COE e GT de Saúde do Itaú reprovam proposta do banco de desligamento de funcionários com estabilidade provisória

O Banco Itaú tem buscado fazer acordos com funcionários afastados por motivos de saúde ou com estabilidades provisórias garantidas por lei para que deixem a empresa. Muitos desses bancários e bancárias estão atualmente afastados pelo INSS, e o banco tem oferecido uma indenização em troca da desistência do afastamento e da estabilidade.

Além disso, a indenização proposta pelo Itaú inclui o plano de saúde, no qual o banco pretende oferecer valores em dinheiro ao invés de continuar custeando o benefício. Essa oferta, no entanto, implica na quitação plena de todos os direitos relacionados à saúde dos trabalhadores.

O movimento sindical manifestou seu desacordo com essa decisão unilateral do banco, considerando-a uma prática que retira direitos dos trabalhadores e dá plena quitação ao contrato de trabalho, impedindo futuras ações judiciais. O Itaú, por sua vez, alega que a decisão de aderir ou não ao acordo cabe aos bancários e que possui respaldo na nova legislação trabalhista.

Diante desta situação, orientamos todos os bancários que receberam essa proposta a procurar seus sindicatos para esclarecimentos, especialmente através dos departamentos de saúde e jurídico. É importante ressaltar que, após a reforma trabalhista, as homologações de rescisões de contrato não são mais realizadas nos sindicatos, o que torna ainda mais fundamental buscar orientação sindical antes de tomar qualquer decisão.

José Renato Riscado, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Itaú, que participou virtualmente da reunião entre a COE e GT de Saúde do Itaú, comentou.

“Reafirmamos a importância de buscar ajuda e esclarecimentos aos Sindicatos de suas bases, para esta, ou quaisquer outras questões, antes de qualquer decisão. O Sindicato está, e sempre estará, ao seu lado para defender e lutar pela manutenção dos seus direitos. Saúde é vida!”

Fonte: Contraf-CUT