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Coletivo de saúde conquista avanços importantes em mesa bipartite

A primeira reunião do ano da mesa bipartite de saúde entre o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pelo Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na manhã desta terça-feira, 23 de janeiro, teve avanços importantes, com a possibilidade de acordo em diversas reivindicações.

No início da discussão sobre aditivo da cláusula 61 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que trata da prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia, o movimento sindical cobrou um melhor fluxo para dar tranquilidade ao denunciante para procurar os canais disponíveis com garantia de sigilo e resolutividade da denúncia.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, participou da reunião, representando a entidade.

“A mesa de negociação sobre saúde sempre é importante e percebemos que a Fenaban está disposta ao debate e melhorar os processos no acompanhamento aos bancários adoecidos. Acredito que na próxima reunião, previamente marcada para 14 de março, teremos respostas positivas quanto ao protocolo e seminário sobre adoecimento no ambiente de trabalho, propostos hoje. Estou confiante.”, declarou Lizandre.

Para Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, “o trabalhador tem medo de fazer denúncia e, quando faz, muitas vezes, vem a partir do Ministério Público, o que acaba nos jornais e dá uma visibilidade maior. Precisamos atrair para os canais acordados, para que sejam resolvidos de forma mais rápida”, orientou.

A Fenaban se comprometeu a responder a proposta sobre fluxo, sigilo e medidas contra o assédio, como cursos para gestores e a criação de uma comissão bipartite para apuração das denúncias.

Canal de atendimento e acolhimento

Outra reivindicação dos representantes dos trabalhadores é a criação de um canal de atendimento humanizado com um fluxo transparente e descomplicado, com informações do que fazer em caso de necessidade de afastamento. A Fenaban se comprometeu a apresentar uma proposta de fluxograma para ser debatido.

Clausula 61

Os trabalhadores reivindicam também a atualização dos mecanismos de prevenção de conflito no ambiente de trabalho. “Precisamos que essa cláusula seja aperfeiçoada, atualizada, modernizada, pois é antiga. No período foi ousada, já que o tema era pouco debatido. Mas, hoje a sociedade, como um todo, o conhece e já evoluiu bastante. Nós precisamos atualizá-la para que aborde de forma mais profunda o assédio moral no local de trabalho.”

PCMSO

Os trabalhadores ainda cobraram melhorias no Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional (PCMSO). “Nós gostaríamos de ter os dados de afastamento, até para poder sugerir medidas para rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho. Importante balizar também a questão de reconhecer os riscos dos bancos. Já há uma deturpação no início do processo que não reconhece. Esse reconhecimento é importante. O que a gente quer nada mais do que discutir o que está em lei. O relatório anual do PCMSO prevê uma discussão com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Nós queremos participar deste debate. Utilizar essas ferramentas já definidas para discutir medida bipartite para melhorar os locais de trabalho”, salientou Mauro.

O secretário de saúde ainda respondeu aos representantes da Fenaban, que negaram a reivindicação, por entenderem que haveria uma sobreposição à CIPA. “Não queremos tirar o papel da CIPA, muito pelo contrário, queremos a ampliação. Infelizmente a lei define apenas um cipeiro a cada 100 trabalhadores. Com isso, poucos locais de trabalho têm CIPA nos bancos. Consequentemente, não temos PCMSO exclusivos de diversos locais, o relatório é centralizado. Nós queremos analisar os números conjuntamente para pensar em forma de melhorar os locais de trabalho um a um”, completou Mauro, ao lembrar que as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) definem a participação dos trabalhadores nessas discussões.

Debates futuros

A próxima reunião da mesa bipartite de saúde ficou agendada para 14 de março, às 10h, em São Paulo. O movimento sindical se comprometeu a apresentar a pesquisa sobre saúde mental e uma proposta de código de conduta e protocolo para fluxo de combate ao assédio moral nos locais de trabalho.

*com informações da Contraf-CUT

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Repasses de contribuições sobre demandas trabalhistas serão feitos pelo BB à Cassi

O Banco do Brasil (BB) e a Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi) concluíram os entendimentos a respeito dos repasses das contribuições patronais sobre verbas salariais ou remuneratórias, pagas em demandas trabalhistas movidas contra a entidade. O valor que a Cassi receberá é de R$ 337,7 milhões, correspondente ao período de 13 anos, desde 2010, quando o banco interrompeu o envio dos recursos. A partir de agora, o pagamento também será regularizado.

O presidente da Cassi, Claudio Said, explica que “o BB reconheceu a questão e se dispôs a resolvê-la, numa iniciativa que é uma vitória institucional, tanto da Cassi como do banco, que teve a sensibilidade de eliminar essa pendência de modo permanente”. Claudio ressalta que “é importante lembrar que se trata de uma solução do passado e para o futuro também, pois, a partir de agora, sempre que o BB pagar uma ação, também fará o recolhimento da contribuição para a Cassi automaticamente”.

Para a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) e Conselheira Fiscal da Cassi, Fernanda Lopes, “essa é uma vitória do movimento, que lutou pela retomada dos repasses e atuou junto ao banco durante as negociações para resolver esse problema, que já se arrastava há 13 anos”.

Para o integrante do Conselho Administrativo da Cassi, Alberto Alves Junior, “é muito importante que os recursos referentes a essas contribuições estejam entrando neste momento, pois possibilita um maior equilíbrio financeiro para o Plano de Associados”.  O conselheiro também lembra que “são valores recuperados, que deveriam ter sido recolhidos ao longo dos anos, mas que somente agora foram reconhecidos pelo BB, que definiu o repasse”.

Processo detalhado

O BB, como patrocinador, faz uma contribuição ao Plano Associados da Cassi de 4,5% da folha de cada beneficiário, que participa com mais 4%. Esses percentuais também incidem sobre verbas salariais e remuneratórias pagas ao funcionário em cumprimento a decisões judiciais ou definidos em conciliação entre as partes – as chamadas “reclamatórias trabalhistas”.

Os repasses referentes a esses pagamentos é que foram suspensos pelo banco em 2010 e serão feitos agora. O montante de R$ 337,7 milhões é a somatória todos os casos do período, atualizados individualmente com base no índice da taxa básica de juros brasileira, a Selic.

Claudio Said ressalta que “houve uma apuração, com levantamento detalhado de processo a processo e cálculos realizados tecnicamente por uma comissão com representantes do banco e da Cassi. Foi um trabalho muito consistente”.

Fernanda Lopes também observa que, “visto que essa é a contribuição patronal, a Cassi ainda vai buscar a pessoal, ou seja, do funcionário, inclusive com a colaboração do BB”. A coordenadora afirma que “nessa fase, o movimento sindical também estará presente, acompanhando e contribuindo, afinal a sustentabilidade da Cassi é do interesse de de todas e todos os funcionários e funcionárias do BB”.

Leia aqui nota publicada pela Cassi sobre o repasse.

Fonte: Contraf-CUT

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Pastor escravagista não virá mais ao Brasil

O pastor evangélico norte-americano Douglas Wilson, autor de dois livros que defendem que a escravização de negros e negras por cristãos é autorizada na Bíblia, não virá mais ao congresso Consciência Cristã, que ocorre durante o Carnaval, em Campina Grande, na Paraíba.

A vinda do escravagista ao Brasil foi cancelada após publicação de reportagem sobre sua presença no evento, pelo site de jornalismo investigativo Intercept Brasil, em 16 de janeiro. O anúncio foi feito pela associação conservadora Visão Nacional para a Consciência Cristã, responsável pelo congresso, por causa de “polêmicas levantadas por interpretações de falas sobre o tema sensível da escravidão”.

Wilson, líder da Igreja de Cristo, em franco crescimento nos Estados Unidos, é um teólogo fundamentalista, autor de dois livros que defendem a escravização de pessoas negras por cristãos. Essas publicações já exercem grande influência na extrema direita brasileira.

Ele é um dos articuladores do “nacionalismo cristão”, organização vista como séria ameaça à democracia, que atuou na invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2022, para tentar impedir a posse de Joe Biden, que havia derrotado o ultraconservador Donald Trump nas eleições.

Como pontua o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, “tanto a Constituição como o Código Penal vetam escravidão no Brasil, então as palavras desse pastor são ilegais aqui”. Racismo é crime imprescritível, com pena de dois a cinco anos de prisão.

O secretário também avalia que “a presença desse pastor em um evento religioso no Brasil seria uma afronta à sociedade como um todo, pois além do atraso mental que o leva a defender esse disparate, nós, negros e negras, compomos 57% da população brasileira”.

Várias entidades, como a Contraf-CUT e o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) se mobilizaram para impedir a vinda do escravagista, além de forte pressão dos movimentos negros, iniciada logo que a matéria do Intercept foi publicada. “Esse pastor ataca todos os direitos humanos, e o Brasil está buscando voltar à normalidade, que inclui o bom diálogo inter-religioso; por isso esse pastor não tem espaço para pregar o ódio por aqui”, conclui Almir.

Fonte: Contraf-CUT

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Empresas brasileiras distribuíram 218,8 bi em dividendos

Empresas brasileiras distribuíram, em 2023, o total de R$ 218,8 bilhões em dividendos sobre seus lucros aos seus acionistas, segundo relatório da Fintech Meu Dividendo. O campeão em retorno por ação é o Banco da Amazônia, que pagou R$ 5,32 por ação. O segundo e terceiro no ranking também são bancos (Banco do Brasil, R$ 4,57 por ação, e Banco do Nordeste, R$ 3,52 por ação). A primeira empresa que não é do ramo financeiro a figurar na lista é a Brasilagro – Cia. Brasileira de Produtos Agrícolas, em quinto lugar, que pagou R$ 3,21 por ação. Entre os dez primeiros, oito são do ramo financeiro, cinco são bancos.

“É uma grande rentabilidade para os acionistas”, avaliou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale. “Esperamos que quem sofre para cumprir as metas abusivas impostas para garantir os altos lucros aos bancos, que são os trabalhadores da categoria bancária, tenham seus esforços reconhecidos. Principalmente neste ano, que teremos campanha para reajustes de salários e dos direitos econômicos e sociais da categoria”, completou.

Quando se trata de volume de recursos distribuídos, a campeã é a Petrobrás, seguida da Vale. Mas os cinco maiores bancos do país também fazem parte da “lista dos 10 mais”, sendo o Banco do Brasil em terceiro, Itaú em quarto e BB Seguridade em quinto, Bradesco em sétimo, Santander em oitavo e Caixa Seguridade em décimo.

>>>>> Veja as empresas que mais pagaram dividendos em 2023

Taxação dos dividendos

Para Walcir, é preciso mudar a legislação para tributar a distribuição de dividendos do Brasil. “No Brasil, o trabalhador tem sua renda taxada, mas o especulador ganha sem ser taxado. É preciso mudar isso para que haja mais justiça tributária”, defende o dirigente da Contraf-CUT, que é uma das entidades que compõem a coordenação da Campanha Tributar os Super-Ricos, que apresentou uma série de projetos ao Congresso Nacional, com propostas para aumentar a arrecadação por meio da taxação de uma pequena parcela de super-ricos da população brasileira, que tem diversos benefícios tributários.

Saiba mais sobre a Campanha Tributar os Super-Ricos

Fonte: Contraf-CUT

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BB bate recorde histórico na liberação de crédito rural em 2023

Em nota divulgada nesta semana, a direção do Banco do Brasil informou que R$ 195 bilhões foram desembolsados para 612 mil operações de crédito rural, de janeiro a dezembro de 2023. O volume é recorde na história de créditos ofertados pelo banco público ao setor e 8,4% superior ao que foi liberado em 2022.

Segundo a instituição, esses valores voltados ao campo contribuíram para a marca recorde de produção alcançada no ano passado. Do total desembolsado, R$ 22 bilhões foram liberados por meio do Pronaf, o programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar.

Plano Safra e segurança alimentar

“Esses resultados recordes mostram o fortalecimento do BB como um banco público e indutor do desenvolvimento. É incontestável que a empresa é líder no segmento de crédito rural e, principalmente, na indução da agricultura familiar, setor responsável por 70% dos alimentos consumidos nas nossas mesas“, avalia a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. A dirigente lembra que, de 2016 a 2021, a participação do BB no crédito rural havia caído de 60% para 54%, sendo que só no crédito para o Pronaf, a queda havia sido de 32% no período.

O BB destacou ainda que o Plano Safra 2023/2024, programa do governo criado para impulsionar o setor agropecuário, tanto por meio de incentivos quanto por meio de créditos, teve peso fundamental no total da sua carteira de crédito.

Em julho do ano passado, o BB anunciou o destino de R$ 240 bilhões em crédito para o plano vigente, valor 27% maior do que o anunciado para o Plano Safra anterior, de 2022/2023. Nos seis primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, ou seja, de julho a dezembro passado, foram desembolsados R$ 120 bilhões, volume também recorde e que representa aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do plano anterior.

Com o BNDES

Em 2023, o BB desembolsou R$ 3,5 bilhões nos programas de investimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor é 23 vezes maior do que o de 2022, que foi de apenas R$ 154 milhões.

“O Banco do Brasil é um dos parceiros do BNDES no repasse de empréstimos em programas da instituição”, explica o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção. “Essa atuação conjunta faz parte do que nós, trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro, defendemos em relação aos bancos públicos, que é a participação dessas instituições, com todo seu potencial econômico, no projeto de desenvolvimento do país que queremos, um país sustentável, mas também tecnológico e inclusivo”, completa.

O BB atua com as linhas BNDES Automático e Finame, voltadas para a automação e modernização de empreendimentos de diversos setores da economia, incluindo o rural. Dos R$ 3,5 bilhões desembolsados no ano passado, cerca de um terço dos recursos foi direcionado a produtores rurais e cooperativas. O restante para micro, pequenas, médias e grandes empresas.

Fonte: Contraf-CUT

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24 de Janeiro – Dia da aposentada e do aposentado

No dia 24 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional do Aposentado, instituído pela Lei 6.926, de 30 de julho de 1981

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) parabeniza todas as bancárias e os bancários aposentados.

Em 2023 foi dado um passo significativo para a organização deste importante segmento da categoria: a criação, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Comissão Nacional dos Aposentados, que teve sua primeira reunião nos dias 13 e 14 de novembro de 2023, em São Paulo.

A reunião contou com a participação de representantes de diversas Federações e Sindicatos do país.

Do rico debate, surgiram propostas a serem implementadas pela Confederação, Federação e pelos Sindicatos que visam organizar, representar e defender as bancárias e bancários aposentados.

“Esse, com certeza, é um desafio que iremos enfrentar e vencer, porque da luta não nos aposentamos.”, declarou Jorge Valverde, do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região.

Jorge e Rita Lima, do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, são os representantes da Fetraf RJ/ES na Comissão.

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Concentração de renda aumenta em todo o mundo

A fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo mais que dobrou desde 2020 –de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões–, ao mesmo tempo em que as quase cinco bilhões de pessoas mais pobres ficaram ainda mais pobres. É o que revela o novo relatório Desigualdade S.A., da Oxfam, divulgado na segunda-feira (15/1). O relatório mostra também que, no passo que as coisas andam, o mundo terá seu primeiro trilionário em uma década, sem que a pobreza acabe. Para que esta seja erradicada seriam necessários 229 anos.

Outro dado alarmante apontado pelo relatório da Oxfam é que sete das 10 maiores corporações do mundo têm um bilionário como principal acionista, ou CEO (Chief Executive Officer), cargo equivalente a Diretor Executivo. E que estas empresas têm valor avaliado em US$ 10,2 trilhões, mais do que a soma do PIB de todos os países da África e da América Latina.

“Os super-ricos concentram cada vez mais riqueza e poder. Isso agrava as desigualdades globais de maneira absurda”, disse a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, para quem a concentração de renda prejudica a democracia e a execução de políticas públicas para atender as pessoas mais pobres. “As empresas estão canalizando o poder e a maior parte da riqueza gerada no mundo para uma ínfima parcela da população, que já é super-rica”, disse.

#TributarOsSuperRicos

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, “a desigualdade, em termos mundiais, é absurda! São necessárias cinco bilhões de pessoas para dar sustentação à drenagem da riqueza, que é produzida socialmente, para alguns pouco multibilionários”.

Walcir ressalta que a concentração de renda explodiu no mundo inteiro, mas que no Brasil a coisa ainda é mais grave. Os dados apontam que 50% dos ativos globais estão nas mãos de 1% da população. No Brasil, esta concentração chega a 60%. “O não pagamento de tributos e impostos pelos super-ricos faz com que haja toda essa concentração de renda, como, por exemplo, no Brasil, onde a distribuição dos dividendos dos lucros das empresas é isenta”, explicou. “Outro exemplo brasileiro são as brechas na legislação tributária, que permitem aos proprietários de grandes agroindústrias declarem os ganhos das empresas como sendo de pessoas físicas”, continuou o dirigente da Contraf-CUT.

“Então, apesar de o governo ter conseguido um grande avanço com a aprovação da parte da reforma tributária que simplifica o sistema e de algumas medidas que contribuem com a tributação das offshorese dos fundos de investimentos dos super-ricos, ainda há uma longa luta para tentarmos, pelo menos, minimizar essa concentração.

Destaques

  • No Brasil, em média, o rendimento das pessoas brancas é mais de 70% superior à renda de pessoas negras;
  • Quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram um aumento de 51% de sua riqueza desde 2020; ao mesmo tempo, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres;
  • A pessoa mais rica do país possui uma fortuna equivalente à metade mais pobre do Brasil (107 milhões de pessoas);
  • O 1% mais rico do Brasil tem 60% dos ativos financeiros do país;
  • A riqueza dos cinco homens mais ricos do mundo aumentou 114% desde 2020;
  • O mundo poderá ter seu primeiro trilionário nos próximos 10 anos, enquanto o fim da pobreza poderá levar mais de dois séculos;
  • 7 das 10 maiores empresas do mundo têm hoje um bilionário no comando ou como principal acionista;
  • As 148 maiores empresas do mundo lucraram US$ 1,8 trilhão, 52% a mais do que a média dos últimos três anos, e distribuíram robustos dividendos para acionistas ricos, enquanto milhões de pessoas enfrentavam cortes em seus salários;
  • Medidas para interromper o acúmulo de riqueza: investimento pesado em serviços públicos, regulação de empresas, quebra de monopólios privados e criação de impostos permanentes sobre riqueza e lucros excedentes.

Fonte: Contraf-CUT

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Mulheres perdem espaço na Caixa

Depois da substituição de Maria Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes, na presidência da Caixa Econômica Federal, em outubro de 2023, rumores indicam que, pelo menos, outras três mulheres serão substituídas por homens no alto escalão do banco.

Na ocasião da substituição de Rita por Carlos Vieira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já havia demonstrado seu desagradocom a substituição de uma mulher por um homem.

“Um dos grandes desafios da categoria, na questão diversidade, é o número reduzido de mulheres nos cargos de liderança, cargos de gestão. Então, essas trocas representam um grande retrocesso”, avaliou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Na categoria bancária, nós mulheres, somos cerca de 50% do quadro, mas essa proporção não se reflete nos espaços de cargos de gerência e de comando das instituições”, completou.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, aponta que as mulheres, em 2021, representavam 46,5% do total da categoria bancária. No entanto, ocupavam apenas 46,5% dos cargos de liderança.

Só homens

As nomeações para as vice-presidências do banco ainda não são oficiais, mas os rumores apontam que sete homens serão nomeados. Nenhuma mulher. “E, destes sete, o que se diz é que três substituirão mulheres”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Não queremos rever o preconceito de gênero que havia no governo anterior. Vimos onde foi parar este preconceito: no desprezo pelo trabalho das mulheres e no assédio moral e sexual. Vimos esta página sendo virada na gestão Rita Serrano e queremos que continue da mesma forma! Xô preconceito! Xô Assédio!”, completou.

Os rumores se fortalecem com publicação, nesta sexta-feira (19), de uma nota na coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles.

Veja abaixo a lista dos nomes que devem ser nomeados:

  • Laercio Roberto Lemos de Souza, para a vice-presidência de Tecnologia e Digital, em substituição à Adriana Salgueiro;
  • Marcelo Campos Prata, para a vice-presidência de Logística, em substituição à Mônica Monteiro;
  • Pedro Ermírio de Almeida Freitas Filho, para vice-presidência de Agente Operador, em substituição à Lucíola Vasconcelos.
  • Adriano Assis Matias, para a vice-presidência de Rede de Varejo;
  • Francisco Egídio Pelucio Martins, para a vice-presidência de Pessoas;
  • Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, para a vice-presidência de Negócios de Varejo;
  • Tarso Duarte de Tassis, para a vice-presidência de Atacado.

Fonte: Contraf-CUT

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Sindicatos que não aprovaram acordo do Saúde Caixa aguardam encaminhamentos do Comando Nacional dos Bancários

Novas assembleias para deliberar sobre o aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa, foram realizadas nesta última terça-feira, 16 de janeiro.

Na base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), os Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região e Três Rios e Região, já haviam aprovado o acordo.

Nestas novas assembleias, o Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Região aprovou a proposta com 81,58% de votos favoráveis.

Já a base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense seguiu rejeitando a proposta, com 99 votos contrários e 41 favoráveis.

O acordo, que já havia sido aprovado por cerca de 74% das entidades nas assembleias realizadas nos dias 5 e 8 de dezembro de 2023, já está em vigor desde o dia 1º de janeiro e tem validade até o final de 2025.

SINDICATOS QUE NÃO APROVARAM

Nas bases onde a proposta não foi aprovada, a Caixa aplicará as condições previstas nos normativos do Saúde Caixa, mas sem as garantias do ACT.

NOVOS ENCAMINHAMENTOS

O Comando Nacional irá se reunir em breve para definir os encaminhamentos que serão adotados em relação às bases que mantiveram a rejeição à proposta.

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Trabalhadores se reúnem com VP de Habitação da Caixa

A representação das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal se reuniram, na terça-feira (16), com a vice-presidenta de Habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, para discutir sobre a atuação do banco na promoção do acesso à moradia e de políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do país. Debate sobre o Saúde Caixa, a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) e a resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 42) se estendeu também com a consultora da Presidência da Caixa.

Habitação

O balanço de 2023 da Caixa ainda não foi divulgado, mas os dados até setembroapontam que o banco respondia, naquele momento, por 68,8% da carteira de crédito imobiliário no país, com um volume de R$ 136,9 bilhões.

“A Caixa é líder de mercado no crédito habitacional, com atuação focada na população de baixa renda. A política de crédito da Caixa para este segmento é fundamental não apenas para a redução do déficit, mas para a revisão da política habitacional do país, uma vez que é sabido que existem moradias vazias que permitiriam abrigar o dobro de famílias que estão sem casa em todo o Brasil”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

O Censo Demográfico Brasileiro aponta que existem 11,4 milhões de domicílios vagos, quase o dobro da falta de moradias do país.

“Por isso é tão importante discutirmos a política de crédito habitacional da Caixa, de modo que ela foque em quem realmente o busque para alcançar o objetivo da casa própria, e não para servir como especulação imobiliária e manutenção da desigualdade social”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.

“Assim como a Caixa, as empregadas e empregados do banco se preocupam com o desenvolvimento do país e com a redução das desigualdades sociais e econômicas entre os brasileiros. Queremos um país mais justo e solidário”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto.

Além da vice-presidenta de Habitação, os superintendentes Nacional, Rodrigo Eduardo de Mello e de Operações Imobiliárias, Marlon Machado, também participaram da reunião.

Outros temas

Após o encontro, os representantes dos empregados estenderam o diálogo com a consultora da Presidência da Caixa, Salete Cavalcanti, e externaram as preocupações dos trabalhadores sobre o Saúde Caixa (o plano de saúde das empregadas e empregados da Caixa), a Funcef e a CGPAR 42.

“Acabamos de aprovar um aditivo ao nosso ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) sobre o Saúde Caixa, mas nossa preocupação com o teto de gasto do banco com a saúde dos trabalhadores (6,5% da folha de pagamentos) continua”, observou a coordenadora da CEE. “Precisamos revogar a CGPAR 42, que interfere na livre negociação entre empregados e as empresas públicas, e promover a remoção do teto de 6,5% que está estabelecido no estatuto da Caixa”, completou.

“Revogando esta resolução e acabando com o teto, vamos conseguir estabelecer negociações mais favoráveis às empregadas e empregados, tanto no que diz respeito ao Saúde Caixa, quando em relação à Funcef”, explicou o presidente da Fenae.

Fonte: Contraf-CUT