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Proposta apresentada pelos bancos que prevê perda salarial é rejeitada pelo Comando Nacional

Nesta quarta-feira, 21 de agosto, na 9ª rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos apresentaram proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC. A proposta foi prontamente rejeitada pelo comando na mesa.

O Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Esperança, o Presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Ayres Carlos Alves e o Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão), representaram a entidade na reunião.

“Total desrespeito dos banqueiros, diante da lucratividade do setor. É uma total insensibilidade apresentar uma proposta aquém das expectativas da categoria. Não tem aumento real e nem, sequer, repõe a inflação. Beira o inacreditável, quando levamos em conta as negociações de outras categorias.”, declarou Nilton.

E completou. “A proposta foi rejeitada na mesa. Pois, além de absurda, financeiramente falando, sem aumento da PLR, do VA e do VR, ainda tem muitas pendências nas cláusulas sociais.”

DIEESE

Cálculos do Diesse, feitos no momento da mesa, mostram que o ajuste proposto pela Fenaban, de 85% do INPC resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.

O Comando Nacional dos Bancários ressaltou ainda que o país está em um momento de crescimento econômico, redução no desemprego e melhora na renda geral, fatores que promovem uma tendência na queda no endividamento da população, importante para a lucratividade e rentabilidade dos bancos.

Matéria publicada no Valor Econômico, nesta quarta (21), mostra que, na lista dos 10 maiores lucros no 2º trimestre, sete empresas são do setor financeiro, sendo cinco delas bancos: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e BTG.

MOBILIZAÇÃO

O Comando Nacional aprovou um dia nacional de mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários.

PRÓXIMAS MESAS

As negociações com a Fenaban voltam na terça (27) e continuarão nos próximos dias, até a sexta (30).

*com informações da Contraf-CUT

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Comando rejeita proposta dos bancos; negociação continua amanhã

Nesta terça-feira, 20 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação sem apresentar propostas de reajustes, propondo a precarização e a retirada dos direitos da Convenção Coletiva dos Bancários (CCT), prontamente negada pelos representantes dos trabalhadores.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve representada pelo Presidente da entidade, Nilton Esperança; pelo Presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Ayres Carlos Alves; e pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

“Verdadeiro absurdo! Os bancos não apresentaram nada, numa reunião que durou mais de 5 horas e, simplesmente, nada de índice. esperamos que amanhã eles apresentem alguma coisa, por enquanto temos q nos mobilizar para mostrar nossa insatisfação.
Só a luta nos garante.”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Entre os itens da CCT que a Fenaban atacou em suas propostas estão a participação nos lucros e resultados (PLR), direitos garantidos aos trabalhadores afastados pelo INSS por motivo de doença e vales alimentação e refeição. “Todos esses pontos são fundamentais aos trabalhadores. Não faz sentido retroceder. Os bancos deveriam se envergonhar com essas proposições”, completou a também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Juvandia Moreira ressaltou, por sua vez, que do total de setores no país que fizeram negociações salariais entre janeiro e junho deste ano, 86% obtiveram aumento real. “Estamos falando de setores que sofrem concorrência, mais que o setor bancário e que apresentam lucros e rentabilidades muito inferiores e, ainda assim, tiveram reajuste salarial acima da inflação”, pontuou a dirigente. “Não estamos num momento para perdas, muito pelo contrário, a economia está aquecida e o setor mais ainda. Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões”, acrescentou.

Houve uma pausa na reunião e, no retorno, os bancos voltaram com a proposta de precarização dos direitos, desta vez, a partir da segmentação da CCT por porte de banco. A proposta foi recusada terminantemente pelo Comando. O argumento utilizado pela Fenaban, e bastante fragilizado, foi a existência de pequenos bancos que não alcançam os mesmos lucros e retornos sobre o patrimônio líquido.

Sobre esse ponto, o Comando Nacional rebateu que a comparação não é válida, apontando exemplos de bancos menores que praticam taxas de juros abusivas e que faz com que haja inadimplência elevada.

“O banco Triângulo, usado como exemplo pela Fenaban aqui na mesa de negociação, no site do Banco Central está como sendo o segundo com a maior taxa de juros do cartão de crédito no país: 994% ao ano, ou 22% ao mês. Um verdadeiro abuso. Então, se o banco tem dificuldades de rentabilidade e lucro, esse problema não é por causa do pagamento com o pessoal, e sim porque prática taxas de juros abusivas, que faz com que tenha uma inadimplência de 14%, enquanto a média do sistema financeiro é 3,3%”, destacou Juvandia. “Além disso, o banco Triângulo está dentro de um grupo que tem instituições de pagamentos e empresas de cartão de crédito. Se algum banco estiver com alguma dificuldade, ele tem que procurar o sindicato para negociar e não precarizar a CCT”, completou.

O Comando Nacional pontuou que os bancos estão usando esse argumento na mesa para rebaixar o reajuste salarial, o que os bancários e bancárias não vão aceitar.

Após cobrança do Comando, a Fenaban se comprometeu a trazer o índice na reunião que irá prosseguir nesta quarta-feira (21).

 

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COE Itaú cobra o banco por pressões e medidas disciplinares

Nesta segunda-feira, 19 de agosto, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, para tratar de questões urgentes relacionadas às advertências aplicadas em decorrência da falta de certificação CPA entre os funcionários.

Durante o encontro, o Itaú informou que suspendeu as advertências emitidas até o momento e concederá um prazo até setembro para que os funcionários regularizem sua situação.

“Os funcionários já adoecem com as cobranças das metas e, agora, tem mais essa preocupação, que agrava seu emocional, além do custo de cada tentativa da prova, em plena campanha salarial.”, comentou José Renato Riscado, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Itaú, que participou virtualmente da reunião.

Atualmente, o banco conta com 33 mil funcionários, dos quais apenas 400 ainda não possuem a certificação. A COE cobrou que o prazo seja estendido, pois o período até setembro é insuficiente para a regularização, e reforçou que os bancários não podem ser desligados por justa causa devido à ausência da certificação. A resolução do Banco Central não exige que todos os bancários de agências sejam certificados, sendo a certificação obrigatória apenas para aqueles que atuam na distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivados. Portanto, a prática do Itaú de demitir por justa causa nessa circunstância é contestada pela COE.

Além disso, a COE solicitou que os casos sejam avaliados individualmente, com especial atenção para os funcionários que, por motivos de saúde ou outras questões que comprometam a concentração, não conseguem ser aprovados na certificação. O banco se comprometeu a analisar a possibilidade de ampliação do prazo e de permitir a avaliação individual desses casos.

Outro ponto levantado pela COE foi a necessidade de uma reunião específica para debater as medidas disciplinares que o banco vem aplicando nos funcionários. Nos últimos tempos, muitos trabalhadores têm procurado os sindicatos relatando demissões por justa causa, e a COE busca entender como essas medidas estão sendo implementadas.

Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú, destacou a pressão crescente sobre os bancários: “Além das pressões para bater metas, do fechamento de agências, da terceirização, o bancário do Itaú agora vive o terror das medidas disciplinares, que, no caso da falta de certificação, gera demissão por justa causa. O banco precisa rever esta prática, que está ajudando a aumentar o número de bancários adoecidos nos locais de trabalho. Queremos respeito e valorização dos trabalhadores!”

Fonte: Contraf-CUT

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Sindicatos se mobilizam por reajustes e direitos nesta segunda (19)

Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e em todo o país, voltaram a se mobilizar, nesta segunda-feira, 19 de agosto, para pressionar os bancos para que entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que corresponda às reivindicações dos trabalhadores.

As manifestações ocorrem na véspera da próxima mesa de negociação, no dia 20 de agosto.

Na quarta-feira passada (15/8), a categoria realizou um dia nacional de luta, em todo o país, com o retardamento da abertura em algumas agências.

“Os bancos não cansam de lucrar. E, mesmo assim, ainda não apresentaram uma proposta condizente com a realidade. Faltando duas semanas somente para o término da negociações agendadas, é muito importante que eles sejam pressionados pela categoria. Vamos seguir na luta.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:

– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.

– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

A campanha

As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.

Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor.

“Nós rebatemos, ao lembrar que os bancos estão longe de perigo e detém, no país, 82% do mercado de crédito e 81% dos ativos do mercado financeiro. Ainda que, no Brasil, a rentabilidade média dos bancos é de 15%, enquanto nos Estados Unidos é 6,5% e em países da Europa, como Espanha e Inglaterra, 10% e 9%, respectivamente. Portanto, não há argumentos para não dar aumento real à categoria”, destaca Juvandia.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

– Fim da gestão por metas abusivas e que tem gerado adoecimento na categoria;

– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;

– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;

– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;

– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;

– Mais mulheres na TI;

– Combate à terceirização e garantia de empregos;

– Jornada de trabalho de quatro dias;

– Ampliação do teletrabalho.

BAIXADA FLUMINENSE 

MACAÉ

ITAPERUNA

NOVA FRIBURGO

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Empregados do BNDES entregam pauta de reivindicação específica

Os funcionários do BNDES entregaram, na manhã desta quinta-feira (15), a pauta específica de reivindicações, aprovada em assembleia dos trabalhadores realizada no dia 8 de agosto, à direção do banco.

Mesmo com a entrega, o banco de desenvolvimento ainda não definiu as datas das reuniões de negociação. “Cobramos do BNDES um calendário para darmos início às conversações. Já estamos no meio de agosto e essa definição é urgente!”, lamentou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com as empresas do sistema BNDES.

Fonte: Contraf-CUT

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Por uma proposta digna, Sindicatos realizam mais um Dia Nacional de Luta

Nesta quinta-feira, 15 de agosto, a categoria bancária realizou mais um Dia Nacional de Luta. Desta vez, para pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira (20/8).

As manifestações, realizadas por Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e de todo o país, aconteceram em resposta à postura da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários.

“É sempre válida nossa mobilização. Precisamos pressionar os bancos, para que eles apresentem uma proposta digna e a altura de seus lucros. É o setor que mais lucra no país.”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Reivindicações

O Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta de reivindicações, para a renovação da CCT, no dia 18 de junho. O documento foi elaborado com base na Consulta Nacional dos Bancários, realizada com quase 47 mil trabalhadores. A minuta também foi submetida à aprovação pela 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e em assembleias realizadas em todo o país, com adesão de mais de 95% dos votantes.

Após a entrega da minuta, foram realizados uma série de encontros entre os representantes dos trabalhadores e dos bancos.

Reivindicações da categoria por tema

Cláusulas econômicas

– Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).
– Melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
– Aumento nas demais verbas, incluindo VA/VR, auxílio babá e auxílio creche.

Cláusulas sociais

– Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.
– Mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos.
– Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.
– Combate ao assédio moral e sexual.

Saúde

– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.
– Direito à desconexão.
– Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.

E ainda

– Garantia de emprego e dos direitos conquistados.
– Fim das terceirizações.
– Jornada de quatro dias.
– Ampliação do teletrabalho.
– Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.
– Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.
– Indenização adicional em caso de demissão.
– Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.
– Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro

 

ANGRA DOS REIS

ESPÍRITO SANTO

Fotos: Sérgio Cardoso


ITAPERUNA

MACAÉ

NOVA FRIBURGO

TRÊS RIOS

*com informações da Contraf-CUT

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Empregados do BNDES entregam nesta quinta-feira (15) reivindicações ao banco

Os empregados do BNDES vão entregar, nesta quinta-feira (15), a pauta de reivindicações aprovada em assembleia dos trabalhadores realizada no dia 8 de agosto.

“Com a entrega da pauta, vamos cobrar que o banco nos apresente um calendário para darmos início às negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do sistema BNDES”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com as empresas do sistema BNDES.

A reunião com a direção do banco será nesta quinta-feira, a partir das 11 horas.

“Na pauta econômica, buscaremos seguir o que for negociado com a Fenaban e os bancos públicos”, completou Vinícius, ao lembrar que a categoria bancária está em campanha para aprovação da sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Fonte: Contraf-CUT

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Reunião com Caixa tem avanços, mas ainda precisa melhorar

A Caixa Econômica Federal trouxe algumas respostas, nesta quarta-feira (14/8), para as reivindicações das empregadas e empregados, apresentadas anteriormente pela Comissão Executiva de Empregados (CEE) em reuniões de negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da Caixa.

A Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, Lizandre Borges, participou da reunião.

“A Caixa apresentou alguns avanços em propostas que já havíamos debatido. Mas, ainda, precisamos e queremos mais.”, comentou Lizandre.

“Embora a Caixa tenha sinalizado convergências em relação às premissas de algumas das propostas que apresentamos, ainda precisa avançar na definição destes pontos e nos trazer respostas para os demais temas apresentados”, avaliou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro.

“Avaliamos como positiva a devolução que a Caixa nos trouxe, mas esperamos que na próxima reunião sejam trazidas redações sobre estes temas e sobre os demais que já foram apresentados anteriormente”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Saúde do trabalhador

Já há muitos anos, o movimento sindical cobra que a Caixa revise seu Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e desenvolva, com recursos próprios e com a participação das entidades sindicais, campanhas para zelar e promover a saúde e a qualidade de vida do conjunto de seus empregados.

A ideia é que a participação dos trabalhadores na construção dessas campanhas e programas aconteça por meio do GT de Saúde do Trabalhador, do GT de Condições de Trabalho e da reativação dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho. “Nos fóruns regionais pode-se apresentar os problemas, para que se busque a solução sem a necessidade de estes serem levados até a matriz, porque pode ser coisa que dá para ser resolvida localmente. Os GTs são os canais para se resolver aquilo que não se pôde resolver localmente e para pensar estratégias de prevenção de acidentes de trabalho e doenças de trabalho, decorrentes da atividade profissional (B91) e até de suicídio”, explicou Rafael de Castro.
A Caixa disse que, em atendimento ao movimento sindical, está revisando seu PCMSO, para que seja mais efetivo na prevenção. Além disso, que tem realizado muitas ações de promoção à saúde do seu pessoal e pediu o auxílio do movimento sindical para a ampliação dos empregados nos programas implementados e nos cuidados com a própria saúde. O banco disse também que está reestruturando as equipes internas de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e está aberto a discutir com o movimento sobre a reformulação do PCMSO e dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes de trabalho.
“É importante essa reestruturação do SESMT, que havia sido terceirizado na gestão passada, para a prevenção de acidentes e doenças adquiridas no trabalho, que são responsáveis pela elevação do absenteísmo (ausência ou o afastamento do trabalho)”, observou Eliana Brasil. “Também é significativa a importância da aceitação, pela Caixa, da participação das entidades de representação sindical no desenvolvimento de projetos para a melhoria da saúde e do ambiente de trabalho. Pois temos muito a contribuir para a qualidade de vida e de trabalho na Caixa”, completou.
“Concordamos que o empregado precisa participar dos programas e ter cuidado com sua saúde. Mas isso não pode redimir a Caixa de sua responsabilidade e de fazer sua parte para acabar, ou pelo menos reduzir, o adoecimento”, reforçou o coordenador da CEE, ao lembrar das cobranças abusivas de metas e de sua relação com o aumento do adoecimento da categoria.
Rafael também ressaltou que a saúde das empregadas e empregadas e o Saúde Caixa são indissociáveis. “Por isso, apesar de termos um acordo específico para o plano de saúde, com vigência até o final de 2025, precisamos direcionar a discussão para não deixarmos tudo a ser debatido no ano que vem”.
Para o representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, “a Caixa poderia aproveitar que vai promover uma mudança em seu estatuto e fazer mais uma para retirar o teto de gastos com a saúde de seus empregados”. A mudança que a Caixa fará a qual se refere Campanate é a mudança para definir que sua diretoria e vice-presidência sejam compostas por, pelo menos, 30% de mulheres.

Igualdade de oportunidades

Além da inclusão no estatuto da cota mínima de 30% de mulheres nas diretorias e vice-presidência, a Caixa disse que, apesar de já existir uma norma sobre as comissões regionais de diversidade, vai incluir esta regulamentação também no Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo a participação das entidades sindicais de forma representativa, restando apenas definir a redação da cláusula, para que ela não impeça a criação de novos eixos temáticos conforme for ocorrendo alterações no perfil do quadro de pessoal.
Com relação à ampliação das pessoas nos cargos de chefia das unidades, a meta é que até 2028 a chefia das unidades seja composta por 45% de mulheres e 27% de pessoas pretas, pardas ou indígenas.
“É importante que a cota de 30% seja respeitada em cada nível de direção, para que não haja mulheres concentradas nas diretorias e não haja representatividade nas vice-presidências. Da mesma forma, não adianta ter mulheres nas vices se não houver também nos níveis inferiores”, disse.

PSI e diversidade

Os empregados sugeriram que haja diversidade na composição da banca do Processo Seletivo Interno, como forma de combater preconceito e discriminação, barreiras de ascensão de carreira. Também sugeriram que sejam pensados programas para mudança cultural e redução do preconceito no banco, voltado principalmente às empregadas e empregados que tenham poder de decisão sobre a carreira e gestão de pessoal.
A Caixa se propôs a aprofundar a questão e que este é um ponto viável de ser implementado, uma vez que já existe uma ação formatada com foco no público LGBTQIA+ para ser implementada pelas gerências regionais (Gipes) e representações regionais (Repes) e que já existe uma cota de diversidade no edital do programa de incentivo para mestrado e doutorado.
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, representante da região Norte no Comitê de Diversidade da Caixa, Tatiana Oliveira, é importante que a cláusula não se feche apenas nos eixos hoje existentes no comitê. “Eles devem ser citados para que não haja perdas do que já foi construído. Mas não devemos nos amarrar a estes eixos. O foco deve ser na política de diversidade”, disse. “Temos estes eixos e podem ser criados outros. O importante é garantir que os representantes sindicais e da Caixa façam parte dos respectivos segmentos de diversidade”, completou.
Rogério Campanate, da Federa-RJ, ressaltou a importância da realização de um mapeamento das pessoas LGBTQIA+ e dos mais diversos segmentos de empregados, para que ajude nos debates. “Pode-se aproveitar as ações que serão realizadas nas Gipes para que este mapeamento seja feito”, sugeriu.

Horas de estudo

A representação sindical das empregadas e empregados lembrou que a cláusula 59 do atual ACT diz que “os empregados deverão dispor de 6 horas mensais para estudos na metodologia a distância (EAD), junto a Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade”, mas que é preciso melhorar.
“É preciso que haja efetividade desta cláusula. Estas seis horas precisam ser respeitadas e o empregado precisa ter condições de ter este tempo para sua formação”, disse a representante da Fetrafi-RJ/ES, Lizandre Borges. “Se for presencial melhor, pois é possível haver trocas de experiências com colegas de outros lugares”, completou.
Rogério Campanate ressaltou que “é preciso que haja, de fato, desenvolvimento de pessoas, que o estudo não seja mais uma obrigação de cumprimento de metas”, disse, ao ressaltar que a modalidade remota permite que o sistema seja burlado, dando a impressão de que a formação foi realizada, mas que, na realidade, foi apenas para cumprir a meta de capacitação estabelecida para o pessoal.
A Caixa aceita debater sobre o tema para promover mudanças na cláusula.

Acesso e comunicação com os empregados

A representação sindical cobra melhorias no acesso e no fluxo de comunicação com os empregados, para mantê-los informados sobre as atividades de interesse dos trabalhadores.
A cláusula 43 do atual ACT, permite a utilização dos malotes da empresa para circulação das publicações e comunicados das entidades sindicais. “Hoje a comunicação é eletrônica. Precisamos atualizar esta cláusula para melhorar a forma de comunicação das entidades com os trabalhadores que elas representam”, disse Coordenador da CEE.
A Caixa disse que pode auxiliar na criação de um banco de dados pelo sindicato, de acordo com o interesse de cada empregado e que, além disso, pode avaliar outras formas de acesso aos empregados que não firam a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Cobrança de metas e respeito à jornada

A CEE mostrou preocupação com o uso abusivo do WhatsApp e do Teams nos celulares dos empregados.
“O celular é pessoal e temos que estabelecer regras para que não se extrapole o uso, inclusive fora do período de expediente, por meio do Teams e de outros aplicativos de comunicação, como o WhatsApp”, observou a representante da Fetec-SP, Vivian Sá.
A representação dos empregados alega que estes aplicativos têm sido utilizados para cobrança de metas, mesmo fora da jornada de trabalho.
Com relação às metas, a CEE também ressaltou que elas são estabelecidas e alteradas para cima, durante o período de seu cumprimento. “Não podemos deixar que haja aumento de meta antes da data que foi inicialmente estabelecida para ser cumprida. É preciso que haja perenidade e que, em caso de descumprimento sazonais, não haja prejuízo ao desenvolvimento da carreira do trabalhador”, observou o coordenador da CEE.
“Além disso, não podemos ser obrigados a vender um serviço, um produto, a um cliente que não precisa dele. Apenas para que a meta seja cumprida. Isso tem adoecido nosso quadro de pessoal”, completou.
“A Caixa pode ser, mais uma vez, protagonista no setor bancário, ao atuar pela redução do adoecimento da categoria”, observou o representante da Fetrafi-MG, Lívio dos Santos.
A CEE também reforçou o pedido para que o “Agiliza” (locação de empregados fora das agências para triagem dos clientes) seja revisto. “A Caixa não pode agir como banco privado. Ao impedir a entrada para a realização de certos serviços nas agências, ela promove a segregação. Somente tem acesso ao interior da unidade os clientes que podem gerar algum rendimento financeiro para o banco”, disse a representante da Fetrafi-NE, Chay Cândida.

Teletrabalho

Em atendimento às reivindicações do movimento sindical, a Caixa está estudando mecanismos para garantir o respeito à desconexão e à jornada de trabalho e sugeriu que a proposta seja debatida e elaborada na próxima de mesa de negociações, que será realizada em 21 ou 22 de agosto.
“Com relação ao teletrabalho, queremos discutir o público-alvo, as prioridades, os critérios, se é permanente, ou rotativo, a questão da estrutura para o trabalho, a ajuda de custo e que deixe de ser uma moeda de troca nas mãos de gestores que liberam, ou não, para o teletrabalho como forma de prêmio, ou um castigo”, disse Rafael de Castro.

Taxas e isenções

A cláusula 17 do ACT em vigência até 31 de agosto, estabelece isenção aos empregados da anuidade de dois cartões de crédito. O movimento sindical reivindica que a isenção seja para todos os cartões.
A cláusula 18 trata sobre os juros do cheque especial e enquadra os empregados na “faixa 5”, exclusivamente na conta em que eles recebem seus salários e/ou proventos. “Sabemos que outros grupos de clientes têm taxas menores do que a oferecida aos empregados. Queremos que aos empregados seja concedida a menor taxa que o banco pratica”, disse Rafael.
O movimento sindical também reivindica que sejam mantidas as isenções de tarifas de serviços bancários a todos os empregados.

Sinistro de sequestro

O movimento sindical reivindica que, em caso de sequestro que atinja ou vise atingir o patrimônio da empresa, a Caixa custeie todas as assistências (médicas, psicológicas e jurídicas), previstas na cláusula 35 do atual ACT, não apenas aos dependentes, mas também às demais pessoas que estiverem na residência no momento.
“Tratamos da questão dos riscos de sinistros que bancários estão expostos, por exemplo, sequestros e roubos. Estamos comprometidos em garantir que, nos casos concretos, o acolhimento seja estendido a todos os presentes no momento do ato criminoso, independentemente do vínculo familiar”, disse o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto. “Além disso, é fundamental que a Caixa ofereça apoio psicológico integral, tanto para os empregados quanto para os terceirizados que estejam trabalhando na agência onde o crime venha a ocorrer.

*com informações da Contraf-CUT

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Respostas às reivindicações dos funcionários do BB são insatisfatórias

Nesta quarta-feira, 14 de agosto, em São Paulo, o Banco do Brasil apresentou respostas a algumas das reivindicações da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) durante a sétima rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, focada na renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

No entanto, as respostas geraram grandes frustrações por serem classificadas como insatisfatórias.

Bethania Emerick, Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na CEBB, representou a entidade na reunião.

“A expectativa era que o BB trouxesse sinalização de avanços em alguns temas, que são muito caros ao funcionalismo. Infelizmente, saímos frustrados com as poucas devolutivas trazidas. Esperamos que a próxima mesa seja mais produtiva.”, declarou Bethania.

Entre os temas discutidos, um dos pontos centrais foi o assédio moral e a desconexão. O banco propôs a utilização de uma nova ferramenta, chamada Slack, que teria controle de jornada e salvamento de conversas, substituindo o uso do WhatsApp para questões de trabalho, que será proibido.

Outro ponto abordado foi o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid. Atualmente, 5.233 funcionários ainda possuem horas devedoras. Desses, 4.707 têm até 360 horas negativas, algo que, segundo o banco, seria possível de zerar até o prazo estabelecido, em maio de 2025. No entanto, 566 funcionários enfrentam uma situação mais complicada, com uma média de 1.034 horas devedoras, sendo que 239 destes têm mais de 60 anos de idade. Como proposta, o Banco do Brasil sugeriu anistiar as horas de quem tem mais de 60 anos e pais com filhos com deficiência que possuem redução de jornada, além de iniciar um programa de incentivo ao pagamento das horas restantes. A comissão reforçou o pedido por anistia a todos funcionários. “Nós não queremos chegar em maio do ano que vem e temos de debater este tema novamente. Está na hora de deixarmos a pandemia para trás”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o banco negou a possibilidade de eliminar o teto existente, frustrando uma das expectativas dos funcionários. Em relação à revisão de cargos, o banco ainda não deu nenhuma devolutiva, alegando que a questão ainda está em debate interno.

A comissão também cobrou um retorno sobre o programa Perfoma, plano de cargos e salários, e sobre as metas impostas aos funcionários. “A rede varejo continua nos cobrando muito, pois os funcionários continuam adoecendo com essa cobrança enlouquecedora por vendas. Era importante a gente sair daqui com um retorno,” destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Outro ponto que ficou sem resposta foi a questão da saúde e previdência dos incorporados, assim como a reposição de funcionários após o desmonte que o Banco do Brasil sofreu nos últimos governos federais. A comissão também ressaltou a importância da ampliação da licença parentalidade. “A gente esperava sinalizações positivas para que avançássemos para a renovação do acordo,” concluiu Fernanda.

Durante a reunião, o banco também anunciou que todos os funcionários da rede, agências e escritórios serão migrados para uma nova plataforma digital de concorrência a partir desta quinta-feira (15), deixando o sistema antigo obsoleto. “Consideramos positiva a migração do TAO para o DIGITAO, pois garante maior transparência nos processos de concorrência e ascensão”, afirmou Fernanda.

A próxima reunião foi marcada para o dia 22 de agosto, às 15h, em Brasília.

*com informações da Contraf-CUT

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Financiários rejeitam proposta das Financeiras que achataria salários e reduziria PLR

Apesar de os representantes dos financiários terem aberto a reunião cobrando das financeiras responsabilidade com a mesa de negociação e a proposta global para um acordo, os representantes das empresas não levaram nada a sério.

Trouxeram para a reunião, realizada nesta quarta-feira, 14 de agosto, uma proposta de reajuste para salários e demais verbas de 80% do INPC. Ou seja, abaixo da inflação e sem nada de aumento real.

Além disso, para a PLR a proposta foi de pagamento de até 5% do lucro e com teto de 1,8 salário, o que rebaixaria os ganhos de quem tem salários mais baixos e trabalha muito.

O Diretor de Bancos Privados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Max Bezerra, participou da reunião, ocorrida em São Paulo, representando a entidade.

“O setor financeiro, um dos que mais lucram no país, não pode trazer uma proposta absurda de atachamento de salários.”, declarou Max.

“Nossa data base foi 1º de junho, entregamos nossa pauta em 9 de maio. E depois de seis rodadas de negociação, e mais de três meses, vieram com uma proposta tão ruim que tivemos de rejeitar imediatamente, na mesa desta quarta-feira”, afirma a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes. “Ganho real é muito importante. Não aceitaremos retirada de direitos ou rebaixamento nos ganhos dos financiários”, avisa.

“Praticamente nada do que foi reivindicado teve algum retorno positivo das financeiras”, critica o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves. “Tem como melhorar essa proposta, com certeza”, ressalta.

Os trabalhadores reivindicam um acordo de dois anos, com reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC (3,34%), de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Para vales alimentação, refeição e auxílio-creche babá aumento real de 7%.

Razões para rejeitar

A proposta apresentada pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), de aumento de 80% do INPC, representa reajuste de apenas 2,67% para salários e demais verbas. O índice imporia aos trabalhadores perda de 0,65%.

“Não tem sentido apresentar uma proposta que sequer repõe a inflação para os financiários. Nossa reivindicação é de aumento real”, frisa Magaly. “O pedido de reajuste maior para vales alimentação e refeição, auxílio creche-babá foi ignorado.”

Além disso, a proposta de PLR representaria perdas de R$ 1.729 para quem ganha o piso de R$ 2.940. “Os salários até R$ 4.500 perderiam com essa proposta de 5% de distribuição do lucro líquido com teto de 1,8 salários para a PLR”, explica Jair.

Também não houve retorno por parte dos representantes das empresas sobre a proposta de dois anos. Nem sobre a alteração da data base (atualmente em 1º de junho) para se adequar ao tempo que as financeiras levam para apresentar propostas.

Dados dos financiários

A Fenacrefi ressaltou a importância da discussão mais abrangente realizada até agora, inclusive para o setor patronal. A pesquisa sobre Rosto dos Financiários, com dados fundamentais sobre a categoria, reivindicada pelos trabalhadores, deve finalmente ser feita.

Os negociadores das financeiras se comprometeram com a realização do combate à violência contra a mulher: treinamento, cartilhas e compromisso efetivo no combate, disseram.

Sobre o assédio moral, a Fenacrefi se comprometeu com ações de combate. “Também já existem ações nesse sentido, mas vamos trabalhar em cima disso, além de cuidados de promoção à saúde de uma forma geral”, informaram os negociadores das financeiras.

Uma nova rodada de negociação está marcada para 22 de agosto, em São Paulo. E os trabalhadores cobram respeito e uma proposta defensável que represente o esforço dos financiários.

*com informações da Contraf-CUT