Cláusulas econômicas foi o tema da rodada de negociação dos financiários, nesta terça (23)

Nesta terça-feira, 23 de julho, o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou mais uma rodada de negociações da Campanha Nacional 2024 com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Este foi o primeiro encontro que debateu as cláusulas econômicas.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), substituiu o Diretor de Bancos Privados, Max Bezerra, e representou a entidade na reunião, que ocorreu em São Paulo.

Na próxima reunião, o Diretor para Ramo Financeiro e Tecnologia do Trabalho da Fetraf RJ/ES e Diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), Fabrício Coelho, será o representante na mesa.

“Na reunião de hoje, sobre cláusulas econômicas, pedimos INPC + 5% de aumento real. Além disso, valor seja diferenciado no VA/VR e acordo de 2 anos.”, comentou Nilton.

“Entendemos, também, que as financeiras tem toda condição de atender nossas reivindicações, inclusive no VA e VR, já que elas têm incentivos fiscais. Esperamos uma resposta positiva e que o fechamento de nossa campanha seja o mais rápido possível.”, completou.

PROPOSTA

A proposta dos representantes sindicais é um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024 e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, reforçou a importância de um aumento real para os trabalhadores: “Estamos lutando por um reajuste que vá além da reposição da inflação. Precisamos de um aumento real que reconheça e valorize o esforço diário de cada trabalhador. O custo de vida tem aumentado significativamente, e nossos auxílios devem acompanhar essa realidade.”

VA/VR

Para os auxílios refeição e alimentação, a reivindicação é de 7% de aumento real nos dois anos. Durante a negociação, os dirigentes sindicais destacaram a importância de um reajuste significativo para os auxílios refeição e alimentação, considerando a alta inflação que impacta diretamente os trabalhadores que se alimentam fora de casa.

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, enfatizou a necessidade de valorização dos trabalhadores financiários: “A inflação tem sido um desafio constante, especialmente para aqueles que dependem de alimentação fora do lar. É fundamental que nossos auxílios reflitam essa realidade, garantindo condições dignas para todos.”

Os representantes das financeiras se comprometeram a trazer uma proposta global, que envolva todas as reivindicações, na próxima reunião, agendada para terça-feira (30/7), também presencialmente, em São Paulo.

*com informações da Contraf-CUT