Categorias
Últimas Notícias

Itaú se compromete a não demitir durante a vigência da CCT

pós o Dia Nacional de Luta contra demissões, fechamento de postos de trabalho e assédio moral e sexual no Itaú, no dia 14 de julho, além de outros protestos e paralisações no dia 15, o banco estendeu o prazo para realocação dos trabalhadores.

No dia 4 de julho o banco anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, processo que estava gerando muita demissão. O banco tinha dado o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários.

Nesse período, o bancário teria que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo e ser transferido apenas se houvesse vagas disponíveis. “Essa medida desumana, que já vinha sendo executada pelo banco, tinha que ser barrada”, disse Jair Alves, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.

O tema foi debatido em reunião entre representantes da categoria e a Diretoria de RH do banco, no dia 22, quando foi solicitado que as demissões fossem suspensas durante as negociações da Campanha Nacional 2022. A resposta veio na segunda-feira (25), com a garantia de que não haverá desligamentos até o fim da vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que ocorre em 31 de agosto. Ficam fora do acordo, demissões por justa causa, recomendação do Ombudsman e da Inspetoria, além de casos de aposentadoria a pedido. As negociações serão retomadas em setembro.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Cassi: resultado do Plano Associados torna urgente mudanças na gestão

O Plano Associados acumula, no primeiro quadrimestre de 2022, um déficit operacional de R$ 118 milhões (resultado das operações menos a despesa administrativa) e um déficit líquido de R$ 567 mil, com projeção para o ano de R$ 250 milhões negativos, o que levará ao consumo de reservas da Cassi. Esse risco já vinha sendo indicado pelos novos eleitos da Cassi antes da posse, que ocorreu em 1° de julho de 2022.

“Baseando-se nos resultados dos onze primeiros meses de 2021, o grupo apontava para um cenário de déficit das operações do Plano Associados, demonstrado pelo índice de sinistralidade de quase 100%. Ou seja, no período, as despesas com sinistros (médico-hospitalares) foram consumidas quase que totalmente pelos recursos arrecadados das contribuições do Banco do Brasil e dos associados juntas”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “A Cassi só estava conseguindo cobrir as despesas administrativas com o auxílio das receitas dos rendimentos das reservas (R$ 48 milhões) e, em especial, pela taxa de administração paga pelo BB (que acabou em dezembro de 2021), decorrente da reforma do Estatuto de 2019 (R$ 133 milhões)”, completou.

Fukunaga destacou ainda que, com a divulgação do relatório anual de 2021, após as eleições, foi constatado que as coparticipações cobradas sobre percentuais acima dos níveis anteriores à reforma estatutária de 2019, totalizaram R$ 203 milhões, além de um montante de R$ 211 milhões atribuídos à recuperação de glosas (faturamentos não recebidos ou recusados nas organizações de saúde, por problemas de comunicação entre clínicas e convênios).

“Chama a atenção que, mesmo sabendo que os valores da reforma estatutária deixariam de entrar depois de dezembro de 2021 e, portanto, o Plano Associados corria risco de entrar em déficit novamente, o grupo que está na direção da Cassi desde 2020 não preparou a gestão para evitar esse desequilíbrio”, pontou o coordenador da CEBB.

Atentos

Até a posse dos novos eleitos, o Conselho Deliberativo realizou cinco reuniões ordinárias e quatro extraordinárias, para impor decisões sobre o cumprimento da agenda da gestão anterior. “Essa estratégia deles nos obriga agora a adiar a implantação das propostas que venceram o pleito em março de 2022”, alertou Fukunaga. “Os agentes que representam a continuidade da gestão anterior na Cassi, com o apoio dos indicados do BB, elegeram ainda os presidentes e vice-presidentes dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, deixando de fora os atuais eleitos, cuja votação somou cerca de 40 mil votos, total superior à soma das outras chapas juntas”, completou.

“Mesmo diante dessas barreiras, os novos eleitos têm participado ativamente dos debates da Diretoria e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, para fazer valer a vontade dos associados, considerando como um grande avanço o conhecimento da situação financeira atual do Plano de Associados entre todos os que fazem parte hoje da gestão da Cassi”, pontuou o porta-voz da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

CEE/Caixa cobra medidas para combater o adoecimento dos empregados do banco

Na terceira negociação da Campanha Nacional 2022 específica com Caixa, realizada nesta quarta (27), os representantes dos trabalhadores do banco deixaram claro que o modelo de gestão da empresa está levando ao adoecimento acentuado dos empregados e cobraram medidas para prevenir, especialmente, as doenças mentais relacionadas ao ambiente de trabalho. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa reivindicou a retomada do GT Saúde do Trabalhador para debater os problemas que afligem a categoria, propostas para melhoria das condições de trabalho no banco e prevenção do adoecimento mental. A Caixa se comprometeu a avaliar as propostas para incluí-las no novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Na reunião, o coordenador da CEE, Clotário Cardoso, apresentou dados da pesquisa de Saúde da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) que revelam o aumento do número de empregados com problemas de saúde relacionados ao trabalho. O estudo apontou que o adoecimento mental é o principal motivo de afastamento dos trabalhadores da ativa, tendo a depressão (33%), ansiedade (26%), síndrome de burnout (13%) e síndrome do pânico (11%) como motivadores de afastamento do trabalho.

“Os dados levantados por essa pesquisa mostram que o ambiente de trabalho na Caixa é tóxico. A pressão por metas abusivas, assédio moral e sexual, e a sobrecarga de trabalho impostas pela gestão geram doenças que deixam consequências não só para os trabalhadores, mas também para suas famílias, pela vida toda”, disse Cardoso.

As condições de saúde dos empregados da Caixa têm piorado desde 2018, quando a Fenae realizou a primeira pesquisa sobre saúde. O coordenador da CEE lembrou que o cenário identificado pela pesquisa é preocupante: 66% já testemunharam assédio moral no trabalho e 56% já sofreram assédio moral; 62% dos(as) empregados sentem, sempre ou frequentemente, muita pressão no trabalho; 51% se sentem, sempre ou frequentemente, ansiosos(as) no trabalho; para 47%, o trabalho afeta negativamente a saúde; 65% possuem colegas que estão passando por depressão, angústia ou pânico causados no ambiente de trabalho.

“A ‘normalização’ de abusos, em pressão por metas inalcançáveis e jornadas extenuantes estão de fato, adoecendo milhares de profissionais que se dedicam à Caixa”, ressaltou a diretora de Políticas Sociais da Fenae e membro da CEE/Caixa, Rachel Weber.

Os representantes da empresa na mesa de negociação argumentaram que ações estão sendo realizadas para melhorar a qualidade de vida dos empregados, mas estas são consideradas insuficientes pelas representações dos trabalhadores, que reivindicaram a inclusão das entidades na elaboração dos programas implementados pelo banco, conforme prevê o ACT em vigor.

“Falta compromisso da Caixa com a saúde das pessoas. As metas crescem cada vez mais e a prioridade da Caixa tem sido os resultados e o cumprimento das metas. Precisamos avançar nos protocolos para prevenir os problemas de saúde mental”, defendeu a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.

PCDs

Durante o debate sobre saúde do trabalhador, que durou quase três horas, a CEE questionou sobre as condições de trabalho dos PCDs. Segundo a comissão, os mais de 4 mil trabalhadores enfrentam problemas, que dificultam sua atuação. A Caixa concordou em realizar uma mesa específica para debater as questões relacionadas aos PCDs.

Sipat

Foi cobrada a realização das semanas de prevenção de acidentes de trabalho (Sipat). A Caixa informou que não realizou a Sipat nos dois últimos anos por conta da pandemia e assumiu o compromisso de retomar no segundo semestre. Um dos temas será saúde emocional.

PCMSO

Outra demanda apresentada pelos representantes dos empregados foi a revisão do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Para os membros da CEE, a avaliação da saúde do trabalhador precisa ser ampliada para identificar problemas de saúde físicos e mentais. “Da forma que é feito hoje não é possível avaliar adequadamente se o empregado está em adoecimento”, argumentou Cardoso.

Próximas reuniões de negociação

Terça-feira (2) – PCDs e Saúde Caixa
Quinta-feira (4) – Funcef

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Segurança bancária é necessária para toda a sociedade

A segurança bancária será tratada na mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta quinta-feira (28). O tema é importante para a categoria bancária, pois está relacionado à vida e à integridade física, tanto dos trabalhadores do ramo financeiro como também dos clientes.

De acordo com pesquisa feita em 2020, em parceria pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Confederação dos Trabalhadores em Segurança Privada (Contrasp) e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), ocorreram 839 ataques no setor: 321 explosões ou arrombamentos de caixas eletrônicos, 439 assaltos ou tentativas, 34 ataques a carros-fortes e 45 saidinhas bancárias, além de 40 assaltos a correspondentes e outros 86 a agências dos Correios ou lotéricas. Ao todo, ocorreram seis mortes nesse ano.

“Este assunto vai muito além daquilo que os bancos dissimulam e tentam não ver, é muito mais que falta de segurança nas agências, é o sentimento de medo e ansiedade no dia a dia nos locais de trabalho sem um mínimo de segurança”, alertou o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão.

“Depois de anos de números crescentes de ataques a bancos, conseguimos avançar na mesa bipartite de segurança bancária com a instalação de vários itens de segurança nas agências, sendo a instalação das portas de segurança a maior conquista. Mas, agora os bancos estão indo na contramão”, completou Elias, que também é secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

Garantia legal

A Lei Nacional de Segurança Bancária obriga, para o funcionamento de um estabelecimento financeiro, a existência de um sistema com vigilantes bem preparados, protegidos e armados, e câmeras de monitoramento, além de mais um item a critério das instituições, como a porta giratória, definida em acordo com a categoria. Ao longo de negociações entre entidades sindicais e os bancos, também foram incluídos alarme interligado com outra unidade da instituição, empresa de segurança ou órgão policial; cofre com temporizador; e biombos para separar a área dos caixas e filas. O plano de segurança deve ser fiscalizado pela Polícia Federal.

Durante a pandemia, os bancos investiram na implantação de lojas de negócios, em substituição às agências. Segundo o dirigente da Contraf-CUT, com essa adaptação, começou a retirada das portas giratórias e dos vigilantes. Apesar da reação dos trabalhadores contra a medida e da presença de caixas eletrônicos nesses locais, os bancos alegam não existir trânsito de numerário nessas unidades para manter a decisão. “A categoria, porém, exige que a segurança não seja tratada como custo, e sim como medida que preserva a vida de trabalhadores e clientes” pontuou Elias. “Além do mais, o lucro dos bancos permite que se garanta a segurança de todos”, concluiu.

O secretário afirmou que “a categoria não é contra esse novo modelo de negócios, mas não aceita que essas unidades operem sem segurança, gerando riscos para funcionários e a sociedade”. Ele também lembra que diversas vezes os bancos têm afirmado que estas unidades não trazem riscos. “Mas, o que temíamos já tem acontecido em todo o país, com vários casos de ameaças e agressão a funcionários. Os relatos de ansiedade e de medo destes funcionários também são recorrentes e isso afeta sua saúde”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

CEE cobra rigor na apuração de assédio sexual na Caixa

Condições de trabalho, apuração rigorosa das denúncias de assédio sexual e combate efetivo a qualquer tipo de assédio na Caixa. Esses foram os temas da primeira reunião de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE) e o banco, que aconteceu nesta quinta-feira (14) e faz parte da rodada específica da campanha salarial de 2022. Os participantes manifestaram pesar pelo falecimento de Jorge Furlan, que fazia parte da CEE.

Clotário Cardoso, coordenador da CEE, cobrou esclarecimentos sobre as graves denúncias de assédio sexual e moral praticados por Pedro Guimarães, ex-presidente do banco, enquanto ainda estava no cargo. “A situação é gravíssima. Obviamente respeitamos o direito de defesa de todas as pessoas, mas queremos apuração rigorosa dos casos não só de Pedro Guimarães, mas de outros dirigentes do banco que também foram acusados”, enfatizou.

“O assédio moral já está comprovado em áudios e vídeos e devem ser punidos. E foi praticado, inclusive, com pessoas com deficiência, colocando a vida dessas pessoas em risco”, disse o coordenador, lembrando que existem ações contra o assédio no banco, propostas por entidades, tramitando na Justiça.

Vivian Sá, que representa a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec/SP), disse que nada do que aconteceu vai ser esquecido. “Nesse sentido, algumas posturas são preocupantes, como a da presidente do banco, que disse que vai virar a página. Não. Nós não vamos esquecer”, afirmou.

Rachel Weber, diretora de Políticas Sociais da Fenae e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi/RS), informou que as entidades estão preparadas para acolher as mulheres que quiserem fazer denúncias, por meio de canais como o plantão jurídico da Fenae, além de acompanhamento psicológico. “Todas as mulheres da Caixa foram afetadas. O que aconteceu não pode se tornar uma receita de medo – ao contrário, a força dessas mulheres nos mostra que não devemos nos calar, nos silenciar diante de situações de assédio”, pontuou.

Os representantes dos empregados reforçaram as cobranças de rigor na apuração. Emanoel Souza, representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, enfatizou a gravidade das denúncias. “Precisamos de uma apuração profunda e célere. A situação também revelou uma desestruturação organizacional”, opinou. Emanoel também propôs que o Acordo Coletivo preveja o acesso do movimento sindical às denúncias, para que o trabalhador seja protegido.

Janaína Daniel, representante da Caixa, se solidarizou com as mulheres, tratou com cuidado as cobranças da Comissão e concordou que “é inadmissível a gente pensar em assédio sexual no âmbito das empresas”.

Canal de denúncias

O banco apresentou um novo canal de denúncias de assédio moral e sexual – o Diálogo Seguro Caixa. Segundo Cardoso, embora reconheça a iniciativa do banco, a Comissão vai estudar o canal. “Precisamos de garantias de que é um canal seguro, onde as mulheres serão realmente acolhidas e respeitadas. É fundamental que as entidades tenham acesso e acompanhem as denúncias. Também precisamos fomentar a cultura da denúncia”, destacou. “Estamos num bom caminho das negociações. Este modelo será estudado, aperfeiçoado e vamos negociar para que seja incluído nas cláusulas do Acordo Coletivo”, informou o coordenador.

A próxima reunião está marcada para quarta-feira (20).

 

Calendário de negociação

20/7 – condições e jornada de trabalho e teletrabalho

21/7 – Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa

25/7 – Teletrabalho

27/7 – Funcef e benefícios

2/8 – Pendências

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

GT Saúde Caixa será implementado nesta quarta-feira (13)

O Grupo de Trabalho (GT) bipartite Saúde Caixa será implementado novamente em reunião na tarde desta quarta-feira (13), por videoconferência. O objetivo do grupo é criar uma proposta de gestão, que passará pelo crivo da mesa permanente de negociação e, posteriormente, dos beneficiários.

A renovação do GT Saúde Caixa com mais acesso a relatórios, dados, acompanhamento de credenciamento e descredenciamento, com vistas a dar suporte para a mesa permanente, foi uma conquista dos empregados no aditivo no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, aprovado no final de outubro de 2021, com duração até o final de agosto de 2023.

O primeiro GT Saúde Caixa foi criado em 2020 para discutir uma proposta de custeio e de gestão para o plano, que apresentou déficits entre 2016 e 2020, que seria aplicada à partir de janeiro de 2022, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2022. Entretanto, a Caixa comunicou unilateralmente o fim dos trabalhos, em agosto de 2021.

“Nosso objetivo é a construção de consenso de proposta para sustentabilidade e viabilidade do plano de assistência à saúde dos empregados. E, para que possamos construir propostas, é imprescindível que tenhamos acesso a todas as informações do nosso plano. Por isso, contamos com total transparência do banco”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Clotário Cardoso.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Comando Nacional dos Bancários convoca Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e sexual

Os bancários de todo o Brasil realizam um Dia Nacional de Luta contra o assédio moral e sexual, na próxima terça-feira (5). Idealizado pelo Comando Nacional dos Bancários, o objetivo do ato é intensificar as denúncias e a exigência das devidas apurações junto à base da categoria e à sociedade.

Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional, lembra que nos últimos dias acompanhamos as notícias e os relatos sobre as práticas criminosas de assédio moral e sexual na categoria bancária, principalmente contra as colegas bancárias da Caixa. “As entidades sindicais já repercutiram os fatos cobrando apuração e, com isso, desencadeou expressivo envolvimento em âmbito nacional. Não vamos parar enquanto todos os casos forem investigados e os culpados punidos”, garantiu.

Juvandia informou que o foco será o respeito às mulheres, a equidade de condições no trabalho, a exigência de respeito e acolhimento às colegas denunciantes dos casos ocorridos na Caixa. “Os atos presenciais podem ser realizados nas unidades dos bancos, com prioridades às da Caixa, para diálogo com a categoria e a população local. Em cada região propomos o convite aos representantes de movimentos sociais locais, feministas e de direitos humanos, entre outros, para potencialização das ações”, explicou.

Para as mídias sociais a orientação é usar a #BastaDeAssedio.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Com presença da Fetraf RJ/ES, 5ª Conferência Temática da UNI Américas debateu momento político e sindical no continente

Nos últimos dias 29 e 30 de junho, foi realizada a 5ª Conferência Temática da UNI Américas, em Fortaleza, capital do Ceará.

O evento contou com a presença de diversos políticos do campo progressistas e lideranças sindicais latino-americanas.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) foi representada pela Diretora de Bancos Privados da entidade e, também, Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro.

“Foi uma experiência gratificante. Estar com delegados e delegadas de mais de 20 países, dividindo suas experiências, métodos de trabalho, inovação tecnológica, foi de um aprendizado único. Tenho certeza que volto para nossa entidade com ainda mais gás para superar os desafios do dia a dia”, declarou Renata.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, “a UNI Américas unifica nossas bandeiras. Aqui aprovamos uma moção de apoio às bancárias, vítimas de assédio na Caixa e pelo afastamento de Pedro Guimarães, por exemplo. Também tivemos a oportunidade de debater as políticas que defendemos para os trabalhadores, com o lema ‘Construindo nosso futuro’. Discutimos a América Latina, na busca de um continente democrático, com direitos e movimento sindical forte e bem organizado”.

A presidenta da UNI Finanças mundial e secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, disse que “é um orgulho para os trabalhadores terem um sindicato global como a UNI, que fortalece o papel da luta sindical no mundo todo”. Ela avaliou que “a Conferência foi maravilhosa, com questões que permeiam a luta dos trabalhadores no mundo todo, com discussões sobre a importância dos governos progressistas no nosso continente, pois sem isso nossos direitos são retirados e os sindicatos atacados”.

Ao longo das atividades, a 5ª Conferência Temática teve a presença de lideranças sindicais de todo continente. Em sua participação, Juvandia Moreira, destacou que o retrocesso que vem se solidificando no Brasil, desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, faz parte de um projeto neoliberal, acentuado no atual governo, produzindo uma aguda política contra o movimento sindical.

“Os bancos públicos foram atacados, limitaram os investimentos, colocaram o teto de gastos. Mas nós queremos avançar em uma reforma sindical para fortalecer o movimento dos trabalhadores e trabalhadoras, somos resistência contra um governo fascista, homofóbico e misógino. A gente quer estar no movimento sindical para fazer a diferença”, afirmou.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou que toda forma de violência deve ser abolida na sociedade, como o assédio moral e sexual. “Todos nós temos que buscar a construção do emprego do futuro, o sindicato do futuro, que consiga despertar nos jovens o sentimento de inclusão, e também precisamos mostrar nossa indignação”.

Presidente da UGT Brasil, Ricardo Patah, agradeceu a solidariedade internacional quando o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve preso: “Agradeço demais ao sindicalismo que criou comitês de Lula Livre pelo mundo. Essa solidariedade internacional é muito importante para nós do Brasil”. Cícero Pereira da Silva, da CSA, destacou a importância do sindicalismo sociopolítico. Para ele, “o sindicato precisa estar de portas abertas para os trabalhadores. Os sindicalistas têm que ter lado”.

A vice-presidenta executiva da SEIU (importante central sindical dos Estados Unidos e Canadá), Rocí Sáenz, enfatizou a importância da liberdade sindical. “Queremos justiça racial e econômica, igualdade de direitos; que todos os trabalhadores tenham direito a um sindicato em todas as partes do mundo e que possam ser respeitados, protegidos, pagos como trabalhadores essenciais que já são. Tudo isso que temos conseguido na política foi porque conseguimos escolher líderes com esta agenda, mas sabemos que ainda tem muita coisa a fazer”, analisou.

O presidente de UNI Américas, Héctor Daer, destacou o trabalho da entidade e afirmou que “é preciso aprofundar os direitos sindicais, a liberdade sindical” e “aprofundar o realinhamento na América Latina, para fortalecer as organizações dos trabalhadores”. Para ele, só assim será possível “debater e decidir a nova ordem mundial por um mundo mais justo”.

A fala do presidente da Argentina, Alberto Fernández, aclamada pelo plenário, foi o ponto alto do evento. Ele fez uma análise dos estragos causados pela pandemia da Covid-19. “As primeiras potências do mundo se levantaram em segundos e vimos o tamanho dessa desigualdade. A Pandemia mostrou que precisamos de um Estado presente e que iguale as oportunidades”, afirmou.

“Chegou a hora de elevar a nossa voz para construir uma sociedade justa, de progresso social, igualitária”, disse o presidente argentino. “A América Latina é o continente mais desigual do mundo, onde há a maior distância entre ricos e pobres. Na realidade, o problema não é a pobreza em si, mas o modelo econômico que gera a pobreza”, completou.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), analisou os retrocessos do Brasil com o governo Bolsonaro. “O Brasil está desmoralizado perante o mundo. A morte do Dom e Bruno escancara este governo de violências. Precisamos barrar o fascismo, construindo frentes que tenham compromisso com a democracia”, afirmou.

A ministra do Trabalho da Espanha, Yolanda Días, defendeu o direito de todos a uma vida plena. “O futuro da luta dos trabalhadores é feminista, com tempo de trabalho sustentável”, disse. Ponderando, ainda, que é “preciso quebrar o ciclo da precarização e falar de saúde mental”. Para a ministra “os sindicatos são a vacina contra o autoritarismo e a desigualdade”.

Outra participação de destaque foi da presidenta da Constituinte do Chile, Maria Elisa Quinteros. Ela falou sobre o processo de elaboração da nova Constituição do país, que ainda está em curso. “Vivemos um processo muito intenso, mas, apesar das barreiras, conseguimos chegar à frente no processo democrático”. Ela explicou que “com a nova constituição, os chilenos passaram “a ter direito de greve e cada sindicato pôde construir seus próprios objetivos”.

A conjuntura latino-americana foi o tema da secretária do trabalho do México, Luiza Alcalda. “Desde o início deste século chegou ao nosso continente uma onda de governos que conseguiram tirar milhões de latinos da pobreza”, lembrou. Sobre a nova onda política progressista no continente, ela celebrou e disse que “estamos vivendo momentos extraordinários” na região. Ela destacou, ainda, que a “tarefa do movimento sindical” é “democratizar, acabar com a lógica da imposição, a partir dos governos e das empresas”. “Temos que reconstruir uma relação com os governos para retratar as decisões da vida pública, para que possamos nos envolver nas decisões do presente e do futuro. O sindicalismo tem que ser inovador!”, pontuou.

A secretária geral da UNI Global Union, Christy Hoffman, falou sobre a onda progressista que tem tomado as Américas. Ela destacou que todos devem “militar pelos novos modelos econômicos, para redistribuir as riquezas e chegar a uma nova ordem global”. Para a dirigente, o movimento sindical deve assumir seu papel na política. “Precisamos ter sindicatos mais fortes, ajudar nossos aliados políticos, alavancar os direitos e ajudar a eleger políticos progressistas. A democracia não existe sem os sindicatos”, finalizou.

*Com informações da Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Fetraf RJ/ES pede afastamento de Pedro Guimarães após acusações de assédio

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), assim como todo o Movimento Sindical Bancário, cobra o imediato afastamento do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público.

Para Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, “é urgente que o presidente da Caixa seja afastado. Ele é um dos nomes mais próximos do atual governo, inclusive, era figura frequente em viagens, em “lives” na internet, e está na presidência da Caixa desde o início do governo. Não podemos admitir que o presidente do maior banco público deste país, esteja ligado à denúncias de assédio. Pelas mulheres da Caixa Econômica Federal, e por todas a mulheres deste país, pedimos FORA PEDRO GUIMARÃES!”

Na manhã desta quarta-feira (29), a categoria bancária realizou uma mobilização nas redes sociais, em defesa do afastamento de Guimarães da direção do banco público. Funcionários e sindicatos estão impulsionaram as tags #AfastamentoJá#ApuraçãoAssedioPG; e #ForaPedroGuimarães, que ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

ENTENDA

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está sendo acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público. Após se unirem e denunciarem a suposta conduta do chefe máximo da instituição às autoridades, no final do ano passado, o caso está agora nas mãos do Ministério Público Federal (MPF), que o investiga sob sigilo. As informações foram reportadas com exclusividade pelo jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles.

As denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), sob sigilo, desde o final do ano passado. À época, um grupo de funcionárias que trabalham ou trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete da presidência da Caixa decidiu se unir e romper com o silêncio para denunciar Guimarães. O caso veio a público ontem (28), em reportagem do portal Metrópoles. Vítimas relataram toques em partes íntimas sem consentimento, por parte do presidente da Caixa, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as acusações revelam uma postura “incompatível com a relação entre o presidente do maior banco público do país e suas empregadas”. A entidade também ofereceu proteção institucional às funcionárias e anunciou que exigirá apuração do caso pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e no Congresso Nacional. O pedido de afastamento de Pedro Guimarães foi reforçado em nota  da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). “A violência contra as mulheres, em qualquer nível, contraria todos os valores e princípios da Caixa, assim como seu histórico na promoção da igualdade e do respeito aos direitos humanos”, afirmou a entidade.

As denúncias de assédio sexual acertam em cheio o governo de Jair Bolsonaro (PL), segundo relataram os próprios aliados, em reportagem do jornal O Globo. Envolto em denúncias de corrupção que ganharam força após a prisão preventiva do ex-ministro da Educação e pastor Milton Ribeiro, há uma semana, o presidente da República agora tem uma das figuras a quem é mais próximo no centro de um novo escândalo. Pedro Guimarães chegou a ser cotado como vice de Bolsonaro e costuma acompanhá-lo em viagens e nas tradicionais lives de quinta-feira.

A maior preocupação do núcleo político responsável pela campanha de reeleição do presidente, segundo o veículo, é impedir que Bolsonaro perca mais espaço no eleitorado feminino, em que já enfrenta altíssima rejeição. Na última pesquisa Datafolha, o percentual de mulheres que rejeitam a candidatura do mandatário chegou a 61%. Diante da gravidade das denúncias, os aliados pressionaram ainda na noite de ontem pela saída imediata de Pedro Guimarães do cargo. A exoneração já é dada como certa e o executivo deve deixar o posto hoje. O acordo teria sido acertado por Bolsonaro com o próprio Guimarães em conversa ainda ontem.

Há, contudo, o temor dos aliados de que o presidente faça declarações similares às feitas em defesa de Milton Ribeiro. Os governistas querem evitar esse tipo de apoio após o “desastre” que apontam, causado pelas denúncias de assédio.

Os casos de assédio teriam ocorrido durante atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em vários locais de todas as regiões do país. O programa acumula, desde 2019, mais de 140 viagens, a maioria aos finais de semana, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficam hospedados no mesmo hotel, onde ocorria, segundo as funcionários, a importunação.

“Ele parecia um boto, se exibindo. Era uma espécie de dança do acasalamento”, revelou uma servidora da Caixa que escutou de um de seus auxiliares a pergunta “e se o presidente quiser transar com você”. “Ele pede carregador de celular, sal de fruta, remédio”, descreveu ela sobre o hábito de Pedro Guimarães aparecer no quarto delas, nos hotéis, durante as viagens. “Tenho pânico de ter que trabalhar com ele. Tenho medo da pessoa. Agora eu tento literalmente me esconder nas agendas. Agora, quando viajo, coloco cadeira na porta do quarto. Fico com medo de alguém bater”, contou outra funcionária que afirma também ter sido assediada.

Elas também temem que, com a exoneração de Pedro Guimarães, seu braço direito, Celso Leonardo Barbosa, assuma o cargo. Segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, do portal g1, ele também causa temor entre as mulheres que trabalham na Caixa. As denunciantes afirmam que desde o primeiro ano do governo Bolsonaro aumentaram os relatos de assédio sexual contra executivos da empresa, inclusive nos canais internos do banco.

*Com informações da Rede Brasil Atual

Categorias
Últimas Notícias

Fetraf RJ/ES participa da 5ª Conferência UNI Américas, em Fortaleza

Nos próximos dias 29 e 30 de junho, acontece a 5ª Conferência UNI Américas, que reunirá mais de 600 dirigentes sindicais de 24 países, que representam 124 organizações de trabalhadores filiadas à UNI Global Union.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) será representada pela Diretora de Bancos Privados da entidade e Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro.

O encontro, com o tema “Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro”, vai debater e construir uma agenda de atuação no novo cenário político que se desenha na região. Nos últimos anos, foram eleitos governos progressistas em vários países do continente latino-americano, como México, Chile, Argentina, Honduras, Peru, Bolívia, Colômbia.

Nesta segunda-feira, 27 de junho, aconteceu o Fórum Sindical Internacional da UNI Américas Finance, onde foi debatido o “Impacto da Digitalização no Sistema Financeiro”, onde foi discutido o TeleTrabalho, Fintech, Digitalização, Experiências e Conclusões sobre Reunião de Diálogo Tripartite na OIT, sobre este Impacto.

Para Renata Soeiro, “a Digitalização no Sistema Financeiro, exigiu novas habilidades, novas qualificações, porém, é responsabilidade das empresas aproveitar os funcionários do seu quadro e dar o treinamento, para não torná-lo descartável.”

A 5ª Conferência da UNI Américas vai avaliar o papel dos sindicatos e como os trabalhadores podem definir seu papel no momento político. Os temas em pauta incluem a defesa dos direitos humanos e o fortalecimento da democracia, com a participação dos trabalhadores e suas representações sindicais.

Também será discutida a construção de alianças com os governos progressistas, em busca de soluções de problemas sociais, como diminuição da pobreza e da desigualdade, a luta contra o racismo e outras formas de discriminação.

Entre os pontos trabalhistas específicos, estarão a organização sindical relacionada a novos setores, o fortalecimento da negociação coletiva e a construção de unidade tanto nas esferas nacionais, como no âmbito internacional.

Para o presidente da UNI Américas, Hector Dáer, é fundamental a presença do movimento dos trabalhadores no debate político, pois “não há democracias fortes sem sindicatos fortes”. Dáer também destaca que “o movimento sindical da nossa região sempre esteve na linha de frente da defesa e o fortalecimento da democracia e da paz, inspirando novos direitos para incluir diferentes coletivos”.

O secretário Regional da UNI Américas, Marcio Monzane, ressalta a importância da 5ª Conferência no atual momento político da América Latina. “Na região, não há mais espaço para desrespeito aos direitos dos trabalhadores, para trabalhos precários e para a desigualdade e a discriminação. Com a nova ascensão dos governos progressistas, os sindicatos devem ter um papel ativo, de participação na sociedade”.

Para Rita Berlofa, “o movimento sindical defende a democracia no continente latino-americano acima de tudo, e não existe democracia estável sem sindicatos, entidades que têm a função social de dar voz à classe trabalhadora”.

Com sede em Montevidéu, a UNI Américas, à qual a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) é filiada, é o braço regional da UNI Global Union, que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, nos setores de finanças, meios e entretenimento, esportes, cuidados, limpeza, segurança, comércio, cassinos, serviços postais, gráfica e embalagem e telecomunicações.

Confira detalhes da 5ª Conferência da UNI Américas no site do evento.

*Com informações da Contraf-CUT