A polícia búlgara não divulgou o nome da menina, da cidade de Stara Zagora, mas disse que os pais dela contaram que ela morreu porque o aquecimento era caro demais. “É muito triste. A família era muito pobre e não tinha como pagar pela calefação”, disse Ionka Georgieva, porta-voz da polícia, à Reuters na sexta-feira.
As temperaturas caíram a até 30 graus negativos em certas regiões da Europa, atrapalhando o transporte. O frio traz à tona os problemas de abastecimento de combustível da região, congelando parte do mar Negro e lançando um cobertor de neve sobre os Alpes.
Muitos búlgaros tentam economizar com o aquecimento mantendo apenas um aposento da casa quente durante o rigoroso inverno nos Bálcãs. Centenas de milhares não têm nenhum tipo de aquecimento.
O Ministério da Saúde da Romênia disse que 55 pessoas morreram de hipotermia e de problemas de saúde relacionados ao frio. Pelo menos 18 eram sem-teto. Mais de 300 escolas romenas estavam fechadas por causa das baixas temperaturas.
Só em Moscou, pelo menos 140 pessoas desde outubro, afirmou a agência Interfax.
Boa parte da Europa e da ex-União Soviética enfrentava problemas de energia, já que a Rússia não conseguia enviar gás suficiente para suprir a alta demanda. A Rússia é responsável por 25 por cento do fornecimento de gás da região.
Até o início deste ano, os russos eram fornecedores confiáveis, mas os problemas começaram por causa de uma disputa com a Ucrânia, por onde passam 80 por cento das exportações de gás russas.
Na Geórgia, a situação era ainda pior, com a explosão misteriosa que atingiu gasodutos no sul da Rússia. Muita gente ficou sem poder cozinhar ou sem aquecer suas casas. Escolas e fábricas estavam fechadas, e os ventos derrubaram a fiação elétrica no leste do país.
“Passei horas numa fila por querosene e madeira esta manhã. Mas estou feliz porque finalmente consegui”, disse Maya Khubuluri, 49, moradora da capital, Tbilisi.
Nos portos romenos do mar Negro, o movimento de embarcações está limitado por causa do mau tempo.
Imagens de TV mostraram o mar Negro congelado a até 1 km da costa, um fenômeno que segundo especialistas acontece a cada 20 anos.
No norte da Itália, uma espessa camada de neve cobriu áreas desde Gênova até Milão, causando caos no transporte rodoviário e aéreo.
Em Turim, onde no dia 10 de fevereiro começa a Olimpíada de inverno, os organizadores comemoravam a nevasca.
(Fonte: Yahoo Notícias – com informações da Reuters)
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