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Caixa se nega a criar GT para discutir contencioso da Funcef

Em reunião de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2022, realizada nesta quarta-feira (10), com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa Econômica Federação se negou a atender a reivindicação para que seja criado um grupo de trabalho (GT) para se debater o contencioso da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), que é o fundo de previdência dos empregados da Caixa.

“O banco se esquiva de sua responsabilidade e quer se negar a debater o tema com os trabalhadores”, avaliou o coordenador da CEE, Clotário Cardoso. “Já tratamos sobre o contencioso da Funcef faz um bom tempo. Os participantes do fundo não podem arcar com despesas de ações trabalhistas que deveriam ser pagas pela Caixa”, completou, ao deixar claro que é uma questão primordial para os trabalhadores a criação do GT.

O artigo 58 da minuta de reivindicações dos empregados diz que a “a Caixa deverá custear integralmente o contencioso da Funcef que tenha origem na relação de emprego entre participante e a patrocinadora” (a Caixa). O Parágrafo Primeiro deste artigo define ainda que será mantido um grupo de trabalho, composto por igual número de indicados pela Caixa e dos representantes dos empregados para tratar do contencioso Funcef.

O banco entendeu que se trata de um ponto essencial para os trabalhadores, mas disse que a decisão pela criação do GT precisa partir da própria fundação.

Incorporação do REB

Com relação à reivindicação de incorporação do Plano de Benefícios – REB ao novo plano Funcef, o banco disse que existe o interesse de todas as partes (Funcef, trabalhadores e banco) de que isso aconteça e que tão logo seja possível será feito.

Transparência e paridade na Funcef

Os trabalhadores também reivindicaram que a Caixa garanta a transparência na divulgação dos números e demonstrações financeiras dos fundos de pensão da Funcef; o fim do voto de minerva; e o restabelecimento da paridade na Funcef.

A Caixa alega que a Funcef é privada e tem personalidade jurídica própria, mas disse que existe transparência e que, inclusive, as informações são públicas e estão disponíveis no site da entidade. Disse ainda que existe paridade na Funcef.

“A paridade foi quebrada quando a Caixa resolveu, de forma unilateral, mudar o estatuto da Funcef e extinguir uma das diretorias que era eleita pelos participantes”, retrucou Cardoso ao lembrar que, mesmo que no novo estatuto a paridade tenha sido mantida, na prática o banco já extinguiu a diretoria eleita pelos empregados e manteve a diretoria indicada pelo banco. “São três diretorias indicadas e duas eleitas. Isso sem contar o voto de minerva da presidência”, explicou.

Mulheres

A Caixa quis tratar do Caixa pra Elas, que segundo o banco, é uma iniciativa para auxiliar as mulheres do Brasil, em especial as de baixa renda, a se tornarem protagonistas de suas realizações. Mas, na prática, os empregados têm reclamado que se trata mais de uma ação de marketing, para amenizar os impactos sofridos com o escândalo das denúncias envolvendo o ex-presidente da Caixa (Pedro Guimarães), do que algo que efetivamente possa reduzir os problemas enfrentados pelas mulheres brasileiras. Dizem que, inclusive, o programa tem sido utilizado como ferramenta de assédio, com gestores forçando a produção de fotos e filmagens de entrega de bombons para as mulheres, além da venda de produtos. A representação dos empregados pediu que seja agendada uma data específica para tratar do Caixa pra Elas.

A representação dos empregados reivindicou que o banco solucionasse questão das mulheres que ingressaram na Caixa até junho de 1979 e, quando solicitaram aposentadoria proporcional, foram discriminadas, passando a receber um benefício menor que os homens admitidos na empresa no mesmo período. Na época, o regulamento dos planos de benefícios tinha como um dos seus critérios o sexo do participante na fixação do percentual sobre o qual era calculado o benefício, sendo que para os homens (30 anos de contribuição) era dado o percentual de 80% e para as mulheres (25 anos de contribuição), 70%. Posteriormente, o regulamento foi alterado pondo fim a essa distinção, mas as que se aposentaram antes da solução ficaram com o benefício reduzido.

A Caixa não quis tratar do assunto, alegando que o mesmo não havia sido pautado previamente para a reunião.

Próxima negociação

A próxima reunião de negociações entre a CEE e a Caixa ficou agendada para sexta-feira, às 16h.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários do BB destacam relação entre adoecimento e condições de trabalho

Melhora nas condições de trabalho para combater qualquer tipo de prática de gestão que leve ao adoecimento dos funcionários e Cassi para todos os trabalhadores, aposentados ou não, oriundos dos bancos incorporados. Essas foram as principais reivindicações da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) na mesa sobre Saúde e Condições de Trabalho, quinto encontro para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB, que ocorreu na manhã desta terça-feira (9).

“Nós já entregamos à direção da Cassi a pauta específica de reivindicações, como parte das negociações da Campanha Nacional de 2022, documento que foi elaborado coletivamente a aprovado durante o 33º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil”, lembrou Fernanda Lopes, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB. “Os pontos que colocamos hoje na mesa não se sobrepõem à pauta entregue à Cassi”, reforçou.

Bancos incorporados

Os trabalhadores do BB lembraram que a reforma estatutária da Cassi, realizada em 2020, contém mecanismos para receber os funcionários dos bancos incorporados. “É vergonhoso o fato de, passados dois anos, os trabalhadores dos bancos incorporados ainda estarem fora da Cassi. Estamos falando de um descaso muito grande com quase 14 mil aposentados só do Economus (plano de saúde da antiga Caixa Econômica do Estado de São Paulo)”, observou Getúlio Maciel, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB.

“A situação atual do Economus é gravíssima. Os funcionários, aposentados e da ativa, foram expulsos do Feas (Fundo Economus de Assistência Social). Alguns conseguiram entrar em um plano mais barato, outros têm apenas o SUS”, destacou ainda a representante da Feeb-SP/MS na CEBB, Elisa Figueiredo.

“Temos casos, e não são poucos, de trabalhadores que 40% da aposentadoria são gastos em saúde, outra parte, algo em torno de 25%, paga o saldo do plano de benefícios do Economus. Considerando ainda o desconto dos impostos, eles vivem com cerca de 30% da aposentadoria. É uma redução muito drástica nos rendimentos. A pessoa se sente abandonada pela empresa”, destacou Getúlio Maciel.

Resposta do banco

Os representantes do banco afirmaram que “as conversas da mesa, sobre a Cassi, são complexas e envolvem vários atores”, dos quais o BB depende para prosseguir com o encaminhamento das reivindicações, completando que “a resposta às demandas não depende única e exclusivamente do banco”.

Também foi dito que existe intenção do banco de fazer a renovação do ACT vigente, com exceção de dois pontos: a cláusula 21, sobre complementação de auxílio doença previdenciário e auxílio acidentário; e a cláusula 38, que aborda intervalo para descanso de digitadores. “Vamos apresentar as propostas sobre essas duas cláusulas logo após a Fenaban apresentar a pauta global ao Comando Nacional dos Bancários”, prometeu a porta-voz do BB.

Réplica da CEBB

Elisa questionou a resposta do banco sobre não prosseguir com encaminhamento das reivindicações feitas na mesa desta terça sem a participação direta da Cassi. Ela lembrou que boa parte das negociações alcançadas na entidade de assistência à saúde foram, inicialmente, encaminhadas nas negociações entre CEBB e BB.

“A estratégia saúde da família foi negociada aqui, o auto patrocínio foi negociado aqui, por exemplo. Primeiro realizamos negociações aqui para depois entregar à governança da entidade de saúde, porque lá temos os eleitos e os indicados do BB, que não são autônomos, são um braço do banco dentro da Cassi”, completou.

Demais reivindicações

Outros pontos ressaltados pela CEBB, relativos à Saúde e Condições de Trabalho foram:

  • Assistência odontológica via Cassi para todos os funcionários, incluindo dos bancos incorporados;
  • Expansão da atenção aos trabalhadores com doenças crônicas;
  • Investimento para ampliar a Estratégia Saúde da Família;
  • Ampliação da lista de medicamentos do Programa de Assistência Farmacêutica (PAF)
  • Resolução do déficit da Cassi.

“Precisamos iniciar um diálogo com as entidades representativas e com o patrocinador, que é o banco, antes que essa questão da saúde financeira da Cassi se torne um problema ainda maior. Nossa experiência mostra que a saída está no diálogo e na negociação”, pontuou Fernanda Lopes sobre a questão do déficit.

Acúmulo de funções

A situação dos gerentes de serviço que estão sob acúmulo de funções, exercendo, paralelamente, tanto atividades de vendas quanto de caixas, também foi levantada pelos representantes dos funcionários do BB. “Além da insegurança de ter que lidar com dois tipos de serviço, sendo um deles o controle de caixas, esse grupo de funcionários não recebe adicional de função”, destacou Fernanda Lopes.

Sobre essa questão, o banco respondeu que a gerência de serviços nas agências mistas são “uma nova modalidade”.

“O banco precisa considerar que as condições de trabalho baseadas em metas abusivas e sobrecarga desencadeiam problemas de saúde nos funcionários”, pontuou Rita Mota, representante Federa-RJ na CEBB. “Não faltam evidências na literatura científica de que existem formas de gestão que adoecem os trabalhadores”, completou.

Agenda atualizada das próximas reuniões

Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
Quarta-feira – 17 de agosto – Representação
Sem data definida – Cláusulas sociais

Fonte: Contraf-CUT

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Financiários se reúnem com a Fenacrefi na sexta (12)

Representantes dos financiários, formados por membro do coletivo da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos, se reúnem com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), na sexta-feira (12). Essa será a primeira reunião de negociação da Campanha Nacional 2022. A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi entregue à Fenacrefi no dia 15 de junho.

A pauta do encontro será reajuste salarial, Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e definição do calendário negocial. “A pauta dos financiários foi construída coletivamente por meio de consulta e encontros de trabalhadores em todo o país. A categoria quer a manutenção de todos os direitos previstos na atual CCT e também avançar em novas conquistas, como aumento real para salários e demais verbas, regulamentação do teletrabalho, melhorias nas questões de saúde, como aumento do prazo de extensão do plano aos demitidos e cláusulas específicas sobre tratamento da covid e suas sequelas”, lembrou o dirigente sindical da coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves.

Fonte: Contraf-CUT

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Comando Nacional dos Bancários cobra agilidade na resposta dos bancos

Em mais uma reunião, realizada nesta segunda-feira, 8 de agosto, o Comando Nacional dos Bancários apresentou à Federação Nacional dos Bancos, a proposta de aumento dos valores da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), que é o último ponto da pauta de reivindicações da categoria. E cobrou agilidade na resposta dos bancos.

“A Fenaban já está com a minuta da categoria desde julho e, mesmo com os lucros de bilhões de reais, os bancos não apresentaram uma proposta de PLR. Somente com a mobilização da categoria, os bancos apresentarão propostas”, comentou Max Bezerra, Secretário Geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), que participou da reunião.

A comissão de negociação dos bancos ficou de se reunir com o setor para trazer a resposta o quanto antes.

Em 1995, os grandes bancos distribuíam cerca de 14% dos lucros a título de PLR. Esse percentual caiu ao longo dos anos, mesmo com reajustes nos valores, mudanças nos parâmetros e introdução da parcela adicional. Em 2021, nos três maiores bancos privados, a média foi de 6,6%. A categoria reivindica maior distribuição dos lucros.

A PLR é um dos pontos de maior interesse da categoria bancária. O aumento da PLR foi escolhido como prioridade da Campanha Nacional dos Bancários 2022 por 58% dos mais de 35 mil bancários que participaram da Consulta Nacional à categoria. As duas primeiras prioridades são aumento real (92%) e aumento maior para o VA e VR (62%).

Desde 1997, o movimento sindical conquistou 126% de aumento real para a PLR do cargo de caixa. No mesmo período, o crescimento real do lucro dos bancos foi de 359%, 2,85 vezes mais do que a percentagem de aumento da PLR.

Programas próprios

O Comando Nacional lembrou ainda que alguns bancos não discriminam nos holerites os valores pagos das regras próprias.

Regra atual da PLR

1)            Regra Básica: 90% do salário + R$ 2.807,03 (com teto de R$ 15.058,34).
A Regra Básica pode ser compensada com programas próprios.

Possibilidades: A regra básica deve ser aplicada para todos os bancários de determinada instituição e caso:
a) O Montante fique entre 5% e 12,8% do lucro líquido do banco, aplica-se a regra;
b) O Montante fique acima de 12,8% os valores individuais dos bancários sofrerão redutores;
c) O Montante fique abaixo de 5% do lucro líquido, os valores individuais dos bancários são majorados até o limite de 2,2 salários ou até que o montante chegue a 5% do lucro, o que ocorrer primeiro.

2)            Parcela Adicional

  • Distribuição linear de 2,2% do lucro líquido dos bancos entre todos os bancários e bancárias, com teto de R$ 5.614,06;
  • Existe a possibilidade de o banco distribuir menos de 2,2% na parcela adicional, caso pague o teto;
  • A Parcela Adicional não pode ser compensada com programas próprios.

Antecipação da PLR Fenaban

  • Antecipação da Regra Básica: 54% do salário + R$ 1.684,21 (com teto de R$ 9.034,99).
  • Na antecipação já vale a regra dos 12,8% do lucro líquido, mas a do piso de 5% do lucro líquido só é definida ao final do ano;
  • Antecipação da Parcela Adicional: 2,2% do lucro líquido do 1º semestre dividido linearmente, com teto de R$ 2.807,03.

Histórico

Breve histórico de mudanças nos parâmetros da PLR na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários:

  • CCT específica de PLR desde 1995 válida para todo o território nacional;
  • 1995: Inicialmente previa apenas regra básica (72% do salário + R$ 200);
  • 1996: limites estabelecidos: a PLR ficaria entre 5% e 15% do lucro líquido dos bancos;
  • 1997: estabelece a majoração da regra básica em até 2 salários, quando o valor ficasse abaixo de 5% do lucro líquido;
  • 2003: Campanha unificada;
  • 2005: Parcela Linear de 4% no BB;
  • 2006: conquista da parcela adicional baseada na variação do Lucro Líquido;
  • 2008: Majoração da regra básica passa a ir a até 2,2 salários;
  • 2009: Parcela Adicional passa a ser de 2% do lucro líquido, independente da variação. Com isso a distribuição mínima passa a ser de 7%, com algumas exceções;
  • 2010: PLR Social Caixa;
  • 2013: Parcela adicional ampliada para 2,2% do lucro líquido.

*Com informações da Contraf-CUT 

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CEE cobra descentralização no atendimento do Saúde Caixa

O Saúde Caixa, uma das maiores conquistas dos empregados, foi o tema da quinta rodada de negociação específica entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE) e o banco, nesta quinta-feira (4). A representação dos trabalhadores criticou a centralização do plano e cobrou o retorno das estruturas de Gestão de Pessoas (Gipes) nos estados.

“Nossa reivindicação é pela descentralização no atendimento do Saúde Caixa, o retorno da Gipes e dos comitês de credenciamento e descredenciamento”, destacou Cardoso, coordenador da Comissão. “Os problemas do Saúde Caixa são sistêmicos, que se repetem em todas as regiões do país, inclusive nos grandes centros. Apesar de toda a boa vontade de fazer dar certo, vocês precisam reconhecer que a centralização não funcionou”, afirmou, em mesa.

A Caixa fez o registro como manifestação da mesa, mas informou que, na opinião da empresa, a centralização é entendida como o melhor caminho até o momento.

Pesquisa – A Caixa apresentou uma pesquisa de satisfação dos usuários, que é realizada trimestralmente pelo banco. Segundo o levantamento, “de maneira geral”, 54,5% dos usuários têm experiência “quase sempre satisfatória” com o Saúde Caixa.

A pesquisa foi realizada por e-mail, com pessoas que possuem registro de utilização do Saúde Caixa e e-mail cadastrado no plano. Dos 11.331 titulares convidados para participar do levantamento, 1.809 responderam. O Saúde Caixa tem 288 mil beneficiários.

O resultado da pesquisa não reflete a percepção da representação dos empregados a partir da escuta aos usuários do plano. E relataram as diversas queixas dos empregados.

Edson Heemann, representante da Fetrafi/SC na CEE, criticou o atendimento e a escassez de profissionais credenciados nas regiões do interior do país. E apontou falhas na metodologia utilizada na pesquisa. “Um público importante foi eliminado na pesquisa por ter dificuldade com a tecnologia, que são os idosos. E são eles quem têm mais dificuldade de atendimento do plano, de conseguir uma autorização, de localizar a rede credenciada”, disse.

Para Edgard Lima, representante da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) na Comissão, a Caixa tem dificuldade de se comunicar com os aposentados. E colocou a capilaridade da Federação à disposição do banco. Ele também criticou o atendimento. “Está impessoal demais, perde a comunicação que é tão importante, especialmente para os aposentados. Eles precisam de um acesso mais direto, e a Gipes era um facilitador desse processo. São 51 mil famílias de aposentados no Saúde Caixa”, informou.

Tatiana Oliveira solicitou que a pesquisa seja realizada por região para ter um retrato mais fiel da opinião dos usuários no interior do país. Vivian Sá fez coro ao pedido de Tatiana. “Para entender o que realmente o que acontece com o Saúde Caixa a pesquisa precisa ser regionalizada. Nos grandes centros as pessoas podem dar boa nota ao plano, mas no interior, onde não há credenciamento, pode dar nota zero”, observou.

Descontos e coparticipação – Cardoso apresentou uma queixa constante dos usuários, que é o alto valor de desconto de coparticipação sem especificações. “Temos relatos de cobranças de mais de 100 mil reais, sem descriminação dos procedimentos realizados. Esses questionamentos são comuns e a gente não consegue explicar para os empregados de onde vem”.

Rogério Campanate reforçou a crítica de Cardoso. “A gente recebe casos de despesas que apareceram 5 meses depois. Dá uma sensação muito ruim de descontrole da gestão do plano. Qual o motivo dessas despesas aparecerem tanto tempo depois?”, questionou.

A Caixa informou que as cobranças são de empregados que deixaram de contribuir por diferentes motivos e agora, com a centralização, foi preciso fazer uma revisão dos valores devidos. Também justificou a dificuldade de contato com usuários. No caso da coparticipação, o banco informou que os descontos são discriminados para conhecimento dos empregados.

Funcef – A reunião foi extensa e o debate sobre a Funcef ficou agendado para a próxima reunião, que acontece na próxima quarta-feira, 10 de agosto.

Fonte: Fenae

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Comando Nacional dos Bancários cobra aumento real e maior reajuste no VA e VR

Nesta quarta-feira, 3 de agosto, ocorreu mais uma reunião de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2022, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As cláusulas econômicas estiveram em pauta.

Entre as principais demandas da categoria está a reposição da inflação, com de aumento real de 5%, além de aumento maior para os vales refeição e alimentação.

Nilton Damião Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou da reunião.

“Os funcionários são responsáveis diretos pelos lucros dos bancos. Inclusive, colocando em risco suas vidas no período mais grave da pandemia, quando foram colocados como prestadores de serviços essenciais e, em momento algum, foram priorizados na aplicação da vacina. Sabemos que os bancos tem plena condição de atender nossas reivindicações mas, também, será necessária a mobilização da categoria, participando de todas as atividades encaminhadas pela Contraf-CUT, Comando Nacional, Sindicatos e Federações. Bora ganhar esse jogo!”, declarou Nilton Damião.

Segundo a representação dos bancos, existe dificuldade para aumento maior do VA e VR, porque o governo alega que os bancos usam os vales para aumentar a remuneração da categoria sem que haja possibilidade de tributar os valores.

Desde 2017, as despesas dos bancos com pessoal caíram 15% em termos reais. A remuneração média da categoria caiu 2% em termos reais desde 2014 o que, somada à redução do emprego, levou a uma redução na massa salarial do setor de 20% desde 2014. Se considerado um período maior, desde 2004, quando a categoria passou a obter ganhos reais nos salários, a remuneração média dos bancários cresceu 12%. No mesmo período, o lucro dos bancos aumentou 222%.

DADOS

Dados da Economática mostram que os bancos foram o setor econômico com maior lucro líquido entre as empresas de capital aberto (com exceção de Vale e Petrobrás) em 2021, com quase o dobro do resultado do segundo setor econômico mais lucrativo, que foi o de energia elétrica. Se consideradas 1.038 empresas de diferentes tamanhos, de 29 setores econômicos, os bancos ficam com a sexta maior rentabilidade setorial (de 18%) em 2019 (sem efeitos da pandemia portanto), quase empatados com o segundo colocado, que apresentou índice de 20%. No entanto, quando a análise leva em conta apenas empresas com tamanho similar ao dos bancos, a rentabilidade bancária passa para a primeira colocação.

Os bancos brasileiros têm concentrado o crédito nas linhas mais caras, com juros mais elevados. Nos últimos 12 meses, o rotativo do cartão de crédito subiu 56%, o crédito pessoal não consignado, 43%, e o cheque especial, 26%. As taxas de juros anualizadas destas linhas são de 355%, 83% e 133%, respectivamente.

IMPORTANTE

Na reunião desta quarta-feira foram tratadas todas as cláusulas econômicas da minuta, exceto as sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e sobre a remuneração variável, que estarão na pauta da próxima reunião, que será realizada na segunda-feira (8). (veja a íntegra da minuta de reivindicações).

*Com informações da Contraf-CUT

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CEE/ Caixa reivindica acessibilidade atitudinal aos PCDs

A quarta reunião de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e o banco para debater a minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), realizada na tarde desta terça-feira (2), debateu as condições de trabalho das pessoas com deficiência (PCDs).

Na última reunião, realizada em 27 de julho, os membros da CEE haviam questionado sobre as condições de trabalho dos PCDs. Segundo a comissão, os mais de 4 mil trabalhadores enfrentam problemas, que dificultam sua atuação. A Caixa concordou em realizar uma mesa específica para debater as questões relacionadas aos PCDs. Hoje, os representantes da Caixa fizeram uma apresentação sobre as ações realizadas para acessibilidade e condições de trabalho dos PCDs.

“A nossa minuta, construída de forma democrática e com participação de todos os trabalhadores da Caixa, conta com nove reivindicações específicas para PCDs. Elas versam sobre mais contratações e melhores condições de trabalho para as pessoas com deficiência. Queremos que elas sejam clausuladas para melhorar a condição dos nossos colegas”, lembrou o coordenador da CEE, Clotário Cardoso. “É um assunto muito complexo, por isso exigimos profissionais especializados para criar programas que atendam verdadeiramente as especificidades desses trabalhadores”, completou.

A representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá, revelou que os dirigentes sabem dos problemas não só pelo que percebem nos locais, mas das pessoas que os procuram. “Muitas vezes elas se sentem mais à vontade para se abrir conosco, para isso precisamos de acesso aos novos contratados assim que chegam, o que não temos hoje. Inclusive, se a Caixa está com essa vontade de melhorar as condições de trabalho para as pessoas, melhorar os acessos, eu não vejo um motivo da Caixa não querer assinar as cláusulas referentes aos PCDs. Essa é hora de darmos tranquilidade inclusive aos gestores para terem subsídios normativos ao tomarem decisões que ajude as pessoas, como transferências e teletrabalho”, disse, ao reforçar a reivindicação do coordenador.

A diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, destacou que os dirigentes sindicais fizeram o “dever de casa”, ao visitar as agências e conversar com os bancários de base. “Nessas visitas aprendemos que não basta acessibilidade nos locais de trabalho, é preciso acessibilidade atitudinal. Sempre achei que a acessibilidade era a questão da cadeira de rodas, do braile, mas percebi que as pessoas têm de aprender a conviver com o outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. Temos de quebrar essa barreira. E não só dos clientes, mas também dos próprios colegas. Assim como nós estamos aprendendo, eles também podem e devem fazer o mesmo. Tão importante como ter locais e objetos acessíveis é que as pessoas também tenham ações acessíveis. Essa é uma questão importante para trabalharmos com os bancários da Caixa”, concluiu.

A próxima rodada de negociação será na próxima quinta-feira (4) sobre Funcef.

Fonte: Contraf-CUT

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Banco do Brasil: Mesa sobre cláusulas sociais é reagendada para sexta-feira (5)

O Banco do Brasil solicitou o cancelamento da mesa de negociações com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), que ocorreria na tarde desta terça-feira (2), sobre Clausulas Sociais. O encontro foi reagendado para sexta-feira (5).

Já foram realizadas três reuniões para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB, pela Campanha Nacional 2022. Os temas desses encontros foram Igualdade de Oportunidades, Emprego e Terceirização e Segurança, além da entrega de pautas específicas à Previ e à Cassi.

Agenda atualizada das próximas reuniões:

  • Quinta-feira – 4 de agosto – Teletrabalho
  • Sexta-feira – 5 de agosto – Cláusulas sociais
  • Terça-feira – 9 de agosto – Saúde e Condições de Trabalho
  • Sexta-feira – 12 de agosto – Cláusulas Econômicas
  • Quarta-feira – 17 de agosto – Representação

Fonte: Contraf-CUT

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Live debate adoecimento entre bancários

O adoecimento entre os bancários e bancárias, decorrente de assédio moral e pressão dos bancos pelo cumprimento de metas abusivas, será discutido em live promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta quarta-feira (3), às 18 horas.

Participam do debate a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira; o advogado do escritório LBS; Paulo Roberto Alves Silva; e o professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Heloani.

Os três convidados têm grande experiência com o tema, cada um por uma perspectiva diferente. Juvandia é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que está em plena negociação com os bancos, na Campanha Nacional 2022, em que o fim do assédio moral é um tema de destaque na pauta de reivindicações da categoria.

O advogado Alves Silva atuou, pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, como assistente do Ministério Público do Trabalho (MPT), na ação que condenou o Santander por assédio moral e metas abusivas. Heloani, além de ensinar área de Gestão, Saúde e Subjetividade na Unicamp, é professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X) e atua nos temas ética no trabalho, assédio moral e sexual e saúde no trabalho.

Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, “esta será mais uma oportunidade de debater e denunciar a situação que passa nossa categoria, em que as metas abusivas, a pressão por resultados e o assédio moral têm causado muito sofrimento e adoecimento. Precisamos dar visibilidade à situação e exigir dos bancos medidas concretas e respeito aos bancários”.

O evento terá transmissão ao vivo nos canais da Contraf-CUT do Youtube e do Facebook.

Fonte: Contraf-CUT

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Comando dos Bancários cobra fim do assédio moral

Um dos principais pontos da negociação que aconteceu na tarde desta última segunda-feira, 1º de agosto, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), foi o adoecimento na categoria bancária, consequência da pressão, de assédio moral e de metas abusivas, por exemplo.

Max Bezerra, Secretário Geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na reunião.

Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nos últimos cinco anos, o número de afastamentos nos bancos aumentou 26,2%, enquanto no geral a variação foi de 15,4%. A variação entre os bancários foi 1,7 vezes maior do que a média dos outros setores.

Para a categoria, o tema de Saúde tem uma importância muito grande. Com as mudanças do setor financeiro houve alterações também no tipo de doença entre os bancários. Antes as doenças que mais acometiam a categoria eram as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) e agora é o adoecimento mental.

O levantamento do Dieese, a partir de dados do INSS, aponta que as doenças mentais e comportamentais representavam 23% dos afastamentos previdenciários da categoria em 2012. Em 2021, a porcentagem passou para 36%. Entre os afastamentos acidentários (B91), o salto foi de 30% em 2012 para 55% em 2021. As doenças nervosas saíram de 9% para 16%.

Também ganhou grande repercussão as denúncias de assédio moral e sexual que levaram à queda do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Na reunião desta segunda-feira, os bancos insistiram que seria preciso realizar estudos para se comprovar se o adoecimento mental é consequência da pressão por metas e do assédio moral sobre os bancários. Mas, após o Comando apresentar diversos casos concretos, coletados a partir do atendimento a bancários no dia a dia, a Fenaban aceitou analisar as propostas da categoria.

Outra cláusula nova é a que trata das medidas pós-covid-19, com a inclusão de procedimentos de combate e prevenção de doenças e suas sequelas.

A próxima reunião de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2022 com a Fenaban acontece na quarta-feira (3). Em pauta, as cláusulas econômicas.