Para quem duvidava que era golpe

Max José Neves Bezerra *

 

Mais do que tirar Dilma da presidência, era necessário colocar alguém de confiança do mercado financeiro e da FIESP em seu lugar.

Alguém que levasse em frente o projeto neoliberal de retirada de direitos sociais e trabalhistas e de entrega do patrimônio público.

Um político servil ao rentismo, ao Banco Mundial e FMI.

Alguém que tenha a convicção que o Brasil não pode ser uma potência, mas nanico.

Por isso, em 8 meses o (des)governo do ilegítimo Temer aprovou na Câmara, no Senado ou no Congresso projeto que:

  • Aumenta o tempo de contribuição e idade mínima para se aposentar;
  • Permite reajuste do salário mínimo sem obrigatoriedade de repor a inflação;
  • Desvincula de qualquer benefício previdenciário ao valor do salário mínimo;
  • Limita os de investimento em educação e saúde por 20 anos;
  • Entrega o pré-sal à exploração estrangeira;
  • Promove corte dos programas Farmácia Popular, Samu e Mais Médicos;
  • Retira diretos trabalhistas.

E como sinal de que segue a cartilha do entreguismo golpista e antinacionalista, Temer, o usurpador, anunciou a reestruturação do Banco do Brasil.

O Banco do Brasil tem Ativos de R$ 1,4 trilhão e lucrou R$7,070 bilhões entre janeiro e setembro de 2016. Porém, Temer, o golpista, pretende através de uma reestruturação acabar com 18.000 postos de trabalho, fechar 402 agências e transformar 379 agências em postos de serviço.

Reestruturação significa preparar para privatizar e para isso, os entreguista precisam:

  • Acabar com função social do BB e como banco de fomento, em especial à agricultura;
  • Precarizar o atendimento na rede de agências;
  • Transformar a instituição Banco do Brasil em sucata;
  • Jogar na lata do lixo 208 anos de história.

Para vender o patrimônio do povo brasileiro ao Itaú, ao Bradesco…

Ou seja, a reestruturação do (des)governo golpista é péssima para os funcionários do BB e para sociedade, porém interessa àqueles que contribuíram com o golpe na democracia.

E o golpe continua…

 

 

* Max José Neves Bezerra é bancário do Itaú e presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo