Negociações com o HSBC sinalizam avanços, mas banco precisa ir além

   Crédito: Dino Santos


Na segunda rodada de negociações específicas da Contraf-CUT, federações e sindicatos com o HSBC, realizada nesta quarta-feira 31 em São Paulo, o banco inglês sinalizou com pequenos avanços econômicos, mas ainda tímidos para satisfazer as expectativas dos bancários. Nova rodada de negociação está marcada para o dia 20 de agosto.


Houve avanços nas negociações a respeito dos seguintes temas:


• Continuidade da bolsa educacional, aumentando de 1.100 para 1.300 bolsistas, com majoração dos valores para R$ 460,00 a partir de janeiro de 2014, que serão acrescidos dos percentuais da Campanha Nacional dos Bancários.
• O banco sinaliza com ajustes no atual modelo do fundo de previdência complementar. Na próxima rodada de negociação, no dia 20, o movimento sindical apresentará proposta para o fundo de pensão, visando a construção conjunta das melhorias no plano de previdência.
• Constituição imediata de uma comissão paritária de saúde e condições de trabalho.
• O banco ratificou a garantia de que não descontará de seus programas próprios de remuneração (PPR) os valores da PLR a serem conquistados na Campanha Nacional dos Bancários.
• Fim das metas para a área de atendimento.
• Manutenção das duas operadoras de planos de saúde e odontológico.
• Treinamento interno (treinet) somente durante a jornada de trabalho.
• Abono das folgas nas datas de aniversário de vida e de tempo de casa.


Banco tem condições de avançar


“Diferentemente do que vinha acontecendo, diante da mobilização do funcionalismo em todo o país o banco finalmente começa a negociar com efetividade. Mesmo alegando as dificuldades por conta de orçamento e da projeção do impacto da Campanha Nacional em suas contas, nós trabalhadores acreditamos que o HSBC tem condições e deve avançar no processo negocial para atender às reivindicações dos bancários”, afirma Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT. Rubens Branquinho, representante da Federação na COE, entende que o banco tem condições de ceder avanços nos conflitos relacionados à saúde do trabalhador, com a criação do grupo de trabalho e da comissão paritária de saúde. “Também é possível fazer melhorias no fundo de pensão recém-instituído pelo banco”, acredita o sindicalista.


“Para a próxima reunião, em 20 de agosto, esperamos uma resposta positiva do banco nas questões pendentes, como a garantia de benefícios da NR 279 da ANS no plano de saúde, vale-cultura, atualização do CPK, extensão do parcelamento do adiantamento de férias em até dez parcelas, acesso ao sistema de aplicativo do RH para os funcionários afastados e licenciados, participação na discussão dos programas próprios de remuneração, além de garantia no emprego”, afirma Carlos Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC. “Embora o resultado ainda esteja muito aquém da necessidade dos funcionários, queremos acreditar que esteja encerrada a era das reuniões com café gelado, água quente e nenhum avanço”, conclui Rubens.


A base da Federação foi representada na reunião por Rubens Branquinho, Renata Soeiro e por Marcelo Rodrigues, pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Fonte: Fetraf-RJ/ES, com Contraf-CUT