A última reunião da mesa temática de Igualdade de Oportunidades, entre representantes do movimento sindical bancário e da Fenaban, teve pauta única: a discriminação que sofrem os dirigentes e delegados sindicais e em vários aspectos de sua atuação profissional e relação com o empregador. No encontro, ocorrido na última sexta-feira (15), foram relatadas diversas dificuldades que estes funcionários enfrentam no dia a dia.
As situações apresentadas na reunião ocorrem em todos os estados. “Os casos de dirigentes que têm a carreira congelada são frequentes, mesmo quando o bancário apresenta o desempenho exigido pelo banco. Acontece também de alguns trabalhadores receberem ofertas de promoção condicionadas à renúncia ao mandato sindical. E os que voltam para a base após cumprirem o mandato não têm nenhum tipo de readaptação ou reciclagem”, relata Nilton Damião Esperança, vice-presidente da Federação. Também é comum os sindicalistas terem dificuldades para acessar os canais de comunicação com os empregados, como os portais na Intranet, o que limita seu acesso à informação. “Os dirigentes liberados também têm dificuldade para realizar os cursos internos, através da rede interna. Alguns dos certificados destes cursos são necessários para sua progressão profissional”, acrescenta Nilton.
A receptividade dos banqueiros foi razoável. “Os representantes da Fenaban presentes à reunião disseram que é preciso discutir esta questão internamente antes de apresentarem qualquer resposta. Mas eles se mostraram dispostos a discutir o assunto. O entendimento de ambas as partes é de que será necessário realizarmos um seminário para reunir as informações para poder discutir melhor o assunto”, informa Nilton.
A Federação se adiantou e fez o debate entre os sindicatos filiados. “Aqui, na nossa base, já temos propostas definidas para este tema: garantia da reciclagem para os dirigentes que retornam à base após cumprirem mandato sindical; e garantia de amplo acesso aos canais de informação, bem como aos cursos, eventos e normativos internos para todos os sindicalistas, liberados ou não”, esclarece Nilton. “Sabemos que este debate é difícil, e temos que envolver a categoria para ampliá-lo. Mas não podemos mais adiar esta discussão”, acrescenta o sindicalista.
Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES