Categorias
Últimas Notícias

Caixa: CEE cobra reconhecimento do trabalho de todas e todos

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal cobrou, nesta quarta-feira (7/8), durante reunião de negociação para renovação do Acordo Coletivo, que o banco reconheça o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Outra demanda apresentada nesta quarta-feira foi para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião.

Também foram cobradas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco, para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Outra cobrança foi para que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa, antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público.

A representação dos empregados também cobrou a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.

“O banco tem acolhido nossas reivindicações e dito que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para que a gente possa apresentar para o conjunto das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre nossas reivindicações nos seriam apresentadas. Esperamos que na semana que sejam trazidas as respostas”, completou.

Na mesa única de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as respostas dos bancos não tem sido tão diferentes e a representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria. “A orientação é para que as empregadas e empregados da Caixa participem ativamente das atividades e estejam mobilizados para cobrar respostas da Caixa e da Fenaban”, disse Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Sexta mesa de negociação do BB debate cláusulas econômicas do ACT

Na tarde desta quarta-feira (7/8), em São Paulo, ocorreu a sexta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 voltada para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil. Os temas abordados incluíram metas, Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), plano de cargos e remuneração, Performa, carreira de mérito, caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) apresentou relatos de aumento de metas por todo o Brasil. Uma das reivindicações apresentadas é a transformação da mesa temática sobre cobrança de metas em uma mesa permanente com reuniões trimestrais.

A Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Bethania Emerick, representou a entidade na reunião.

Gestão de Desempenho Pessoal

Os dados apresentados pelo BB sobre a GDP evidenciam uma redução significativa nos casos insatisfatórios e descomissionamentos nos últimos três anos. De 2021 para 2022, os casos insatisfatórios reduziram 15,9% e os descomissionamentos 56,8%. Já no ano seguinte, os casos insatisfatórios caíram de 25,8% e os descomissionamentos 93,3%.

Mesmo com os números positivos, os representantes dos trabalhadores reivindicam que o descomissionamento decorrente de avaliações de desempenho funcional passe a observar três ciclos avaliatórios insatisfatórios consecutivos antes de ser aplicado. Além disso, o sistema de GDP deve possibilitar a defesa do funcionário. A comissão cobra ainda a exclusão de anotações negativas em caso de não cumprimento de todas as fases do ciclo avaliatório ou indícios de vício de origem.

 

Plano de Cargos e Remuneração (PCR)

A comissão reivindica que a carreira de mérito possa incrementar a remuneração dos comissionados, com as promoções com base em uma pontuação acumulada ao longo do tempo de serviço. As promoções também devem considerar o tempo de permanência em cargos no banco, com diferentes grupos de funcionários recebendo pontos diários para progressão na carreira. “É importante uma solução com um novo PCR para reverter os impactos do programa “Performa”, que só trouxe distorções nas carreiras dos colegas comissionados. É preciso um plano que reconheça a carreira e o mérito dos funcionários”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB, Gustavo Tabatinga Jr

 

Caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço

A negociação também abordou questões específicas dos caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A reivindicação dos trabalhadores é que o exercício da função de caixa seja pontuado tanto para concorrências de ascensão profissional quanto para a carreira de mérito, desde o primeiro dia na função. A substituição de comissionados deve ser garantida a partir do primeiro dia de ausência do titular do cargo, assegurando ao substituto o mesmo salário do substituído.

“Cobramos do banco uma solução definitiva para a situação dos caixas. Reivindicamos a manutenção dos salários e a possibilidade de qualificação e priorização para os que optem por concorrer para novas funções”, disse Fernanda.

O BB garantiu que a situação está sendo avaliada e irá retornar até o fim das negociações da Campanha Nacional.

“Estamos em um momento crucial para garantir que os direitos dos trabalhadores do Banco do Brasil sejam preservados e ampliados. As reivindicações apresentadas visam não apenas melhorias nas condições de trabalho, mas também a valorização do esforço e dedicação dos funcionários. É fundamental que o banco reconheça essas demandas e trabalhe conosco para criar um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado”, completou Gustavo Tabatinga Jr.

*com informações da Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Em nova reunião, banqueiros propõem precarizar salários

Nesta quarta-feira, 7 de agosto. Pela 6ª rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, o Comando Nacional cobrou da Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) aumento real nos salários, aumento na PLR e melhorias nas demais cláusulas econômicas, como nos vales alimentação e refeição, diante dos significativos resultados financeiros dos bancos.

Luiz Gabriel Velloso, Diretor Coordenador para a Região Serrana da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e Presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Região, está representando a Federação no lugar do Presidente, Nilton Esperança.

A Fetraf RJ/ES também esteve representada pelo Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão).

“Apresentamos nossas demandas aos bancos mas, infelizmente, eles rejeitaram. E, o pior, com uma proposta de fatiar nossa categoria. O que foi prontamente recusado por todos nós, do movimento sindical. Agora, iremos voltar às nossas bases para mobilizar bancárias e bancários, para que na próxima reunião tenhamos e recebamos uma proposta decente.”, comentou Luiz Gabriel.

A Consulta Nacional dos Bancários deste ano, realizada com quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores em todo o país, aponta que o aumento real no salário está no topo (93%) das prioridades da categoria, seguida pelo aumento da PLR (63%), e dos vales alimentação e refeição (51%).

O porta-voz da Fenaban falou de aumento de concorrência no setor, diante do surgimento de novas instituições de pagamento. Disse ainda que essa concorrência coloca o setor bancário em risco no país e sugeriu propostas que poderiam precarizar direitos e rebaixar os salários.

“Os bancos estão chorando de barriga cheia. Mostramos que, entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Além dos lucros, os bancos sempre mantiveram rentabilidade significativa no país, mesmo em momentos de crise, com crescimento médio de 15% acima da inflação. A título de comparação, os bancos dos Estados Unidos têm rentabilidade média de 6,5% acima da inflação, na Espanha 10% e na Inglaterra 9%”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Atualmente, 82% do crédito brasileiro e 81% dos ativos do setor financeiro estão nas mãos dos bancos”, completou.

Os trabalhadores ressaltaram ainda que, apesar de a Convenção Coletiva de Trabalho ter garantido aumento real de 21% na remuneração da categoria, entre 2003 e 2023, efetivamente, os ganhos reais no período foram de 16%, por causa da rotatividade no setor, uma vez que trabalhadores admitidos ingressam com salários menores que os admitidos. E, nos últimos oito anos, os bancários tiveram um déficit nos salários de 0,3%, abaixo da inflação.

“Então, a realidade é que os bancos estão retirando os ganhos da categoria, obtidos em cordo coletivo, por meio da rotatividade e isso impacta também na qualidade dos serviços para os clientes, porque demitem trabalhadores mais experientes, novamente, colocando os ganhos financeiros acima dos direitos trabalhistas e do atendimento melhor”, completou Juvandia.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, lembrou que, entre 2003 a 2023, as receitas de tarifas dos bancos cresceram 120% acima da inflação. “As receitas com as tarifas são por onde as empresas retiram recursos para a folha de pagamento. Neste mesmo período, de 20 anos, as despesas com pessoal dos bancos cresceram 52%. Se pegarmos então operíodo a partir de 2017 até 2013, as despesas com pessoal dos bancos caíram 10% em termos reais”, ressaltou, com base em levantamento do Dieese.

Principais revindicações da mesa

Recomposição salarial:

– Que o reajuste salarial corresponda à reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Participação nos Lucros e Resultados:

– Garantia de que todos os empregados, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente, tenham participação nos lucros da empresa, a partir do pagamento de três salários-base, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024.

– Que as empresas paguem, a título de parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%.

– Que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros pagamentos feitos por planos próprios e de remuneração variável.

– Transparentes sobre as regras usadas para calcular e pagar a PLR.

Auxílio alimentação e auxílio refeição:

– Aumento do VA dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00, e aumento do VR dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39.

Auxílios creche e babá:

– Pagos no valor de um salário-mínimo, R$ 1.412,00.

Endividamento entre os bancários

O Comando Nacional também levou à mesa resultados da pesquisa sobre a situação de endividamento da categoria: 71% estão com dívidas, desses 46% com cartão de crédito e 42% com crédito pessoal.

A título de comparação, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio aponta que 78,8% das famílias do país estão endividadas. Na população com renda acima de 10 salários mínimos, esse percentual é 71,4%.

Entre os bancários endividados, 10% estão com atrasos, enquanto a média das famílias com alguma dívida em atraso no país está em 28,6%.

“Dessas dívidas em atraso, entre os bancários, 66% são com cartão de crédito e 45% crédito pessoal, o que é muito preocupante, sobretudo no caso do cartão de crédito, diante dos juros extorsivos do rotativo”, pontuou Juvandia Moreira.

O Comando Nacional dos Bancários lembrou que, até 2022, ocorreu um aumento nos níveis de endividamento do país, por conta de fatores como crise política e econômica e a covid-19. Esses níveis começaram a melhorar em 2023, com inflação sob controle, melhora na atividade econômica, programas de governo para famílias saírem do endividamento, como o Desenrola, e aumento nos níveis de emprego.

“Nossa reivindicação neste ponto do endividamento é para que os bancos atuem, por exemplo, com a criação de um crédito consignado, com juros abaixo dos praticados, para os funcionários. Chamamos a atenção também que, com a melhora das atividades econômicas, os bancos estão apresentando melhores lucros, em relação aos anos recentes e isso é reflexo dos esforços da categoria, no seu dia a dia no trabalho, e que devem ser reconhecidos, com melhoria na remuneração”, ressaltou Juvandia.

Dia de mobilização

O próximo encontro com a Fenaban será em 13 de agosto. O Comando cobrou que os bancos tragam, no dia, propostas já debatidas até o momento na campanha nacional.

No dia 12, a categoria realizará um dia nacional de lutas, para cobrar propostas decentes aos bancos.

Calendário das próximas negociações

13/08 – Cláusulas econômicas

20/08 – Em definição

27/08 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Caixa reativa estruturas regionais de pessoas

Nesta segunda-feira (5), dia em que foram empossados, as gerentes, os gerentes e representantes regionais de pessoas da Caixa Econômica Federal receberam, um ofício do sindicato local, no qual a entidade se coloca à disposição para contribuir com a gestão humanizada do banco. Os sindicatos também solicitaram a rápida instalação do comitê regional de credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa e o agendamento de uma reunião para dar início as atividades do comitê.

“Em várias localidades do país, a rede credenciada do Saúde Caixa é muito precária. Perde-se um dia inteiro, ou mais, de trabalho para se fazer uma consulta médica. Isso gera prejuízo para o banco e para os empregados e ainda atrapalha o funcionamento da unidade, uma vez que os demais empregados ficam ainda mais sobrecarregados”, explicou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “É preciso, o quanto antes, ampliar a rede credenciada para resolver este problema”, completou.

>>>>> Veja galeria de fotos

Mobilização

Seguindo orientação da CEE, os sindicatos também fizeram atividades em diversas agências da Caixa de todo o país para informar aos empregados sobre a reabertura das Gipes e das Repes e explicar que a reativação das estruturas pode ajudar a solucionar problemas regionais, destacando que se trata de uma conquista da luta dos trabalhadores organizados por suas entidades de representação sindical.

Nas atividades, os dirigentes se revezavam ao microfone para passar informações da Campanha Nacional dos Bancários 2024, sobre andamento das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e com a Caixa e para mobilizar as empregadas e empregados para as atividades sindicais.

“Estamos entrando em um momento muito importante da Campanha Nacional dos Bancários 2024. Nesta semana já começam as rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban sobre as cláusulas econômicas. A categoria reivindica o aumento real de 5% (INPC+5%) nos salários, aumento dos vales refeição e alimentação e da PLR”, explicou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “As negociações sobre nosso acordo coletivo, específico da Caixa, também entram em um momento decisivo. O banco começará a trazer as respostas sobre as reivindicações aprovadas no 39º Conecef e apresentadas à Caixa. Todas e todos têm que ficar informados e mobilizados para a campanha”, completou Eliana.

Boletim Avante

Durante as atividades, os sindicatos entregaram às empregadas e empregados um boletim com informações sobre as negociações com a Caixa. O arquivo do material foi enviado pela Contraf-CUT a todas as entidades que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários e está disponível na área restrita do site.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Bradesco alcança lucro de R$ 8,927 bilhões no 1º semestre de 2024

No 1º semestre de 2024, o Banco Bradesco obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 8,927 bilhões, representando uma alta de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023. No segundo trimestre de 2024, o lucro foi de R$ 4,716 bilhões, com um crescimento de 12,0% em comparação ao 1º trimestre, quando o lucro registrado foi de R$ 4,211 bilhões.

Ao final de junho de 2024, o Bradesco contava com 84.711 empregados, uma redução de 573 postos de trabalho em doze meses e de 923 postos comparado ao trimestre anterior. Em doze meses, foram encerradas 277 agências e 78 transformadas em unidades de negócio, totalizando 2.510 agências e 809 unidades de negócios. No trimestre, foram encerradas 194 agências e 7 foram transformadas em unidades de negócios. O número total de clientes do banco cresceu em 0,9 milhão no semestre, atingindo 72,9 milhões de clientes.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco, Erica de Oliveira, destacou: “Estamos em plena Campanha Nacional dos Bancários e esperamos que o banco reconheça a dedicação dos bancários do Bradesco, sempre comprometidos com o cumprimento de suas responsabilidades. Continuaremos atentos e protestando contra o fechamento de agências e contra a redução dos postos de trabalho. Os números do balanço são claros quanto a isso e só reforçam a percepção que temos no dia a dia.”

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o lucro do banco.

Categorias
Últimas Notícias

Banco Itaú muda regras para funcionários sem CPA

O Banco Itaú alterou as regras sobre como alertar os funcionários que não possuem a Certificação Profissional Anbima (CPA). Antes, para um trabalhador que não tinha a certificação e nunca havia feito a prova, o banco aplicava uma medida orientativa e concedia um prazo de 60 dias para realização do exame. Se o funcionário não realizasse a prova nesse período, recebia uma advertência e um novo prazo de 60 dias. Caso o funcionário ainda não realizasse a prova, era advertido novamente e tinha mais um prazo de 30 dias. Se, ao final deste prazo, não obtivesse a certificação, era demitido.

No entanto, desde a semana passada, os funcionários estão sendo surpreendidos com advertências, mesmo aqueles que realizaram a prova e não foram aprovados.

“O Itaú precisa avaliar cada caso individualmente, considerando as dificuldades de aprovação, problemas de saúde e outros fatores que possam interferir na obtenção da certificação”, afirmou Valeska Pincovai, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

José Renato, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, comentou. “O Banco Itaú mudou as regras para aplicações de advertências, sem comunicar os envolvidos e os representantes da COE, para quem não possui certificação. Estamos orientando os funcionários que nos procuram e enviamos ofício ao banco para o mais urgente possível suspender tais advertências e agendar uma reunião para esclarecimentos e posterior reorientação aos funcionários. Há relatos de problemas de saúde que dificultam o estudo, sua concentração e posterior aprovação.”

A COE, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), enviou um ofício ao banco para solicitar a suspensão dessas advertências e uma reunião com o banco. O Itaú alega que já houve tempo suficiente para os funcionários obterem a certificação, que atualmente é obrigatória para todos os que trabalham com clientes, independente das regras do Banco Central.

“Acreditamos que essa medida é muito injusta, pois cada caso deve ser avaliado individualmente. Trabalhadores com problemas de saúde ou em licença-maternidade não podem ser punidos!”, reforçou a coordenadora da COE.

A COE Itaú alerta os trabalhadores para que fiquem atentos, pois três advertências podem levar a uma demissão por justa causa. “A orientação é que os funcionários procurem os sindicatos caso estejam enfrentando essa situação, para que medidas jurídicas sejam tomadas, caso necessário, e para garantir que não haja injustiças”, finalizou Valeska.

*com informações da Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Categoria bancária exige reajuste salarial digno, diante dos recordes de lucros no setor

Na próxima quarta-feira (7), o Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com a comissão de negociações da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), desta vez, para reivindicar aumento real nos salários, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos vales refeição e alimentação. O encontro será a 6ª rodada da Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“O aumento real de salário, o aumento da PLR e o aumento nos vales alimentação e refeição (VA/VR) são, respectivamente, as três primeiras prioridades da categoria, segundo a Consulta Nacional dos Bancários, que contou com a participação de quase 47 mil pessoas, neste ano. Isso mostra que as bancárias e bancários têm consciência e querem que os bancos sejam justos em reconhecer os direitos da categoria, diretamente responsável pelos recordes de lucros registrados por essas empresas”, destaca a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Em 2023, o lucro líquido dos bancos foi R$ 145 bilhões, alta de 5% em comparação a 2022. No primeiro trimestre deste ano, o lucro dos cinco maiores bancos do país teve crescimento de 15,2% e alcançou R$ 29,2 bilhões, em relação ao mesmo período de 2022.

Recomposição salarial

A reivindicação da categoria bancária é que o reajuste salarial corresponda à reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Levantamento do Dieese mostra que, entre 2003 e 2023, os maiores bancos do país tiveram aumento do lucro líquido real de 169%.

No mesmo período, a rentabilidade média dos bancos (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi significativamente superior à inflação, mesmo durante a pandemia, quando a média ficou 2,5 vezes acima. Em 2023, enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade média dos bancos no Brasil foi 15%.

Já a remuneração média da categoria bancária, entre 2003 e 2022, teve crescimento de apenas 16%. Neste mesmo período, os ganhos reais previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e bancárias foi de 21%.

“Essa diferença entre o que foi estabelecido na CCT (21%) em relação à remuneração média real no período (16%) se deve à rotatividade entre bancários demitidos e admitidos, que acabou levando a remuneração média para baixo, porque os bancários admitidos, geralmente, têm salários de ingresso inferiores aos demitidos”, explica o economista do Dieese, da subseção da Contraf-CUT, Gustavo Cavarzan. Em 2023, os bancos fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários no país.

“A reivindicação para que os bancários tenham direito a uma remuneração justa e que corresponda aos seus esforços, no seu dia a dia, nessas empresas é uma questão de justiça social. Também é de extrema importância contra a concentração de renda e para a economia. Em 2023, por exemplo, somando o reajuste nos salários, reajuste nos vales e a totalidade da PLR, a campanha da categoria bancária injetou aproximadamente R$ 10,9 bilhões na economia do país”, pontuou Juvandia Moreira.

Participação nos Lucros e Resultados

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor.

Entre 1997 e 2023, por exemplo, a PLR do cargo de caixa teve aumento real de 137%, entretanto, no mesmo período, o crescimento real no lucro dos bancos foi de 337%, ou 2,5 vezes superior ao aumento real que a PLR paga para esses trabalhadores.

Na campanha salarial deste ano, a categoria quer a garantia de que todos os empregados, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente, tenham participação nos lucros da empresa, a partir do pagamento de três salários-base, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024.

O movimento sindical também reivindica que as empresas paguem, a título de parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%.

Outras exigências das entidades que representam os trabalhadores são que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros pagamentos feitos por planos próprios e de remuneração variável e, ainda, que as empresas sejam transparentes sobre as regras usadas para calcular e pagar a PLR.

“Essas regras de pagamento da PLR precisam ser objetivas e claras. Atualmente, tem bancos que não discriminam no holerite o que é programa próprio e o que é a PLR”, explica Juvandia Moreira.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, ressalta que, “por refletir o lucro das empresas, a PLR é fruto do esforço de toda a categoria”. “Portanto, quando defendemos a distribuição justa da PLR, estamos defendendo a valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores bancários”, pontuou.

Auxílio alimentação e auxílio refeição

Em relação ao auxílio alimentação, a categoria reivindica aumento dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00.

Enquanto que, em relação ao auxílio refeição, a reivindicação é de aumento dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Santander lucra às custas dos funcionários e de fechamentos de agências

No primeiro semestre de 2024, o banco Santander alcançou um Lucro Líquido Contábil de R$ 6,18 bilhões, crescimento de 46,9% em relação ao mesmo período de 2023. Apenas no segundo trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao trimestre anterior, que registrou R$ 2,9 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 15,5%, crescimento de 4,3 pontos percentuais em doze meses. Mais uma vez, a unidade brasileira do banco espanhol contribuiu significativamente, representando 18,8% do lucro global de € 6,059 bilhões, que teve um aumento de 16% em doze meses.

Apesar dos resultados financeiros positivos, a holding Santander encerrou o primeiro semestre com 55.091 empregados, uma redução de 80 postos de trabalho em doze meses (-119 no trimestre). Além disso, a base de clientes aumentou em 3,9 milhões em relação a junho de 2023, totalizando 67,2 milhões. Em contrapartida, foram fechadas 380 agências e postos de atendimento (-81 no trimestre).

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, os dados mostram uma clara contradição: enquanto o lucro do Santander cresce significativamente, a força de trabalho diminui e muitas agências e postos de atendimento são fechados. “Isso é reflexo da implementação da multicanalidade, uma política de redução de custo do banco. Com isso, os funcionários enfrentam incertezas e reduções no quadro de pessoal, apesar do aumento expressivo nos lucros do banco. Isso levanta questões sobre as prioridades da instituição financeira e as consequências para seus empregados e clientes”, declarou.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Categoria se mobiliza por aumento real e PLR maior na terça (6) e quarta (7)

Nesta terça-feira (6), a categoria bancária realizará mobilizações nas agências de todo o país pedindo reajustes na remuneração. As ações ocorrerão um dia antes da 6ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A orientação é que, nos locais de trabalho, as entidades trabalhem os materiais em cima do mote “Se tem lucro, tem que ter valorização” e, quando forem postar as ações nas redes sociais, utilizem a hashtag #JuntosPorValorização, sempre marcando a Contraf-CUT (@Contraf_CUT).

Além das mobilizações de terça-feira, no dia seguinte, quarta-feira (7), das 9h às 11h, a categoria é chamada a participar de um tuitaço, repetindo a hashtag #JuntosPorValorização.

Um e-mail foi enviado nesta segunda (5) às entidades sindicais, com materiais para o dia nacional de mobilização e para o tuitaço.

Dados

O aumento real de salário, o aumento da PLR e nos vales alimentação e refeição (VA/VR) são, respectivamente, as três primeiras prioridades da categoria na Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, foi respondida por quase 47 mil pessoas.

As principais reivindicações nestes três pontos, incluídas na minuta aprovada durante a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, são:

Recomposição salarial

– Reajuste que corresponda à reposição da inflação, medida pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Participação nos Lucros e Resultados

– Pagamento de três salários-bases, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024;
– Parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%;
– Que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros valores pagos em planos próprios e de remuneração variável;
– E que todos os empregados tenham a PLR, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente.

Vales alimentação e refeição

– No vale alimentação (VA) a reivindicação é aumento dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00;
– No vale refeição (VR), aumento dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39;
– Além disso, um adicional de R$ 1.000,00 em vale alimentação para compensar a alta inflação dos alimentos.

“São as bancárias e bancários que constroem, com muito trabalho, os resultados dos bancos. E nossa pauta de reivindicação reforça essa demanda, por aumento real nos salários, na PLR e VA/VR”, pontua a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Ela lembra ainda que, entre 2003 e 2023, os maiores bancos do país tiveram aumento do lucro líquido real de 169%. No primeiro trimestre deste ano, o lucro desses mesmos bancos teve crescimento de 15,2% e alcançou R$ 29,2 bilhões, em relação ao mesmo período de 2022.

Entre 2003 e 2023, a rentabilidade média de todos os bancos do país (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi significativamente superior à inflação, mesmo durante a pandemia, quando a média ficou 2,5 vezes acima. Em 2023, enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade média dessas instituições financeiras foi 15%.

Fonte: Contraf-CUT

Categorias
Últimas Notícias

Inauguração de CliniCassi na Previ atende reivindicação dos associados

A Previ e a Cassi uniram forças para disponibilizar uma CliniCassi na sede da Previ, no rio de Janeiro. A sala de atendimento foi inaugurada na última quarta-feira (31) em uma solenidade que contou com a presença das diretorias das duas entidades. A nova unidade, uma extensão da CliniCassi Copacabana, está destinada ao atendimento dos funcionários cedidos e seus dependentes, funcionando das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Bethania Emerick, Diretora de Cultura e representante em exercício da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), participou da reunião.

“É muito significativa essa parceria entre as entidades, no sentido de cuidar da saúde dos funcionários, aposentados e familiares, de maneira integral e estratégica.”, comentou Bethania.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, lembrou que a abertura de unidades da Cassi nas dependências de maior concentração de funcionários do BB é uma antiga reivindicação do movimento sindical. “Por isso estivemos presentes e parabenizando as direções da Cassi e Previ pelo avanço. Os que defendem a Cassi entendem a importância de aproximar e aprofundar cada vez mais o cuidado integral com a saúde das funcionárias e dos funcionários.”

Expansão da parceria

A nova parceria visa também levar o atendimento da Previ para dentro das CliniCassi. O presidente da Previ, João Fukunaga, ressaltou a importância desta sinergia: “Essa parceria vem pra gente ampliar horizontes, mudar nossa mentalidade e olhar a saúde laboral e a aposentadoria como coisas complementares. Uma não faz sentido sem a outra. Por isso, esperamos que, em breve, possamos ampliar essa parceria e oferecer atendimento previdenciário nas CliniCassi de todo o país.”

Na semana anterior, durante a mesa de negociação, o Banco do Brasil afirmou que os prédios da Cassi estão à disposição para que a parceria ocorra com a Previ. “Iremos cobrar que a estratégia seja ampliada. É salutar que os associados da Cassi e seus familiares tenham acompanhamento constante e através de médicos da família”, declarou Fernanda Lopes.

Na mesma data, foram entregues as pautas referentes à Previ e a Previdência à diretoria da Previ.

*com informações da Contraf-CUT