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Fenacrefi apresenta proposta para renovação da CCT dos Financiários

A 12ª reunião de negociação entre o Coletivo Nacional dos Financiários e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), realizada de forma online na manhã desta sexta-feira (27/9), trouxe avanços significativos para a Campanha Nacional 2024.

A Fenacrefi apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com perspectiva de assinatura no dia 11 de outubro de 2024.

O Diretor de Bancos Privados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Max Bezerra, participou da reunião, representando a entidade.

A proposta inclui o seguinte:

2024:

  • Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
  • Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024.
  • Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.
  • Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.

2025:

  • Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.
  • Mudança da data-base para outubro de 2025, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.
  • Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.

PLR:

Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.

Outras cláusulas importantes:

  • Convênio médico: Não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.
  • Violência contra a mulher: Ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.
  • Combate ao assédio sexual e moral: Será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.
  • Grupo de trabalho paritário: Um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.

“Essa proposta de renovação da CCT representa um avanço importante nas negociações da Campanha Nacional 2024, com a expectativa de trazer melhorias salariais e de condições de trabalho para os financiários de todo o Brasil. Por isso, indicamos a aprovação da proposta”, pontuou a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes.

“Sempre estivemos comprometidos em construir um acordo que traga benefícios concretos em questões fundamentais para a categoria, como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a manutenção dos benefícios já conquistados, sempre com foco na defesa dos direitos dos financiários. Saímos dessa reunião com a sensação de dever cumprido”, afirmou o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves.

Os sindicatos devem realizar as assembleias de avaliação da proposta na próxima semana. Caso seja aprovada, a nova CCT será assinada no dia 11 de outubro.

*com informações da Contraf-CUT

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Eleição é coisa séria!

Você já deve ter ouvido alguém dizer que “eleição é coisa séria”. E é mesmo! No momento do voto e em toda vida social de cada pessoa. Mas, infelizmente, a grande maioria não entende desta forma. Não se envolve e nem se preocupa em conhecer a quem delega poderes através do voto. “Esta pode ser uma grande armadilha! Daqui a pouco mais de uma semana, as pessoas podem delegar poderes a quem tem interesses inversos aos coletivos e afetar a vida de toda a sociedade. Precisamos trabalhar para evitar que isso aconteça”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão.

Para Jefão, isso é consequência da “cultura antipolítica” que as elites financeiras e dominantes incutem no inconsciente coletivo da sociedade. “Querem que a população seja alienada do processo eleitoral, para poder obter vantagens com a eleição de candidatos financiados por eles para defender a manutenção da atual situação de desigualdade social que reina no país. Desta forma, podem continuar oprimindo as trabalhadoras e os trabalhadores”, disse.

A “cultura antipolítica” nos faz acreditar que tudo o que se refere à política é ruim e que devemos nos afastar. Por isso, muita gente se isola e vive presa em uma bolha, que, ao contrário do que se pode pensar, não existe apenas nas redes sociais.

Para Elias Jordão, secretário de Comunicação da Contraf-CUT, “só a política é capaz de mudar pra melhor a vida das pessoas”. Por isso, não adianta deixar de votar, ou votar nulo. “Nosso voto tem peso e nossas decisões têm consequências. Até mesmo com a recusa de votar, de alguma forma, pode-se estar atendendo aos interesses dos poderosos, que contam com esta abstenção para que seus candidatos obtenham mais votos do que os obtidos por quem representaria os interesses da pessoa que se absteve”, completou Elias, ao lembrar que quem difunde a “cultura antipolítica” age com hipocrisia, pois é quem mais se envolve e se beneficia da política. “Por isso, é importante, antes do voto, analisarmos com muita atenção os candidatos e escolhermos com responsabilidade quem merece nossa confiança”, ressaltou.

Democracia participativa

Para os dirigentes da Contraf-CUT, se as pessoas começarem a entender os seus direitos, também compreenderão o poder que têm, se envolverão nas decisões sobre a sociedade e elegerão pessoas comprometidas, que representam, verdadeiramente, os interesses da maioria. “Com isso, podem mudar a situação de opressão a que são submetidas e melhorar suas próprias vidas. Caso contrário, os mesmos de sempre continuarão sendo eleitos e não haverá a mudança social que todos queremos”, disse Elias.

“Todos temos que fazer nossa parte. Isso começa com a escolha de pessoas que nos representem de verdade, mas não pode parar no ato do voto. Temos que acompanhar a atuação dos candidatos eleitos para ver se estão cumprindo sua obrigação e cobrá-los caso não estejam”, orientou Elias.

Outra forma de “fazermos a nossa parte”, é participar dos debates sobre as políticas de transporte público, saúde, segurança, saneamento básico, educação, meio ambiente que são realizadas em seu bairro e na sua cidade, assim como das eleições para os conselhos municipais de políticas públicas, como os Conselhos de Política para Mulheres, os Conselhos de Saúde, os Conselhos Tutelares. “Com a baixa participação da sociedade, a maioria das conselheiras e conselheiros são apoiados por grupos conservadores que elegem, na maioria das vezes, pessoas sem a necessária qualificação ou atuação social na área específica”, lamenta Jefão.

Consequências drásticas

Com a falta de participação social, as pessoas ficam alheias ao que está acontecendo em suas cidades e em seus bairros e são levadas a acreditar em notícias falsas, as chamadas fake news. “Todo o sistema democrático do país fica prejudicado, com sérios reflexos ao sistema eleitoral”, observou Jefão. “O resultado disso tudo pode ser comprovado nas eleições. Em 2018, tivemos um presidente da República eleito pelo voto popular com uma pauta contrária a todas as necessidades das próprias pessoas que o elegeram. E, tão grave quanto a eleição de um presidente, ou um prefeito que trabalha pela conservação do atual status social e da manutenção de privilégios para as elites dominantes, é a constante eleição de uma maioria de vereadores e vereadoras sem qualquer compromisso com a população. Se dizem representantes do povo, mas na verdade são representantes deles mesmos ou delas mesmas, e votam de acordo com os próprios interesses”, completou.

Para os dirigentes da Contraf-CUT, somente é possível acabar com este círculo vicioso com a participação da classe trabalhadora e da população marginalizada em todas as atividades sociais e espaços de decisão. “Temos que nos fazer verdadeiramente presentes nos espaços da democracia participativa. É esta participação que nos dará base de sustentação para eleger verdadeiras e verdadeiros representantes do povo, tanto nas eleições para os conselhos e câmaras municipais, distrital e federal, quanto para as prefeituras, assembleias legislativas, governos estaduais, Senado e Presidência da República”.

Queremos caminhar rumo à sociedade justa, fraterna e igualitária que tanto sonhamos. Vamos juntos?

Fonte: Contraf-CUT

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Fenacrefi convoca reunião para esta sexta-feira

Após pressão da Contraf-CUT e do Coletivo Nacional dos Financiários, a Fenacrefi convocou uma reunião para esta sexta-feira (27), em formato online, devido à urgência do tema. O encontro será fundamental para dar continuidade às negociações da Campanha Nacional 2024.

O Coletivo Nacional dos Financiários espera que a bancada patronal apresente uma proposta que atende às reivindicações dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

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Matrículas abertas para o curso de paternidade responsável

Faculdade 28 de Agosto está com inscrições abertas para a nova turma do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas”, com aulas online e sempre ao vivo, para receber os futuros pais bancários e bancárias grávidas com seus respectivos companheiros.

Para o público em geral, o valor do investimento é R$ 250, mas bancários e financiários sócios dos sindicatos da base da Contraf-CUT têm desconto e pagam somente R$ 150.

Data e horário do curso

As aulas serão de 7 a 10 de outubro, de segunda a quinta, das 19h30 às 21h30, totalizando 8 horas distribuídas em quatro noites. As inscrições poderão ser realizadas até 4 de outubro;

Mulheres que estão gestantes e seus companheiros (mesmo que não sejam bancários) podem participar.

Pré-requisito para licença-paternidade

Considerando que o curso é totalmente inovador, com profissionais de diferentes especialidades (psicologia, pedagogia, enfermaria, história e sociologia), o Sindicato e a Faculdade 28 de Agosto deixam o convite para as bancárias e financiarias e as demais mulheres que atuam no sistema financeiro que estão gestantes participarem com seus companheiros. Ou seja, se você está grávida e quer fazer o curso, pode se inscrever também.

O curso de Paternidade Responsável é pré-requisito para solicitar ao banco a licença paternidade ampliada de 20 dias, mas, não se limita a este público, haja vista seu conteúdo ser fundamental para pensar a família.

Saiba mais sobre o curso

Com aulas online e ao vivo, o grande diferencial do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas” se estabelece na interação entre professor e alunos.

E na interação entre os próprios pais e mães, que são a todo momento convidados a refletir sobre suas experiências de vida. As trocas, por meio dos diálogos abertos, se constituem como um momento ímpar na vida das famílias.

A proposta do curso é oferecer aos participantes uma reflexão sobre a paternidade e a maternidade no mundo contemporâneo.

São abordados pontos como o momento na vida do pai, os desafios para a família com a chegada do novo integrante, depressão pós-parto e o respeito à condição biológica e psicológica da mulher.

Os alunos também aprendem a trocar fralda, colocar para dormir, manobra de desengasgo, cuidados pós-mamada, entre outros assuntos que auxiliarão a desmistificar o dia a dia com o bebê, além de conceitos pedagógicos novos e antigos, educação para igualdade e a função paterna nesse contexto.

Fonte: Contraf-CUT

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Brasil é o 4º na América Latina com mais trabalhadores tristes e com raiva e 7º com mais estressados

A pesquisa State Of The Global Workplace, realizada pela consultoria especializada em análise comportamental no Trabalho, Gallup, com 128 mil funcionários e funcionárias em mais de 160 países, revelou que, no Brasil, 46% dos trabalhadores estão estressados, 25% tristes e 18% com raiva. Esse dado coloca o país em quarto lugar, na América Latina, em sentimentos de raiva e tristeza, e em sétimo lugar em estresse na região.

Em cada um dos países, a consultoria entrevistou cerca de mil pessoas. Quando questionados se vivenciavam estresse um dia antes da pesquisa, 46% dos brasileiros responderam positivamente. Globalmente, 41% dos trabalhadores entrevistados responderam que sentiram estresse um dia antes da pesquisa, 21% raiva e 22% tristeza.

A consultoria não divulgou o levantamento por setor de atividades. Mas outra informação que chamou a atenção foi que os resultados deste ano são os piores, desde que a Gallup iniciou o levantamento, como mostra trecho do relatório, no qual a entidade diz que “nos últimos 10 anos, o número de pessoas expressando estresse, tristeza, ansiedade, raiva ou preocupação tem aumentado, atingindo seus níveis mais altos desde o início das pesquisas da Gallup.”

Cenário regional

No quesito raiva, no qual o Brasil ocupa a quarta colocação na América Latina, os países que lideram o ranking são, respectivamente: Bolívia (25%), Jamaica (24%) e Peru (19%). No quesito tristeza, o Brasil repete a quarta colocação, Bolívia também lidera (32%), seguida de El Salvador (26%) e Jamaica (26%).

Os países que ocupam a última colocação de raiva no ranking são Uruguai (9%) e México (7%). E os com menos tristeza são Paraguai (34%) e Panamá (15%).

No ranking com trabalhadores mais estressados, Bolívia (55%), República Dominicana (51%), Costa Rica (51%), Equador (50%), El Salvador (50%) e Peru (48%), ocupam as seis primeiras posições, respectivamente. Nesse quesito os países que aparecem nos últimos lugares são Jamaica (35%) e Paraguai (34%).

“Perceba que esses números da Jamaica e Paraguai, apesar de serem menores, são absurdos: estamos falando de quase um terço de trabalhadores estressados, nos países onde há menos sofrimento neste quesito”, observa a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).  “Na perspectiva do capitalismo, que globaliza as desigualdades e concentra as riquezas e os benefícios nas regiões centrais, podemos identificar que as grandes corporações, sobretudo as estrangeiras, reduzem jornadas, ampliam salários e benefícios onde têm sede e, nos demais países, aplicam o exato oposto. Por isso a importância das negociações coletivas, que têm origem na Organização Internacional do Trabalho (OIT), e que, por meio de sindicatos fortes, possibilita reduzir as desigualdades entre patrões e empregados”, completa a dirigente.

O levantamento da Gallup revela ainda que as nações europeias registraram o segundo percentual mais baixo de trabalhadores que vivenciam “tristeza diária” (17%) e que a região mantém fortes proteções laborais.

Avanços da categoria bancária no combate ao assédio moral 

Entre as lutas do movimento sindical bancário por melhores condições de trabalho estão o combate a todo o tipo de assédio e violência no ambiente laboral e a redução da jornada semanal para quatro dias. “Na categoria bancária, temos dados que convergem para essa realidade apresentada pela consultoria internacional, infelizmente. Um exemplo é o levantamento feito pelo Dieese, a nosso pedido, com base em dados do INSS e da RAIS, e que mostrou que bancários e bancárias representaram um quarto (25%) de todos os afastamentos acidentários por saúde mental, em 2022”, ressalta Juvandia.

Na “Pesquisa Nacional da Contraf-CUT: modelos de gestão e patologias do trabalho bancário”, feita em 2023, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos sobre Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), com cerca de 5.800 bancárias e bancários, 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano; 40,2% que estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa; e 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico. O mesmo trabalho apontou que cerca de 80% declararam pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano e, desses, quase metade seguia em tratamento psiquiátrico.

A Consulta Nacional dos Bancários 2024, realizada neste ano com 46.824 trabalhadoras e trabalhadores do setor em todo o país, revelou ainda, em pergunta de múltipla escolha, que 67% sofriam com preocupação constante com o trabalho; 60% cansaço e fadiga; 53% com desmotivação e vontade de não ir trabalhar; e 47% com crises de ansiedade e/ou pânico.

“Nossas pesquisas e estudos apontam que a implementação de metas abusivas está atrelada aos casos de adoecimento entre nossos colegas. Por isso, avaliamos que os dados alarmantes apresentados pela Gallup também podem estar ligados a modelos de gestão que adoecem”, pontua secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. “E esse é um dos motivos para uma das nossas principais lutas: que os bancos discutam com a classe trabalhadora os sistemas de metas”, completa.

O debate entre a saúde e as condições de trabalho foi ainda um dos temas de maior embate entre a categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante as mesas de negociação deste ano que resultaram na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o biênio setembro de 2024 – agosto de 2026, e que obteve um avanço importante: a inclusão do termo “assédio moral” no documento.

“Nós já tínhamos conquistado, em negociações de anos anteriores, mecanismos de combate a esse tipo de violência. Mas os bancos sempre se recusavam a usar essa terminologia de forma explícita, colocando no lugar expressões como ‘conflitos no ambiente de trabalho'”, destaca Mauro Salles.

Na nova CCT 2024-2026, o tema ganha um capítulo chamado “Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho”, que, entre as cláusulas, determina que os bancos disponibilizem “canal de apoio para questões relacionadas ao acolhimento” de vítimas, com prazo máximo de até 90 dias para o encaminhamento das denúncias.

“Para conseguir esses avanços, foi necessário levar para as mesas os resultados da Consulta, pesquisas, depoimentos de bancárias e bancárias e informações da própria Organização Mundial de Saúde, entidade que diz que o trabalho pode amplificar questões sociais que afetam negativamente a saúde mental, apontando a violência psicológica (também conhecida como assédio moral) entre as principais queixas de assédio no local de trabalho e que impactam negativamente a saúde mental”, completa Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

A primeira vez que mecanismos de assédio moral foram conquistados na CCT dos bancários foi em 2010, com a criação da Comissão Bipartite para Prevenção de Conflitos que, na redação da nova CCT, passa a se chamar Negociação Nacional sobre Assédio Moral, Sexual e outras Formas de Violência no Trabalho.

“De lá para cá, obtivemos outros avanços na discussão do tema. Entendemos que essas conquistas e a constante luta não são apenas da categoria bancária, mas da classe trabalhadora como um todo, porque passam a servir de referência para que outros setores avancem em direitos por melhores condições no trabalho”, conclui Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

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Santander apresenta proposta com avanços para os trabalhadores

Durante a negociação realizada nesta última terça-feira, 24 de setembro, e após forte pressão da Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Banco Santander apresentou uma proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Claudio Merçon (Cacau), representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Santander, participou da reunião, realizada em São Paulo.

O novo acordo traz novas cláusulas importantes para os trabalhadores.

Confira abaixo os principais avanços:

  • Manutenção do ACT: Após inúmeras reuniões com o banco, os trabalhadores garantiram a renovação integral das condições já asseguradas pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Isso inclui a manutenção das regras do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS), sem compensação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
  • Isenção da coparticipação no plano de saúde para PCDs: Outro avanço significativo foi a conquista da isenção da coparticipação no plano de saúde para empregados com deficiência (PCD).
  • Suspensão de metas após licença de saúde: O banco também aceitou suspender as metas por 30 dias para os empregados que retornarem de afastamentos por doença, saúde ou licença maternidade superiores a 180 dias.

No entanto, ainda há pontos que não avançaram nas negociações:

  • O banco não apresentou nenhuma proposta para o grupo de neurodivergentes, incluindo tanto os funcionários quanto os filhos desses empregados.
  • Também não foi atendida a reivindicação de isenção de tarifas bancárias para os funcionários, além da ausência de propostas sobre linhas de crédito com taxas diferenciadas.
  • Outro ponto fundamental que não avançou foi a representação de todos os trabalhadores das empresas do conglomerado Santander, que prestam serviços ao banco e contribuem para seus lucros.

“Apesar dos avanços, seguiremos lutando por mais melhorias, sempre priorizando as trabalhadoras e trabalhadora do Santander. Espero que na próxima negociação, a gente consiga avançar ainda mais.”, comentou Cacau.

A COE também reivindicou que, na próxima reunião sobre relações trabalhistas, o Santander discuta os problemas enfrentados nos planos de saúde dos funcionários da base da Bahia e do Distrito Federal, que têm gerado insatisfação entre os trabalhadores dessas regiões.

Assim que o Santander formalizar a redação final da proposta, os sindicatos dos bancários de todo o país convocarão assembleias para a deliberação.

*com informações da Contraf-CUT

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Assembleias vão deliberar sobre acordo de jornada de trabalho no BNDES

As funcionárias e funcionários do sistema BNDES vão deliberar, a partir das 9h desta quarta-feira (25), se aprovam o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico sobre a jornada de trabalho. A votação, que ocorrerá por meio de plataformas digitais com acesso pela internet, seguem até às 19h de quinta-feira (26). Na quarta-feira, das 18h às 19h, serão realizadas plenárias por videoconferência para debate e esclarecimento da proposta.
Os links das plenárias e das assembleias serão divulgados pelas entidades de representação de cada base sindical dos trabalhadores no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Recife.
“Conseguimos trazer a regulamentação do trabalho em home office para dentro do acordo. Isso traz mais segurança ao trabalhador, pois a empresa não poderá mudar as normas sem antes negociar com as entidades de representação do funcionalismo do BNDES”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade na mesa de negociações com o banco. “Também conseguimos aumentar de seis meses para um ano a redução de uma hora na jornada para mulheres lactantes”, completou.

Outras negociações

Além do ACT da Jornada de Trabalho, ainda estão em negociação o ACT Geral e o específico sobre a PLR. “No ACT Geral, o banco já disse que vai seguir o que foi negociado com a Fenaban. Restam apenas alguns pontos específicos a serem discutidos. O ACT da PLR também já foi negociado e será debatido com o funcionalismo do BNDES na semana que vem”, informou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Sistema BNDES

Além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, as subsidiárias de fomento de investimentos imobiliário (BNDESPAR) e de financiamento à produção e comercialização de máquinas e equipamentos (Finame) fazem parte do Sistema BNDES.

Fonte: Contraf-CUT

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ARTIGO – “Aumento da Selic não pode impactar trabalhadores e economia do país”, por Nilton Esperança

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros, a Selic, de 10,5% para 10,75%. Embora o ajuste de 0,25 ponto percentual estivesse dentro das expectativas do mercado financeiro, ele representa um desafio significativo para o governo e a população, já que o aumento dos juros tende a elevar os custos da dívida pública, penalizando as finanças públicas e o desenvolvimento social e econômico do país.

A justificativa do Banco Central baseou-se na piora das expectativas de inflação e na valorização do dólar. No entanto, especialistas apontam que, apesar de a inflação estar controlada (como indicam os dados do IPCA), a alta da Selic beneficia principalmente os grandes investidores e o sistema financeiro, que lucram com títulos públicos e especulações financeiras. Ao mesmo tempo, o impacto negativo é sentido pela população em geral, através de aumento no custo de vida e redução das oportunidades de emprego, já que a alta nos juros encarece o crédito para empresas.

Além disso, a decisão do Banco Central ocorre em um cenário em que crises climáticas, como secas e enchentes, estão influenciando o preço dos alimentos e da energia. Porém, economistas argumentam que a Selic não é uma ferramenta eficaz para combater esse tipo de inflação, de origem sazonal e estrutural.

Por fim, o aumento da Selic também torna o Brasil mais atraente para especuladores internacionais, que buscam lucros em mercados com taxas de juros mais altas, sem gerar benefícios reais e para a economia produtiva. Esse movimento de capitais favorece investidores, mas prejudica a criação de empregos e o crescimento sustentável do país.

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Você já sabe em quem vai votar?

No dia 6 de outubro, brasileiras e brasileiros vão às urnas nos 5.569 munícipios de todo o país para eleger prefeitas, ou prefeitos, e vereadoras e vereadores. A menos de duas semanas do pleito, a Contraf-CUT reforça a resolução aprovada pela categoria bancária, em junho, durante sua 26ª Conferência Nacional, que ressalta a importância das eleições municipais para a construção do debate sobre grandes temas nacionais para a conquista de direitos para a classe trabalhadora e a consolidação da democracia no país.

O texto foi construído com base na resposta de 74% dos quase 47 mil bancários e bancárias que participaram da Consulta Nacional à categoria e avaliaram como muito importante a eleição para as câmaras municipais e prefeituras, de candidatas e candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores. Para outros 18%, é importante a eleição de candidatos com esse perfil. Apenas 4% avaliam como pouco importante e outros 4% que não tem importância.

A resolução, aprovada em junho pela categoria, destaca que “o acirramento nas disputas de projetos políticos para o Brasil tem demonstrado que é fundamental que os trabalhadores avancem e garantam a continuidade e o aprofundamento de políticas que fortaleçam nosso projeto de sociedade democrática, o que implica em desenvolvimento sustentável, com melhor distribuição de renda, inclusão social e geração de empregos de qualidade”.

“O apoio da categoria às candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora é fundamental para que se altere a correlação de forças nas câmaras municipais e nas prefeituras que hoje são ocupadas, em grande parte, por quem atua contra os trabalhadores e contra a democracia”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Precisamos estar atentos e votar com consciência para tirarmos do poder quem quer manter a concentração de renda e não pensa em políticas sociais para reduzir a desigualdade social. Já passou da hora de pararmos de eleger quem trabalha para deixar o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Nós, trabalhadores, somos maioria! Precisamos eleger quem nos representa!”, completou.

Proximidade com o eleitor

Juvandia também lembra que é na esfera municipal que o eleitor consegue ver com mais clareza a importância da política para seu dia a dia. “O prefeito é o responsável pela Unidade Básica de Saúde e pela creche, é ele quem deve consertar os buracos nas ruas e cortar o mato das calçadas. Mas também é na política municipal que se constrói a base de debate para os grandes temas nacionais”, observou a presidenta da Contraf-CUT. “Por isso, além de elegermos prefeitas e prefeitos comprometidos com nossas pautas, temos que eleger vereadoras e vereadores que fiscalizem a atuação destes prefeitos e estejam em cada bairro, em cada vila, em cada comunidade de nossas cidades, para levar o debate e construir a visão social sobre a cidade, o estado e o país que queremos”, completou.

Veja abaixo seis pontos da resolução aprovada pela categoria bancária que devem ser considerados neste processo eleitoral:
•    Mapear e apoiar as candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora será decisivo para que se altere a correlação de forças nas Câmaras Municipais e nas prefeituras, hoje ocupadas, muitas delas, por representantes da extrema direita, antidemocrática e antipovo;
•    Ampliar as fronteiras da cidadania com a criação de novos direitos e a democratização dos espaços de decisão e gestão das políticas públicas é uma prioridade a ser encampada por todas e todos os trabalhadores organizados;
•    A consolidação da democracia e a participação popular são necessárias para que mudanças estruturais ocorram e a disputa de projetos passa pela eleição de representantes nos parlamentos municipais e na gestão dos municípios brasileiros;
•    Defendemos reformas estruturais para a construção de uma sociedade democrática e igualitária, para que a democratização das cidades seja plena;
•    É necessário intensificar nossa estratégia organizativa e de lutas, construindo propostas e diretrizes para um projeto nacional de desenvolvimento, consolidadas nas pautas a serem defendidas por aquelas e aqueles que, de fato, nos representam e disputarão as eleições municipais de 2024;
•    Uma nova composição das casas legislativas e dos executivos municipais, unificando as forças em prol de um mundo justo e democrático, no qual os trabalhadores e trabalhadoras sejam reconhecidos como classe social digna de direitos e de cidadania é essencial à nossa luta.

Fonte: Contraf-CUT

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21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Há 32 anos, o dia 21 de setembro foi instituído como o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (PcD), uma data que simboliza a constante busca por acessibilidade, emprego, educação e, sobretudo, respeito às diferenças. Segundo dados do IBGE, 34% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, enfrentando desafios diários em uma sociedade que ainda precisa avançar na inclusão.

A data, que foi oficializada em 14 de julho de 2005 pela Lei Federal nº 11.133, é resultado da luta e mobilização do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). O dia 21 de setembro foi escolhido por sua proximidade com a primavera e o Dia da Árvore, representando o nascimento das reivindicações por cidadania e participação plena em igualdade de condições.

Desde então, a data é celebrada anualmente em todos os estados do Brasil, servindo como um momento de reflexão e de incentivo à sensibilização por mais inclusão social. Os direitos das pessoas com deficiência são garantidos pela Constituição Federal de 1988, e o Brasil se destaca por ter uma das legislações mais avançadas do mundo nessa área.

Neste ano, a categoria bancária tem um motivo especial para comemorar a data voltada para o reconhecimento e reivindicação de direitos aos PcD: o resultado da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que incluiu na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que esses trabalhadores possam atender suas necessidades sem enfrentar prejuízos financeiros ou profissionais.

“O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é mais uma oportunidade para fortalecer essa caminhada, relembrando as conquistas e buscando sempre novos caminhos para garantir o respeito e a igualdade de todos os cidadãos”, destaca a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, “Tivemos, sem dúvida, alguns avanços importantes, frutos de muita luta. No entanto, ainda há muito, muito mesmo a se fazer quando falamos sobre as pessoas com deficiência. Precisamos criar condições acessíveis e dignas para esse público, desde garantir empregos decentes até proporcionar capacitação e oportunidades reais de ascensão dentro das empresas. Essas são questões centrais da nossa luta e esperamos poder continuar avançando, sempre com o objetivo de construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, completa.

Maria Cleide Queiroz, coordenadora do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras com Deficiência da CUT, acredita que “a luta em defesa dos direitos e por mais conquistas é permanente, e seguiremos na perspectiva de dias melhores, buscando que a real inclusão das pessoas com deficiência aconteça em todas as esferas da sociedade e na garantia dos direitos humanos.”

Fonte: Contraf-CUT