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Bancários do RJ e ES realizam conferência nesse fim de semana

Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo participam nos próximos dias 19 e 20 da vigésima primeira Conferência Interestadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro que será realizada pela Fetraf RJ/ES . O encontro que será aberto a toda a categoria, contará com a participação de 13 sindicatos.

“Demissões, terceirizações e precarização nos serviços são a tônica dos banqueiros e temos a obrigação, como sempre, em manter todas as nossas conquistas e barrar as tentativas de ataque”, afirmou Nilton Esperança, presidente da Fetraf RJ/ ES.

 

PROGRAMAÇÃO

Dia 19/07/2019 – Auditório do Sindicato do Rio de Janeiro
18h às 21h – Credenciamento dos/as delegados/as
18h30min – Mesa de abertura: FETRAF RJ/ES, Contraf, Seeb Rio de Janeiro e
Centrais Sindicais (CUT, CTB, CONLUTAS e INTERSINDICAL).
19h30min – Palestra sobre Reforma da Previdência – Palestrante: Paulo Jager
(DIEESE). Mediadores: Carlos Maurício e Elizabeth Paradela.
Dia 20/07/2019 – Auditório do Sindicato do Rio de Janeiro
8h às 10h – Café da manhã
8h às 12h – Credenciamento dos/as delegados/as
10h às 10h20 – Apresentação, discussão e aprovação do Regimento Interno –
Paulo Garcez.
10h20 às 11h – Palestra sobre Conjuntura – Palestrante: Adhemar Mineiro
(Dieese). Mediadores: Jorge Antonio e Marlene Miranda.
11h às 12h – Palestra sobre Comunicação Alternativa – Palestrante: Paulo
Salvador (Jornalista). Mediadores: Paulo de Tarso e Marize Mota.
12h às 13h – Almoço
13h às 14h30 – Palestra sobre Estrutura Sindical – Palestrantes: Dr. José Eymard
Loguercio (parte jurídica) e Sergio Nobre (Secretário da CUT Nacional).
Mediadores: Wagner Santos e Iracini Veiga.
14h30 às 15h30 – Apresentação e discussão de propostas por Nilton
Esperança, Adriana Nalesso e Carlos Araújo.
15h30 às 16h30 – Apresentação de chapas e eleição dos(as) delegado(a)s para a conferência.

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BANERJ: Alerj vai fazer primeira votação do Projeto 3213/10

Projeto visa à isonomia entre participantes da Previ/Banerj

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira (24/5), às 15h, vai votar pela primeira vez o Projeto de Lei 3213/10. Esse PL prevê a isonomia de tratamento entre os funcionários do antigo Banerj que sacaram as reservas de poupança da Previ/Banerj e os que optaram por congelar seus direitos.
“É importante a presença dos banerjianos para mostrar aos deputados o alcance social do projeto que garante uma velhice com dignidade para quem contribuiu durante anos para a Previ/Banerj e viu suas expectativas serem frustradas pelo banco”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários do Ri, Vera Luiza Xavier.
Os funcionários que optaram pelo congelamento podem, a qualquer momento, procurar a Secretaria de Fazenda para alterar sua opção e sacar os valores congelados.
O PL assegura a quem sacou a poupança os mesmo direitos de alterar a opção, desde que seja feita a devolução dos valores recebidos, garantindo a complementação da aposentadoria proporcional.
Fonte: Redação do SEEB Rio

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Bancários do BB e da CEF aprovam resoluções para o Encontro Nacional

Bancárias e bancários do Banco do Brasil encerraram seu Encontro Estadual neste sábado, 11, na FETRAF RJ/ES, com a aprovação de resoluções e eleição de delegados que participarão do 29º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. O evento nacional será realizado nos dias 7 e 8 de junho em São Paulo. As discussões foram realizadas tendo como premissa que teremos a Campanha mais difícil dos últimos anos e sobre a necessidade de muita mobilização para avançar e assegurar nossas conquistas. Todos os eixos circularam em torno da defesa da CASSI e PREVI e contra o desmonte do BB. Foram discutidos temas como reestruturação, emprego, carreira e igualdade de oportunidades; banco digital; saúde e previdência: reforma e resoluções do governo; e manutenção de direitos. As resoluções aprovadas, por unanimidade, foram uma demonstração da importância da unidade na luta pela manutenção de direitos conquistados pela categoria e contra as medidas de o desmonte para os bancos federais promovidas pelo governo Temer.

Defender a Caixa 100% pública e o ACT 2018/2019
Também no Encontro da Caixa foi aprovado por consenso, que todas as propostas serão levadas para debate no Congresso Nacional dos Empregados. Entre as principais, estão: luta em defesa da Caixa 100% Pública; pela não aplicação da reforma trabalhista; em defesa do Saúde Caixa e contra o aumento da coparticipação e da contribuição; com relação ao equacionamento do déficit do plano, rejeitar a tentativa do banco de repassar para os empregados a responsabilidade que é dele.
E ainda, combate à resolução CG-Par 23, que impõe redução da participação das estatais nos planos de saúde dos funcionários. Em relação à Funcef, exigir a participação dos empregados nas alterações do estatuto, e, caso isto não ocorra, rejeitar qualquer mudança. Além disso foi aprovada uma moção de repúdio ao evento que a Caixa vai realizar em Brasília no estádio Mané Garrincha com gerentes de todo o Brasil que visa a cobrar mais resultado dos empregados.
Com informações dos diretores Luiz Maggi e Sérgio Farias
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Dataprev apresenta proposta de reajuste zero

Durante a 6ª mesa de negociação da Campanha Salarial 2017/2018 dos trabalhadores e trabalhadoras da Dataprev, realizada hoje (29/08), em Brasília, a empresa alegou estar limitada pelas orientações gerais do governo Federal para apresentar inacreditável proposta de reajuste zero nos salários e demais cláusulas econômicas. A representação dos trabalhadores rebateu os argumentos patronais lembrando que a mídia e a própria empresa têm noticiado recordes de lucratividade, o que demonstra que qualquer retrocesso denota política de governo, e não situação financeira da Dataprev.

No tocante às cláusulas sociais, a empresa insiste em alterar as de nº 1ª  25ª, 27ª, 28ª, 31ª, 36ª e 43ª, afirmando que a mudança de redação traria “melhorias”. A representação dos trabalhadores registrou sua discordância e pontuou, caso a caso, as razões pelas quais não vê nenhuma melhoria nessas alterações propostas, e deixou claro que não aceita qualquer alteração que signifique redução de direitos históricos, conquistados com muita luta. Ficou, portanto, reiterada a proposta dos trabalhadores e trabalhadoras de manutenção das 61 cláusulas do ACT vigente.

A Fenadados e os sindicatos presentes cobraram ainda da Dataprev o pagamento da PLR 2016. A representação da empresa reafirmou que não tem autorização dos órgãos controladores para efetuar o pagamento.

 

Fonte: Fenadados
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Quinta mesa de negociação do Banco do Brasil tem foco em saúde e condições de trabalho

Nesta sexta-feira, 26 de julho, a saúde e as condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, realizada na manhã desta sexta-feira (19), em São Paulo.

A Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), representou a entidade na reunião, ocorrida em São Paulo.

“Nessa mesa tratamos de questões cruciais que afetam diretamente a vida e o bem estar dos funcionários e funcionárias.”, comentou Bethania.

A primeira reivindicação debatida foi a situação dos funcionários incorporados, como Nossa Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina e Banco do Estado do Piauí, que continuam sem a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e sem a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

Saúde Mental

No segundo ponto debatido, o banco apresentou o Programa Saúde Mental, ancorado em cinco pilares, com diferentes ações e níveis de prevenção, para tratar o funcionário de forma integral. A ideia é abordar a saúde mental sob diversos aspectos, desde a tríade “atividade física + alimentação saudável + consciência plena” até consultorias especializadas em ergonomia para todos os times, apoio psicológico para os funcionários e o desenvolvimento de ações exclusivas para capacitar as lideranças sobre a importância do tema.

Segundo os representantes da instituição financeira, já foram realizados mais de 40 mil atendimentos de apoio complementar aos funcionários em seus tratamentos psicoterapêuticos, pela plataforma on-line.

“Ressaltamos a importância de que as avaliações ergonômicas sejam implementadas com maior atenção nos escritórios digitais, uma vez que esse modelo de trabalho possui especificidades que precisam ser mais bem analisadas. A combinação de metas com ferramentas virtuais de atendimento nos preocupa com relação a riscos de adoecimento”, apontou Antonio Netto, representante da Fetec-SP da CEBB.

Auxílio-doença

Outra reivindicação apresentada pelos representantes dos trabalhadores é que, em caso de concessão de auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, pela Previdência Social, seja assegurada ao funcionário, incluindo os egressos de bancos incorporados, complementação salarial em valor equivalente à diferença entre a importância recebida do INSS e a remuneração total recebida pelo trabalhador, como salários, comissões, gratificações, adicionais, PLR, como se na ativa estivesse, até a cessação do auxílio-doença.

“No momento de afastamento por doença, os funcionários já enfrentam uma série de dificuldades e a preocupação com a manutenção das verbas salariais em muitos casos pode agravar a situação”, explicou Fernanda.

Durante a reunião, o banco anunciou a ampliação de dependentes para herdeiros, inventariantes e dependentes cadastrados na Previdência Social no auxílio funeral.

A próxima reunião será no dia 7 de agosto e debaterá a cobrança de metas.

*com informações da Contraf-CUT

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Demanda do movimento sindical, BNDES realizará concurso com inscrição a partir de 26 de julho

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebe a partir desta sexta-feira (26), às 10h, inscrições para o concurso 2024. O edital foi divulgado na segunda-feira (22). As inscrições podem ser feitas até 19 de agosto, às 23h59, no site da Fundação Cesgranrio.

Após 12 anos sem concursos, o banco público fará provas em 13 de outubro para o preenchimento de cargos de nível superior, com a oferta inicial de 150 vagas e outras 750 para formação de cadastro de reserva.

“Mais contratações: essa é uma demanda de muitos anos do movimento sindical bancário”, ressalta o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinicius Assumpção. “Esses novos cargos devem representar um importante desafogo para o funcionalismo já tão sobrecarregado.”

O dirigente espera que o novo concurso seja um indicativo de mudança de postura na direção do banco, no sentido de valorização dos trabalhadores. Vinicius lembra que durante todo o governo anterior os empregados do BNDES sofreram, inclusive com ataques aos seus direitos. “Mas mantivemos uma resistência firme, organizada, e conseguimos garantir todos os direitos aos funcionários, mesmo naquele período sombrio”, lembra.

Desenvolvimento e diversidade

Pela primeira vez, um concurso do BNDES será realizado em todas as capitais do país e com cotas de 30% para pessoas negras. Além da elevação da cota para pessoas com deficiência de 5% para 15%. Atualmente, a instituição conta com um percentual aproximado de 14,6% de pessoas negras entre seus cerca de 2,4 mil empregados: 12,9% de pardos e 1,7% de pretos. Na sociedade brasileira, 56,1% são negros e negras (47% de pardos e 9,1% de pretos), conforme dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

Nas redes sociais, a diretora de Recursos Humanos do banco, Helena Tenório destacou a importância do concurso. “Marca a retomada do BNDES como promotor do desenvolvimento do nosso país”, avalia.

Cargos e salário

O processo seletivo oferece o cargo de analista com ênfases em administração, análise de sistemas/cibersegurança, análise de sistemas/desenvolvimento, análise de sistemas/suporte, arquitetura/urbanismo, arquivologia digital, ciências contábeis, ciência de dados, comunicação social, direito, economia, engenharia e psicologia organizacional.

O salário inicial previsto no novo plano de cargos e salários do BNDES é de R$ 20.900, para uma jornada de trabalho de 35 horas semanais.

Além dos direitos previstos em lei, os aprovados terão possibilidade de ascensão de carreira de acordo com o plano de cargos e salários; assistência à saúde; assistência educacional (auxílio-babá, creche e ensinos fundamental e médio); plano de previdência complementar.

Fonte: Contraf-CUT

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Mulheres negras unidas pela força e pelo sofrimento

Um dia para destacar as desigualdades, o sofrimento, a dor. Mas, principalmente, um dia para gritar ao mundo a força das mulheres negras, das indígenas, das oriundas de comunidades tradicionais. O 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. E, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravidão. A data, reconhecida em 2014 por meio da lei 12.987, celebra essas mulheres e busca dar visibilidade às suas lutas.

Relatório elaborado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), divulgado em setembro passado, mostra um Brasil de maioria negra: 119,75 milhões de brasileiros e brasileiras ou 56% da população total. As mulheres negras são 60,6 milhões, 28% da população total.

De acordo com a Associação de Mulheres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. A parcela da população mundial que mais sofre com a pobreza, a desigualdade e a violência. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 14 ficam na América Latina e no Caribe.

“Daí a importância dessa data”, ressalta o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar. “Em 1992, um grupo decidiu que era preciso se organizar para denunciar a exclusão que atinge essa gigantesca parcela da população em todo o mundo. Assim foi realizado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. De lá para cá, no dia 25 de julho, eventos em diversos países discutem os problemas que atingem essas mulheres e formas de atacar essa desigualdade e injustiça social. Uma ação fundamental da qual a Contraf-CUT se orgulha em fazer parte.”

Ataque racista

Se as mulheres negras são vítimas de ataques e exclusão Brasil afora, a situação não é diferente para umas das mais importantes parlamentares brasileiras, símbolo dessa luta no país. Benedita da Silva, deputada federal (PT-RJ) eleita por cinco mandatos, foi chamada pela deputada Carla Zambeli (PL-SP) de Chica da Silva. A parlamentar de extrema-direita, que já perseguiu desafetos de arma em punho nas ruas de São Paulo, proferiu o ataque durante uma queixa por não ter discursado na Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 em Maceió (AL), evento de parlamentares dos países que compõem o G20, grupo atualmente presidido pelo Brasil. Benedita da Silva, coordenadora da Bancada Feminina e da Secretaria da Mulher da Câmara, discursou no encontro realizado no Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho).

Tendo no currículo cargos como o de primeira senadora negra do Brasil (1995-1998), ex-governadora do Rio de Janeiro (2002-2003), ministra da Assistência e Promoção Social (2003-2007), Benedita recebeu amplo apoio da população, de parlamentares e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Benedita da Silva é exemplo de fé, muito trabalho e amor pelo povo brasileiro.”

Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva, foi uma mulher escravizada do século 18 que obteve alforria e rompeu barreiras sociais ao se tornar uma figura proeminente e poderosa em Arraial do Tijuco, atual Diamantina, em Minas Gerais. Sua história inspirou livros, filmes e novelas, uma delas protagonizada pela atriz Zezé Motta.

A declaração de Zambelli, referindo-se a Benedita da Silva com o nome da mulher escravizada que ganhou alforria, foi feita em tom de deboche. “Quem Zambelli pensa que é?”, questiona Almir Aguiar. “Essa declaração parece demonstrar, além do racismo evidente, um tom de desgosto de uma parlamentar que nunca terá no Brasil e entre os brasileiros, trajetória com a força e a importância da de Benê”, ressalta o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Queremos Saúde, Caixa!

A taxa de afastamentos para tratamento de saúde em decorrência de acidentes de trabalho, ou doenças profissionais das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal (6,2) é mais de três vezes maior do que a taxa geral do mercado de trabalho (2,0), segundo dados do INSS.

“Isso quer dizer que a cada mil empregados, 6,2 se afastaram por causa de acidente de trabalho, ou por doença profissional. Este número é muito alto e indica que há alguma coisa na Caixa que afeta demasiadamente o cotidiano de trabalho, a ponto de adoecer as empregadas e empregados do banco muito mais do que a média geral dos trabalhadores”, explicou o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “E temos que resolver esse problema, pois não podemos permitir que o trabalho leve os trabalhadores ao adoecimento”, completou.

“Queremos que o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) deixe de ser apenas um exame no qual a saúde da empregada e do empregado é avaliada e, como definido na norma regulamentadora número 7 (NR7), seja uma ferramenta para preservar a saúde, com avaliação do ambiente de trabalho e dos riscos que este têm para a saúde dos trabalhadores”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Se a média de adoecimento profissional na Caixa é mais elevada do que a média geral, este é um sinal de que há algum problema que causa o adoecimento dos colegas”, completou.

Este é apenas um dos temas que serão tratados na reunião entre a CEE e a Caixa para negociar a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco, que acontecerá nesta sexta-feira (25). Mas a cereja do bolo deve ser o plano de saúde do pessoal do banco, o Saúde Caixa, devido aos inúmeros problemas que o envolvem, desde o atendimento precário devido à falta de médicos na rede credenciada em localidades mais afastadas dos grandes centros do país, à manutenção do custeio do plano.

Acompanhe as informações sobre as negociações com a Caixa nos sites e redes sociais da Contraf-CUT e das federações e sindicatos associados.

Composição da CEE

Coordenador: Rafael Castro;
Contraf: Eliana Brasil;
Feeb/BA-SE: Emanoel Souza e Marcelo de Oliveira;
Fetec-CN: Antonio Abdan e Tatiane Oliveira;
Fetrafi-MG: Lívio Santos e Assis e Selim Oliveira;
Fetrafi-NE: Chay Cândida e Odaly Medeiros;
Fetec-PR: Felipe Pacheco e João Paulo Pierozan;
Federa-RJ: Rogério Campanate e Serginho Amorim;
Fetraf-RJ/ES: Lizandre Borges e Marcio Wanderley;
Fetrafi-RS: Sabrina Muniz e Lucas Cunha;
Fetrafi-SC: Edson Heemann e Eduardo Cesar:
Fetec-SP: Vivian Sá e Hugo Saraiva;
Feeb/SP-MS: Tesifon Neto e Carlos Augusto Silva (Pipoca).

Fonte: Contraf-CUT

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Bancos se recusam a aceitar que metas adoecem a categoria

Nesta quinta-feira, 25 de julho, a saúde e condições de trabalho, com o foco no adoecimento da categoria, por conta da política de gestão por metas dos bancos, foi o tema da nova rodada da mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Os trabalhadores registraram a correlação entre a saúde e a pressão exercida sobre a categoria, para que cumpram os resultados das empresas. Apesar de representar 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria bancária respondeu por 3,7% dos afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários naquele ano, considerando todas as categorias do país.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na reunião, que ocorreu em São Paulo.

“Na mesa de hoje, discutimos sobre a saúde e sobre as condições de trabalho dos bancários. Em nossa pesquisa, respondida por cerca de 50 mil bancários e bancárias, foi preocupante a colocação de que estão sofrendo com cansaço, fadiga, estresse, ansiedade, pânico, entre outras.”, comentou Nilton.

“Discutimos, também, que na mesa específica, os bancos não apresentaram avanços na melhora do modelo de cobrança, ou seja, continuam com metas abusivas, com assédio moral e provocando o adoecimento da categoria. Todas as vezes que levamos esse assunto para a discussão, os banqueiros dizem que os gerentes, as chefias, estão agindo por conta própria e que vão reorientar. Mas, na prática, eles são também cobrados da mesma maneira, abusivamente e com metas inatingíveis”.

E finalizou. “O representante dos bancos tentou argumentar, dizendo que todos temos metas, inclusive, citando os atletas da olimpíadas, porém, estamos discutindo fórmulas e maneiras, e não dizendo que não existem metas em nossas vidas.”

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) também esteve representada pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

Juvandia também falou:

“Os dados mostram que o afastamento bancário é três vezes maior que a média geral. Nossa Consulta Nacional, com cerca de 47 mil, mostra ainda que os bancários e bancárias estão fazendo relação direta entre metas exageradas e problemas de saúde. Estamos falando de preocupação com o trabalho, cansaço e fadiga constantes, dificuldade de dormir, medo de perder a cabeça. Queremos ações concretas dos bancos contra isso”, pontuou a coordenadora do Comando Nacional, Juvandia Moreira, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Levantamento do Dieese, com base em dados do INSS e da RAIS, mostra ainda que a categoria bancária foi responsável por 25% de todos afastamentos acidentários, relacionados à saúde mental, em 2022.

Depoimento das redes 

Antes de começar a mesa, a Contraf-CUT abriu uma caixa de perguntas, no Instagram, pedindo depoimentos de bancários e bancárias de como suas vidas são afetadas pela gestão dos bancos, baseada em metas exageradas. Em menos de 14 horas, quase 100 pessoas desabafaram. Algumas das respostas a seguir:

“Afeta ao ponto de tomar medicação para ir trabalhar e para conseguir dormir”
“Estou afastado com síndrome de burnout. Não posso ouvir a voz do meu gerente”
“O meu trabalho é cronometrado. Além de ser cobrado por metas, sou por tempo. É angustiante!”
“Tô achando lindo este semestre, maioria das agências não está nem perto de entregar, tiro no pé”.
“Ansiedade. Vc acha que está dando conta, atualiza o sistema e tem mais do que sua jornada comporta”
“Afeta minha casa, meu relacionamento e minha vida social”
“Celular, teams, reuniões online o tempo todo, telefone, clientes na agência… e muita cobrança”
“Do jeito certo, ético e legal, ninguém bate todas as metas”
“Cobrança via whatsapp até no final de semana”
“Passei 30 dias afastado devido às cobranças exageradas no mercado saturado” 


Reivindicações 

As reivindicações dos trabalhadores sobre o tema se concentraram em quatro eixos,  e que envolvem os artigos que vão de 75 até o 104 da minuta de reivindicações, que a categoria entregou aos bancos no começo da campanha nacional:

– Definição de metas e a política de gestão na aplicação das metas
, para que não sejam conduzidas de forma abusiva e que a elaboração dos programas conte com a participação dos trabalhadores.

Neste ponto, Juvandia lembrou que, na campanha passada, em mesa sobre o tema, consultoria contratada pelos próprios bancos identificou problemas com o prazo de metas.

“Esse problema continua. Cobramos nesta mesa que os prazos sejam razoáveis e respeitados. Notificamos casos em que, apesar de serem estabelecidas metas, por exemplo, semestrais, as mesmas viram mensais ou até quinzenais, sobrecarregando os trabalhadores e essa sobrecarga tem relação direta com a saúde mental”, pontuou. “O Santander é um exemplo disso, e quer que o trabalhador atinja a meta do mês até o 15º dia”, completou.

– Combate ao assédio moral. Os trabalhadores registraram que os acontecimentos desse tipo de violência estão atrelados ao primeiro ponto, por conta da pressão de gestores para que as equipes alcancem as metas. O comando registrou também a importância de os bancos cumprirem a cláusula 61, conquista dos trabalhadores na CCT e que prevê o combate ao assédio moral.

“Queremos a melhoria do texto da cláusula 61, para que que haja a participação dos sindicatos na apuração dos casos e a criação de canais específicos que recebam as denúncias de assédio, protegendo e acolhendo a vítima de maneira humanizada, com a apuração adequada de cada caso e com sigilo absoluto dos denunciantes”, destacou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles.

Fluxo humanizado para o atendimento de trabalhadores e trabalhadoras que, em decorrência de doenças, precisam acionar o INSS para afastamento.

“A nossa reivindicação é que os trabalhadores não tenham perdas salariais, quando precisarem se afastar pelo INSS. Também que os bancos não dificultem os procedimentos técnicos necessários para esse afastamento e, por fim, que quando esses trabalhadores retornarem ao trabalho, não sejam discriminados e não sejam perseguidos. Pois é um momento de fragilidade e, não havendo acolhimento adequado, o adoecimento poderá ser aprofundado”, resumiu Mauro Salles.

Um exemplo apresentado foi o caso do Itaú, como um banco que está comprando a estabilidade do trabalhador adoecido. Ao invés de acolher e ajudá-lo no processo de recuperação, está oferecendo dinheiro para que o trabalhador deixe a empresa. “É uma maneira de se livrar desse trabalhador”, completou Salles.

– Direito à desconexão. Os trabalhadores também reivindicaram o cumprimento de cláusula que assegura o direito não terem que participar de reuniões e de não receberem qualquer tipo de mensagem de trabalho após o horário laboral. “O direito à desconexão também está atrelado à questão de saúde mental”, complementou Juvandia.

Impactos da gestão sobre saúde mental

A também coordenadora do Comando Nacional e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, destacou que avanços na mesa de saúde são urgentes. “O impacto entre saúde e ambiente de trabalho não é uma reivindicação nova e os bancos estão deixando a desejar nesta mesa permanente”, reforçou.

Além de dados do INSS e que revelam que a categoria bancária tem índice superior de afastamentos por saúde mental, em comparação com outras categorias, os trabalhadores trouxeram o resultado da Consulta Nacional do Bancários, feita neste ano com cerca de 47 mil respondentes.

Na questão “quais impactos a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas causa à sua saúde?”, de múltipla escolha, o resultado foi:

– 67% – preocupação constante com o trabalho
– 60% – cansaço e fadiga constante
– 53% – desmotivação, vontade de não ir trabalhar
– 47% – crise de ansiedade/pânico
– 39% – dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana
– 26% – medo de “estourar”, perder a cabeça
– 24% – crises constantes de dor de cabeça
– 23% – vontade de chorar sem motivo aparente
– 23% – dores de estômago/gastrite nervosa

“Eles não estão falando da vida lá fora, vida social, de casa, perguntamos sobre o ambiente de trabalho. E esse foi o resultado da consulta, os bancários estão fazendo relação direta entre metas e problemas de saúde”, reforçou Juvandia.

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, apresentou ainda dados da “Pesquisa Nacional da Contraf-CUT: modelos de gestão e patologias do trabalho bancário”, feita em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos sobre Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), com cerca de 5.800 bancárias e bancários.

Entre os resultados estão:

– 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano.
– 40,2% dos respondentes estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa.
– 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico.

A Fenaban negou que os dados são suficientes para comprovar que os casos de adoecimento mental estão ligados à atividade do trabalho bancário, considerando, entre os argumentos, informações da Organização Mundial de Saúde e que uma rápida pesquisa no Google contradisse.

Matéria da própria OMS diz que “o trabalho amplifica questões sociais que afetam negativamente a saúde mental”, completando ainda que “bullying e a violência psicológica (também conhecidos como assédio moral) estão entre as principais queixas de assédio no local de trabalho, impactando negativamente na saúde mental”.

Mauro Salles complementou ainda que, quando os representantes dos bancos registraram que não há relação entre trabalho e saúde mental, em local nenhum, se esqueceram que a síndrome de burnout está incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID), da OMS, e também está descrita pelo Ministério da Saúde (MS) “como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.

“Inúmeras pesquisas mostram essa correlação entre trabalho e saúde mental. Além disso, decisões judiciais, movidas pelo Ministério Público do Trabalho ou pelos próprios bancários, têm condenado os bancos por assédio moral e pressão por resultados. Também auditoras fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, em inspeções nos locais de trabalho, constatam essa relação”, concluiu Salles.

“A própria Fenaban trouxe informações que houve um total de 1.608 denúncias de assédio, recebidas pelos canais dos bancos. E constatou que houve um aumento”, completou Juvandia.

Outras devolutivas da Fenaban nesta mesa 

Após uma pausa, solicitada pelos próprios bancos, esses retornaram com a afirmação de que irão trazer, em próximas reuniões, propostas de avanços sobre os temas cobrados.

*com informações da Contraf-CUT

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Diretoria do SEEB Macaé toma posse nesta quinta (25)

A nova diretoria do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), tomou posse nesta quinta-feira, 25 de julho.

A chapa eleita irá comandar o Sindicato na gestão 2024/2028.

Paulo Alves, comentou. “São muitos os desafios enfrentados pela categoria bancária. Mas o Sindicato está pronto e disposto a lutar pela manutenção e ampliação de seus direitos”.

Conheça a composição completa da chapa eleita.

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

Efetiva:

Paulo Alves Júnior
Wagner Figueiredo Dos Santos
Nayana Dos Santos Barcelos
José Renato Riscado De Carvalho
Sérgio Quintal Arantes
Carlos Alberto Ferreira Bravo
Marcos Antônio Leal Fonseca
Josias Moreira Denucci

Suplentes:

Márcio Douglas Rodrigues Fontes
Leiliane Pereira Campos
Antonio Fabio Mendonca Machado
Geovania Da Silva Carvalho
Luciana Barreto De Oliveira Ventura
Priscilla Rocha Soares Ramos
Bernardo Da Silva Castro

CONSELHO FISCAL

Carine Nascimento De Oliveira
Mariana Gomes Da Rocha
Dalbert Lana Macedo

SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL

Leonardo Faria Lessa
Thais Helena Braga Ribeiro

CONSELHO DE REPRESENTANTES JUNTO À FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DO RAMO FINANCEIRO DOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO (FETRAF RJ/ES)

Lia Márcia Zarour Mussi De Sousa
Maria Fernanda Adverse Pereira

SUPLENTES DO CONSELHO DE REPRESENTANTES JUNTO À FETRAF RJ/ES

Acir Pacheco Da Silva

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Sindicatos de todo o país realizam atos pelo “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”

Sindicatos da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram atos nesta quarta-feira, 24 de julho, pelo “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde“.

A ação foi organizada pelo movimento sindical, com o objetivo de pressionar os bancos contra a prática de modelo de gestão que vem afetando a saúde metal dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

O dia nacional de luta acontece um dia antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta do encontro será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas.

“É muito importante esta mobilização, principalmente, na véspera de mais uma rodada de negociação. Os bancos precisam estar cientes que a saúde mental dos trabalhadores é pauta prioritária. Por isso, quero parabenizar, em especial, os Sindicatos da base da Federação pela demonstração de força e comprometimento com a categoria bancária.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

PESQUISA

Pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2024, revela que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico.

O principal motivo declarado para a busca de tratamento médico foi o trabalho. Entre os que estavam em acompanhamento psiquiátrico, 91,5% utilizavam medicações prescritas pelo psiquiatra, percentual que reduzia para 64,4% entre os que estavam em outros tipos de acompanhamento médico.

Entre 2013 e 2020, foram registrados 20.192 afastamentos de bancários pelo INSS, com alta de 26,2% entre 2015 e 2020, percentual 1,7 vez acima do crescimento total de afastamentos registrados no país (de 15,4% no período), considerando todas as categorias. Em relação ao total dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais, os afastamentos de bancários correspondiam a 12% do total, em 2012, e a 25%, em 2022.

ANGRA DOS REIS E REGIÃO 

BAIXADA FLUMINENSE

MACAÉ E REGIÃO

NOVA FRIBURGO E REGIÃO 

**com informações da Contraf-CUT

 

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Contraf-CUT, demais centrais e movimentos populares convocam atos contra juros altos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) irá contribuir com os protestos contra a alta taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC), junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais, em todo o país, no dia 30 de julho. Na data, ocorrerá o primeiro dos dois dias de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão colegiado do BC responsável pela definição da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).

“O Banco Central está impondo uma taxa de juros que dificulta o crescimento econômico no país. A Selic alta, além de aumentar a dívida do governo com os títulos públicos, torna o crédito mais caro aos setores produtivos, que deixam de investir e, portanto, gerar empregos. A Selic elevada também induz ao aumento dos juros bancários, impactando no aumento da dívida das famílias. É um ciclo inaceitável!”, explica a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Uma arma política?

No último encontro para definir a Selic, nos dias 18 e 19 de junho, o Copom decidiu manter o índice em 10,50%. Com isso, rompeu com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, quando a taxa básica ficou em 13,75% durante um ano. Ciclo de cortes estes que só foi implementado após intensa pressão de movimentos sociais e críticas do setor produtivo e do presidente Lula.

Por causa da Selic elevada, o Brasil é um dos países com uma das maiores taxas de juro real (que é o resultado da Selic menos a inflação) do mundo. A título de comparação, os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne 38 países de economias mais avançadas) trabalham com juros básicos que não chegam a alcançar dois dígitos. Na União Europeia, por exemplo, o índice está em 3,75% ao ano.

O Brasil não poderia reduzir a Selic para esse nível por ter moeda menos valorizada, mas os percentuais determinados pelo Copom nos últimos anos são apontados como muito acima do aceitável por economistas, um deles é o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz que, em março do ano passado declarou à CNN Brasil que “as taxas de juros reais brasileiras são muito, muito altas”.

O economista Ladislau Dowbor, professor da PUC São Paulo, alerta que a Selic praticada no país serve ao rentismo, ou seja, à exploração de aplicações financeiras, desviando recursos que poderiam ser investidos em setores que produzem empregos. “Não se trata de altos e baixos do mercado. É um sistema estruturado de extração de renda”, afirma.

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, ressalta que o movimento sindical bancário participa da campanha #JurosBaixosJá desde o início do ano passado. “A categoria tem histórico em ações para chamar a atenção da sociedade sobre a relação da Selic com o desempenho econômico do país. Desde o ano passado, voltamos a reforçar a pauta, juntando forças com outros movimentos sociais contra a política do Banco Central que insiste numa taxa de juros elevadíssima, que em nada contribui para o desenvolvimento e o crescimento econômico”, pontuou.

Pesquisa Quaest divulgada no dia 10 deste mês apontou que a maioria dos brasileiros (66%) concordava com as críticas de Lula à política de juros do Banco Central, enquanto 23% discordavam e outros 11% não sabiam ou não responderam.

“Essa pesquisa mostra que a população compreende o assunto e entende que os juros altos afetam a vida de todos. Mostra ainda que o Banco Central está atuando contrário aos interesses do país, uma vez que a maioria discorda das decisões da entidade”, pontuou Juvandia. “O que revela também que o BC e não é independente na prática, porque vem submetendo todas as suas decisões ao mercado, em detrimento do cumprimento das suas obrigações, previstas em lei que são o crescimento econômico do país e o pleno emprego”, completou.

Fonte: Contraf-CUT
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Cláusulas econômicas foi o tema da rodada de negociação dos financiários, nesta terça (23)

Nesta terça-feira, 23 de julho, o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou mais uma rodada de negociações da Campanha Nacional 2024 com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Este foi o primeiro encontro que debateu as cláusulas econômicas.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), substituiu o Diretor de Bancos Privados, Max Bezerra, e representou a entidade na reunião, que ocorreu em São Paulo.

Na próxima reunião, o Diretor para Ramo Financeiro e Tecnologia do Trabalho da Fetraf RJ/ES e Diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), Fabrício Coelho, será o representante na mesa.

“Na reunião de hoje, sobre cláusulas econômicas, pedimos INPC + 5% de aumento real. Além disso, valor seja diferenciado no VA/VR e acordo de 2 anos.”, comentou Nilton.

“Entendemos, também, que as financeiras tem toda condição de atender nossas reivindicações, inclusive no VA e VR, já que elas têm incentivos fiscais. Esperamos uma resposta positiva e que o fechamento de nossa campanha seja o mais rápido possível.”, completou.

PROPOSTA

A proposta dos representantes sindicais é um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024 e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, reforçou a importância de um aumento real para os trabalhadores: “Estamos lutando por um reajuste que vá além da reposição da inflação. Precisamos de um aumento real que reconheça e valorize o esforço diário de cada trabalhador. O custo de vida tem aumentado significativamente, e nossos auxílios devem acompanhar essa realidade.”

VA/VR

Para os auxílios refeição e alimentação, a reivindicação é de 7% de aumento real nos dois anos. Durante a negociação, os dirigentes sindicais destacaram a importância de um reajuste significativo para os auxílios refeição e alimentação, considerando a alta inflação que impacta diretamente os trabalhadores que se alimentam fora de casa.

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, enfatizou a necessidade de valorização dos trabalhadores financiários: “A inflação tem sido um desafio constante, especialmente para aqueles que dependem de alimentação fora do lar. É fundamental que nossos auxílios reflitam essa realidade, garantindo condições dignas para todos.”

Os representantes das financeiras se comprometeram a trazer uma proposta global, que envolva todas as reivindicações, na próxima reunião, agendada para terça-feira (30/7), também presencialmente, em São Paulo.

*com informações da Contraf-CUT

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Diretoras da Fetraf RJ/ES participam do IV Fórum Brasil-União Europeia

Através das diretoras Renata Soeiro e Elizabeth Paradela, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está participando do IV Fórum Brasil-União Europeia: O Brasil e a União Europeia: Políticas e economias nas transições verde e digital para um desenvolvimento justo e inclusivo, que acontece nos dias 22 e 23 de julho, no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

O evento é organizado pela Fundação Euroamerica e pela União Europeia.

O Fórum irá debater igualmente as parcerias e investimentos analisando a importância da cooperação internacional e do investimento privado. “Inclusão social e econômica: Estratégias para uma distribuição equitativa dos benefícios das transições.

Este encontro é crucial, sobretudo num momento em que questões ambientais e tecnológicas são centrais na formulação de políticas públicas e na condução das economias globais.

“Evento super importante para que todas a partes envolvidas encontrem soluções e saibam enfrentar, da melhor maneira, os desafios atuais, promovendo sociedades e economias sustentáveis e competitivas.”, comentou Renata Soeiro.

O EVENTO

Brasil, maior economia da América Latina e nona do mundo, possui grandes recursos naturais com uma matriz energética amplamente sustentável e um imenso mercado de consumo, exercendo um papel líder na região com um peso cada vez maior nas instituições internacionais.

Brasil é membro do Mercosul, do Grupo BRICS, do Fórum IBAS, da Celac e da OEA, entre muitos outros. Atualmente, ocupa a presidência do G20 com o lema “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”.

Apesar de não escapar da complexa situação econômica internacional desde a pandemia, a evolução de sua economia é otimista, com crescimento do PIB, queda do desemprego e das taxas de juros, estabilização da inflação e balança comercial positiva.

Destacam-se as reformas trabalhista, previdenciária e tributária aprovadas nos últimos anos que devem impulsionar o crescimento do investimento externo. Com uma estrutura produtiva diversificada, o atual governo do presidente Lula da Silva apresentou um ambicioso plano de reindustrialização do Brasil com o objetivo de promover, modernizar e diversificar sua indústria com o uso da digitalização e da descarbonização. Por seu lado, a União Europeia enfrenta os novos e importantes desafios do futuro através da sua tripla transição digital, verde e social, para a qual procura aliados em outros países e regiões do mundo.

O Brasil, principal destino comercial da União Europeia na América Latina, é considerado pela Europa como um parceiro estratégico, principalmente após a assinatura do Acordo de Parceria Estratégica em 2007. A União Europeia, por outro lado, é o maior parceiro comercial do Brasil.

Essas e outras questões que afetam o presente e o futuro das relações entre essas duas grandes regiões do mundo serão analisadas e discutidas durante o IV Fórum Brasil-União Europeia que, organizado pela Fundação Euroamérica e pela União Europeia, será realizado no Rio de Janeiro, no hotel Copacabana Palace nos dias 22 e 23 de julho, com o título “O Brasil e a União Europeia: Políticas e Economias nas Transições Verde e Digital para um Desenvolvimento Justo e Inclusivo”.