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Movimento Sindical reivindica renovação do acordo de Call Center

O Movimento Sindical Bancário, através da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander solicitou ao banco a renovação do acordo aditivo de trabalho dos bancários que exercem a função de atendimento telefônico/call center, conhecido como antigo J6.

O objetivo da negociação para renovação do acordo é preservar conquistas como, por exemplo, a garantia do pagamento de horas extras de 50% aos sábados e 100% aos domingos e feriados, com folga na semana seguinte. Com os pagamentos feitos no mês subsequente ao mês trabalhado.

“Em reunião com o banco, na segunda, a COE Santander reivindicou a renovação do Acordo do Call Center, considerando as premissas do acordo anterior, uma vez que o banco continua aplicando as mesmas regras, principalmente nos pagamentos das horas extras realizadas aos finais de semana, bem como nas folgas referentes” relata Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander.

Segundo o banco, hoje aproximadamente 53 funcionários realizam atividades nas seguintes áreas: Câmbio; SAC; e Ouvidoria e Fraude. De acordo com o Santander, a intenção é que todos os trabalhadores façam a migração da jornada de 6 horas para 8 horas, com opção de carreira nas áreas centrais como, por exemplo, na rede de agências.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa terá que provar que prioriza PCDs para teletrabalho

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) participaram, na segunda-feira (11), de uma audiência com o banco na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar da denúncia de descumprimento pelo banco do artigo 75-F do Decreto-Lei 5452/1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Segundo o texto, os empregadores devem dar prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou crianças sob guarda judicial até quatro anos de idade na alocação em vagas para atividades que possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou trabalho remoto.

A prioridade também está definida no artigo 7º da Lei 14.457/2022, que diz:

Art. 7º – Na alocação de vagas para as atividades que possam ser efetuadas por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância, nos termos do Capítulo II-A do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, os empregadores deverão conferir prioridade:
I – às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou criança sob guarda judicial com até 6 (seis) anos de idade; e
II – às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou pessoa sob guarda judicial com deficiência, sem limite de idade.

“Em diversas reuniões, cobramos que a Caixa cumprisse o que determina a CLT. Infelizmente, o banco não nos trouxe respostas e, na audiência, alegou que cumpre o que determina a legislação”, informou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt. A CEE auxilia a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

O MPT pediu que:

  1. As entidades de representação das empregadas e empregados apontem, de forma específica, no prazo de 15 dias, os casos em que trabalhadores pediram formalmente para o cumprir suas funções na modalidade de teletrabalho e tiveram o pedido negado.
  2. Após o prazo concedido às entidades sindicais, a Caixa apresente a relação total das PCDs e de pais de crianças com até seis anos de idade, na base de Brasília, e suas respectivas lotações, por subsistema, e os que constam em teletrabalho e não constam. No mesmo prazo (15 dias), deverá também se manifestar sobre as situações apresentadas pelas entidades sindicais.

As informações apresentadas, tanto pelas entidades sindicais, quanto pelo banco, deverão ser protocoladas sob sigilo, para resguardar possíveis dados sensíveis.

Procure seu sindicato

“Apresentaremos as informações solicitadas pelo MPT. Já temos os dados de diversos empregados que nos procuraram, mas pedimos que as empregadas e empregados com deficiência e com filhos de até seis anos, que tenham tido pedido para cumprir suas funções em teletrabalho com pedido negado, ou ignorado, procurem, o quanto antes, um representante de seu sindicato”, orientou a coordenadora da CEE/Caixa.

Os empregados devem entrar em contato com seu sindicato, informar seu número de matrícula funcional, nome completo e função que realiza. Se possível, apresentar documento que comprove sua solicitação.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancos reduziram mais de 5.300 postos em 2023

Mesmo com a ligeira reversão da movimentação do quadro de emprego bancário, que em outubro registrou saldo positivo de 257 postos de trabalho (3.681 admissões contra 3.424 demissões), o setor bancário fechou, de janeiro a outubro de 2023, 5,3 mil postos de trabalho. No ano, apenas atividades ligadas ao comércio e de teleatendimento fecharam mais postos de trabalho do que o setor bancário.

A redução de postos de trabalho no setor é ainda maior no acumulado de 12 meses (novembro de 2022 a outubro de 2023). No período os bancos fecharam 5.712 de postos. Se considerarmos apenas os “bancos múltiplos com carteira comercial”, subdivisão que engloba os principais bancos privados e o Banco do Brasil, o saldo negativo foi ainda maior, chegando a 5.848 vagas a menos.

“Os bancos tentam justificar a redução de postos de trabalho apresentando dados que mostram o aumento do uso de transações pela internet e nos caixas de autoatendimento. Mas, durante a pandemia, pudemos ver que, apesar de estes tipos de transações terem aumentado, muita gente tem necessidade ou prefere o atendimento presencial humanizado”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale. “O resultado é que, com a redução de postos de trabalho, somada ao fechamento de agências, os bancários que permanecem empregados ficam sobrecarregados e adoecem, porque têm que cumprir diversas tarefas do dia a dia e, ao mesmo tempo, atingir as metas de vendas de produtos bancários”, completou o dirigente da Contraf-CUT ao ressaltar que a categoria bancária está no triste topo do ranking de transtornos mentais e de doenças de esforços repetitivos (LER/Dort).

Dados segmentados

Em outubro, os fechamentos de postos de trabalho se concentraram em cinco estados (Amapá, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). O destaque negativo é para São Paulo, que concentrou 82% do saldo negativo (-196 vagas). O destaque positivo foi o Rio Grande do Sul, com aumento de 192 postos de trabalho.

Quando fazemos o recorte de gênero, vemos que, no mês de outubro, o aumento de vagas privilegiou os homens. Entre eles, houve aumento de 396 vagas. Entre as mulheres, houve redução de 140 vagas.

Na segmentação por faixa etária, houve saldo positivo entre as faixas de até 29 anos (1.054 vagas a mais). Já para as faixas etárias superiores, foi notado movimento contrário, com fechamento de 798 vagas.

Com relação à remuneração, os dados apontam redução do salário médio que, para o bancário admitido chegou a R$ 5.564,98, apenas 73,38% do que era recebido pelo demitido (R$ 7.583,32).

Para Walcir, é importante analisar os dados para entender a movimentação do saldo de emprego bancário. “Eles nos mostram que a justificativa da mudança de perfil de atendimento –do presencial humanizado em agência para o eletrônico pela internet ou nos terminais de autoatendimento– é apenas parte da informação. O que os bancos estão fazendo, na verdade, é encontrando formas para aumentar a rentabilidade e o lucro. Reduzindo custos e cobrando o aumento da produção por meio da imposição de metas cada vez maiores”, disse.

Leia a íntegra da análise dos últimos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

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Congresso em Bogotá abordou desafios de bancos públicos latino-americanos

Representantes sindicais de vários bancos públicos de toda a América Latina participaram do 1º Congresso Nacional e Internacional de Banco Central, Sistema Financeiro e Desenvolvimento Econômico, nos dias 23 e 24 de novembro, na capital da Colômbia (Bogotá), realizado pela Asociación Nacional de Empleados Del Banco de La República (Anebre) e pela Uni Global Union, sindicato global que representa mais de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo.

“Sem a existência dos bancos públicos é muito provável que a defasagem de infraestrutura para áreas importantíssimas, como saneamento básico, rodovias e para outros modais de transporte, fosse ainda maior nos países em desenvolvimento”, destacou a empregada da Caixa Econômica Federal e coordenadora do grupo de trabalho de Bancos Públicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, uma das representantes do movimento sindical bancário brasileiro no congresso.

“Os bancos públicos têm papel importante no desenvolvimento econômico e social em qualquer país do mundo. São ferramentas de Estado para direcionar investimentos públicos de médio e longo prazo em áreas estratégicas, como infraestrutura, habitação, agricultura e agronegócio”, complementou Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e que também fez parte da delegação brasileira no evento.

As pautas do congresso foram divididas nos seguintes painéis:

  • Evolução dos Bancos Centrais e Sistemas Financeiros Nacionais e Internacionais.
  • Bancos Centrais e Sistema Financeiro: os modelos em disputa.
  • Estratégias diante das crises: políticas, financeiras e econômicas.
  • Banco Público com perspectivas de gênero.
  • Sistematização das propostas realizadas.

Os bancos públicos, que funcionam como instrumento de fomento, são comuns principalmente nos países desenvolvidos. Cada instituição tem uma forma própria de operar, mas todas com o objetivo de complementar as ofertas de crédito do sistema financeiro privado, auxiliar na implementação de políticas públicas e, também, para que os setores públicos e privados possam assumir o risco em investimentos estratégicos.

Mesa sobre questão de gênero

Entre os assuntos em destaque no congresso esteve o papel dos bancos públicos na questão da igualdade de gênero, como empresas que, ao implementar a igualdade salarial e de oportunidades na ascensão de cargos, sirvam como referência para mudar o quadro de desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

De acordo com o Relatório Global de Desigualdades de Gênero, do Fórum Econômico Mundial, em termos de igualdade salarial entre homens e mulheres, o Brasil ocupa a 117ª posição numa lista de 146 nações avaliadas. Globalmente, as mulheres ganhavam 37% menos que os homens com as mesmas posições.

Segundo levantamento do Dieese, com base na PNADC/IBGE, no Brasil as mulheres recebem em média cerca de 21% menos que os homens, no Brasil. Na categoria bancária, o cenário é um pouco pior: as mulheres recebem em média 22,2% menos que os homens. Se a mulher bancária for negra, então, ela recebe em média 40,6% a menos que o homem bancário branco.

“Durante a nossa apresentação, nós mostramos que o movimento sindical dos trabalhadores do ramo financeiro no Brasil segue lutando para mudar esse cenário. Mostramos também que, nas duas últimas décadas, obtivemos importantes conquistas em termos de desigualdade de gênero”, observou Fernanda Lopes, que também é funcionária do Banco do Brasil e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

Entre as conquistas da categoria brasileira, inseridas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), estão: a inclusão do tema igualdade de oportunidade nas mesas de negociação (CCT de 2000); inclusão da cláusula de combate ao assédio moral (CCT de 2010); licença-maternidade de 20 dias (CCT de 2016); aditivo que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, incluindo a criação de canais de acolhimento, orientação e auxílio às vítimas (CCT de 2020); e a cláusula de combate ao assédio sexual (CCT de 2022).

“A luta para obtenção dessas cláusulas na convenção é referência hoje no Brasil para outras categorias e mostra que, com articulação e trabalho, que inclui um processo educacional junto às bases de trabalhadoras e trabalhadores sobre todos esses temas, é possível avançarmos para melhorar a questão de gênero dentro dessas empresas. E foi isso que ressaltamos na nossa apresentação no evento”, concluiu Fernanda.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT também destacou durante sua palestra no evento que o governo brasileiro criou uma lei de igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo, aprovada em junho pelo Congresso Nacional e sancionada pelo poder Executivo em julho deste ano.

“Atualmente, representamos a categoria no Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, criado pelo governo para avançar na agenda que resultará na implementação dessa lei e esperamos, com isso, acelerar mudanças no mercado de trabalho brasileiro para que tenhamos justiça às mulheres”, pontuou Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

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Contraf-CUT participa da Cúpula Social do Mercosul

Antes do encontro dos líderes do Mercosul, com os presidentes dos países-membros, nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro, foi realizada também na capital fluminense a Cúpula Social do Mercosul, nos dias 4 e 5. O evento, que promove a participação da sociedade civil nas decisões do bloco, foi retomado depois de sete anos de interrupção.

Na abertura, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que o evento representa “trocas entre governo e sociedade que consolidam o processo de integração e o caráter regional que são vitais para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com populações que vivenciam desafios e necessidades tão próximas”.

Autoridades na Cúpula Social do Mercosul – Foto: Vinícius dos Reis/Ascom-SGPR

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, se concentrou no tema da violência de gênero. “Temos o desafio de discutir a misoginia, que tem fortalecido cada vez mais o feminicídio e a violência sexual em toda a região. O Mercosul não pode aceitar que mulheres sejam excluídas dos espaços de poder como estão sendo em diversos países”, defendeu.

Na Cúpula social também foram tratados os temas das desigualdades, das mudanças climáticas, das condições trabalhistas, dos direitos humanos e cidadania, do enfrentamento à fome e à pobreza e do fortalecimento social no continente. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) participou do evento com a presença de seu secretário de Combate ao Racismo, Almir Aguiar.

O dirigente, que também representou a Secretaria de Combate ao Racismo da CUT-Nacional, defendeu que “as entidades da sociedade civil se unam pela causa do salário igual para trabalho igual, sem qualquer discriminação, luta que requer a participação dos movimentos sindical e social nas decisões do Mercosul”. Almir ressaltou que “um ponto primordial é inserir a população afrodescendente como parte dos debates, pois o povo negro é o mais discriminado no mercado de trabalho e na sociedade como um todo”. Ele também lembrou que “em todos os países do Mercosul há população negra, e temos que criar condições para diminuir essas desigualdades”.

Almir defendeu que o bloco “fortaleça reuniões que tratam de questões sociais”. Para ele, “no combate ao racismo, o Mercosul deve trabalhar para criar um fundo de combate ao racismo e proteção aos povos indígenas, por exemplo”. O secretário ressaltou que, “com o objetivo de reduzir a pobreza, o Mercosul deve atuar implementação mais célere de políticas de estado nos vários países, como é o caso da reforma agrária, para que o pequeno agricultor não seja mais retirado do seu habitat em função do agronegócio”.

O secretário da Contraf-CUT também afirmou que “o momento é de união das forças progressistas do continente em solidariedade ao trabalhador argentino, diante das ameaças do presidente eleito, que vem prometendo ataques ao povo e à classe trabalhadora”. Para Almir, “todas essas iniciativas fazem parte do entendimento consensual do Mercosul como espaço de integração de luta contra as desigualdades, a violência e a discriminação”.

A cúpula e o bloco

A retomada da Cúpula Social, em formato presencial, que estava suspensa desde 2016, foi iniciativa do Brasil, que está na presidência rotativa do Mercosul desde julho de 2023. Os encontros do bloco econômico regional estão ocorrendo no Museu do Amanhã e no Museu de Arte, ambos do Rio de Janeiro.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi instituído formalmente em 1991 para a integração regional, formado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Nas décadas seguintes ingressaram no bloco Venezuela e Bolívia. Desde 2017, porém, a Venezuela está suspensa pelo descumprimento de cláusulas democráticas. Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname são países associados.

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de reunião do Coletivo de Relações do Trabalho da Contraf-CUT

O Coletivo de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta última quarta-feira (6/12) para realizar um balanço dos principais temas e pautas de interesse da categoria que tramitaram pelo legislativo federal em 2023 e para apontar as diretrizes para as ações a serem executadas na defesa dos direitos da classe trabalhadora no próximo período.

Max Bezerra, Diretor de Bancos Privados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou da reunião.

“Acompanhamos a pauta de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional e vemos o quanto esse trabalho é importante para impedir que projetos tramitem e sejam aprovados, ou rejeitados, sem que a gente sequer tome conhecimento”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável na Contraf-CUT pelo acompanhamento da pauta de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão. “Queremos capacitar mais pessoas para fazer este acompanhamento, não apenas no Congresso, mas em todas as casas legislativas do país”, completou.

Formação para a ação

Para o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, é fundamental pensar a educação política, a formação, no sentido da ação. “No planejamento das ações da Contraf-CUT para 2024, vamos sistematizar nossas estratégias neste sentido e, a partir daí, desenvolver o conteúdo e a metodologia de um curso que nos ajude a ampliar, cada vez mais, nossa atuação no acompanhamento legislativo e, também, nos ajude a eleger candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, tanto para as câmaras municipais, quanto para as demais casas legislativas do nosso país”, disse. “Para isso, contaremos com a sempre importante contribuição do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

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Começa hoje o debate sobre a CGPAR 42

A comissão formada por representantes de empregados de empresas estatais e do governo se reúne, nesta quinta-feira (7), a partir das 11h, para iniciar as conversações sobre a Resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (Sest), editada em agosto de 2022, na época subordinada ao ministério da Economia, de Paulo Guedes.

A CGPAR 42 estipula que o custeio com a saúde dos empregados das estatais tem que ser dividido pela metade (50/50) entre empresas e trabalhadores. A reivindicação dos trabalhadores é que a resolução seja revogada e um novo texto, sem a estipulação deste teto, seja editado para substituí-la.

Na prática, a resolução atual compromete a situação financeira dos planos de saúde autogeridos pelas estatais, ao fazer com que as empresas públicas reduzam aportes financeiros, criando descasamento entre as receitas com mensalidades e os custos dos planos, obrigando a cobrança de valores maiores dos empregados para possibilitar a cobertura dos déficits e dos valores necessários para arcar com os custos. A medida afeta diretamente os planos de saúde de estatais, como a Caixa Econômica Federal, Petrobras, Correios, Embrapa, Casa da Moeda, Codevasf, Conab, BNDES, Serpro, Dataprev, INSS, entre outras.

“A CGPAR 42 é uma reedição, ainda mais prejudicial aos trabalhadores, do que a CGPAR 23, que foi revogada pelo Congresso Nacional de 2021, após intenso debate com os trabalhadores e a sociedade, durante a tramitação de um projeto de iniciativa da deputada federal Erika Kokay (PT-DF)”, explicou o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão, que acompanha o debate sobre o tema representando a Contraf-CUT.

“Esta resolução faz parte das medidas tomadas para preparar a privatização de tudo o que for possível, que estavam sendo implementadas pelo Guedes. A intenção era sucatear as empresas públicas, retirar o máximo de diretos dos trabalhadores, para deixar as empresas ‘atraentes’ para os compradores” explicou Jefão. “Foi uma bomba-relógio armada pelo governo anterior para estourar no colo do atual governo. Mas, temos certeza de que o atual governo, que tem compromisso com a classe trabalhadora, não quer dar continuidade a esta política extremamente prejudicial aos empregados de empresas estatais e vai desarmar esta bomba”, completou.

Prejuízos aos trabalhadores

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, “a CGPAR 42 é mais um obstáculo que temos de enfrentar para garantir a sustentabilidade e o direito a um plano de saúde viável e com qualidade a todos os empregados e aposentados do banco”, disse. “Hoje, os empregados da Caixa já sofrem os efeitos da limitação imposta pelo teto de 6,5% para custeio do plano de saúde, previsto no estatuto da empresa, e essa situação pode ficar ainda mais crítica. Por isso, estamos na luta pela revogação dessa resolução e para derrubar o limite de 6,5% do estatuto da Caixa”, explicou.

A comissão foi criada após manifestação dos trabalhadores em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em Brasília, no dia 29 de novembro. O prazo para conclusão dos debates é de 90 dias.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa vai antecipar pagamento e cesta alimentação

A Caixa Econômica Federal enviou, na última terça-feira, 5 de dezembro, um comunicado para todas suas unidades informando que antecipará o pagamento de dezembro e a cesta alimentação para o dia 15. Normalmente os créditos são efetuados no dia 20.

Segundo o banco, a antecipação visa promover disponibilidade financeira aos empregados no final de semana que antecede o Natal, em reconhecimento dos resultados alcançados. Nos nove primeiros meses de 2023, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 7,8 bilhões, 2,1% maior na comparação com o mesmo período de 2022. Considerando apenas o terceiro trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, aumento de 25,5% em relação ao trimestre anterior.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, é importante que a Caixa tenha reconhecido o desempenho dos colegas e feito esta antecipação. “Este reconhecimento precisa vir também com avanços nos debates e nas propostas para solucionar diversas demandas que apresentamos para a Caixa e continuam empacadas, como o fim da cobrança excessiva de metas, a revogação do Minha Trajetória, que é uma continuidade do antigo programa de Gestão de Desempenho de Pessoas, a correção de problemas do teletrabalho, enfim, da pauta de reivindicações que, mais de uma vez, já apresentamos à Caixa”, disse.

Para eventuais esclarecimentos sobre a antecipação do pagamento e da Cesta Alimentação a indicação é procurar orientação com os dirigentes do sindicato da sua base, ou acessar, pela intranet, a ferramenta Serviços.Caixa (htpp://servicos.caixa).

Fonte: Contraf-CUT

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Saúde Caixa: Maioria das assembleias aprovou acordo

Empregadas e empregados da ativa, aposentados e pensionistas titulares do Saúde Caixa participaram, nesta terça-feira (5), de assembleias realizadas por sindicatos de bancários de todo o país para deliberar sobre o aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde. O acordo foi aprovado em 73,6% dos sindicatos que realizaram assembleia. No total, 51,6% dos votantes aprovaram a proposta.

Na base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), as votações ficaram assim:

ANGRA DOS REIS E REGIÃO

Sim – 20 Não – 13

BAIXADA FLUMINENSE 

Sim – 79 Não – 225

ESPÍRITO SANTO

Sim – 346 Não – 174

ITAPERUNA E REGIÃO

Sim – 47 Não – 17

MACAÉ E REGIÃO

Sim – 22 Não – 16

NOVA FRIBURGO E REGIÃO

Sim – 14 Não – 29

TRÊS RIOS E REGIÃO

Sim – 17 Não – 12

Entre os sindicatos com maior base da categoria, a proposta foi aprovada em Brasília, no ABC (SP), Campinas (SP), Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraíba, Piauí, Alagoas, Curitiba, Campo Grande, Florianópolis, Espírito Santo e Mato Grosso. No Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, no Pará e no Acre foi rejeitada.

Em São Paulo, maior base sindical da categoria bancária do país, a assembleia foi suspensa por volta das 11h por decisão da Justiça, devido a uma decisão liminar pedida por um militante da oposição que impediu a continuidade da votação. Até aquele momento, mais de 1.300 votos já tinham sido computados, com 67% a favor da aprovação do acordo. A assembleia foi remarcada para o dia 8 (sexta-feira).

Sem reajuste para titulares

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ressaltou o fato de que o acordo aprovado mantém a contribuição dos titulares sem dependentes em 3,5% sobre remuneração base, da mesma forma como é atualmente.

“As negociações foram duras. Foram quase seis meses de intensos debates, com a Caixa nos apresentando números que sugeriam grandes reajustes e a cobrança por faixa etária. Mas, ao final, conseguimos chegar a uma proposta que permite melhorar o equilíbrio da relação custo-utilização dos diferentes segmentos, sem reajustes para aqueles que não têm dependentes”, disse. “A gente sabia que seria uma votação difícil, mas o acordo já foi aprovado na maioria das assembleias porque é o que menos onera o empregado”, avaliou.

Os números mostravam um déficit de R$ 422 milhões em 2023, e apontavam mais um déficit de R$ 660 milhões em 2024. Para suplantar os custos de 2024 a Caixa projetava reajustar, já a partir de janeiro, a contribuição para 6,46% da remuneração base para os titulares, mais 0,67% por dependente, o que daria um teto na RB de 7,8% (titular mais dependentes diretos limitado a dois conforme regra vigente). Além disso, em 2024 cobraria mais 4,18 parcelas extraordinárias para cobrir o déficit de 2023.

“Com o acordo aprovado, conseguimos zerar todo o déficit de 2023, sem a necessidade de parcelas extraordinárias, e manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base, como é atualmente e com um teto máximo de comprometimento da remuneração base de 7%. Claro que ninguém gostaria de ter aumento, mas, dado o cenário projetado de déficit, foi uma proposta equilibrada. E temos também outros importantes avanços como acesso aos dados primários trimestralmente, o retorno das GIPES, REPES e dos Comitês de credenciamento entre outros”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt.

Manutenção dos princípios

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, ressalta que a proposta preserva os princípios do plano, como a solidariedade e o pacto intergeracional.

“A luta em defesa do nosso plano de saúde, que é uma das maiores conquistas da categoria, continua após a assinatura do acordo. Vamos nos manter mobilizados para derrubar o teto de gastos com a saúde dos empregados pela Caixa –fixado em 6,5% da folha de pagamentos–, cobrar melhorias na rede de atendimento e barrar qualquer medida que comprometa a sustentabilidade do Saúde Caixa”, reforçou.

*com informações da Contraf-CUT

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Justiça confirma liminar que impede extinção e mantém pagamento da função de caixa no BB

A 16ª Vara do Trabalho de Brasília/DF manteve a tutela antecipada (liminar) concedida aos trabalhadores do Banco do Brasil, que impede a empresa de eliminar a função de caixa, mantém o pagamento de gratificação e a incorporação desta aos salários para os profissionais que têm mais de dez anos na função, até a data da reforma trabalhista.

Vigente desde 2021, a tutela antecipada foi solicitada na Justiça pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para impedir a decisão unilateral da empresa de extinguir a função de caixa.

“Desde o início da ação judicial, é cobrado do Banco do Brasil uma posição em relação aos empregados com mais de 10 anos e uma condição de recolocação de carreira com a descontinuação da função para esses funcionários. A falta de boa vontade de apresentar algo concreto, por parte da instituição, faz com que o juízo mantenha favorável a decisão aos funcionários, que tem o direito claro de ter suas garantias mantidas.”, comentou sobre a decisão o Diretor de Bancos Federais e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Danilo Funke Leme.

ENTENDA

No início de 2021, o Banco do Brasil anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, assim como o fim da gratificação para os escriturários que cumprem essa função.

Na época, o movimento sindical procurou negociar a situação com o banco.

Em fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu o pedido de liminar da Contraf-CUT. O BB chegou a entrar com mandado de segurança e recursos subsequentes, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

Neste ano, uma audiência de conciliação foi realizada no dia 10 de novembro, mas como o BB apresentou proposta insuficiente que protegesse os trabalhadores, não houve acordo.

Na recente decisão, que aprecia o mérito do pedido, a magistrada ressaltou não ser “razoável que o empregador, servindo-se da força de trabalho dos empregados em cargo de confiança por mais de 10 (dez) anos, possa simplesmente, por ato unilateral e imotivado, retirar parte significativa da remuneração de tais empregados”, completando que o ato “constituiria arbitrariedade, além de extremo apego à liberdade empresarial, em detrimento excessivo da dignidade e segurança do trabalhador. Daí a necessidade de aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”.

A decisão não pode ser considerada como definitiva, porque o banco conta prazo para apresentar recurso.

*com informações da Contraf-CUT