NO BANCO MUNDIAL, EX-ASSESSOR DE FHC QUER FIM DO FGTS

O estudo “Clima de investimentos no Brasil”, do Banco Mundial (Bird), divulgado em dezembro de 2005, destaca a necessidade de reforma da legislação trabalhista e chega a sugerir dois cortes polêmicos: do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das demissões por justa causa. O relatório foi coordenado pelo economista José Guilherme Reis, que foi secretário de Política Econômica do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na incumbência de ir além da identificação dos dilemas para o aumento da produtividade de a atração de investimentos ao país, o documento acaba por trazer um espécie de plano para o governo.
Do ponto de vista do Bird, a atual legislação trabalhista brasileira “desincentiva” o investimento em capital humano e afeta negativamente a produtividade do trabalho.
Também foi a área que menos mudanças sofreu  nos últimos 20 anos, apesar de “fragilizar as relações entre as firmas e  seus empregados”. Para contornar esses problemas, o Bird sugere, no estudo, que os 8% do salário recolhidos pela empresa todo mês na conta  do funcionário no FGTS sejam pagos diretamente ao trabalhador.
Também  recomenda que o valor atual da multa rescisória, no caso de demissão,  seja depositado no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em vez de ser entregue ao demitido.
Outra recomendação é a de permitir que os trabalhadores sejam dispensados “por qualquer razão”, o que acabaria com  as demissões por justa causa. O contra-senso é que o estudo também  recomenda o fim das demissões sem justa causa para diminuir a quantidade  de processos na Justiça do Trabalho, que passaria a atuar como mera mediadora nos acordos entre patrões e empregados.

 


(Fonte: AFUBESP – Com Informações da Agência Estado e do Sindsan – em 30/01)

 

 

Fonte: