Práticas antissindicais se alastram em Campos

Nos bancos privados, já é comum. Mas o BB de Campos passou a adotar práticas antissindicais que têm prejudicado o movimento grevista.

Este ano, mais de uma vez bancários do BB jogaram o carro contra sindicalistas para forçar a entrada na garagem do edifício onde funciona a principal agência do banco. O gestor da unidade chegou a chamar a polícia militar para tentar desmontar o piquete. Mas, quando a PM chegou, o gerente não quis descer e os policiais foram embora. Este gerente também chamou um oficial de cartório para registrar ata notarial relatando as atividades do piquete. “Se fosse nos bancos privados, nós nem acharíamos estranho, já estamos acostumados. Mas num banco público este tipo de atitude não tem cabimento”, critica Hugo Diniz, presidente do sindicato.

A prática de fazer registrar em cartório a atuação dos sindicalistas durante a greve já não é novidade em Campos. “No Bradesco, no Itaú, no Santander isso acontece sempre. Mas nunca tivemos problemas, porque nosso piquete não comete excessos. O oficial chega, relata que há sindicalistas fazendo convencimento, mas não há obstrução de entrada, e vai embora”, informa Diniz.

O assédio moral sobre os bancários é grande e o constrangimento para que os trabalhadores furem a greve é feito de várias formas, inclusive incitando-os contra a direção do sindicato. É preciso instruir os bancários a procurarem os sindicalistas para denunciar estas práticas.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES