Novas formas de gestão exploram gênero e fragilizam mulher, diz professor

   Foto: Paulo Pepe – Contraf-CUT
O professor da Unesp Marília, Giovanni Alves, abordou na terça-feira (26) o tema “Trabalho, Corpo e Subjetividade”, durante palestra no 3º Encontro Nacional de Mulheres Bancárias, promovido pela Contraf-CUT, que teve início na segunda (25) e se encerra nesta quarta (27), no Instituto Cajamar, interior de São Paulo.

Para ele, o corpo funciona como elemento da subjetividade, o que está intimamente relacionado ao trabalho moderno. “As formas de gestão inseridas nos escritórios e demais locais de trabalho se caracterizam pela captura do corpo e mente”, aponta Giovanni.

O especialista destaca que vivemos uma nova era de dominação do capital e atravessamos um verdadeiro desmonte da pessoa humana, sendo a mulher o elo mais frágil neste processo. “Todos somos iguais, pertencemos à espécie humana, porém o capital tem se aproveitado da diferença de gênero e explorado a desigualdade, quando, por exemplo, trata as pessoas com indiferença na questão da gestão”, explica.

Segundo o professor da Unesp, o capital não se interessa se a força de trabalho é exercida por homem ou mulher. “As novas formas de precarização do trabalho e de gestão desmontam as pessoas e alteram a subjetividade quando instauram relações de captura que destroem até mesmo as relações de vida pessoal”, afirma.

“A tarefa que se coloca a nós numa sociedade é de luta, reflexão e formação. Este é o trinômio da emancipação humana. Luta sem reflexão não vale nada, e reflexão sem formação também não se sustenta. É preciso também dar continuidade ao processo de formação que está inserido na luta. Enfim, o homem foi feito para fluir e ter uma vida plena de sentido”, conclui Giovanni.

Fonte: Contraf-CUT