Os lucros líquidos dos grandes bancos privados brasileiros cresceram no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. Em nove meses, o Banco Santander lucrou R$ 10 bilhões, o Banco Bradesco lucrou R$ 12,7 bilhões e o Banco Itaú lucrou R$ 13 bilhões. O que eles tem em comum? Todos, mesmo com lucros extraordinários, estão demitindo.
As demissões de bancárias e bancários vão contra o compromisso assumido, no início do ano, de não demitirem durante a pandemia do novo coronavírus, apesar dos lucros estarem crescendo.
Desde o começo do ano, foram 12 mil bancários e bancários, pais e mães de família, que ficaram sem emprego em meio a uma crise econômica e sanitária. Os três maiores bancos (Bradesco, Santander e Itaú) são os campeões das demissões.
O aumento dos desligamentos motivou a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o movimento sindical bancário em todo o país, a se organizarem em uma campanha contra as demissões que deve durar, pelo menos, até o fim do ano.
“Além da força dos nossos sindicatos e federações, a mobilização é de grande importância para mostrar que os bancos não se importam com a crise social causada pelo desemprego. Vamos mobilizar não só bancárias e bancários, como amigos, família e população em geral”, declarou o Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança.