Na última sexta-feira, 24 de novembro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve presente na rodada de negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) e o Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A reunião ocorreu na sede da Fenaban, em São Paulo, e estiveram presentes representantes de todas as Federações dos Bancários do país.
O Secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, Josias Denucci, representou a Fetraf RJ/ES.
O Coletivo de Saúde cobrou um posicionamento sobre o endividamento de bancárias e bancários, já que os bancos têm descontados as antecipações salariais, mesmo antes dos trabalhadores receberem o auxílio pelo INSS.
Sendo assim, foi solicitado pelo movimento sindical que se cumpra a cláusula 29, que fala da antecipação salarial e a cláusula 65, que cita sobre o auxílio emergencial.
Além disso, foi discutida a cláusula 61, que fala sobre Prevenção de Conflitos no local de trabalho e que trata dos canais de denúncias de assédio moral. Os bancos, até então, não tinham assinado o termo aditivo da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Foi cobrada a assinatura por parte dos bancos e o cumprimento do que está determinado nesta cláusula.
Confira mais cobranças e assuntos debatidos na reunião:
– Foi solicitado que as denúncias de abusos efetuadas pelos sindicatos, sejam preservadas com o máximo de sigilo e que sejam reconhecidas como procedentes.
Todos os representantes dos bancos presentes assinaram esse Termo de Compromisso diante do movimento sindical, o que significa um grande avanço para a categoria bancária.
– Foi debatido, também, sobre um fluxo de acolhimento pelos bancos, quando os trabalhadores adoecem, já que muitas vezes não recebem apoio algum por parte dos gestores dos bancos, ficando sem receber ou passar informações importantes do seu processo de licença e, automaticamente, do seu estado de saúde.
O movimento sindical acredita que os trabalhadores precisam receber orientações por parte do empregador, principalmente, com um acolhimento humano de um psicólogo, designado pelos bancos.
– Foi solicitado que os bancos apresentem aos sindicatos os dado do PCMSO, através de um Relatório Analítico, demostrando o real estado de saúde do bancário, quais as condições de trabalho eles estão recebendo por parte dos bancos, que está levando grande parte dos bancários, ao adoecimento mental e psicológico (NR7).
Os bancos ficaram de discutir esse assunto e trazer respostas para as próximas rodadas de negociações.
– A questão dos suicídios dentro da categoria também foi questionado e debatido.
Ficou a promessa de se construir um seminário junto a Fenaban para debater esse assunto de suma importância.
– Sobre as vacinas, os bancos repassaram informações importantes sobre a 27º Campanha de vacinação da categoria, que começará em abril de 2024.
A vacina será a quadrivalente, ou seja, uma grande conquista do movimento sindical, que tem cobrado dos bancos uma vacina mais eficaz e que abranja outras doenças.
– Foi cobrado o funcionamento correto dos aparelhos de ar-condicionados com prevenção através da manutenção dos mesmos e, também, sobre a questão de obras durante o expediente. Assim como a falta de àgua em agências bancárias, muitas das vezes, deixando o ambiente insalubre, tanto para os trabalhadores, quanto para os clientes.
O banco ficou de olhar com atenção essas questões.
“Saímos da reunião com boas perspectivas em termos de melhorias nas condições dos locais de trabalho e, principalmete, quanto a prevenção e manutenção de saúde dos trabalhadores. As próximas rodadas de negociações acontecerão no inicio do próximo ano.”, comentou Josias Denucci.