Levantamento da Contraf-CUT comprova que, em vez de precarizar as condições de trabalho, promover emprego com qualidade e renda digna é que estimula a economia
De acordo com o levantamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o acordo salarial firmado no final de agosto entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a categoria, que garantiu reajuste salarial de 5% – reposição integral da inflação medida pelo INPC de 3,64% acrescida de aumento real de 1,31% – terá impacto positivo de aproximadamente R$ 10 bilhões na economia.
Os dados da entidade sindical contrariam os argumentos dos setores patronais e de parte dos candidatos que disputam as eleições de 2018 e são críticos às campanhas salariais que reivindicam aumento real. Segundo a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, os ganhos são fundamentais para a retomada do crescimento, por garantir o poder de compra dos trabalhadores, o que, por sua vez, movimenta a economia.
“Quanto mais direito o trabalhador tem, quanto melhor o salário, mais a economia ganha”, afirma Juvandia à repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, da TVT. “Ao contrário do que alguns candidatos estão dizendo, que para ter emprego não pode ter direitos – e isso é um absurdo –, quando você tem emprego de qualidade com salário e direitos é que a economia ganha e gera mais empregos ainda”, diz a presidenta do sindicato.
Desde 2004 os bancários têm conquistado ganho real e, com o novo acordo, o aumento acumulado acima da inflação até 2019, será de cerca de 23% nos salários e 44,7% no piso da categoria.
Fonte: Rede Brasil Atual