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COE negocia programa de metas do Santander

Representantes dos trabalhadores e do Santander reuniram-se no Grupo de Trabalho de Saúde, na segunda-feira (13), para discutir o cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho – o texto prevê o debate sobre as formas de acompanhamento das metas estipuladas para cada trabalhador e suas cobranças –; o programa de incentivos aos funcionários da rede de agências no Brasil; e o programa Mais Certo, por meio do qual o banco estabelece as metas semestrais para cada segmento de especialistas.

Na reunião foram apresentadas as atribuições das metas por ESN (especialista de serviço do negócio), como se dá o acompanhamento para que cada funcionário atinja as metas e um comitê de metas por segmento de clientes.

A área de incentivos alega que Santander é o único banco que paga variável ao especialista de negócio do serviço, ou seja, aos primeiros cargos que ingressam nas redes de agências.

Também argumentou que há um canal de contestação por meio do qual o funcionário pode abrir um chamado caso ocorra alguma alteração na produção realizada e não seja computada no sistema.

O banco alterou recentemente o programa de incentivo e paga por resultado, ou seja na medida em que os trabalhadores entregam suas metas, eles são qualificados por produtividade e conduta no atendimento dos clientes, que é avaliada após as vendas dos produtos financeiros.

O Santander apresentou para os representantes dos trabalhadores a área de incentivos as métricas e como se dá o acompanhamento das metas que são estabelecidas semestralmente, mas são monitoradas e cobradas mensalmente pelos trabalhadores.

Os representantes dos trabalhadores relataram as numerosas denúncias por parte dos funcionários apontando que muitas vezes há alteração das métricas antes do fechamento do mês. O banco alegou que essas alterações ocorrem quando há algum erro sistêmico, mas eles seguem a meta semestral.

Porém, além do programa Mais Certo, o banco tem também o Índice Certo, que são as metas diárias, que são cobradas além daquilo que está estabelecido. Por exemplo: o gerente tem de entregar 100% da meta. Mas os aceleradores incentivam também com a remuneração aquele gerente que entrega 150%, 200% da meta mensal.

“Nós frisamos que essa cobrança deve ser de acordo com as metas divulgadas semestralmente, para que também haja um incentivo e condições de trabalho adequadas aos funcionários. E as cobranças de área, de acordo com o índice certo, não reflitam em algo exagerado que seja prejudicial à saúde dos trabalhadores”, ressalta Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Os representantes dos trabalhadores vão continuar acompanhando também a forma com que o banco faz a avaliação de qualidade e a aplicação das normas de conduta.

Também foi reivindicado mais treinamento a todos os funcionários da rede no sentido de esclarecer uma venda responsável dos produtos financeiros, tanto visando um bom atendimento ao cliente como também para que não haja penalizações, carta de orientações ou advertências aos trabalhadores.

“Aguardamos do banco uma nova data para darmos continuidade no GT nas próximas semanas para que a gente também possa avançar nesse debate levando todas as reivindicações e tendo como incentivo o programa de pagamento da variável frisando que o Santander faz o pagamento tanto da variável semestral como também da PLR sem subtrair nenhuma das conquistas importantes, além das clausula na convenção coletiva de trabalho e do Acordo Coletivo de Trabalho, ambos com validade até 31 de agosto de 2024”, afirma Wanessa de Queiroz.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancos eliminam posto de trabalho pelo 12º mês consecutivo

Pelo 12º mês consecutivo, os bancos eliminam postos de trabalho, de acordo Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de setembro de 2023. Entre outubro de 2022 e setembro de 2023, foram fechadas 6.163 vagas. Só no nono mês do ano, foram eliminadas 196 vagas, decorrência de 3.050 admissões contra 3.246 desligamentos. No ano, o fechamento de postos de trabalho ultrapassa 5,6 mil.

Em setembro, apenas os bancos múltiplos com carteira comercial, que engloba, por exemplo, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander, apresentaram saldo negativo com o fechamento de 406 vagas. Em 2023, este grupo já eliminou 5.903 vagas e no acumulado dos últimos 12 meses o resultado foi negativo em 6.235 vagas.

Em setembro, 62% dos desligamentos foram por demissão sem justa causa, 31,7% por pedido do trabalhador e 3,2% por demissão com justa causa.

O salário mensal médio do bancário admitido em agosto alcançou o valor de R$ 5.701,19, enquanto o do desligado era de R$ 7.507,78. Isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 72,94% do desligado.

O secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, destaca que, mais uma vez, os bancos não se preocupam com sua responsabilidade social. “A eliminação de postos de trabalho tem sido uma política permanente dos bancos. Inclusive, demitindo trabalhadores com média salarial maior e, quando surge alguma contratação, o contrato de trabalho é rebaixado, ou seja, há uma rotatividade planejada, com foco naqueles bancários com salário maior e maior tempo de banco. Isso rebaixa a média salarial do setor financeiro e ainda impede o bancário de chegar perto da aposentadoria. Uma política totalmente nociva para a vida e para a carreira profissional de milhares de trabalhadores”.

Ramo financeiro

No que se refere ao emprego no ramo financeiro, excluindo a categoria bancária, houve saldo positivo em setembro, com a abertura de 2.151 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram criados 14,9 mil postos de trabalho, uma média de criação de 1,3 mil postos por mês.

Emprego geral

O emprego celetista no Brasil apresentou expansão em setembro de 2023, com saldo de 211.764 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.917.057 admissões e de 1.705.293 desligamentos, menor registro do ano. Os saldos foram positivos em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: Serviços (98.206 postos); Comércio (43.465); Indústria (43.214); Construção (20.941); e Agropecuária (5.942).

A PEB é realizada pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Contraf-CUT

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Saúde Caixa: negociação continua dia 22

A representação dos empregados da Caixa Econômica Federal, formada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, voltou a se reunir com o banco, nesta quinta-feira (16), desta vez na capital paulista, para continuar a discutir soluções ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados.

As negociações vêm se intensificando desde 29 junho. Só em novembro, ocorreram três rodadas, com a participação da coordenação do Comando Nacional dos Bancários. Segundo últimas apurações apresentadas pelo banco, o plano de saúde acumula déficit de R$ 422 milhões em 2023 e a projeção, para 2024, é de cerca de R$ 660 milhões.

Desde 2004, o acordo coletivo do Saúde Caixa mantém cláusula que estabelece que, em caso de saldo deficitário, ao final de cada ano, o banco e os titulares serão chamados a arcar com o saldo negativo. Como o estatuto da Caixa, alterado em 2017, estabelece que o banco não pode gastar mais de 6,5% da folha de pagamento com o plano de saúde, e este limite já foi atingido, o ônus total dos déficits recairiam sobre os trabalhadores.

“Desde o início das negociações, estamos cobrando reforma estatutária, mas essa é uma disputa que passa por vários órgãos reguladores. Vamos continuar lutando”, destacou Neiva Ribeiro, uma das coordenadoras do Comando. “Na reunião de hoje, conquistamos que, havendo revisão no estatuto e mudanças nos parâmetros, que impactam no Saúde Caixa, a mesa de negociação será retomada”, completou.

Pelo valor do déficit de 2023 (R$ 422 milhões), apresentado pelo banco, se nenhuma alternativa for encontrada, os titulares serão chamados a arcar com 4,18 parcelas extraordinárias.

A advogada Laís Carrano, que presta assessoria à CEE, confirmou que caso não haja avançou nas negociações, há previsão de a Caixa efetuar cobranças extraordinárias dos beneficiários, em razão do déficit do plano de saúde”.

Ela observou ainda que “o judiciário tem jurisprudência desfavorável relativo ao aumento dos custos em plano de saúde, a exemplo do que foi visto no caso dos Correios. E, mais recentemente, na análise da situação do Saúde Caixa pelo TRT10, no caso ‘Plano de Saúde, alteração mediante acordo coletivo – Onerosidade Excessiva do Empregador’, sobre cláusula de alteração das regras do plano de saúde para, assim, possibilitar a manutenção do benefício para a coletividade”. Na análise, segundo a advogada, “não se constata alteração contratual unilateral lesiva, nem ofensa ao direito adquirido”.

Ou seja, como o sistema de custeio do Saúde Caixa não está integrado ao contrato de trabalho (direito adquirido), pode sofrer alterações quando o plano de saúde entra em déficit.

Entenda

Atualmente o Saúde Caixa conta com 286 mil usuários, entre titulares (128 mil) e dependentes (158 mil), sendo que os dependentes respondem por 12% das receitas e por 41% das despesas.

Para 2023, as despesas projetadas somam R$ 3,408 bilhões e, para 2024, R$ 3,743 bilhões.

Propostas

Na reunião anterior, em 9 de novembro, o banco apresentou como proposta para solucionar o déficit de 2024, aumentar de 3,5% para 4% a contribuição do titular, com teto de 10%, penalizando duplamente o empregado. Por isso a proposta foi rechaçada pela representação dos empregados.

No encontro de hoje (16), a Caixa trouxe como proposta a manutenção de 3,5% da contribuição do titular, com valor fixo de R$ 450 por dependente, mas mantendo o teto de 10% da remuneração, conforme tabela abaixo. Caso essa proposta seja implementada, os dependentes passariam a arcar com 48% das despesas e os titulares com 52%.

Tabela apresentada pela Caixa, na mesa de 16 de novembro

“O teto de 10% é maior do que o praticado, por exemplo, pelo Banco do Brasil, de 7,5%. Já havíamos rejeitado isso na reunião anterior, porque representa um aumento substancial”, ressaltou Juvandia Moreira, uma das coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

De acordo com o economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o IPCA acumulado (medidor da inflação), entre janeiro de 2016 e outubro de 2023, foi de 51%. No mesmo período, a inflação acumulada dos planos de saúde foi de 96% – portanto, mais que o dobro da média geral dos preços no país.

Ele lembra também que a pesquisa “O que pensam os brasileiros sobre a saúde no Brasil?”, encomendada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e realizada pelo PoderData em 2022, mostra que, considerando as despesas médicas dos usuários da saúde suplementar como proporção da renda mensal:

– 59% têm um dispêndio equivalente a até 25% dos ganhos mensais;
– 14% gastam de 25% a 33%;
– 13% gastam 50%; e
– 7% gastam mais de 50% da renda mensal com planos de saúde.

Avanços: déficit 2023 zerado

Nas duas últimas negociações, que ocorreram nos dias 1 e 9 de novembro, os trabalhadores conseguiram da Caixa o compromisso de incorporar as despesas de pessoal, até 2023, retroagindo a 2021, e que valerá para os próximos anos também.

“A solução significa uma redução de R$ 177 milhões no déficit. E, somada ao uso das reservas técnicas e de contingência, zera o déficit deste ano e ainda sobram R$ 40 milhões para ajudar em 2024”, frisou Juvandia Moreira.

Outro avanço obtido pelos trabalhadores, é o compromisso do banco em repassar, a cada seis meses, informações financeiras e atuariais do plano (dados primários), para que os empregados e suas entidades representativas possam acompanhar o equilíbrio financeiro do Saúde Caixa.

Novas negociações

“É fundamental que os trabalhadores fiquem atentos e mobilizados até que seja renovado o acordo coletivo sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano”, ressaltou a coordenadora da CEE/Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “O Saúde Caixa é um patrimônio inestimável das empregadas e empregados e seus dependentes e que deve continuar cumprindo o seu papel de proteção à saúde de todos e todas”, completou.

A próxima reunião foi agendada para quarta-feira da próxima semana, dia 22 de novembro, em Brasília.

Comando

Além dos membros da CEE/Caixa, as coordenadoras do Comando (Juvandia Moreira, presidenta da Contraf/CUT, e Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região), participaram das negociações Sérgio Takemoto, presidente da Fenae, Leonardo Quadros, presidente da Apcef São Paulo e José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do município do Rio de Janeiro e membro do Comando Nacional dos Bancários.

Fonte: Contraf-CUT

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Em mesa bipartite de saúde, trabalhadores exigem acolhimento de bancários adoecidos

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta segunda-feira (13) com a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), para exigir tratamento humanizado para bancários e bancárias adoecidos e que buscam tratamento e afastamento pelo INSS.

“Pedimos que os bancos acolham esses bancários, levando em consideração o espírito das cláusulas acordadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), ou seja, que não haja perda salarial e nem endividamento desses trabalhadores, por motivos de saúde”, explicou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. “Cobramos, especialmente, que as antecipações e complementações efetuadas pelos bancos, conforme cláusulas de nossa convenção, ocorram somente após o trabalhador receber do INSS o benefício”, completou.

O Coletivo destacou que há registros de trabalhadores que sofreram descontos significativos na folha de pagamento, mesmo tendo recorrido junto ao INSS e tido o benefício garantido judicialmente.

“Temos casos de bancários que ficaram sem recurso nenhum, porque descontos foram realizados de uma única vez, num determinado mês. Isso resultou na falta de dinheiro para remédios e para sua própria subsistência, agravando o problema de saúde por conta de todo o transtorno financeiro”, pontuou Mauro Sales.

Canal de acolhimento e combate ao assédio

Os representantes das trabalhadoras e dos trabalhadores do ramo financeiro solicitaram ainda a criação, pelos bancos, de canal de acolhimento, para atendimento específico sobre o tema de bancários adoecidos.

Outro tema levado à mesa pelo Coletivo foi a proteção de trabalhadores que denunciam assédio no trabalho. “Questionamos os encaminhamentos adotados por bancos, em várias situações, em que denunciantes vítimas de assédio foram expostos por terem denunciado”, explicou Mauro Salles.

Resposta dos bancos

Os representantes dos bancos responderam que as demandas do Coletivo serão debatidas entre as empresas, alegando que há casos em que não receberam as informações da situação dos trabalhadores adoecidos e afastados pelo INSS dos órgãos previdenciários competentes.

As demandas sobre a criação do canal de acolhimento e combate ao assédio também serão analisadas e uma devolutiva deverá ser entregue em próxima reunião bipartite, prevista para ocorrer na próxima semana, mas ainda sem data definida.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco lucra R$ 13,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2023

O Bradesco obteve Lucro Líquido Contábil de R$ 13,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, queda de 30,5% em relação ao mesmo período de 2022 e crescimento, no trimestre, de 2,3%, tendo em vista que o lucro no 3º trimestre. O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 11,0%, com decréscimo de 5,3 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o aumento trimestral do lucro foi influenciado pelos resultados positivos das receitas de serviços, margem com mercado e redução nas despesas com PDD. Além disso, o documento destaca que a boa performance das receitas de serviços e do resultado de seguros amenizou o efeito do resultado da margem com clientes e maiores despesas com contingências cíveis, com investimentos em tecnologia e com efeitos do acordo coletivo ocorrido no 3T23.

A holding Bradesco encerrou o 3º trimestre com 86.102 funcionários, fechamento de 2.272 postos de trabalho em doze meses (e abertura de 818 no trimestre). A base de clientes diminuiu em 0,8 milhão em relação a setembro de 2022, totalizando 71,7 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechadas 117 agências, 206 postos de atendimento e 231 unidades de negócios em 12 meses (33 agências e 24 postos de atendimento foram fechados e 34 unidades de negócios foram abertas em relação ao trimestre imediatamente anterior).

Veja aqui o destaque completo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

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BB apresenta proposta insuficiente em audiência sobre extinção de caixa executivo

Aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) a audiência de conciliação entre o Banco do Brasil e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A entidade, que representa os trabalhadores do sistema financeiro, foi atendida pela Justiça, ainda em 2021, com uma liminar que impede até hoje que o BB prossiga com o plano de extinguir a função de caixa.

No encontro, que aconteceu na 16ª Vara do Trabalho de Brasília, o banco não apresentou proposta que proteja os trabalhadores. “Para chegar a uma conciliação, a juíza indicou que o BB deveria apresentar uma proposta de incorporação da gratificação aos caixas que exercem a função há mais de 10 anos, tendo como marco temporal a Reforma Trabalhista de novembro de 2017. Para os demais caixas, que exercem a função há menos de 10 anos, teria que haver proposta de transição de carreira que, nas palavras da juíza, protegesse também esses funcionários”, explicou a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados.

Na audiência, o BB disse ainda que não é possível a incorporação da gratificação de caixas. E, diante de muita discussão com os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, afirmou que poderia se comprometer com esforços de recolocação dos empregados que atuam como caixas, além de garantir a gratificação por 18 meses, e não mais por 12 meses (como havia apresentado anteriormente).

Renata Cabral destacou que, como a resposta do banco foi insatisfatória aos trabalhadores, “considerando especialmente a questão de não avanço em relação à incorporação definitiva da gratificação de caixa para aqueles que a recebem há mais de dez anos, a juíza encerrou a audiência”.

O próximo passo será o julgamento, em data que ainda será marcada, quando a magistrada irá proferir a sentença sobre o caso.

“Quando a sentença for proferida, seremos intimados. Se o pedido for procedente, ou seja, favorável aos trabalhadores, corroborando a liminar vigente que obtivemos, as coisas seguirão como estão e o banco terá um prazo para apresentar recurso”, destacou a advogada. “Caso a juíza julgue improcedente o pedido dos trabalhadores, obviamente a liminar cairá e nós teremos prazo para entrar também com recurso”, completou.

Entenda

No início de 2021, o BB anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

“De início, procuramos negociar nas mesas de mediação com o banco. Em seguida, tentamos mediação junto ao Ministério Público do Trabalho. Mas, como a diretoria na época não nos atendeu, buscamos a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, que representou a Contraf-CUT na audiência.

Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também determinou a incorporação da gratificação de caixa para os empregados que a recebiam há mais de dez anos. O BB chegou a entrar com mandado de segurança e recursos subsequentes, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

No início do ano, ao avaliar possível “disposição das partes para uma autocomposição”, passados dois anos desde que a Contraf-CUT ajuizou a ação que impediu banco de extinguir a função, a juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, agendou audiência de conciliação para o dia 10 de fevereiro, mas o Banco do Brasil solicitou adiamento e, com a concordância da Contraf-CUT, a magistrada acolheu o pedido.

Nesta sexta-feira (10), a audiência finalmente foi realizada. Entretanto, como o banco não apresentou proposta que garanta a proteção dos trabalhadores, não houve avanço.

O tema segue agora para julgamento, ainda sem data para acontecer. Enquanto isso, continua valendo a liminar obtida pela Contra-CUT e que impede, desde 2021, que o Banco do Brasil prossiga com o plano de extinguir a função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

Fonte: Contraf-CUT

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Em nove meses, BB registra lucro recorde de R$ 26,12 bilhões

O Banco do Brasil apresentou, nesta quinta-feira (09), o resultado do lucro líquido ajustado dos nove primeiros meses de 2023. O crescimento no período, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 14,0%, totalizando ganho de R$ 26,12 bilhões. O lucro líquido ajustado do terceiro trimestre do ano ficou em R$ 8,78 bilhões – com esse valor, praticamente não houve variação em relação ao trimestre anterior.

Em nota, o BB explica que o recorde foi determinado pelo aumento de 30,4% na margem financeira bruta no período de janeiro a setembro, influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo da carteira de crédito e dos investimentos em títulos e elevação de 32,5% no resultado que o banco obteve com a participação em controladoras e coligadas.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), indicador financeiro referente à capacidade da empresa em agregar valor, chegou a 21,3%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

“O lucro é positivo ao BB e à saúde da empresa, no cenário do sistema financeiro nacional, mas é válido ressaltar que os resultados são respostas do intenso trabalho dos seus funcionários e funcionárias”, observou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “O que temos ressaltado, em mesa de negociação com o banco, é o fim da gestão por assédio. O lucro vem subindo, período após período, mas o adoecimento de bancários não diminuiu. Portanto, queremos o fim de qualquer tipo de mecanismo que possa ser usado como assédio para o alcance de metas, e isso passa também pela nomeação e escolha de gestores, com visão mais humana”, destacou.

Agências e clientes

No período de um ano, em comparação a setembro de 2022, houve a redução de uma agência tradicional e abertura de duas agências digitais e especializadas, totalizando a manutenção de 3.171 agências tradicionais e 813 agências digitais ou especializadas.

“Além de combater a gestão por assédio, continuamos atuando para a ampliação do quadro de funcionários. Vamos lembrar que o BB só voltou a realizar concursos públicos depois de anos e de intensas manifestações nossas. Recentemente, participamos do evento de posse de cerca de 1.600 concursados e vamos continuar batendo nesta tecla. A expectativa é de contratação de 6.000 funcionários, até 2025, fruto dos concursos recentes”, completou Fernanda Lopes.

O número de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) também apresentou crescimento, passando de 81,269 milhões para 82,499 milhões – aumento de 1,230 milhões, em 12 meses.

Já as despesas do BB com pessoal, no período de 12 meses, apresentaram aumento de 7,9% (incluindo o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados/PLR), e totalizaram R$ 20,30 bilhões.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada cresceu 10,0% em 12 meses, totalizando R$ 1,066 trilhão em setembro de 2023. Outras carteiras que também apresentaram crescimento nos últimos 12 meses foram: agronegócio, +18,9% (R$ 339,94 bilhões), seguida da carteira pessoa física, +7,9% (R$ 304,15 bilhões) e carteira pessoa jurídica, +4,7% (R$ 371,45 bilhões).

Fernanda Lopes apontou como positiva a ampliação de crédito agropecuário, pensando no papel do BB como banco público e, portanto, fomentador do desenvolvimento. “Mas, reforçamos que o BB não deve, apenas, perseguir lucros. Esse não é o papel do banco público, sabendo que, ainda hoje, o BB continua com casos de assédio moral dentro de sua estrutura de gestão, principalmente assédio nas redes de agência e escritórios de negócios”, ressaltou a coordenadora da CEBB.

Inadimplência e despesas com PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,81%, aumento de 0,47 ponto percentual (p.p.) em relação a setembro de 2022 e abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,50%).

Já as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamada de provisões para devedores duvidosos (PDD), aumentou em 42,8% em 12 meses, totalizando R$ 22,08 bilhões até setembro deste ano. O banco aponta como principal fator para o provisionamento adicional o segmento large corporate(grande empresa), que pode ser traduzido como o caso Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro, saindo do grau de risco F para G.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Reforma tributária avança no Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou na tarde desta terça-feira (7), com 20 votos favoráveis e seis votos contrários, a proposta de emenda constitucional (PEC 45/2019), que institui uma reforma no sistema tributário brasileiro.

O texto aprovado foi o apresentado pelo relator da proposta na comissão, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que alterou a versão aprovada pela Câmara dos Deputados. Entre as alterações promovidas está o aumento para R$ 60 bilhões do fundo mantido pela União para reduzir as desigualdades regionais e sociais e a redução das competências do comitê gestor do futuro imposto estadual e municipal.

Agora o texto segue para análise no plenário, com previsão para ser deliberado nesta quarta-feira (8). Depois de tramitar no Senado, o texto terá que retornar à Câmara, por conta das alterações realizadas pelos senadores. No total, Braga acatou (total ou parcialmente) 247 emendas apresentadas pelos parlamentares da casa, muitas delas após a apresentação do seu relatório, ocorrida no dia 25 de outubro.

“É importante aprovarmos essa primeira parte da reforma, que trata sobre a simplificação do sistema tributário e acaba com a cumulatividade de impostos na cadeia produtiva, para permitir maior agilidade na tramitação da segunda parte da reforma, que pode trazer mudanças para ampliar a justiça fiscal e tributária em nosso país”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento da tramitação dos projetos de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

A segunda parte da reforma está em tramitação na Câmara dos Deputados, que aprovou, no dia 25 de outubro, a tributação das offshore, trustes e promoveu mudanças na tributação dos fundos exclusivos, os chamados fundos dos super-ricos (os investimentos começam a partir de R$ 10 milhões).

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Agência Senado

Fonte: Contraf-CUT

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Hoje tem negociação com a Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reúne com o banco nesta quinta-feira (9) para dar prosseguimento às negociações para a renovação do acordo específico referente ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados. As negociações foram destravadas na quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, realizadas por todo o país no dia 30/10.

“Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Nossa intenção é conquistar uma proposta melhor para o ano de 2024 que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa”, completou.

A Caixa se comprometeu a apresentar simulações na reunião de hoje (quinta-feira, 9/11), para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.

Fonte: Contraf-CUT

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BB lança plataforma de hiperpersonalização de clientes

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) participou de uma reunião, a convite da direção do BB, para conhecer a ferramenta Insight PF que, segundo a empresa, foi desenvolvida para facilitar a entrega de resultados dos funcionários do varejo, na venda de produtos.

Com base em inteligência analítica, através de estatísticas dos dados, a Insight PF começou a ser implementada na segunda-feira (6) e utiliza base da dados de carteiras de clientes para direcionar a melhor forma de o funcionário atuar na sua região, com a hiperpersonalização dos clientes mais promissores. A forma de acesso à Insight PF, que recebe atualizações diárias, é via e-mail e app teams.

“Aparentemente, pelo que nos foi apresentado em reunião, a ferramenta é promissora no sentido de facilitar o trabalho dos funcionários e funcionárias, evitando que precisem realizar dezenas de ligações para que, por exemplo, fechem um contrato de crédito. Mas é preciso verificar os impactos dela agora, na prática, para melhorar nossa avaliação”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

A diretora da Fetrafi-RS e membro da CEBB, Priscila Aguirres, questionou se a ferramenta irá substituir a necessidade de relatórios que, segundo os representantes do próprio banco, alcançaram a margem de 700. “A questão que nós, do movimento sindical, levantamos é se essa ferramenta irá permitir que o gerente escolha sua estratégia de atuação. Porque atualmente não é assim, pois eles acabam tendo o trabalho engessado pelo esquema de relatórios, pedidos semanalmente”, complementou.

Em resposta, os representantes do banco informaram que o Insight PF não irá substituir os relatórios, num primeiro momento. Mas que essa substituição “é uma das ambições” que a empresa quer alcançar com a implementação dela. Também foi dito aos representantes dos trabalhadores que a plataforma “não é uma ferramenta de gestão, acompanhamento e monitoramento” e que “não irá gerar nenhum tipo de obrigação, por parte dos gerentes”, para ligarem aos clientes indicados pela plataforma com maior potencial de venda.

Quando foi apresentada à CEBB, o banco destacou também que a ferramenta é composta por quatro frentes: uma para indicar as áreas com maior potencial de alcançar resultados; outra com balanço das performances obtidas por área; há ainda uma terceira com a indicação de públicos mais efetivos de carteira de oportunidade; e, por fim, uma frente com uma lista dos gerentes que mais se destacam.

O representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEBB, Getúlio Maciel, alertou sobre a frente que lista os colegas em destaque. “Os destaques podem acabar aprofundando a política de pressão por metas, que precisa ser mudada. Nós sabemos que o sistema de competição adoece os funcionários”, completou.

Após escutar os trabalhadores, o banco informou a exclusão da lista de matrículas de gerentes de relacionamento que se destacarem. Apenas prefixos de agências e dependências que tiverem bom desempenho serão divulgados. “Esse foi nosso principal ponto de preocupação, da nova ferramenta. Nós achamos positiva essa mudança. Continuaremos acompanhando com atenção o processo de implementação, para garantir que seja para o bem dos funcionárias e funcionários do BB”, concluiu Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT