A Contraf-CUT orienta as federações e os sindicatos a criarem seus Coletivos de Combate ao Racismo. O objetivo é ampliar o debate na busca pelo fim do preconceito, da discriminação e do racismo no trabalho e na vida dos bancários. “Numa conjuntura onde o preconceito e o racismo continuam ressurgindo a cada dia, é importante a mobilização da classe trabalhadora no sentido de debater essa temática. Organizar os coletivos de Combate ao Racismo é fundamental para ampliarmos a nossa luta por igualdade em todos os setores”, afirma Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.
Uma das principais lutas dos bancários é a busca da igualdade de oportunidades no trabalho. Embora os negros ultrapassem 50% da população brasileira, no setor bancário o número é muito pequeno. De acordo com o II Censo da Diversidade, realizado em 2014, dos 500 mil bancários, somente 24,7% são negros. Deste percentual, apenas 3,4% se declararam pretos. Os negros também recebem, em média, 27% a menos do que os bancários brancos. Neste último censo a Fenaban não apresentou dados sobre mulheres negras, informações que já foram cobradas pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de igualdade.
“É inaceitável que os negros estejam nos empregos mais precarizados e em condições salariais inferior aos trabalhadores brancos. Temos que ampliar essa discussão. Pois o Mapa da Diversidade mostra claramente, que no setor bancário, a média salarial do bancário negro é bem inferior em relação ao funcionário branco. O número de negros na categoria também é pequeno. É uma luta de conscientização que precisamos fazer para que os bancos acabem com essa política de discriminação”, ressalta Almir Aguiar.
Fonte: Contraf-CUT