Metalúrgicos terceirizados estão há mais de 60 dias sem salários no Estaleiro Mauá

Cerca de 600 trabalhadores terceirizados do Estaleiro Mauá estão há mais de 60 dias sem salários e plano de saúde.  Na manhã desta segunda-feira os funcionários foram para porta do Estaleiro após convocação do Sindicato para buscar uma solução para o impasse. Há mais de 20 dias o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, Edson Rocha, vem negociando com a direção do Mauá o pagamento dos atrasados aos funcionários que foram obrigados pelas empresas a ficar em casa até que a situação seja resolvida. Uma reunião hoje pela manhã não decidiu a questão.


 


O Sindicato protocolou ainda nesta segunda-feira (07) um ofício no Ministério Público do Trabalho e também no setor do Ministério do Trabalho responsável por portos e estaleiros pedindo uma fiscalização e medidas drásticas contra o Estaleiro e as empresas.


 


A direção do Estaleiro afirmou não ter dinheiro em caixa para honrar os compromissos. O valor necessário para quitação dos salários atrasados gira em torno de R$ 2 milhões. Doze empresas que prestam serviços ao Mauá também não receberam as medições feitas, ou seja, o trabalho já executado nos últimos meses e alegam não possuírem mais capital para pagar os salários.


 


O Estaleiro Mauá afirmou que uma possível solução só poderia ser avaliada no dia 15 de outubro. Diante da negativa do Mauá em resolver, o sindicato vai pedir a intervenção do Ministério do Trabalho no estaleiro para cobrar medidas mais rápidas.


 


“O trabalhador não pode esperar até o dia 15 para resolver. Já se passaram muitos dias e muitos dependem de seus salários para sustentar a família. É um total descaso do Mauá que é um dos maiores estaleiros do país. Dizer que não há dinheiro em caixa para pagar os salários é debochar de nós trabalhadores. Não vamos admitir isso. A Petrobras já tem conhecimento da situação e fez o que estava ao alcance dela. Na semana passada liberou cerca de R$ 12 milhões para o Estaleiro. E como não há dinheiro? Vamos ao Ministério Público, ao MTE e nos reuniremos na quarta-feira de manhã de novo na porta do Estaleiro para mobilizar a categoria e mostrar a toda cidade o que está acontecendo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Rocha.




Por William Chaves


 

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí