O diretor da Fetraf-RJ/ES Rubens Branquinho foi demitido na transição do HSBC para o Bradesco. A demissão chegou no mesmo dia do anúncio da fusão, o que deixa claro que um banco demitiu e o sucessor confirmou. Através da assessoria jurídica do Dr. Murilo Batista, o sindicalista acionou o empregador e obteve tutela antecipada garantindo sua reintegração. A posse na agência do Bradesco no Largo da Batalha, em Niterói, aconteceu nesta manhã terça-feira, 19. A primeira audiência do processo aconteceu na tarde do mesmo dia.
O desrespeito dos bancos à estabilidade do dirigente sindical não é novidade. Mas a ofensiva das empresas contra os sindicalistas tem se intensificado. “Todo sindicalista acaba virando alvo. Não é mais só este ou aquele banco, o sistema financeiro como um todo identifica o movimento sindical como base da oposição”, entende Paulo Roberto Garcez, diretor da secretaria jurídica da Fetraf-RJ/ES. “A ideia é exterminar o movimento sindical. Mas o objetivo é bem maior que isso. Trata-se de eliminar qualquer foco de resistência ao projeto do governo golpista. Demitir sindicalistas é só uma das muitas formas de atacar os trabalhadores e sua organização, para enfraquecer a oposição às reformas que pretendem destruir a proteção social ao trabalhador”, completa Garcez.
A posse e a audiência foram acompanhadas não só pelos advogados e dirigentes da Fetraf-RJ/ES e do Sindicato dos Bancários de Niterói, base de Branquinho. Sérgio Siqueira, representante da COE do HSBC-Bradesco e diretor da Contraf-CUT também testemunharam a reintegração.