Nos dias 10 e 11 de novembro, ocorreu o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Além do Diretor Sergio Toledo, representaram a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), as diretoras Renata Soeiro e Elizabeth Paradela, do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.
“Sabemos que a raça negra já é prejudicada por consequências históricas, onde o negro foi brutalmente abusado e escravizado. Devido a esse fato, muitas vezes o negro teve pouco acesso aos estudos e poucas oportunidades de entrar no ramo financeiro e, mesmo quando o negro estuda e tem todas as qualificações, o mesmo é avaliado pela sua cor de pele e não pelos seus méritos, com isso vemos muitos negros e negras em lugares de pouca visibilidade, ou seja, não os vemos em lugares de comando, como diretores e presidentes. Além disso, as promoções não são justas, onde deixam os negros sempre na berlinda e, na primeira oportunidade, ele é cortado.”, comentou Sérgio.
E completou. “Este Fórum serviu para traçarmos um plano de ação e levarmos nossas revindicações para a Febraban, pois queremos igualdade, queremos ser vistos e queremos, sim, igualdade de salário. Pois o negro, muitas vezes, trabalha mais e ganha menos que os outros funcionários.”
O evento teve transmissão em tempo real pelas páginas do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região no Facebook e no YouTube.
Os debates do VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro focaram na conjuntura histórica das relações de trabalho e raciais no Brasil, na participação dos negros e negras no mercado de trabalho, no empoderamento da mulher negra no trabalho e na vida e em políticas de inclusão no mercado de trabalho, entre outros temas. Os palestrantes são especialistas militantes da luta antirracismo.
A Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro, também comentou: “Nossa expectativa é que, através do debate sobre o sistema financeiro que queremos, consigamos mais contratação de negros e negras no sistema financeiro, assim como igualdade de oportunidades. Os negros são apenas 27,5 por cento da categoria bancária. E as mulheres negras ganham 40% menos que os homens brancos. Tá na hora de mudar isso.”
Os convidados também eram especialistas militantes da luta antirracismo.