Fetraf RJ/ES participa de seminário sobre as conquistas e desafios das mulheres bancárias

Nesta quarta-feira, 27 de março, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) participou do “Seminário: Conquistas e desafios das mulheres bancárias”, em São Paulo.

Pela Federação, participaram: Bethania Emerick, Diretora Cultural, Elizabeth Paradela, Diretora de Formação Sindical, e Renata Soeiro, Diretora de Estudos e Planejamento.

O seminário foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em continuidade às atividades e ações políticas do mês de março, alusivas às lutas pelos direitos das mulheres, com o objetivo de fortalecer o reconhecimento da trajetória de lutas para a formação de dirigentes e novas dirigentes e trabalhadoras do ramo financeiro.

O evento debateu história; as mulheres na construção do movimento sindical bancário; análise do presente e construção do futuro; conjuntura e desafios na categoria; e os desafios nas cidades, para a construção de um novo Brasil.

Após o término do seminário, Bethania Emerick comentou: “Este seminário é de fundamental relevância para ajudar a entender a história das mulheres na construção do movimento sindical, suas lutas e conquistas, especialmente, no setor bancário. E, também, para entendemos em que ponto histórico estamos e o quanto ainda precisamos conquistar.”.

“Essa discussão é, ainda, muito recente em termos históricos, quando pensamos que, somente nos anos 70, o Banco do Brasil abriu concurso para mulheres. E, somente no ano 2000, a Fenaban aceitou ter uma mesa sobre igualdades e oportunidades para, a partir de então, nós, mulheres sindicalistas, podermos discutir assuntos que nos são pertinentes. Ter um coletivo que discute esse assunto sobre igualdade entre homens e mulheres é relevante, sobretudo, a partir do protagonismo das mulheres na mesa de negociação. A categoria bancária conseguiu avançar (inclusive no governo anterior, fascista e misógino), porque é de luta e não se privou de falar do assunto e propor ações. Buscamos a construção de uma sociedade justa e igualitária, que seja boa para todas as pessoas, onde as mulheres não tenham medo de existir. Sempre lembrando das muitas mulheres que vieram antes de nós, abrindo caminho e espaço para que nós mesmas possamos falar por nós, sobre nossas questões. Por isso, precisamos que as mulheres ocupem todos os espaços e não somente aqueles que tratam de assuntos exclusivamente femininos: nada sem nós, porque tudo é sobre nós. A presença das mulheres em posições de relevância e poder impulsiona, encoraja e incentiva outras, mobilizando e aumentando a presença de mulheres, em todos os âmbitos. Ainda há muito a ser conquistado, e esperamos que esse movimento seja de referência para outras categorias e, em consequência, para a sociedade.”, completou.

E finalizou. “É Preciso, também, ampliar o debate sobre a atuação das mulheres no movimento sindical, que ainda é muito masculino. Ainda enfrentamos o machismo no movimento, além das dificuldades diárias que temos na vida cotidiana. Ressalto a importância do movimento sindical, principalmente bancário, no sentido de avançar na pauta de igualdade salarial, que representa verdadeiro marco na luta contra a desigualdade de gênero no Brasil, por estabelecer diretrizes claras para empresas, quanto à igualdade de remuneração entre homens e mulheres.”

MÊS DAS MULHERES

O mês de março é um mês dedicado à Luta das Mulheres.

Apesar da presença massiva no mercado de trabalho, estamos longe de alcançar a igualdade de gênero. As mulheres continuam enfrentando desafios para se colocar no mundo do trabalho, apesar de qualificadas para as funções.

Todos os avanços conquistados até aqui são fruto da organização em coletivos onde se ampara e pensa formas de enfrentamento pela garantia dos direitos das mulheres.