Max Bezerra *
No último dia 05 o Sindicato dos Bancários e das Bancárias de Nova Friburgo e Região recebeu uma carta anônima de um trabalhador do Itaú-Unibanco. Mas que poderia ser do Bradesco, Santander, Caixa, BB, de uma financeira, cooperativa ou lotérica.
A carta é anônima por causa do justo temor em se expor e perder o emprego, mas o envelope deixado na portaria do prédio onde está o Sindicato tinha a logomarca do Itaú.
A Direção do SEEB-NF sempre defendeu o fim das metas por:
• Entender que elas são as maiores e principais causas de adoecimento na nossa categoria.
• Não ter como mensurar aquilo que é abusivo, pois ao impôr as metas a abusividade está implícita e seus números as tornam explícitas.
• Provocarem a divisão da categoria e estimular o individualismo.
A Direção do SEEB-NF sempre defendeu que os salários (remuneração fixa) sejam maiores que as comissões (remuneração variável) porque, com o tempo, os bancos diminuem as quantidades de produtos “comissionáveis” e aumentam as metas, inviabilizando qualquer chance do trabalhador receber a variável. Enquanto isso, para os executivos os bônus são cada vez maiores.
Por esses motivos que defendemos uma PLR maior e mais justa.
Esta questão não é exclusiva de nossa base e nem do Itaú-Unibanco, por isso a Direção do SEEB-NF encaminhará a carta as instâncias sindicais de grau superior (Federação e Contraf) e ao Itaú-Unibanco para que reveja seus procedimentos.
A Direção do SEEB-NF solicita que depoimentos iguais a como este sejam repassados à entidade.
Conte conosco nesta luta que é algo covarde e DESUMANO e CRUEL.
* Max José Neves Bezerra é presidente do Seeb-Nova Friburgo