Evento debate discriminação contra negras com presença da Fetraf RJ/ES

Nesta última segunda-feira, 24 de julho, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), através das diretoras Renata Soeiro e Adilma Nunes, esteve presente ao evento, promovido pela Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), que debateu a discriminação contra as mulheres negras no Brasil e no mundo.

A atividade fez parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, festejado nesta terça-feira, 25 de julho.

“Nossa Federação preza pela paridade e igualdade de gênero. Tanto que, em nossas conferências, mesas ou eventos, a presença de mulheres é marcante e expressiva. Inclusive, ter em nossa chapa e direção, uma mulher negra, competente e que ocupa posição de destaque em um de nossos Sindicatos filiados, é um motivo de orgulho para nós.”, comentou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Palestraram e participaram, também, do evento: Almir Aguiar (Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT), Clatia Vieira (coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro e do Fórum Permanente de Diálogo das Mulheres Negras da Alerj), Mônica Alexandre (presidenta da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas do Rio de Janeiro – ACAT, e diretora Adjunta da OAB-RJ)e Raimunda Leone (secretária adjunta de Combate ao Racismo e Igualdade Racial da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB).

NÚMEROS

Dados oficiais revelam que o racismo no mercado de trabalho é muito grave no setor financeiro. Os bancários negros (que incluem pretos e pardos) ganham 24% menos do que os colegas brancos. Os empregados pretos de instituições financeiras têm rendimento médio 27,3% menor do que o rendimento médio dos brancos. E as mulheres pretas sofrem ainda mais discriminação, ganhando 59% menos que a média dos homens brancos. Nos bancos é raro um negro ocupar cargos de diretoria e executivo e a presença de mulheres negras nestas funções então, praticamente inexiste.

*com informações do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense