A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco, na manhã desta sexta-feira, 31 de março, em São Paulo, para cobrar o fim do fechamento das agências e das demissões por conta deste processo.
Fabricio Coelho, Diretor para Ramo Financeiro e Tecnologia do Trabalho da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), representou a entidade no encontro.
O Bradesco apresentou sua “construção de metas”, ou seja, sua lógica científica mercadológica de construção das metas, já que a discussão é um compromisso que o banco fez no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas o que se viu não foi um debate sobre as questões apresentadas e, sim, só a apresentação de sua estratégia e ainda negou o reajuste do KM e o auxílio academia.
Para Fabrício Coelho, “a reunião serviu, basicamente, para ouvir não do Bradesco. O banco segue com sua estratégia de fechamento de agências e demissões, falando que reaproveita os funcionários ao máximo possível, mas não é isso que vemos na prática. O que vemos é a estratégia de maximização de lucros e desumanização do trabalho. Estamos vendo a precarização do trabalho aumentar a passos largos, reduzindo o quadro de funcionários, e sem nenhum conforto para seus clientes”, declarou.
E complementou: “nosso desafio é reagir a esta situação. É necessária uma campanha nacional contra as demissões e fechamento de agências, denunciar esta situação à população, como a sobrecarga de trabalho dos que estão trabalhando pelos que foram demitidos, metas, entre outras coisas. Temos que mobilizar a categoria. Vamos à luta!”, disse Fabrício.
A COE denuncia que o quadro de funcionários nas agências já é extremamente enxuto e que a política está comprometendo o atendimento aos clientes.
O encontro também marcou o cumprimento da cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada na Campanha Nacional de 2022, que prevê o debate sobre as formas de acompanhamento na primeira reunião de 2023, entre as comissões de trabalhadores e os bancos.