O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi/RS) obtiveram liminar da justiça que determina a não abertura das agências bancárias da capital gaúcha nesta segunda-feira (3). As entidades entraram com ação judicial depois que associações de policiais militares e de bombeiros anunciaram que as tropas da Brigada Militar ficarão “aquarteladas” em protesto contra o atraso dos salários. Serão atendidas apenas ocorrências de urgência.
“As agências não podem abrir por absoluta falta de segurança. Estamos buscando preservar a vida dos bancários e dos clientes”, enfatizou o diretor de política sindical da Fetrafi/RS, Carlos Augusto Rocha.
O governo do Rio Grande do Sul parcelou o salário de julho de 163.784 servidores do Executivo, incluindo funcionários da ativa, aposentados e pensionistas. Alegando déficit de R$ 360 milhões nas contas do mês, o governo conseguiu pagar apenas salários líquidos até R$ 2.150.
O advogado das entidades sindicais, Antônio Vicente Martins, afirmou que “a nossa ação demonstra a existência de inúmeros casos de violência contra os bancários e contra os bancos com a existência de policiamento ostensivo, em todo o Rio Grande do Sul, inclusive na última semana no centro de Porto Alegre e na pequena cidade de Tupanci do Sul, com a utilização de armamento pesado e com a utilização de trabalhadores como reféns, a situação é muito grave no caso de não termos policiamento ostensivo nas ruas. Esperamos que o judiciário seja atento a isto e atue em defesa do bem maior que temos, que é a vida”.
Fonte: Sindibancários/Porto Alegre e Fetrafi-RS