Comando Nacional dos Bancários assina aditivo sobre centros de realocação e requalificação profissional

Comissões de empregados (COEs e CEEs) agora podem tratar com os respectivos bancos os detalhes dos centros a serem implementados em cada um deles

 

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) assinaram, nesta segunda-feira (25), um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2018 para regulamentar a criação de centros de realocação e requalificação profissional, conforme previsto na Cláusula 62 da CCT.

Esta era uma pendência que havia ficado da mesa de negociações do ano passado e o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban chegaram a uma redação final na última reunião entre as partes, ocorrida no dia 24 de agosto.

Para Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, neste contexto de reestruturações e aumento do desemprego, trata-se de um importante avanço. “A criação destes centros vai permitir a realocação de trabalhadores de agências fechadas e daqueles que ocupam funções que estão sendo extintas e não tenham as habilidades necessárias para as novas funções. Se os centros evitarem ou, pelo menos, possibilitarem a redução destas demissões teremos conseguido um grande avanço para a categoria”, explicou. O representante da Fetraf-RJ/ES no Comando Nacional, Nilton Damião Esperança, considera esta uma conquista importante. “Antes, quando uma função deixava de existir ou uma agência ou departamento tinha suas atividades encerradas, os trabalhadores eram demitidos. Através deste acordo os bancos se comprometem a realocar os bancários, oferecendo o treinamento necessário para que exerçam a nova função. O acordo vem em boa hora, em que a categoria está diante das mudanças tecnológicas e das medidas de reestruturação que os bancos estão adotando”, acrescenta Nilton.

O presidente da Contraf-CUT disse ainda que a assinatura deste acordo é uma mostra da importância e da validade do processo negocial entre os bancos e os representantes dos trabalhadores. “Não queremos acordos que nos tirem direitos. Quando existem sindicatos fortes e a categoria está organizada é possível chegarmos a acordos que tragam benefícios para os trabalhadores. Esse é um fruto da negociação que temos que valorizar”, avaliou

Para Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, a assinatura do aditivo só foi possível devido ao acordo de dois anos, fechado em 2016. “O Sindicato atua em diversas frentes para fazer com que todas as transformações tecnológicas sejam realizadas com a participação dos trabalhadores e sua representação”.

As comissões de empregados (COEs e CEEs) agora podem tratar com os respectivos bancos os detalhes dos centros a serem implementados em cada um deles.

O ato das assinaturas foi realizado em São Paulo, às 16h, no Hotel Macksoud Plaza.

Fonte: Contraf-CUT