Procon multa três bancos no Rio por tempo na fila acima de 15 minutos

Por deixar clientes esperando na fila mais de 15 minutos, três bancos foram multados na terça-feira (5) pela Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor – Procon Carioca.


Agências do Banco do Brasil, Itaú e HSBC, no Centro e na Zona Norte do Rio de Janeiro, terão que pagar R$ 10 mil cada um pela infração. Os fiscais também notificaram com advertência o Santander pelas filas em uma unidade.


Ao chegar na agência do BB, na Tijuca, o Procon Carioca flagrou filas enormes e pessoas esperando atendimento por até 40 minutos.


“O caixa tem oito posições, com três vazias, e as cadeiras de clientes estão todas lotadas”, constatou a secretária Solange Amaral. Já na agência do HSBC, no Centro, as filas eram tão grandes que clientes esperavam sentados no chão.


O movimento maior no começo do mês não é desculpa para os bancos descumprirem a lei, destacou a secretária do Procon.


“A situação mais flagrante, em geral, é do dia 1º ao dia 10, quando vence a maioria das contas e pessoas fazem mais saques. O banco tem que se preparar para dar o atendimento legal, que respeite o consumidor, especialmente neste período”, explicou.


Na agência do BB, na Praça Saens Peña, pessoas chegaram a desistir do atendimento por causa da lotação. Foi o caso do técnico em contabilidade Ivan Hurtado, de 45 anos, que deixou o estabelecimento revoltado com o tempo de espera, que estimou em 30 minutos.


“Tem que ser multado todo dia. Eu não trabalho para o banco, o banco que trabalha para mim, eu que sou o cliente. É certo uma fila desta? O negócio que é rápido se torna muito demorado”, disse Hurtado, ao deixar a agência. “Entrei e desisti só de olhar a fila”, completou.


Durante 2012, o Procon Carioca mapeou em toda a cidade os bancos que excedem os 15 minutos de atendimento em dias normais e 30 minutos em vésperas ou pós-feriados, com análise do horário de pico e fotos para os responsáveis das unidades se adequarem à lei.


Perguntada sobre a aplicação da penalidade pelo Procon, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), até a publicação desta reportagem, não fez comentários.

Fonte: O Fluminense