Em uma assembleia marcada pela pressão exercida pela diretoria da Finep, o funcionalismo aprovou a proposta de acordo feita pela empresa. Em um fato inédito, até os negociadores patronais estiveram presentes, junto com os comissionados, com o claro intuito de intimidar e pressionar pela aprovação.
Embora a proposta tenha sido aprovada por 154 votos, a maioria dos presentes foi contrária, pois 100 funcionários votaram contra, 61 se abstiveram e 53 não se manifestaram. Assinaram a lista de presença 368 empregados. A assembleia e o resultado da votação refletem o clima vivido na empresa: de um lado, a escalada do autoritarismo e do assédio moral. E do lado dos trabalhadores, revolta, medo, insatisfação e uma disposição de luta demostrada por uma parcela significativa da categoria.
Proposta é insuficiente
O texto de acordo aprovado é insuficiente, pois se baseia na Convenção assinada com a Fenaban, mas sem trazer os atrativos presentes nos acordos específicos de bancos federais, como a PLR do Banco do Brasil e do BNDES, e a PLR Social e o delta a ser pago em janeiro pela Caixa Econômica Federal. “A proposta aprovada e a maneira como a empresa conduziu a negociação são demonstrações da falta de respeito como a Finep vem tratando o funcionalismo”, analisou o diretor do Sindicato Ronald Carvalhosa.
Do ponto de vista do dirigente, usar superintendentes, gerentes, chefes e a equipe de recursos humanos para pressionar nas duas últimas assembleias é a prova cabal de que a direção da financiadora sabe que a proposta não atende às expectativas do funcionalismo, e como os trabalhadores avaliam a sua gestão.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES
