Foto: Jailton Garcia – Contraf-CUT
As entidades sindicais que negociam com a Fenacrefi orientam aprovação do acordo e ressaltam que os sindicatos devem realizar assembleias dos financiários
A proposta apresentada pela Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Fenacrefi) à Contraf-CUT, federações e sindicatos, nesta quarta-feira (4), em São Paulo, prevê 8,88% de reajuste para os salários, para a PLR e para os pisos, além de 12,84% para os vales refeição, alimentação e 13ª cesta alimentação.
Como a data-base dos financiários é 1º de junho, a aplicação dos reajustes será retroativa a essa data. Diante da proposta, que contempla ganho real de 0,11%, as entidades sindicais que negociam com a Fenacrefi orientam aprovação do acordo e ressaltam que os sindicatos devem realizar assembleias dos financiários a partir do dia 6, até o dia 13 novembro. A Contraf-CUT está enviando comunicado jurídico aos sindicatos sobre a proposta.
“Os financiários saem vitoriosos, conseguimos manter ganho real e índices acima da inflação. Assim como a negociação com os bancos, as financeiras também tentaram jogar para o bolso do trabalhador as contas da crise. Mas diferente de outros segmentos, o setor financeiro não tem do que reclamar e permanece alcançando altos lucros. Continuamos a nossa luta por melhores condições de trabalho nas financeiras e uma campanha nacional que alcance mais trabalhadores”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Os financiários também conquistaram outros avanços neste ano, como a criação de grupos de trabalho para discutir PLR e terceirização. O combate à terceirização continua na pauta de reivindicações da categoria. A Contraf-CUT estima em mais de 500 mil o número de trabalhadores que presta serviços para as financeiras, em todo o Brasil, mas na base da Fenacrefi há apenas 10 mil.
“As mesas temáticas de PLR e terceirização são extremamente importantes. Nós também pontuamos que precisamos mudar o modelo de negociações das financeiras. Não dá mais para esperar o fechamento da campanha dos bancários para, só depois, definir a situação dos financiários” , ressaltou Jair Alves dos Santos, coordenador da Comissão dos Financiários. “A data-base dos financiários é em maio, quatro meses antes da dos bancários, e a demora na conclusão da campanha é muito ruim para os trabalhadores, que ficam muito tempo à espera do reajuste. Nosso objetivo é a unificação das datas-base e a construção de uma mesa única para bancários e financiários”, acrescenta Paulo Garcez, representante da Fetraf-RJ/ES na negociação com as financeiras. “As financeiras assumiram o compromisso de se empenhar nesta mudança. Em março do ano que vem já vamos nos reunir novamente”, conclui Jair.
Clique aqui e veja a proposta da Fenacrefi na íntegra.
Fonte: Contraf-CUT