Nesta última quarta-feira (19/2), diretores da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), aposentados e representantes sindicais fizeram um ato em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) do Estado do Rio de Janeiro, onde ocorria uma audiência sobre luta dos aposentados do Banco Itaú pelo direito a um plano de saúde acessível.
Na reunião, o Itaú manteve a postura intransigente e não apresentou uma proposta viável para os funcionários aposentados.
ENTENDA O CASO
Com a extinção do período de manutenção da contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados passaram a enfrentar grandes dificuldades financeiras devido à migração obrigatória do plano familiar para um individual, sem qualquer subsídio da instituição.
O valor do plano individual chega a R$ 1.929 por pessoa, podendo resultar em um custo de quase R$ 4 mil para um casal. Esse impacto financeiro tem sido insustentável para muitos aposentados, levando a uma mobilização crescente para pressionar o banco por soluções mais justas.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
Entre as principais reivindicações dos aposentados, estão a criação de uma faixa de plano específica para aposentados e a suspensão dos reajustes das mensalidades enquanto as negociações estiverem em andamento. No entanto, o banco se recusou a suspender o reajuste, alegando que ele já foi aplicado em outras operadoras. Os aposentados, por sua vez, rejeitaram essa justificativa, destacando que o Itaú teve tempo suficiente para tratar do tema internamente. Desde outubro, o assunto está sendo discutido em um processo mediado pelo MPT.
No dia 3 de dezembro, ocorreu uma negociação envolvendo aposentados, representantes dos trabalhadores, do MPT e do Itaú, mas até o momento não houve avanço significativo. Diante da falta de solução, foi solicitado em São Paulo, no dia 18 de fevereiro, uma nova audiência de mediação para o dia 10 de março.