos empregados recusam e reforçam princípios fundamentais

Os representantes dos empregados mantiveram a exigência para que o delta seja linear, como explica a representante da Fetrafi-NE no GT, Chay Cândida: “Faltam cerca de 50 dias apenas para o final do ano e são seis critérios que o banco está propondo. O tempo é muito curto. Insistimos na cobrança pela distribuição linear do 1º delta e propomos debater critérios mais justos para a distribuição do 2º delta”.

Dois dos itens propostos para a conquista do 1º delta envolvem cursos à distância – Coursera e Busuu. “Faltou a Caixa esclarecer se os cursos poderão ser feitos dentro da jornada de trabalho ou fora dela, bem como a efetiva utilidade de curso de línguas no desenvolvimento dos trabalhos rotineiros de uma unidade da Caixa”, observa Tesifon Quevedo Neto, representante da Feeb/SP-MS no GT.

Sobre os critérios apresentados hoje pelo banco para o 2º delta, o representante da Fetec/CN no GT, Guilherme Gonçalves Simões, ressaltou que a obrigatoriedade de 300 dias de lotação em unidade com nota anual a partir de 100 é preocupante. “Estimula a prática de competitividade entre os colegas, com isso, piora o clima organizacional, pois a pressão aumenta o adoecimento físico e mental na categoria”.

“Temos dois pontos fundamentais nesta mesa: um deles que o 1º delta seja linear, ao contrário desta proposta que a Caixa trouxe hoje, que prejudica todos os empregados, primeiro, porque já estamos no final do ano e, segundo, porque prejudica especialmente os que atuam na rede. A proposta, portanto, é excludente para pessoas que vão entrar em férias ou licença médica neste final de ano e que não terão nenhuma condição de cumprir os critérios. Os empregados não podem ser penalizados pelo fato de a Caixa ter demorado a sentar-se em mesa de negociação”, destaca Luiza Hansen, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro do GT.

Também é inegociável que volte a existir o 2º delta. A Caixa não paga há dois anos o 2º delta e esse orçamento, que está previsto para ser pago em promoção por mérito e antiguidade, precisa ser destinado em sua totalidade para esse fim.” completa.

Outra exigência dos trabalhadores é a utilização integral do 1% do orçamentoprevisto para as pessoas contempladas tanto com o 1º quanto com o 2º delta.

Os empregados também pediram para que, em 2025, a Caixa inicie as discussões de critérios para o delta antecipadamente. “Os critérios apresentados na mesa de hoje não são ruins, são importantes para a saúde e formação dos colegas. Entretanto, pelo período curto que temos até terminar o ano, fica muito puxado para que consigam cumprir. Como educadora, digo que é necessário ter planejamento didático, para que as pessoas não sejam incentivadas a atingirem esses critérios por interesse financeiro, mas sim para o seu crescimento”, destaca Sonia Eymard, Diretora de Bancos Públicos do Sindicato do Rio de Janeiro.

Sobre essa reivindicação para que, no próximo ano, os critérios sejam discutidos mais cedo, os representantes da Caixa se comprometeram a iniciar o debate no primeiro trimestre.

> Dados

Os representantes da Caixa trouxeram informações sobre as regras de distribuição nos últimos cinco anos:

Em 2020, para o 1º delta os empregados tiveram que somar no ano anterior 40 pontos na sistemática, cujos critérios foram o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), frequência, capacitação, iniciativa de autodesenvolvimento e avaliação de competências. Para o 2º delta, os critérios foram as maiores pontuações na sistemática.

Em 2021, o 1º delta foi linear, ou seja, o mesmo percentual para todos. O 2º delta, por sua vez, foi entregue aos empregados com desempenho “excepcional” no ciclo do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), sistemática considerada ruim, pois o programa, introduzido na administração de Pedro Guimarães, contribuiu para o adoecimento na categoria por pressão por metas.

Em 2022, o 1º delta foi linear. No 2º o banco manteve o requisito pelo desempenho “excelente” no GDP.

Finalmente, nos últimos dois anos, 2023 e 2024, a distribuição foi linear. Contudo, não teve pagamento de 2º delta.

> Calendário

A Caixa ficou de avaliar as reivindicações dos trabalhadores para que o 1º delta seja linear e para que os critérios do 2º delta sejam mais justos e discutidos no GT.

A data da próxima reunião ainda será avaliada e divulgada nas próximas semanas.

“Estamos no limite do tempo para que a Caixa responda as reivindicações da categoria. O delta não é apenas um dos temas mais aguardados pelos colegas, depois de terminada a campanha nacional, e sim porque mostra o quanto o banco valoriza o trabalho e a produtividade de cada empregada e empregado”, conclui Chay Cândida.

Fonte: Contraf-CUT

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Reabertas inscrições para o curso “Paternidade responsável e relações compartilhadas”

A Faculdade 28 de Agosto reabriu as inscrições para o curso “Paternidade responsável e relações compartilhadas”. As aulas da nova turma serão realizadas sempre às segundas e quartas-feiras, a partir do dia 9 de dezembro, das 19h30 às 21h30.

O curso será no formato online ao vivo. Para o público em geral, o valor total é R$ 250, mas para os bancários filiados aos sindicatos da base da Contraf-CUT o valor é de apenas R$ 150.

>>>>> Para inscrever-se, clique aqui.

Ampliação da licença paternidade

Por lei, o bancário tem direito a licença paternidade de cinco dias, mas essa licença pode ser ampliada para 20 dias, se tiver o curso de paternidade responsável e apresentar o certificado ao banco.

Essa é mais uma conquista da categoria, obtida na Campanha Nacional de 2016. Por isso, diversos sindicatos da categoria, em todo o país, promovem cursos específicos sobre a paternidade responsável.

Serviço
Apesar de o curso ser voltado ao público masculino, futuras mães bancárias também podem participar com seus companheiros, mesmo que eles não sejam bancários.

Serão 8 aulas distribuídas em quatro noites, das 19h30 às 21h30, às segundas e quartas-feiras: de 9 a 12 de dezembro.

“Os homens têm capacidade de desenvolver as mesmas tarefas domésticas que, historicamente, são demandadas às mulheres, e isso as sobrecarregam, levando-as a uma dupla jornada: além do trabalho profissional, elas precisam lidar com os afazeres da casa e o cuidado com os filhos. Por isso, incentivamos a participação no curso paternidade responsável, fundamental para que os homens compreendam a dinâmica de lidar com uma criança recém-nascida, compartilhando de forma mais justa possível esse trabalho para, assim, reduzir o peso que recai mais sobre elas”, avalia a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

Mais detalhes do curso

Aula 1 – Paternidade e os desafios para a família
-Acolhida dos participantes e apresentação geral do curso;
-Abordagem psicológica sobre o momento na vida do pai;
-Desafios para a família com a chegada de um novo membro;
-Depressão pós-parto e seus efeitos;
-Respeito à condição biológica e psicológica da mulher;
-Bater funciona?;
-O contato das crianças com as telas.

Aula 2 – O ato de educar: pais e mães comprometidos
-O que é Educação;
-Qual o papel do pai na educação da criança;
-Qual a interação necessária entre pai e mãe na condução do processo educativo da criança?;
-Quais os sentidos de colocar limites e fazer combinados com uma criança?;
-Como o tempo e a qualidade do tempo pode interferir na educação;
-Educação de pais e filhos e a relação da criança com o mundo externo.

Aula 3 – Cuidados práticos com o recém-nascido
-Pré-parto e dia do parto;
-Banho;
-Troca de fraldas;
-Amamentação e pós-mamada;
-Manobras de desengasgo;
-Como carregar;
-Como colocar para dormir;
-Outras orientações.

Aula 4 – Relações contemporâneas e o redimensionamento do papel dos pais
-Reflexão coletiva sobre a paternidade responsável e as relações compartilhadas.

Fonte: Contraf-CUT

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BB: Movimento sindical consegue proteger gratificação de caixas na Justiça e no ACT

Muitos funcionários e funcionárias do Banco do Brasil ainda seguem com dúvidas se está assegurada a gratificação de caixas executivos. E a resposta é sim. A manutenção do direito foi uma das principais pautas neste ano da Campanha Nacional dos Bancários, em mesa de negociação entre o BB e os representantes dos trabalhadores, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco público.

“Nós garantimos a incorporação da gratificação aos salários dos caixas que exerciam a função em janeiro de 2021 e que, à época da reforma trabalhista (novembro de 2017), já a exerciam por 10 anos ou mais, tanto no ACT quanto na Justiça”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e diretora da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

A conquista mais recente na Justiça sobre o caso aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), no dia 4 de setembro.

“Ainda em 2021, nós entramos, em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro/Contraf-CUT, na Justiça e conseguimos uma liminar contra o banco que, na época, fez uma reestruturação e retirava esse direito dos caixas executivos. Então, conseguimos tutela antecipada, que protegia os trabalhadores contra a decisão unilateral do BB de eliminar a função de caixa. O banco recorreu e, mais tarde, quando o processo chegou no TRT10, no dia 3 de julho deste ano, o tribunal cassou a liminar. Ingressamos com embargos de declaração, insistindo na liminar, e, no dia 4 de setembro, o TRT10 aceitou o pedido do movimento sindical”, explica a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados.

Fernanda Lopes recorda ainda que, quando saiu a primeira decisão do TRT10, em 3 de julho, desfavorável aos trabalhadores, foi também o dia em que começaram as negociações entre os bancários e o BB para a renovação do ACT. “Naquela mesa, conseguimos que o banco se comprometesse que não faria nenhuma modificação até a conclusão da campanha salarial. E, ao final das negociações, que duraram cerca de três meses, conseguimos avanços, especialmente a inclusão do parágrafo 4º na cláusula 12”.

O parágrafo mencionado é claro: “Aos funcionários admitidos antes de 11/1/2021 que, nesta data ocupavam a função de caixa executivo e que, em 11/11/2017 já haviam completado pelo menos dez anos de exercício de função gratificada, fazem jus ao pagamento da gratificação de caixa calculada de forma mensal enquanto subsistir a nomeação. Em caso de destituição da função, a pedido do funcionário ou por decisão do banco, fazem jus à incorporação da gratificação, sendo autorizada a compensação do seu valor com aquele devido pelo exercício da nova função comissionada.”

Em outras palavras, explica a advogada Renata Cabral, enquadrando-se nas condições acima, os funcionários terão a gratificação garantida, ainda que deixem de exercer a função de caixa caso concorram e passem para outra função no banco.

Quanto à decisão judicial, o TRT impôs, ainda, obrigações específicas ao Banco do Brasil, que são as seguintes:

“a) em relação aos trabalhadores admitidos antes de 11/1/2021 que na data do julgamento dos recursos ordinários (3/7/2024) ocupavam a função de caixa executivo, abster-se de aplicar o novo modelo de atuação, designação e remuneração dos caixas executivos, sob pena de multa mensal correspondente ao valor da gratificação de caixa executivo por empregado prejudicado, a incidir após o decurso de quinze dias contados da publicação desta decisão;

b) em relação aos trabalhadores admitidos antes de 11/1/2021 que, na data do julgamento dos recursos ordinários (3/7/2024), ocupavam a função de caixa executivo e que, em 11/11/2017, ainda não haviam completado dez anos de exercício de função gratificada, pagar a gratificação de caixa calculada de forma mensal enquanto tais empregados não forem formalmente destituídos do cargo de caixa executivo, com reflexos sobre FGTS, férias acrescidas de um terço, 13º salários e contribuições em favor da PREVI;

c) quanto aos trabalhadores admitidos antes de 11/1/2021 que, na data do julgamento dos recursos ordinários (3/7/2024), ocupavam a função de caixa executivo e que, em 11/11/2017, já haviam completado pelo menos dez anos de exercício de função gratificada, pagar a gratificação de caixa calculada de forma mensal enquanto tais empregados não forem formalmente destituídos do cargo de caixa executivo, com reflexos sobre FGTS, férias acrescidas de um terço, 13º salários e contribuições em favor da PREVI e; em caso de destituição da função de caixa executivo, incorporar a gratificação suprimida, nos termos da Súmula n.º 372, I, da Corte Superior Trabalhista, a ser apurada nos moldes dos Verbetes n.º 12 e 65 deste egrégio Regional, com repercussão sobre FGTS, férias acrescidas de um terço, 13º salários e contribuições em favor da PREVI; e

d) pagar reflexos das parcelas deferidas também sobre horas extras.”

Entenda o caso

No início de 2021, o Banco do Brasil anunciou uma reestruturação que incluía o fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, além do fim da gratificação para os escriturários que desempenhavam essa função. O movimento sindical tentou negociar com o banco, mas, após esgotar todas as tentativas de diálogo, recorreu à mediação do Ministério Público do Trabalho e, posteriormente, à Justiça.

Em fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, concedeu a liminar solicitada pela Contraf-CUT. O Banco do Brasil tentou reverter a decisão através de mandado de segurança e outros recursos, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

No dia 10 de novembro de 2023, uma audiência de conciliação foi realizada, mas não houve acordo devido à insuficiência da proposta apresentada pelo Banco do Brasil.

Em decisão, no final de 2023, a juíza substituta da 16ª Vara do Trabalho de Brasília/DF, Audrey Choucair Vaz, manteve a liminar concedida aos trabalhadores do Banco do Brasil, atendendo ao pedido da Contraf-CUT. A sentença proferida impedia a empresa de extinguir a função de caixa e mantinha o pagamento da gratificação associada. Na decisão de primeiro grau a magistrada destacou que retirar parte significativa da remuneração dos empregados de forma unilateral e imotivada seria arbitrário e excessivo, violando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Portanto, desde 2021, a tutela antecipada protege os trabalhadores contra a decisão unilateral do Banco do Brasil de eliminar a função de caixa.

Da sentença de primeiro grau, o BB apresentou recurso ao TRT10 e, em 03 de julho deste ano, o TRT10 cassou a tutela de urgência, mesmo tendo definido parâmetros parecidos com a sentença de primeiro grau.

Sem a liminar, havia brecha para que o banco implementasse o novo modelo de remuneração de imediato. A Contraf-CUT recorreu com embargos de declaração, insistindo na liminar de garantia da estabilidade financeira dos caixas executivos. Finalmente, no dia 4 de setembro, o TRT10 aceitou o pedido e a tutela antecipada, com alguns ajustes, voltou a viger.

Portanto, os trabalhadores alcançaram uma dupla vitória, tanto no ACT (via negocial), quanto na Justiça.

Fonte: Contraf-CUT

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Folga aos finais de semana garantida

Depois de muita pressão do Movimento Sindical, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), dos seus sindicatos e federações filiados e de toda a categoria bancária, o autor do Projeto de Lei (PL) 1043/19, que autorizava a abertura dos bancos aos sábados, domingos e feriados, deputado federal David Soares (União-SP), solicitou a retirada do projeto de tramitação.

“Já havíamos tido diversas conversas com o deputado para explicar os motivos de nossa posição contrária ao projeto, apresentando números que comprovam os danos que o excesso de trabalho e as cobranças abusivas de metas causam à saúde das bancárias e bancários. Deixamos claro que a abertura dos bancos nos finais de semana e feriados agravaria ainda mais esta situação”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação de pautas de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão. “O deputado e seus aliados, em decorrência do lobby dos bancos, insistiam em manter o projeto em tramitação. Mas nossa luta coletiva, somada às estratégias articuladas que fizemos dentro do Congresso Nacional, surtiu efeito e conseguimos, mais uma vez, manter os direitos da classe trabalhadora e, sobretudo, da categoria bancária”, completou.

A demanda da categoria vai no sentido contrário ao que havia sido proposto pelo deputado. “Queremos que os bancos continuem abrindo de segunda a sexta-feira. Mas com uma escala de trabalho que permita que cada um trabalhe apenas quatro dias na semana”, explicou o dirigente da Contraf-CUT. “Ao contrário do que alguns podem imaginar, as pesquisas mostram que isso aumenta a produtividade dos trabalhadores e a lucratividade das empresas que adotaram o sistema, pois, com maior descanso, os trabalhadores ficam mais animados, trabalham com mais gosto e adoecem menos. Além disso, é uma forma de estimularmos a economia, a geração de empregos e promover a distribuição dos ganhos que o avanço da tecnologia proporciona”, completou.

“Um olho no peixe…

Para Jefão, a retirada do projeto de tramitação deve ser comemorada. “A abertura dos bancos aos finais de semana poderia causar diversos danos à saúde e também prejudicar a vida social da categoria. Por isso, a interrupção da tramitação pode ser considerada uma vitória”, avaliou.

…o outro no gato”

Mas ele faz um alerta para que a categoria continue mobilizada. “Conversei com a assessoria do deputado e fui informado de que não há a intenção de reapresentar o projeto, nem algo semelhante. Mas já houve muitas idas e vindas sobre essa proposta, por isso, devemos estar atentos à movimentação no Congresso”, alertou. Jefão observa que “outros deputados trabalham pela abertura dos bancos aos finais de semana e quem faz lobby para que isso aconteça não vai deixar de ter este desejo de uma hora para a outra”.

Outras lutas

A única justificativa plausível para um possível fim do lobby pela abertura dos bancos aos sábados, segundo Jefão, seria eles terem encontrado outra saída para fazer tudo funcionar como eles querem sem a necessidade de alteração na lei. “Por exemplo, sabemos que alguns bancos estão num processo incessante de terceirização disfarçada. Estão demitindo os bancários e os recontratando para fazer os mesmos serviços, mas contratados por empresas terceirizadas do próprio grupo. Tem caso de banco com mais da metade dos funcionários realizando trabalhos de bancários, mas trabalhando para outras empresas. É uma terceirização disfarçada”, explicou Jefão. “Esta terceirização disfarçada precisa ser denunciada para a toda a sociedade. Pois eles podem querer burlar a lei não apenas na questão da terceirização fraudulenta, mas também no funcionamento dos serviços bancários, com trabalho de supostos não-bancários em ‘lojas’ que supostamente não são bancos”, explicou.

Jefão reforça que é preciso estar atento a toda a movimentação do trabalho no setor bancário para impedir não apenas a aprovação de leis que prejudicam a categoria, mas também a utilização de artimanhas para o descumprimento das leis existentes. “Precisamos estar atentos ao Congresso e à toda movimentação do setor”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT