Greve arranca negociação

A federação dos bancos enviou mensagem ao Comando Nacional dos Bancários na noite desta segunda-feira, 19, marcando nova rodada de negociação para as 16h de terça, 20. Dirigentes sindicais do Comando Nacional dos Bancários de todo o Brasil comparecerão e avisam: sem reajuste digno e proposta decente, a paralisação vai continuar.

Enquanto não vier uma proposta vantajosa para a categoria, a orientação é prosseguir com o movimento paredista. “Vamos manter nossa mobilização e dizer para os banqueiros que não queremos a greve pela greve, mas que também não aceitaremos falta de respeito. Queremos aumento real, valorização do piso, garantia no emprego e melhores condições de trabalho”, adianta Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e representante da base no Comando Nacional.

Longo processo

Os bancários entregaram a pauta de reivindicações à Fenaban no dia 11 de agosto e a primeira negociação foi realizada no dia 19 do mesmo mês. Mais quatro rodadas aconteceram sem nenhum avanço significativo em qualquer cláusula. No dia 25 de setembro os bancos fizeram uma “proposta global” insatisfatória.

Mais do que frustrar os bancários, a oferta dos patrões revoltou a categoria: foi proposto reajuste de 5,5%, ante uma inflação de 9,88%, e um abono linear de R$ 2.500. Os integrantes do Comando Nacional se levantaram da mesa informando que a proposta seria levada às assembleias, mas que os sindicatos de todo o país recomendariam a rejeição.

A categoria entrou em greve no dia 06 de outubro e até ontem, 19, a federação patronal se manteve em silêncio, não abrindo qualquer canal de negociação. “Espero que os banqueiros apresentem uma proposta decente e que tenham respeito com a população e com seus funcionários. É inadmissível que um setor com tanta lucratividade não tenha responsabilidade social neste momento em que discutimos nossa campanha nacional”, pondera Nilton.

 

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES