Novembro: mês de combate à violência contra a mulher

Neste mês de novembro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo se alia na luta contra a violência à mulher, numa campanha desenvolvida pela Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). As atividades culminam no dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Em 25 de novembro de 1960, três irmãs, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, foram assassinadas na República Dominicana, por forças militares do então ditador Rafael Leónidas Trujillo. A data foi assumida pelo movimento de mulheres de todo o mundo.

Categoria Bancária 

A categoria sempre teve uma forte atuação nas questões de gênero, tanto que foi a primeira a conquistar Cláusula de Igualdade de Oportunidades em acordo coletivo e uma mesa de negociação permanente. A mais recente conquista ocorreu em março deste ano, a assinatura de acordo nacional entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários que garante a prevenção, apoio e acompanhamento à mulher que for vítima de violência doméstica e familiar. Também estabelece canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Esse acordo foi incorporado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro.

Até 2019, os bancos não possuíam um programa para acolher e apoiar as trabalhadoras vítimas de violência doméstica.

Na CCT assinada em setembro, está estabelecido um programa de combate à violência. Além da criação do canal, a cláusula trata de ações de caráter preventivo para lidar com a questão como, por exemplo, o treinamento de gestores para lidar com a situação e identificar sinais de que uma bancária possa estar sendo vítima de violência.

Luta

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança, diz que é preciso um olhar mais humano dos bancos: “A criação do canal de atendimento é uma conquista muito importante. É preciso saber lidar com as mais diversas situações e identificar sinais de que uma bancária possa estar sendo vítima de violência.”