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Empregados cobram mesa de negociações sobre a Funcef

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta quarta-feira (17), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando que seja realizada uma mesa de negociação sobre a Funcef, como parte da Campanha Nacional dos Bancários 2024. Esta é uma reivindicação que já vinha sendo feita faz algum tempo e foi reiterada durante a última reunião de negociação, ocorrida na sexta-feira (12).

Na ocasião, a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, disse que “os participantes colocam seu dinheiro nos fundos e têm o direito de participar das negociações sobre a solução”. Durante a reunião, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa ressaltou que é importante que o banco e a Funcef mantenham relações com as entidades associativas e de representação dos empregados, mas que as negociações devem acontecer em mesa específica e informou que a Contraf-CUT enviaria um ofício à Caixa frisando esta necessidade.

No ofício, a Contraf-CUT observa que “o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan Saldado da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), o contencioso judicial da Caixa Econômica Federal que é repassado para a Funcef e seus participantes, e tantas outras questões sobre a fundação não podem ser decididas pelo banco sem a participação dos proprietários dos recursos dos fundos, que são os empregados participantes.”

O texto lembra ainda que “já faz algum tempo que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e diversas outras entidades de representação e associativas das empregadas e empregados solicitam que se instaure uma mesa de negociações para tratar sobre a Funcef.”

Por fim, o texto ressalta que as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2024 estão em andamento e solicita “que a Caixa se reúna com representantes das empregadas e empregados participantes dos fundos, juntamente com representantes da Funcef, para juntos construírem uma proposta de solução para as questões já bastante conhecidas por todos.”

“Temos propostas viáveis, que não retiram direitos dos participantes dos fundos de pensão, que podem ser facilmente implementadas”, afirmou o coordenador da CEE, Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

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Mais um funcionário do Itaú é reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), reintegrou mais um funcionário do Banco Itaú.

A reintegração ocorreu nesta última terça-feira, 16 de julho.

O bancário Rezande Francisco da Silva havia sido demitido em agosto de 2023. Onde, incialmente, a tutela de urgência foi indeferida.

Entretanto, considerando a existência de doença ocupacional, em audiência realizada neste mesmo dia 16/7, foi reconsiderada a liminar e determinada a reintegração do bancário.

“Quero agradecer, de coração, pelo excelente atendimento durante o meu processo de reintegração. Todos foram incríveis e me deram todo o apoio que precisei. A dedicação e competência dos profissionais fizeram toda a diferença. E, graças a isso, consegui ser reintegrado na empresa. Sou muito grato por tudo. Além do departamento jurídico, também quero agradecer a cada diretor sindical que me acompanhou nesse processo. Muito obrigado!”, comentou e agradeceu Rezande.

Fonte: SEEB Baixada Fluminense (RJ)

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Reforma tributária: os próximos passos

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos previstos na Emenda Constitucional 132, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 10 de julho, já está em tramitação no Senado, onde terá como relator o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

No Senado, antes de ser votado em plenário, o PLP 68/2024 será debatido apenas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas o relator já descartou a possibilidade de discussão em apenas 45 dias. Como há um pedido do Governo de tramitação em regime de urgência, se o debate não for concluído em 45 dias, há o trancamento da pauta do Senado. Por isso, os senadores já manifestaram interesse na retirada, pelo governo, do pedido de regime de urgência.

“O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, havia prometido que a regulamentação da reforma tributária seria concluída ainda neste ano . Esperamos que seja realmente ainda este ano, pois o país precisa que esta primeira fase da reforma termine para que, o quanto antes possamos votar a parte que vai tratar da tributação sobre a renda e a riqueza, para que quem ganha mais pague mais e quem ganha menos pague menos, ou seja isento”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento das pautas de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

“Vamos fazer pressão para que essa parte da tributação sobre a renda e a riqueza seja enviada para o Congresso Nacional e entre em discussão ainda neste ano. Mas, sendo realista, acho muito difícil, pois este projeto aprovado pela Câmara pode ser modificado no Senado e, neste caso, terá que voltar a tramitar na Câmara antes de ser encaminhada para a sanção presidencial”, informou Jefão.

O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT lembrou também que, ainda antes de tratar da tributação sobre a renda e a riqueza, o Congresso tem que aprovar a regulamentação do PLP 108/2024, que trata sobre os tributos de estados e municípios sobre consumo e propriedade. “A expectativa é que esse projeto seja analisado pela Câmara após o recesso parlamentar”, informou.

Ainda assim, outros projetos de lei e normas para tratar das alíquotas dos bens sujeitos ao imposto seletivo e dos tributos sobre heranças, que devem ser apresentados somente em 2025, devem ser analisados.

Fonte: Contraf-CUT

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Defesa dos direitos dos empregados é prioridade nas negociações iniciadas com Santander

Nesta terça-feira, 16 de julho, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Santander deu início às negociações do acordo específico com o banco, reafirmando sua postura na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Claudio Merçon (Cacau), representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Santander, participou da reunião, que ocorreu na Sede do banco, em São Paulo.

“Não iremos aceitar retirada de direitos e priorizaremos a discussão de cláusulas novas.”, comentou Cacau.

EMPREGO

Um dos principais temas debatidos durante o encontro foi a questão do emprego. O movimento sindical cobrou o fim das demissões e os números de agências, postos de atendimentos bancários (PABs), funcionários e terceirizados. A pressão para a manutenção dos postos de trabalho e a garantia de direitos são pilares fundamentais para a COE nesta rodada de negociações.

A secretária de Relações Internacionais e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Rita Berlofa, destacou a importância de não apenas manter, mas ampliar os direitos dos trabalhadores. “Nós não queremos que mude o que tem, nós queremos que amplie para novos direitos dos trabalhadores,” afirmou Berlofa.

Ela enfatizou a questão das demissões e das contratações fraudulentas como um problema crítico. “Na hora do emprego, nós deixamos bem claro o seguinte: a redução de trabalhadores bancários se dá de duas formas no banco, uma é pela demissão imotivada e a outra pela contratação fraudulenta de mão-de-obra, onde um trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada do banco, sem direitos, sem os benefícios, enfim, sem os direitos da categoria bancária e com salários reduzidos.”

Wanessa Queiroz mencionou o clima de apreensão entre os trabalhadores. “56% dos trabalhadores do Santander hoje vivem um clima extremamente apreensivo, medo da demissão e medo da contratação fraudulenta de mão de obra. Reafirmamos que esse sentimento de medo não é bom e precisa mudar.”

Rita Berlofa finalizou ao destacar a disposição para negociar e desafiou o banco a buscar alternativas viáveis. “Nós colocamos ao banco que precisamos encontrar alternativas que não sejam a simples demissão ou essa contratação fraudulenta de mão de obra. Estamos dispostos a negociar alternativas para isso e desafiamos o banco a negociar isso conosco. Pedimos também que o banco nos apresente, na próxima reunião, os números de desligados da categoria, de admitidos como bancários e admitidos como terceirizados das empresas coligadas.”

PRÓXIMAS REUNIÕES

As próximas reuniões serão realizadas nos dias 26 de julho e 2 e 9 de agosto, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

*com informações da Contraf-CUT 

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Em mais uma rodada de de negociação, financiários exigem fim de terceirizações e formalização do teletrabalho

Nesta terça-feira, 16 de julho, representantes dos trabalhadores financiários realizaram mais uma rodada da mesa de negociações com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Desta vez, para reivindicar o fim de terceirizações e a formalização do teletrabalho no setor.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve representada pelo Diretor de Bancos Privados, Max Bezerra.

“As financeiras devem parar com a terceirização e passar a investir no emprego, com direitos garantidos na CCT.”, comentou Max.

O encontro faz parte das negociações da Campanha Nacional dos Financiários 2024 para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“Levamos para a mesa a necessidade de proteção de empregos, e de empregos de qualidade, em que os direitos sejam protegidos e garantidos. Estamos vendo no segmento o aumento da contratação de terceirizados e redução da contração formal”, explicou a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes.

Na mesa, o movimento sindical também denunciou o aumento de contratações de correspondentes bancários, como mais uma maneira de o setor reduzir as contratações diretas e formais, repassando os serviços para outras empresas que não cobrem os mesmos direitos reivindicados pela categoria.

Teletrabalho

Sobre a questão do teletrabalho, o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, cobrou que “as financeiras com a prática de home office devem ter a modalidade clausulada na CCT”.

Na minuta de reivindicações, que já foi entregue para a Acrefi, no Artigo 35, sobre Teletrabalho, o movimento sindical pede garantia de tratamento, remuneração e direitos aos trabalhadores que realizam suas atividades laborais à distância, incluindo a concessão de todos os benefícios previstos para os colegas que atuam presencialmente.

Entre outros pontos da minuta de reivindicações, estão também a garantia de ferramentas e equipamentos necessários para o desempenho do teletrabalho, e que estejam dentro dos parâmetros de saúde e segurança do trabalho; respeito à jornada contratual; privacidade nos períodos de descanso; e cobertura dos custos e gastos na execução das atividades à distância, com o pagamento de um auxílio teletrabalho.

Magaly Fagundes reforçou ainda a necessidade de um levantamento do perfil da categoria, para saber quantos são os que, atualmente, estão em home-office. “Devido à grande diversidade desse setor, as financeiras que praticam o teletrabalho precisam seguir um acordo que contemple os trabalhadores, como pedimos na minuta, e que inclui ajuda de custo, respeito à segurança de trabalho. Porque sabemos que há uma grande quantidade de financiários atuando em home office”, pontuou a dirigente.

Calendário de Negociações

19/07 – Saúde e condições de trabalho (Tarde)
23/07 – Cláusulas econômicas (Manhã)
30/07 – Cláusulas econômicas (Tarde)

*com informações da Contraf-CUT

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Governo federal realiza 5ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência

A 5ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, organizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que há oito anos, desde o golpe da presidenta Dilma Rousseff, não era realizada, acontece desde domingo (14) até quarta-feira (17).

A Conferência Nacional foi precedida das conferências regionais – estaduais e municipais -, e por voltar a ter o caráter de ampla participação social, tem sido motivo de celebração pelas organizações sociais.

Para a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, a retomada da Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, após oito anos, demonstra o compromisso do governo com a democracia e a construção de espaços mais inclusivos e igualitários. “Este evento é um passo concreto para garantir que as vozes das pessoas com deficiência sejam ouvidas e respeitadas em todas as esferas da sociedade. Através do diálogo, podemos identificar e derrubar barreiras existentes.”

Ela ainda destaca a importância do mundo do trabalho nessa jornada. “Não podemos mais adiar a criação de ambientes verdadeiramente inclusivos. É hora de ampliar a contratação de pessoas com deficiência, assegurar seus direitos e criar condições igualitárias de ascensão nos cargos de liderança. A inclusão é um direito, não um favor. Somente com o compromisso de todos os setores, incluindo o mercado de trabalho, construiremos uma sociedade que valoriza a diversidade e promove a igualdade de oportunidades”, completou.

O tema geral desta edição é “O cenário atual e o futuro na implementação dos direitos da pessoa com deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo”, e está estruturado em debates sobre cinco eixos temáticos:

  • “Estratégias para manter e aprimorar o controle social, assegurando a participação das pessoas com deficiência”;
  • “Garantia do acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas e avaliação biopsicossocial unificada”;
  • “Financiamento da promoção de direitos da pessoa com deficiência”;
  • “Cidadania e Acessibilidade”;
  • “Os desafios para a comunicação universal”.

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de seminário sobre trabalhadores com deficiência

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está participando do “1º Seminário Coletivo Estadual de Trabalhadores com Deficiência”, promovido pela CUT-Rio, na sede da entidade, no Centro do Rio de Janeiro.

Elizabeth Paradela, Diretora de Formação Sindical da Fetraf RJ/ES e Diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, e também diretora da CUT/RJ, representa a Federação no evento e o ato de ‘criação do Coletivo’, que têm como objetivos propiciar a troca de experiências e informações, derrubar mitos e preconceitos e construir propostas para a inserção de PcD no mercado de trabalho e na VIDA.

Por isso, a CUT-Rio, através da Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, promove esse seminário com o ato de criação do Coletivo Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência.

“É necessária a inclusão e igualdade dos TCD’s, que as empresas cumpram as políticas das leis de cotas. E que elas, também, sejam fiscalizadas, para que sejam incluídas nas pautas de nossas Campanhas Salariais.”, comentou Elizabeth Paradela.

O evento é aberto para PcD, simpatizante ou para quem faz parte de movimentos sociais e sindical, e os debates giram em torno de algumas pautas, como:

♿ Como anda a promoção das condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa trabalhadora com deficiência no Estado do Rio de Janeiro?

♿ Acordos Coletivo de Trabalho e fiscalização? Capacitismo? Como as mudanças climáticas influenciam a vida das PcD?

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Nota de falecimento

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) lamenta o falecimento do ex-diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, José Guilherme Simonato Tinoco.

Guilherme, como era conhecido, faleceu neste domingo (14/7/24), aos 70 anos e era funcionário da Caixa Econômica Federal.

Seu corpo será velado e sepultado no Cemitério de Nova Iguaçu, neste mesmo dia.

Flamenguista fanático, sempre foi dedicado às lutas por justiça e igualdade social.

Considerado um companheiro muito querido, Guilherme sempre será lembrado como um ombro amigo e de palavra, além de outras grandes virtudes.

Manifestamos os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos, neste momento de dor e luto.

Guilherme, presente! HOJE e SEMPRE!

Fonte: SEEB Baixada Fluminense 

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Na segunda mesa de negociações, empregados da Caixa cobram respeito à jornada e pagamento de extras

A segunda mesa de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa, ocorrida nesta sexta-feira (12/7), em São Paulo, começou com uma tensão em decorrência das denúncias divulgadas pela imprensa de que gerentes da Caixa Asset perderam suas funções por terem se recusado a assinar contratos de compra de letras de financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, participou da reunião.

“Antes de entrar na pauta de hoje, que são artigos da nossa minuta de reivindicações sobre jornada e teletrabalho, queremos pedir para que as denúncias veiculadas hoje pela imprensa, de que a gerentes da Caixa Asset perderam seus cargos por se negar a dar aval a uma transação, no mínimo, suspeita, sejam devidamente verificadas e, se for o caso, haja punição para os responsáveis”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Mais uma vez, vemos empregados sendo punidos por cumprir sua função e, com base em questões técnicas, garantir que o banco não tenha prejuízos. A quem interessa a transação? Isso precisa ser apurado, pois é a credibilidade da Caixa e recursos públicos estão em jogo”, completou.

Cobrança de respostas

Rafael também cobrou respostas sobre as reivindicações trazidas pelos empregados na primeira mesa de negociações. “A Caixa precisa avançar e nos trazer respostas positivas sobre as reivindicações já apresentadas”, cobrou.

Outro ponto levantado foi a reivindicação para que a Caixa traga para a mesa de negociações as questões que envolvam a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

“Já faz algum tempo que estamos cobrando isso da Caixa. Os participantes colocam seu dinheiro nos fundos e têm o direito de participar das negociações sobre a solução”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“É importante que a Caixa e a Funcef mantenham relações com as entidades associativas e de representação dos empregados, mas as negociações devem acontecer aqui nesta mesa”, disse o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb) da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Rafael informou que ainda nesta sexta-feira a Contraf-CUT enviará um ofício à Caixa cobrando que as questões que envolvam a Funcef sejam tratadas em mesa de negociações.

Jornada

O debate sobre o tema se baseou nos artigos 8º, 9º, 10, 23, 24, 33, 37, 61 e 70 da minuta de reivindicações aprovada no 39º Congresso dos Empregados da Caixa, realizado entre os dias 4 e 6 de junho, em São Paulo.

“Vivenciamos, recentemente, aqui no Rio Grande do Sul o trabalho no sábado e também no domingo, para atender à população atingida pelas enchentes. Nas agências que abriram, testemunhamos nossos colegas desempenhando o papel social da Caixa, com muito orgulho de poder fazer a diferença nas vidas das pessoas em um momento tão trágico e difícil, sendo que muitos deles também foram duramente atingidos”, observou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi), do Rio Grande do Sul, Sabrina Muniz. “Entendemos a urgência deste caso, mas não podemos deixar de ressaltar que nossa CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) estabelece que é preciso haver negociação prévia com os sindicatos para que seja possível o funcionamento de agências bancárias as sábados, domingos e feriados. Assim também como é de suma importância o fornecimento da relação dos trabalhadores e trabalhadoras que irão trabalhar”, completou, lembrando ainda que o trabalho aos finais de semana deve acontecer por adesão voluntária, de acordo com o interesse e disposição de cada empregado e com a garantia de pagamento horas-extras, conforme definido nas normas específicas e acordos dos empregados.

O representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) do Centro-Norte, Antonio Abdan, destacou a reivindicação da redução da jornada de trabalho para 20 horas semanais, a serem cumpridas em quatro dias na semana. Os bancários defendem a manutenção da abertura dos bancos por cinco dias, de segunda a sexta-feira, mas com cada bancário trabalhando apenas quatro dias da semana.

“Isso já vem sendo discutido também na mesa de negociações unificada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Exemplos dos Estados Unidos e da Europa mostram que é viável, ainda mais com o avanço tecnológico que estamos tendo. Mas, além da viabilidade, a redução da jornada, sem redução de salário, traz melhorias para a produtividade e, consequentemente, para a rentabilidade das empresas, além de inúmeras melhorias na saúde dos trabalhadores e, em consequência, redução dos afastamentos e satisfação com o trabalho e a empresa”, disse.

Segurança bancária

Sobre o artigo 33, que trata dos procedimentos em caso de assalto e sequestro, o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto, defendeu que, em caso de sequestro, o direito aos atendimentos médico, psicológico e jurídico necessários, a serem custeados pela Caixa, se estenda a todas as pessoas que foram afetadas, mesmo que não sejam dependentes, nem pertençam ao grupo familiar do empregado, ou empregada.

“A redação do artigo 33 prevê assistência para empregado e familiares, mas o que queremos é a extensão do direito a quem estiver no local onde ocorrer o ato crimino e for afetada, independente de ser familiar”, explicou.

A dificuldade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e o não fechamento de unidades onde houve ocorrência de assalto e/ou sequestro foi abordada pelo representante da Fetrafi-MG, Lívio Santos e Assis. “Precisa ficar claro para os gestores e superintendentes que a unidade que for vítima de assalto e sequestro tem que ficar fechada. E, se houver dano físico ou mental no pessoal, ou na infraestrutura, que prejudique a segurança e as condições de trabalho, ela deve ficar fechada até que sejas restabelecidas as condições necessárias para o funcionamento”, disse. “Como a equipe trabalha sabendo que houve sequestro? As pessoas não conseguem se concentrar”, exemplificou.

Pausa para desconexão

O representante da Feeb-BA/SE, Emanoel Souza, lembrou da necessidade do respeito ao intervalo para descanso. O artigo 37 da minuta de reivindicações diz que “todos os empregados (inclusive caixas, tesoureiros, dentre outros) farão uma pausa de 10 (dez) minutos a cada 50 (cinquenta) trabalhados, que deverá ser realizada fora do posto de trabalho, na própria unidade de lotação, sem que ocorra aumento de ritmo ou carga de trabalho em razão dessas pausas.” “Essa questão veio para a mesa de negociações e a gente conseguiu chegar a um acordo no período da epidemia de LER (lesões por esforços repetitivos). E foi fundamental para diminuir a incidência da doença. Esse intervalo para desconexão tem um papel importante para amenizar o adoecimento, inclusive na redução de outros problemas que hoje são mais comuns, como as doenças mentais”, observou.

Capacitação profissional

A representante da Fetraf-RJ/ES, Lizandre Borges, destacou a reivindicação expressa no artigo 70 da minuta, que diz os empregados devem dispor de seis horas mensais para estudos, na metodologia à distância, junto à Universidade Caixa, dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade, sendo que cada unidade deverá organizar coletivamente escala para garantir o acesso de todos os empregados ao estudo previsto.

“Precisamos que este artigo seja efetivamente aplicado, pois muito de nossos colegas não têm tempo para se capacitar e na hora da promoção por mérito isso é cobrado. Ele precisa ter condições de isso acontecer dentro das agências”, cobrou a representante da Fetrafi-RJ/ES, lembrando que, muitas vezes os gestores alegam não haver condições de liberar os subordinados para o estudo. “É importante que a Caixa dê ênfase ao atendimento da população. Mas a Caixa precisa valorizar a capacitação dos empregados. E, se não há condições de isso ser efetivado, é mais uma prova de que há sobrecarga de trabalho. Ou seja, precisa contratar mais empregados”, completou.

Teletrabalho

A representante da Fetec-SP, Vivian Sá, lembrou que a Caixa não firmado um acordo específico de teletrabalho com seus empregados e que o banco segue apenas o acordo que existe com a Fenaban. “Apesar de existir um normativo específico da Caixa, é preciso clausular o que é específico, para evitar que haja alterações unilaterais por parte do banco sem que haja sequer necessidade de negociação com a representação dos empregados. Clausulando vira direito. Vira necessidade de cumprimento”, disse. “Além disso, é preciso deixar clara a política de trabalho remoto do banco, para que não fique a critério do gestor e este possa usar como moeda de troca e para que não haja abertura para o assédio e uso da modalidade de trabalho como uma forma de cobrança de metas”, reforçou. “E também é preciso lembrar da prioridade para os PcD e responsáveis pelos cuidados de pessoas com deficiência”, concluiu.
Com relação aos PcD, o coordenador da CEE, Rafael de Castro, lembrou que a Caixa tem agendada para o dia 26 de junho, com o Comitê de Diversidade e pediu para que alguns membros do Comitê participem da próxima reunião de negociação, no dia 19 de junho, juntamente com os membros da CEE, para a entrega de um documento com reivindicações específicas para este segmento de empregados.

Outros pontos

A CEE reforçou o pedido, já realizado em outras reuniões, para que o banco dê acesso aos dirigentes sindicais aos comunicados enviados aos demais empregados. E, além disso, que permita o acesso aos empregados, tanto aos que trabalham presencialmente, quanto aos que cumprem suas funções remotamente.

“Precisamos nos comunicar com os empregados. Além da permissão de utilização do malote como forma de envio de nossos comunicados, queremos que a Caixa retransmita nossos comunicados aos empregados”, disse Rafael de Castro.

Gipes

A Caixa informou que vai atender a reivindicação da representação dos empregados e, a partir de 5 de agosto, todas as gerências regionais de pessoas voltarão a funcionar, mesmo que na data alguma das equipes esteja incompleta.

Avaliação

A CEE avalia que o diálogo está fluindo. Nesta primeira fase, os empregados estão apresentando as demandas dos trabalhadores. Mas ressalta a necessidade de a Caixa começar a trazer devolutivas das reivindicações, com encaminhamentos para as demandas apresentadas. “Não se pode deixar pra resolver na última hora. Os empregados estão dispostos a negociar e buscar avanços em mesa de forma célere e responsável e espera o mesmo da Caixa, na expectativa de que o banco caminhe na mesma linha, visando valorizar todas e todos, que ao longo do ano se entregam de forma integral”, afirmou o coordenador da CEE.

Calendário de negociações

A próxima reunião de negociações com o banco será realizada na próxima sexta-feira (19/6). A partir da semana seguinte, começa a ser debatido o tema Saúde.

Julho

19 de julho – Diversidade e Igualdade
26 de julho – Saúde

Agosto

7 de agosto
14 de agosto
21 de agosto
28 de agosto

*com informações da Contraf-CUT

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Na 3ª mesa de negociação, BB se compromete a não mexer na gratificação dos caixas

Nesta sexta-feira, 12 de julho, na terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a direção do Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período.

Bethania Emerick, Diretora Cultural da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e Diretora do Sindibancários/ES, participou da reunião, ocorrida em São Paulo.

Para Bethania, “a tarde de hoje foi muito importante, no sentido de garantir a gratificação dos caixas e manter o compromisso de discutir o assunto na mesa de negociação. Isso abre espaço para que vários outros temas, que são relevantes para a categoria, também sejam tratados.
A pauta da mesa de hoje foi sobre cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros. Esses temas são muito significativos e trazem avanços na garantia da qualidade de vida dos bancários e bancárias.”, declarou.

Cláusulas sociais em debate

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.

Redução da jornada

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana. Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Bancos de horas negativa

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alternativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.

*com informações da Contraf-CUT