Na segunda rodada de negociações da campanha 2014 com a Fenacrefi (a federação das financeiras), realizada nesta quinta-feira 7 em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram da entidade patronal o fim das metas abusivas e das terceirizações, o que inclui a internalização dos promotores de crédito.
“Mais uma vez questionamos o argumento das financeiras de negarem que o adoecimento dos financiários seja resultado do trabalho. Reiteramos que o grande número de adoecimentos no sistema financeiro deve-se, sim, à pressão por resultados e às más condições de trabalho, como atestam estudos dos especialistas”, afirma Jair Alves, que representa a Contraf-CUT nas negociações.
Em relação à terceirização, a Fenacrefi informou que está aguardando decisão do STF sobre o tema antes de se posicionar. “Mas nós reafirmamos aos representantes patronais a posição do movimento sindical de que é necessário buscar acordo na mesa de negociação sobre todas as pautas de interesses dos trabalhadores, evitando os tribunais”, acrescenta.
“Queremos principalmente que os promotores de crédito sejam reconhecidos como financiários, porque fazem trabalho de análise de crédito, cartão, crédito consignado e todas as funções de uma financeira. Além do mais, as financeiras deram muito lucro e podem perfeitamente internalizar esses funcionários para dentro da categoria. Cobramos ainda da Fenacrefi que nos informe o número de funcionários e promotores de crédito de cada financeira”, conclui Jair Alves.
A data e os temas de discussão da terceira rodada de negociação serão definidos nos próximos dias.
Outras reivindicações
A pauta de reivindicações dos financiários também tem como pontos prioritários o reajuste de 11,38 % (composto por 6,07 % de reposição da inflação mais 5 % de aumento real); abrangência e extensão do acordo para todo o país; a unificação da data base com a dos bancários, para 1º de setembro; o combate ao assédio moral e à violência organizacional; e a garantia de salário ao empregado com benefício indeferido ou alta médica previdenciária, mas sem condições de voltar ao trabalho.
Fonte: Contraf-CUT