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Caixa: CEE cobra redução de jornada para PcD

Na retomada das negociações com a Caixa Econômica Federal, na noite desta quinta-feira (29), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrou que o banco apresente uma proposta que garanta o direito de redução da jornada dos empregados que forem pessoas com deficiência (PcD), ou responsáveis por PcDs.
O banco ressaltou a necessidade de seguir um fluxo de acolhimento do pedido, com análise de equipe multidisciplinar, com diversos desdobramentos para o abono de até 25% da jornada, sem redução salarial, e também para a concessão do trabalho remoto.
No caso de responsáveis pelos cuidados de PcDs, depois das ausências já constantes na CCT seria concedido o abono da jornada, com a possibilidade de utilização das horas de acompanhamento médico.
A CEE analisará a proposta e as negociações serão retomadas nesta sexta-feira (29).

Na mesa única 

“Vemos os esforços que estão sendo feitos nesta mesa específica de negociações com a Caixa. Pedimos que o banco também se esforce para a construção de um índice que garanta aumento real para a categoria. Este é um trabalho no qual a Caixa é fundamental, uma vez que metade da categoria é formada por bancários de bancos públicos”, ressaltou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

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Fenaban segue propondo acordos absurdos para a categoria

Nesta quinta-feira, 29 de agosto, ocorreu a 12ª rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Foram apresentadas duas novas propostas de reajustes, ambas recusadas pelo Comando, assim como as duas apresentadas um dia antes.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), participou da mesa de negociação.

A Federação também esteve representada pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

“Essa proposta divide categoria, e a maior parte dos bancários serão prejudicados, com um aumento real irrisório, sem aumento diferenciado no VA, VR e PLR. Simplesmente horrível. Essa proposta, que foi negada na mesa, é das piores, entre os 9.604 acordos e convenções deste ano. É inadmissível que o setor que mais lucra no país, não respeite seus funcionários, que são os responsáveis diretos por esses lucros.”, declarou Nilton.

“Todas as propostas de reajustes foram rebaixadas e muito distante das reivindicações das bancárias e bancários, que exigem aumento real e que reflita os altos lucros e rendimentos do setor, que só em 2023 lucrou R$ 145 bilhões. Além disso, as propostas apresentavam reajustes separados por faixa salarial, o que divide a categoria”, destacou a coordenadora do Comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, sobre a tática de cansaço dos bancos. “Repor a inflação é obrigação e o aumento real decente para todos é questão de respeito aos trabalhadores do setor, numa conjuntura de ganhos elevados, crescimento econômico do país e aumento real das outras categoriais”, completou.

Segundo levantamento do Dieese, dos 9.604 setores no país que já firmaram acordos ou convenções, em 2024, apenas 12,8% foram escalonados, ou seja, por faixa salarial, como a Fenaban propôs. Além disso, mais de 85% tiveram aumento real médio de 1,54%, enquanto os bancos querem impor ganhos reais entre 0,09% e 0,23%.

“Com essa proposta que a Fenaban tentou impor, o reajuste da categoria bancária estaria entre os piores firmados neste ano. Vergonhoso para um setor do tamanho do bancário”, destacou Juvandia. “O comando deu recado claro de que não aceitará nenhuma proposta que divida a categoria por faixas salariais e que siga desvalorizando o trabalho das bancárias e bancários”, completou.

A também coordenadora do comando nacional, Neiva Ribeiro, reforçou as críticas à Fenaban, ao destacar que, com as propostas ruins apresentadas, os bancos mostram que só valorizam as altas cúpulas. “A Fenaban está tentando usar a tática do cansaço, mudando pouquíssimo os índices de reajuste a cada proposta apresentada. E insistindo em propostas de segmentação, escalonamento e fragmentação da categoria. O que já deixamos claro que não aceitaremos. Enquanto a alta cúpula é valorizada, com remuneração média de R$ 9,2 milhões por diretor executivo, para a maioria dos funcionários é imposição de perdas e aumento só de metas, pressão e adoecimento”, observou.

Próximos passos

O comando encerrou a mesa afirmando que não há trânsito algum para uma proposta que divida a categoria, porque todos merecem um reajuste decente.

As negociações serão retomadas nesta sexta (30), às 10h, em São Paulo, último dia em que os bancos terão para resolver a campanha em mesa, reforçou o comando.

Os trabalhadores também seguem cobrando a entrega de respostas sobre demais reivindicações, entre elas aumento maior nos vales, melhoria da PLR, combate à terceirização, proteção do emprego bancário, direito à desconexão, suporte aos pais e mães de filhos com deficiência e aos funcionários com deficiência.

O comando orienta a continuidade das mobilizações nas agências, escritórios e redes sociais. E assembleia segue agendada para a próxima quarta-feira (4).

Dados do setor

O Comando Nacional reforça que os bancos estão com larga vantagem em relação aos concorrentes no setor, por isso não há motivos para não conceder ganho real. Veja os dados:

– Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões no país. Estamos falando de lucro, já descontado impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos.

– No 1º semestre de 2024 o lucro dos 5 maiores bancos foi de R$ 60 bilhões, aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023.

– No Brasil, os bancos têm rendimento médio de 15% ao ano acima da inflação. A título de comparação, os bancos dos Estados Unidos têm rentabilidade média de 6,5% acima da inflação, na Espanha 10% e na Inglaterra 9%.

– As receitas dessas empresas representam 10 vezes as despesas de pessoal, enquanto que, nas cooperativas, essa relação é de 7 para 1 e, nas instituições de pagamento de 1,3 para 1.

*com informações da Contraf-CUT

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Caixa apresentou propostas de benefícios

A Caixa Econômica Federal apresentou, nesta quinta-feira (29), uma série de propostas para cláusulas de benefícios para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados. A representação dos empregados fez algumas ponderações e as negociações serão retomadas ainda esta noite.

“Ainda existem diversas demandas não respondidas, mas a mesa de negociações com a Caixa caminha com espaço para novos avanços, que esperamos ter resposta o quanto antes” ressaltou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro. “Mas reforçamos a necessidade de ampliar a mobilização devido aos rumos que estão sendo tomados nas negociações da mesa única com a Fenaban”, completou.

Leia abaixo o que já foi negociado e acompanhe os sites e redes sociais da Contraf-CUT, sindicatos e federações associadas para mais informações sobre as negociações desta noite com a Caixa.

Adicional embarcado

O banco aceita ampliar o pagamento do adicional embarcado concedido às empregadas e empregados que trabalharem na modalidade de trabalho embarcado. Além disso, o banco aceitou corrigir o valor adicional por dia trabalhado, que hoje está em R$ 55, para R$ 100, com acréscimo de até 30% para quem trabalhar por três ciclos consecutivos conforme regras.

A representação dos empregados reivindicou que haja política de correção do valor, que está congelado faz nove anos. A Caixa vai analisar a questão.

Os empregados também reivindicam que o período de folga de três dias, após o período de trabalho embarcado, normalmente de 26 dias seguidos, precisa ser ampliado, para que o empregado, além de descansar, possa ter maior convívio com a família.

Outra mudança será a inclusão do adicional embarcado no ACT. Hoje ele é definido por norma interna.

A Caixa vai analisar a questão, mas disse que o valor pode ser corrigido pelos índices definidos em mesa de negociações para as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Outra mudança será a inclusão do auxílio no ACT. Hoje ele é definido por norma interna.

Vale-transporte

Será incluída no ACT uma cláusula para que os empregados que não conseguem utilizar o vale-transporte por não haver transporte público entre sua residência e o trabalho, possam ter o valor gasto com o deslocamento reembolsado, descontados os mesmos 4% do salário padrão, conforme previsto no ACT, que é descontado daqueles que utilizam o vale-transporte. O reembolso somente será concedido àqueles que não têm transporte coletivo disponível para ir ao trabalho. É preciso que haja comprovação dos gastos, limitado a 200km/dia e que haja ciência do gestor.

Auxílio-Calamidade

Por reivindicação dos trabalhadores, o banco vai utilizar a experiência bem-sucedida do auxílio calamidade obtido pelos empregados no Rio Grande do Sul para ampliar os cuidados com o quadro de pessoal da Caixa. Entre os direitos que serão incluídos no ACT, estão os adiantamentos de 10 salários padrão; de até cinco apips; e da 13ª cesta alimentação. Todos por opção do próprio empregado. Também haverá maior facilidade para a concessão dos adiantamentos, bastando a comprovação da residência no local afetado.

Questionada, a Caixa explicou que houve mudança no sistema para que o adiantamento deixe de ser considerado empréstimo, pois trata-se de adiantamento salarial.

Os empregados reivindicam que o banco aproveite outros pontos da experiência da calamidade do Rio Grande do Sul, como a pausa na cobrança das parcelas de empréstimos.
O banco disse que considerará tudo o que foi feito no caso dos bancários gaúchos, mas que os demais pontos não precisam ser clausulados, pois podem ser avaliados caso a caso.
A representação das empregadas e empregados pede que a cláusula considere a intencionalidade do banco em conceder os mesmos direitos obtidos pelos empregados gaúchos, conforme a necessidade.

Férias

O banco acatou a reivindicação dos empregados para que o adiantamento do pagamento de férias seja opcional a cada empregado. O direito de parcelar o valor a ser devolvido em até 10x sem juros continuará existindo, mas será uma opção de cada empregado.

Com relação às férias, os empregados também solicitam a redução do período mínimo, que hoje é de 14 dias, para 12 dias. A Caixa ficou de avaliar o pedido.

Licença maternidade/paternidade

O banco também apresentou proposta para ampliar a equidade parental, para que os pais e mães dividam mais equanimemente as responsabilidades com os cuidados com o bebê recém-nascido.
Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários do BB conquistam redução de jornada para pais e responsáveis por PcD

Na nona rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024 entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, realizada na tarde desta quinta-feira (29), em São Paulo, os funcionários do Banco do Brasil obtiveram uma importante conquista: a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental.

A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas. Este avanço representa uma significativa vitória para os trabalhadores, atendendo a uma demanda essencial para quem possui filhos com deficiência.

A Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na CEBB, Bethania Emerick, participou da reunião.

“Consideramos um grande avanço que a redução de jornada para pais com filhos com deficiência seja incluída em nossa convenção coletiva. O BB já havia incluído no normativo interno, mas clausular garante que esse direito não será retirado”, comemorou a coordenadora da CNFBB, Fernanda Lopes.

Texto descritivo da imagem aqui

Além da conquista da redução da jornada, o Banco do Brasil também apresentou medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de covid. A proposta final inclui a anistia das horas para diversos grupos: funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid. Para os funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerra o acordo relacionado à pandemia.

O banco ressaltou que as devoluções das demais pautas dependerão das cláusulas econômicas a serem discutidas na mesa única de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Ao final da reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram respostas adicionais sobre o programa de cargos e salários, o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a possibilidade de ampliação desse valor, caso a eliminação do teto não seja possível. Também solicitaram um posicionamento sobre as metas exigidas, que impactam diretamente outros pontos em negociação, e uma solução para bancários oriundos de outros bancos incorporados, para que possam ingressar na Cassi e Previ, e definição para os caixas e centrais de atendimento.

Segunda reunião do dia

Poucas horas depois do primeiro encontro, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco voltaram a se reunir no início da noite. Desta vez, o BB apresentou proposta de comitê de ética paritário, formado por dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco. “A proposta de um comitê de ética paritário é um passo importante, pois permite que os funcionários tenham voz ativa na definição de condutas e princípios éticos dentro do Banco do Brasil. Ter uma representação eleita pelos próprios trabalhadores é fundamental para garantir transparência, justiça e equilíbrio nas decisões que afetam o cotidiano e as relações de trabalho”, concluiu Fernanda Lopes.

*com informações da Contraf-CUT

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Negociações com BB e Caixa voltam nesta quinta (29/8)

Nesta quinta-feira, 29 de agosto, as negociações com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal serão retomadas.

BB

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco voltam a se reunir na nona rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024 nesta quinta-feira (29), em São Paulo. Embora ainda não tenha apresentado uma proposta que atenda as expectativas do funcionalismo, o BB já sinalizou com alguns avanços.

CEF

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) se reúne com a Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira (29), em São Paulo, para dar continuidade às negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco.

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Fenaban continua impondo perdas à categoria

Nesta quarta-feira, 28 de agosto, seguiram as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

E, mesmo na data onde se comemora o Dia dos Bancários e das Bancárias, a Fenaban continuou querendo impor perdas à categoria bancária.

O representante dos bancos voltou à mesa se recusando a dar aumento salarial acima da inflação e, ainda, propôs dividir a categoria em cinco faixas salariais, com a primeira recebendo o reajuste em setembro, assim sucessivamente, até a quinta faixa, que teria o reajuste somente em janeiro de 2025.

Foi a 11ª rodada de negociação.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), esteve representada pelo Presidente Nilton Esperança, e pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

“Os banqueiros voltaram hoje, novamente, com uma proposta sem aumento real, INPC escalonado. Isso é uma afronta para a categoria. Não é possível que um setor, com tamanha lucratividade, não apresente uma proposta que seja digna de ser discutida, e levada a apreciação da categoria, nas assembleias. Insisto no apelo para que as bancárias e os bancários se mobilizem, para forçar os banqueiros a apresentarem uma proposta decente. Só a luta vai nos garantir.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Amanhã, 29 de agosto, haverá outra mesa de negociação, começando às 10 horas.

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Categoria segue se manifestando em agências e departamentos bancários

Trabalhadoras e trabalhadores seguem realizando ações nas agências e departamentos bancários. Em algumas localidades, unidades foram fechadas ou tiveram a abertura retardada.

Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, participaram e protestaram, nesta quarta-feira, 28 de agosto, em mais um Dia de Luta em defesa da categoria.

Nesta dia, onde comemoramos o Dia do Bancário e da Bancária, ocorre também a 11ª rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Até o momento, os bancos não apresentaram proposta de aumento real na remuneração da categoria nas mesas de negociação.

“Temos a expectativa de que os bancos entreguem uma proposta que respeite às reivindicações das bancárias e bancários”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Dados do setor

– Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões no país. Estamos falando de lucro, já descontado impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos;
– No 1º semestre de 2024, o lucro dos cinco maiores bancos foi de R$ 60 bilhões, aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023;
– No Brasil, os bancos têm rendimento médio de 15% ao ano acima da inflação. A título de comparação, os bancos dos Estados Unidos têm rentabilidade média de 6,5% acima da inflação, na Espanha 10% e na Inglaterra 9%;
– Ainda que representem 10% das instituições financeiras do Brasil, os bancos têm resultado nove vezes maior que as instituições de pagamento, respondendo por 71% do lucro produzido no setor financeiro, sem contar que muitos bancos são detentores de instituições de pagamento;
– Além disso, os bancos detêm 82% do mercado de crédito do país e 81% dos ativos do mercado financeiro brasileiro;
– Por outro lado, no último ano, 2023, os bancos tradicionais encerraram mais de 2 mil postos de trabalho, enquanto em todo o sistema financeiro, do qual os bancos fazem parte, está havendo o aumento de empregos.

Reivindicações da categoria

– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

– Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
– Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
– Mais mulheres na TI;
– Combate à terceirização e garantia de empregos;
– Jornada de trabalho de quatro dias;
– Ampliação do teletrabalho.

Angra dos Reis

Espírito Santo

Itaperuna

Macaé

Nova Friburgo

Três Rios

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Dia do Bancário: Celebração de uma história de conquistas e lutas

Nesta quarta-feira (28), celebramos o Dia do Bancário, uma data significativa que marca as conquistas e a trajetória de luta das bancárias e dos bancários em todo o Brasil. Oficializada em 1952, por deliberação do 4º Congresso Nacional dos Bancários, a data foi transformada em lei em 1964 e hoje é feriado em mais de mil cidades brasileiras, reconhecida por legislações municipais e estaduais.

A história dos bancários é marcada por vitórias que servem de exemplo para outras categorias profissionais, não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo. Um dos maiores marcos dessa trajetória é a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que completa 32 anos em 2024. A CCT dos bancários é nacional e unificada, garantindo direitos que vão além do previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Hoje, quando se fala em “CLT Premium,” muitos pensam nos bancários e seus direitos, como vale-refeição, plano de saúde, bônus por desempenho, e até cursos pagos pelo empregador. No entanto, eles não foram dados de graça. É crucial entender que esses direitos extras são frutos de muita luta e organização sindical. Eles foram conquistados ao longo de décadas de mobilizações e negociações, não só pelos bancários, mas por diversas categorias profissionais no Brasil.

Neste contexto de conquistas históricas, é importante lembrar que o cenário do emprego no Brasil passa por transformações significativas. O país registrou um boom de empregos, com quase 102 milhões de pessoas trabalhando atualmente. A taxa de desemprego caiu de 7,3% para 6,9% no segundo trimestre de 2024, a menor para o período em dez anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do IBGE. Esses números têm gerado debates, especialmente nas redes sociais, sobre o que é melhor para os trabalhadores.

Enquanto alguns defendem o emprego com carteira assinada, outros ainda confundem empreendedorismo com relações de trabalho precarizadas, acreditando que a autonomia pode substituir a segurança oferecida pela CLT. No entanto, ter um contrato formal pela CLT garante uma série de direitos fundamentais, como jornada de trabalho de até 44 horas semanais, férias remuneradas, 13º salário, FGTS, seguro-desemprego, licença-maternidade/paternidade, entre outros.

“Neste Dia do Bancário, é fundamental reconhecer e celebrar a importância dessas conquistas, que garantem não apenas melhores condições de trabalho, mas também uma vida mais digna para milhões de trabalhadores em todo o país. Que essa data inspire novas gerações a continuar lutando por mais direitos e melhores condições de trabalho para todos”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

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CUT completa 41 anos de de Luta pela classe trabalhadora

Nesta quarta-feira, 28 de agosto, a maior central sindical da América Latina, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), celebra 41 anos de existência. Fundada em 1983, a CUT nasceu em um período crucial para a redemocratização do Brasil, consolidando-se como uma das principais vozes na defesa dos direitos dos trabalhadores.

A CUT foi criada durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), realizado em São Bernardo do Campo, São Paulo. O evento reuniu mais de cinco mil trabalhadores de diversas regiões do Brasil, marcando um momento decisivo na história sindical brasileira. Desde então, a CUT tem se mantido firme na luta pelo fortalecimento da democracia, pelo desenvolvimento com distribuição de renda e pela valorização do trabalho.

O papel dos bancários na construção da CUT foi fundamental, assim como o apoio de diversas outras categorias profissionais que se uniram para garantir a representação organizada dos trabalhadores na política nacional. A Central se tornou um instrumento de luta, em busca de garantir que as vozes dos trabalhadores fossem ouvidas e respeitadas.

Nesses 41 anos de existência, a entidade foi marcada por inúmeras mobilizações e lutas em defesa dos trabalhadores: como greves por todo o Brasil por reajustes salariais, garantias no emprego e contra demissões e trabalhos precarizados; campanhas por trabalho, terra, moradia, salário, previdência pública e caravanas em defesa da democracia, entre tantas outras. Para garantir o estado democrático de direito, a CUT esteve, por exemplo, no movimento “Diretas Já” que começou a tirar o Brasil das garras da ditadura militar. Esteve, também, junto à população brasileira, nos atos que pediram o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, protestou contra as medidas econômicas neoliberais de FHC, contra a reforma trabalhista do presidente Michel Temer e contra as destruições sociais macabras do último governo de extrema direita.

Esses só são alguns dos exemplos das infinidades de ações em que a entidade marcou presença durante essas mais de quatro décadas de existência. Além de seu compromisso histórico com a classe trabalhadora, a CUT também se mantém atenta aos desafios atuais que afetam o Brasil. Em 2024, a entidade, junto ao movimento sindical bancário, está na linha de frente da luta contra a alta da Selic, a taxa de juros oficial do país. Desde que o Banco Central se tornou independente, no governo anterior, e passou a ser comandado pelo neoliberal Roberto Campos Neto, a taxa de juros no Brasil se manteve entre as mais altas do mundo, apesar do controle da inflação e dos bons resultados econômicos recentes.

“Nós temos um ditado no sindicato que diz assim, a CUT somos nós, nossa força, nossa voz. Porque é isso, em todas as lutas da classe trabalhadora, nos últimos 41 anos, a CUT esteve presente. E a CUT é uma instituição que tem trabalhadores do campo, da cidade, do setor privado, do setor público, de todo esse Brasil. Das grandes capitais, dos interiores, tem o agricultor familiar. Nós temos o trabalhador rural, nós temos o trabalhador da cidade, o servidor público, o trabalhador da educação, da saúde. Ou seja, aquele trabalhador que está na vida do povo brasileiro, na vida da população, ajudando, auxiliando, e todas as lutas que são importantes para a vida desses trabalhadores são a luta da CUT. Parabéns CUT, parabéns à nossa central única dos trabalhadores e das trabalhadoras!”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

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Proposta absurda da Fenaban apresenta prevê prejuízo de mais de R$ 1,2 bilhão aos bancários

Na 10ª rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta terça-feira, 27 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a desvalorizar a categoria bancária e negou a reivindicação por aumento real.

No início do encontro, a entidade propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. O Comando rejeitou prontamente e uma pausa foi solicitada pelos bancos.

No retorno, a entidade apresentou proposta de 100% do INPC nos salários e demais verbas (portanto, de ganho real zero), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) ocorreria sem reajuste. O comando rejeitou novamente.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), esteve presente na mesa de negociação.

Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, também participou da reunião.

“A proposta que os banqueiros apresentaram é ridícula. Somente 100% do INPC. Com isso, só nos tickets, irão lucrar 993 bilhões, sem contar a PLR. Um desrespeito total com a categoria! Temos, mais que nunca, manter nossa mobilização.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

“Sem aumento real, sem aumento maior no VA/VR e nas outras cláusulas sociais, não aceitaremos este tipo de proposta na mesa. Precisamos nos organizar e mostrar nossa indignação e nossa força, pois também somos responsáveis diretos dos lucros exorbitantes dos banqueiros. Exigimos respeito!” completou.

Pela proposta da Fenaban, é como se cada bancário passasse para os bancos R$ 682 por mês, durante os quatro meses. Sem contar os ganhos relacionados aos encargos que os bancos deixariam de pagar entre setembro e dezembro, pelo não reajuste no período. “Ou seja, estão querendo ganhar dinheiro às custas dos funcionários. Um presente lamentável dos bancos, diante da véspera do dia nacional dos bancários”, comentou coordenadora do comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

E completou. “Não há nenhuma possibilidade de defender um acordo sem aumento real, imagine ainda um acordo com prejuízos à categoria. Com essa proposta de reajuste zero e deixando de aplicar o reajuste em setembro, mas somente em janeiro, os bancos retirariam do bolso das trabalhadoras e trabalhadores R$ 1,2 bilhão, considerando salários, segunda parcela do 13º, vale alimentação e vale refeição e antecipação da PLR”.

Diante da falta de empenho da Fenaban em concluir as negociações, o Comando Nacional pontuou que estará em São Paulo para as negociações até sexta, que é o prazo que os bancos têm para apresentar uma proposta decente. As negociações continuam amanhã, quarta-feira (28), a partir das 10h.

O comando cobrou que, no próximo encontro, os bancos respondam às reivindicações sobre suporte aos pais de PCDs, o combate ao endividamento dos bancários, respeito ao direito à desconexão, combate à terceirização, garantia dos empregos, ampliação do teletrabalho, além do aumento real da remuneração e PLR, entre outros pontos da minuta.

Manifestações e assembleias

O Comando Nacional tirou um dia nacional de luta, para esta quarta (28). O coletivo também decidiu realizar assembleias no dia 4 de setembro, antecedidas de plenárias, a partir das 18h, para que a categoria avalie propostas ou os rumos das mobilizações.

Para Fenaban, a culpa é dos bancários

A Fenaban culpou as trabalhadoras e trabalhadores “por encarecerem os produtos dos bancos” e voltou a reclamar da concorrência, sem dizer, entretanto, que muitos bancos são detentores de instituições de pagamentos.

O comando rebateu e lembrou que as principais receitas dos bancos representam 10 vezes as despesas de pessoal, enquanto que, nas cooperativas, essa relação é de 7 para 1 e, nas instituições de pagamento de 1,3 para 1. Assim, mesmo que as despesas de pessoal dos bancos sejam superiores as das cooperativas e das instituições de pagamento, as receitas dos bancos são 15 vezes maiores que das cooperativas e 123 vezes maiores que das instituições de pagamento, segundo dados dos balanços do 1º trimestre de 2024.

A Fenaban disse ainda que a concorrência no setor afeta o emprego bancário, argumento também desmontado pelos representantes dos trabalhadores, que observaram que o processo de plataformização (impulsionamento da inovação) nos bancos está sendo utilizando como estratégia para demitir e contratar trabalhadores terceirizados e autônomos. “E mesmo que os bancários não tivessem reajustes, os bancos continuariam fechando agências e demitindo. E isso tem haver com ganância e não com concorrência”, pontuou Juvandia.

Por fim, os representantes dos bancos culparam as conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pela redução de trabalhadores no setor. “Em um país em que dois da lista dos cinco novos bilionários da Forbes em 2024 são banqueiros, em que entre as 10 maiores empresas do país, cinco são bancos, além de desrespeitar o trabalhador com esses apontamentos, a Fenaban não demostra ter compromisso com o desenvolvimento do país”, destacou Juvandia Moreira, voltando a lembrar que, só em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões. “Estamos falando de lucro, já descontados impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos”, completou.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, reforçou que a categoria não irá aceitar uma proposta de reajuste que não seja de aumento real. “Estamos falando do setor bancário, que nunca perde, mesmo em momentos de crise. Essas propostas de reajustes que impõe perdas econômicas para os trabalhadores, justamente os responsáveis pelos resultados dos bancos, é inadmissível”, concluiu.

*com informações da Contraf-CUT