Movimento Sindical cobra resposta sobre plano de saúde dos aposentados do Itaú

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, da ativa e aposentados, se reuniu com o banco, na última terça-feira (4/12) para cobrar respostas sobre as reivindicações a respeito do plano de saúde dos aposentados.

Das diversas informações solicitadas pela representação dos trabalhadores, o banco apresentou a distribuição geográfica dos participantes do plano, ativos e aposentados, e os valores cobrados dos mesmos. Não foi informado, porém os valores integrais que são pagos pelos funcionários da ativa, nem a parte que o banco paga pelos planos destes funcionários e seus dependentes. Quando os funcionários se aposentam, assumem a integralidade do custo do plano de saúde, e passam do modelo familiar para individual.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve presente através de José Renato Riscado, representante da entidade na COE Itaú.

“A negociação vai continuar e os aposentados precisam ser reconhecidos pelos longos anos de trabalho dedicados, muitas vezes, a uma única empresa. Houveram protestos dos aposentados. Os funcionários novos precisam entender que a luta é de todos, pois serão os próximos a serem afetados”, comentou José Renato.

A representação dos trabalhadores voltou a pedir ao Itaú a suspensão dos reajustes no plano até que o banco apresente uma proposta que leve em conta as reivindicações dos aposentados e atenda as exigências do Ministério Público Trabalho.

A próxima negociação com mediação do MPT será realizada no dia 10 março.

Confira abaixo as informações solicitadas ao banco.

1.    Fornecer dados demonstrando de forma consolidada e estratificada, por faixa etária dos aposentados do Conglomerado Itaú-Unibanco, em todas as regiões do país;
2.    O custo médio de forma consolidada e por região com respectivos Planos de saúde e perfis que os aposentados possuem;
3.    A composição das carteiras de aposentados nos planos de assistência médica quando segmentados entre aqueles que recebem complementação pelo PAC, pela Previdência Privada e aqueles vinculados unicamente ao Regime Geral mantido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
4.    O custo total para cobertura da assistência médica de um funcionário na ativa, configurada pela parte assumida pelo banco e a parcela a cargo do funcionário (por quê há elevação de custos para assistência médica na aposentadoria, quando mantidos, inclusive, o mesmo padrão de cobertura?)
5.    O total de aposentados no plano de saúde por federações e sindicatos;
6.    A quantidade de aposentados que fazem parte da Fundação Previdenciária e quantos recebem a complementação da mesma, independente da previdência que estão;
7.    A quantidade de ações ativas na Justiça, e de quais as entidades sindicais bancárias são estas ações;
8.    Nos esclarecer por que há valores diferentes praticados em algumas localidades dentro do plano de saúde.

*com informações da Contraf-CUT